Fuga do Campo 14

Fuga do Campo 14 Blaine Harden




Resenhas - Fuga do Campo 14


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MtDalPizzol 27/12/2013

Abrangente
Logo no inicio o livro traz um mapa com a localização do Campo 14 e um com o caminho feito por Shin até chegar à China. Durante todo livro são citadas cidades, províncias, rios, distancias e tudo pode ser visto no Google Earth, inclusive o Campo 14.

Minha visão política é de direita e mesmo assim achei muito bem vindo o alerta que o autor faz logo nas páginas iniciais sobre a veracidade dos relatos. Ele diz: "A verificação de fatos não é possível na Coréia do Norte. [...] os desertores continuam sendo as principais fontes de informação. Suas motivações e seu grau de credibilidade não são imaculados. Na Coréia do Sul e em outros lugares, eles se encontram muitas vezes desesperados para ganhar a vida, dispostos a confirmar as idéias preconcebidas dos ativistas dos direitos humanos, dos missionários anticomunistas e dos ideólogos de direita. Alguns sobreviventes recusam-se a falar sem receber dinheiro vivo antecipadamente."

Mas um ponto positivo, é que Harden não se limitou aos relatos de Shin, entrevistando "um grande número de desertores, inclusive três ex-detentos do Campo 15 e um ex-guarda e motorista que serviu em quatro campos de trabalhos forçados." Além disso, o livro contém inúmeros outros dados e fontes "de terceiros" (não entrevistados por Harden), como por exemplo, desertores do alto escalão do governo norte-coreano.

O livro traz muitas estatísticas e dados sobre o governo e as instituições norte-coreanas, incluindo ainda informações muito interessantes sobre as relações com a China e a participação dela, violando tratados internacionais, na ajuda que oferece à Coréia do Norte ao impedir que desertores penetrem sua fronteira e na repatriação forçada daqueles que são pegos no ato. O livro explica inclusive, relativamente bem detalhado, um esquema de fraude internacional dirigido por uma estatal norte-coreana para angariar moeda forte para o regime da dinastia Kim às custas de seguradoras privadas ocidentais. Trata também sobre a indiferença do povo sul-coreano em relação ao vizinho do norte e sobre os custos que uma reunificação traria aos sulistas.

Pra falar a verdade, eu tinha resolvido sublinhar algumas frases para postar. Eu faço isso em todos os livro que leio para facilitar uma leitura rápida depois. Mas nesse livro, eu acabei marcando páginas inteiras consecutivas. O livro é super barato e tem só um pouco mais de 200 páginas, mas vale MUITO a pena. De 1 à 5, eu dei uma nota 4 tranquilamente. Os relatos de Shin são chocantes para quem está completamente por fora do que se passa na Coréia do Norte, mas em alguns momentos, até mesmo para quem já espera relatos absurdos, o estômago embrulha.

o interessante é que os campos nazistas duraram 5 anos, os soviéticos 25 e os norte-coreanos já duram 50, isso sem falar no que não deve ter acontecido na china, e ainda assim você não vê partidos comunistas serem proibidos assim como os nazistas. Poucos países tiveram colhões para tanto.

Recomendo fortemente.
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Ana Bellot 19/03/2024

Liberdade é mais importante que o pão
A vida de Shin, o único norte-coreano nascido em um campo de concentração que escapou para contar sua história é narrada neste livro com maestria.

O autor é jornalista e organiza as informações muito bem e não passa pano para ninguém - mostra as hipocrisias dos EUA e Coreia do Sul e também (óbvio) os absurdos da Coreia do Norte.

Hoje, sabe-se que alguns detalhes do livro, segundo o Shin, foram inventados ou distorcidos por eles pois ele mentia para se defender. Como sentir sequer raiva de alguém com um história de vida como a dele?

É óbvio que terão exageros e distorções em seu relato pessoal mas o que assusta é o grosso da coisa: o cara sobreviveu a um campo de concentração! BIZARRO!

Recomendo a leitura.
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Adriana 02/05/2014

Sem palavras...
Fuga do Campo 14 é sem dúvida o melhor livro que eu li nos últimos meses. Trata-se da história real de Shin Dong Hyuk, que até onde se sabe, foi a única pessoa que nasceu em um campo de prisioneiros políticos da Coréia do Norte e conseguiu fugir.
O livro foi escrito em forma de reportagem, então não é romanceado e nem sempre as coisas são contadas em ordem cronológica. Mas a narrativa é muito bem escrita e a história é tão incrível que você tende a passar horas com o livro em mãos sem nem perceber.
Acho que a palavra que mais recorreu em minha mente durante a leitura foi "chocante". Eu já li muitos livros e relatos sobre campos de concentrações nazistas, sobre os Gulags na União Soviética e sobre campos de refugiados africanos e coisas horríveis de todos os gêneros, mas acho que nada me chocou mais do que a história de Shin. Não tanto pelo sofrimento físico (E acreditem, foi grande), mas pelo que se faz com a mente das pessoas na Coréia do Norte.
"Quem está do lado de fora tem uma compreensão errada do campo. Não são só os soldados que nos surram. Os próprios prisioneiros não são bondosos uns com os outros. Não há nenhum sentido de comunidade. Sou um daqueles prisioneiros malvados."
Shin nasceu condenado, seus pais eram presos políticos e isso fazia dele um criminoso, o trecho a cima nos mostra que essas pessoas foram privadas de todos os direitos básicos, sua personalidade foi moldada por aquele sistema cruel.
"Amor, misericórdia e família eram palavras sem significado. Deus não desapareceu ou morreu. Shin nunca ouvira falar dele."
"Sua existência limitada o mantinha concentrado em encontrar comida e evitar surras."
Quando chegou à adolescência, Shin teve contato com um senhor a quem chamava de tio, que lhe falou pela primeira vez sobre algumas coisas do mundo exterior e Shin gostava especialmente de ouvir sobre comida. Mais tarde, conheceu Park, um homem instruído que havia viajado pelo mundo antes de ser preso e através dessa amizade Shin pela primeira vez, pensou em fugir do campo.
"Enquanto trabalhava e esperava, Shin cismava sobre como os outros prisioneiros ignoravam a cerca e as oportunidades que se encontravam do outro lado. Eram como vacas, pensou, com uma passividade ruminante, resignados a suas vidas sem saída. Tinha sido como eles até conhecer Park."
Parece coisa de livro distópico não? E durante a leitura pensei muito nisso e cheguei a conclusão de que se realmente fosse uma distopia, um livro de ficção, eu diria que o autor foi extremamente exagerado, uma sociedade como essa não é crível! A forma quase milagrosa como Shin, sem conhecer nada nem ninguém, conseguiu fugir do campo e chegar a China também não parece ser real, mas é, e quando eu penso nisso eu só posso sentir um grande respeito por um ser humano como esse.

site: http://hobbyecletico.blogspot.com.br/2014/05/fuga-do-campo-14-blaine-harden.html
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Andrea.Rodrigues 16/10/2021

Parece distopia
Em meio ao relato da primeira fuga de alguém que nasceu e cresceu em campo de trabalho na Coreia do Norte, o autor questiona como muito se fala até hoje (livros, filmes) sobre campos de concentração nazista, com indignação pelo que aconteceu, mas pouco sobre campos de trabalho forçado na Coreia do Norte que, ao que parece, existem até hoje.
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Kevin 17/02/2024

Opinião
Um livro que em muitos momentos nos causa náuseas e incredulidade. Sabendo que isso não é uma história ocorrida dentro dos períodos das grandes guerra mais sim no período medieval, ou seja, hoje mesmo. É incrível que esse povo que vive dentro de um campo de concentração não desperte o mínimo de sentimento humanista em outras nações. Realmente parece que vivemos nas trevas.
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Danilo.Veras 15/03/2022

A história é muito imersiva
Conforme avançam os relatos no livro, você vai ficando preso na história. A historia de fuga do Campo 14 e, posteriormente, da Coréia do Norte é impressionante. Tudo o que é relatado sobre os campos de trabalho forçado para priosioneiros políticos na Coréia do Norte se assemelham muito aos campos de concentração nazistas. No entanto, para descendentes de presos políticos, a desconstrução da personalidade na Coréia do Norte começa desde o nascimento e cria um ambiente em que não existem amigos, amor ou afeto e delatar erros dos colegas é altamente estimulado. Mesmo para cidadãos que residem em Pyongyang, a vida não é tão confortável quando comparada a outros países. É dífil não fazer um paralelo com o livro de Orwell que trata justamente de uma distopia muito similar ao que ocorre na Coréia do Norte.
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Triz 17/05/2020

Impactante
Esse livro se tornou o impulso para toda a minha curiosidade voltada a coreia do norte, que nunca terminou até eu ler todo o conteúdo em português sobre esse peculiar país do leste asiático. Um livro impactante, surreal e questionador.
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Lucas 10/12/2014

Impactante
Fuga do Campo 14 deveria ser obrigatório em todas as escolas do Brasil - obrigatório não porque isso é coisa de comunista, tsc tsc, mas ser obra recomendada nas escolas. Tem momentos na leitura que o estômago chega a embrulhar, tal o absurdo relatado por Shin, ex prisioneiro do Gulag ou campo de concentração mais aterrorizante da Coreia do Norte. Imaginem vocês, se a Coreia do Norte é um verdadeiro inferno na Terra, um campo de concentração para presos políticos lá é uma afronta à dignidade humana. E pensar que certos partidos políticos no Brasil se solidarizam com os crápulas que comandam estes cidadãos norte coreanos...

site: http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=220057&id_secao=9
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Lucia 28/05/2012

Viver na Corèia do norte
Em um mundo globalizado, parece estranho que a gente não consiiga saber com certeza, como é viver na Coréia do Norte.O relato impressiona pela dureza da vida nos campos, e por saber que muitas pessoas tomam esse modo de viver como" normal" , não conhecendo nada do resto do mundo, não tendo acesso a nehum tipo de informação.O livro impressiona, apesar das lacunas.
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Mura 06/08/2014

Impressionante
Por mais que as poucas notícias sobre a Coreia do Norte sejam impressionantes.
A história de um fugitivo de um dos piores campos de concentração, é algo extremamente pesado e chocante.
Rodrigo 03/09/2014minha estante
O que mais me provoca revolta é uma situação como essa ser tão "invisível" aos olhos do mundo. Palestina, Ucrânia, Síria, Iraque, Afeganistão etc... todos tem atenção da mídia e comoção das pessoas. A Coreia do Norte é muito esquecida.


Jeze 03/01/2015minha estante
E esse "esquecimento" a Coreia do Sul tem bastante culpa. Mas, entendo o medo deles de se envolverem em guerra. É uma situaçao complicada, pois o regime ditatorial tem conivencia da potencia China.




Paula 18/01/2014

Realidade chocante é quebrada com textos didáticos demais em vários momentos
Estaria mentindo se dissesse que achei o livro ruim. Em alguns momentos, tive que parar e lembrar que aquilo não era uma crueldade inventada como os jogos vorazes ou um mundo de faz de conta como no Harry Potter. Aquilo é a Coreia do Norte. Existe de verdade e está logo ali. A história não se passa em tempos medievais. Se passa em um ontem que poderia ser hoje, já que muita gente ainda vive na mesma situação sem perspectiva de ter uma salvação. No entanto, o que me incomodou realmente não foi a realidade dura, pois é tão diferente do que conhecemos como vida que parece até uma invenção cruel. O que atrapalhou foi o didatismo em alguns momentos. Sim, saber o que acontecia na Coreia do Norte, paralelamente, foi interessante, mas não durante a trajetória do Shin. Diversos trechos ficariam melhores como notas no final, não interrompendo o relato chocante dele. Apenas pelas muitas interrupções que me fizeram sair do ritmo da leitura que dei 3 estrelas.
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Dessa 26/01/2021

A importância da Liberdade
Com uma escrita e apresentação muito bem elaborada é apresentado a história de Shin Dong-Hyuk. Um sobrevivente e fugitivo.Pausas são necessários para conseguir digerir sua história de sobrevivência.

Durante o livro nos é retratado a situação histórica e econômica Norte Coreana durante a época do Reinado de Kim Il-sung e seu filho Kim Jong-Il. Junto é contado a história de Shin no Campo 14, um dos campos de trabalho obrigatório. Prisões de extrema opressão e trabalhos escravos. Onde direitos humanos são ações inimagináveis.

Negado sua existência pelo Governo Norte Coreano, o relato de Shin e outros adicionados no livro vão te mostrando e abrindo seus olhos para essa realidade absurda, que vive junto conosco.

Ao terminar a leitura, estou tendo muito um sentimento de tristeza e incapacidade. Por não conseguir fazer muito para mudar essa realidade.

Um livro muito bom para abrir os olhos de muitas pessoas, e nos relembrar da importância dos nossos direitos e agradecer pela nossa liberdade.
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@wesleisalgado 06/02/2022

"Ele não consegue desfrutar sua vida enquanto há pessoas sofrendo no campo. Vê a felicidade como uma forma de egoísmo."
O livro narra a vida de um coreano de 20 anos, que nasceu em um campo de trabalhos forçados na Coréia do Norte, de sua infância até sua fuga pelas florestas fronteiriças da China.

É um no livro no mínimo bastante pesado, em vários momentos beirando o indigesto devido aos acontecimentos na infância de Shin, passando por fome até tortura física. Eu achei aliás o apêndice com algumas ilustrações de muito mau gosto.

A narrativa é bastante didática, e um mergulho em como a roda da vida gira em um país com um regime ditatorial. Sério, é pior do que um filme de terror, agora quando me pego lembrando da história.

Use o google maps e veja por conta própria, como o próprio livro te induz a fazer, as fotos de satélite do país. Você que ainda não sabe de qual Coreia PARASITA veio, nunca mais vai esquecer. É bastante efetivo como uma aula para leigos.

Eu recomendo, com ressalvas . Não leia em um dia ruim.

PS: Resenha nº 11 do desafio skoob 2022.
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Amanda 22/12/2014

Fuga do campo 14 conta a história real de Shin, um garoto que teve o azar de nascer em um dos piores campos de concentração da Coreia do Norte.

Este é outro livro que acabei comprando por 2,00 na Bienal de 2013, e outro livro que também me surpreendeu. Não pela ótima escrita e enredo, como em Gênesis, mas pela crítica e pelas descobertas que fiz nesta leitura. Acho que muitos, como eu, não sabiam que em pleno século XXI a Coreia do Norte mantêm campos de concentração como os dos Nazista em 1939. Mas o fundador do país (1948) Kim II Sung foi mais além. Enquanto os campos de Hitler não duraram mais de 20 anos, os do Grande Líder – como Kim é conhecido em seu país – duram a mais de 50, sendo que pessoas nascem e morrem lá, sem nunca terem atravessado seus muros.

Este é o caso de Shin, tirando a última parte.


Chegada a certa idade, os homens e mulheres solteiros nos campos podem se candidatar para se casarem, dependendo de seu bom comportamento. Aprovados, os guardas decidem quem ficará com quem. Os noivos podem passar algumas semanas juntos, mas, depois, cada um voltará para seus respectivos alojamentos (separado por sexo e função) e poderam ficar juntos por 5 noites ao longo do ano. Foi de um relacionamento assim que Shin nasceu.

Criado e moldado pelos guardas, Shin cresceu como um espião, como todas as crianças nascidas nos campos, educado para delatar o que seus colegas, amigos e, inclusive, sua família, faziam de errado, sempre recebendo uma recompensa por isso. Geralmente, comida.

Muitos dos que eram presos nos campos de concentração nem sabiam o porquê de estarem lá. Na Coreia do Norte há uma lei que diz que 3 gerações da família de um criminoso deverão ser presas juntas com ele, para que assim possam pagar pelo seu pecado.

Certo dia, quando tinha 13 anos, o garoto e seu pai foram levados para uma prisão subterrânea e torturados por semanas. Seus crimes? Serem parentes de duas pessoas que planejaram escapar. A mãe e o irmão mais velho de Shin, no caso. Preso por quase 11 meses, ficando à beira da morte diversas vezes, Shin acaba conhecendo um homem que esteve do outro lado dos muros, mas estava naquela cela no subterrâneo há 30 anos. Suas principais conversas eram sobre comida, o assunto predileto do garoto, que sempre que podia caçava ratos e grãos de milho e arroz que caíam no chão.

10 anos passam-se sem Shin nunca ter pensado em fugir, ou se matar. Isso mudará quando Park chega ao campo. Park morou e esteve em diversos países do mundo, e suas histórias sobre culinária eram o maior atrativo para o garoto.

Ao completar 23 anos, Shin é a primeira pessoa a conseguir escapar de um campo de concentração norte coreano e a contar sua história ao mundo.

Após conseguir fugir, ele se vê atordoado com o mundo por trás das cercas de arame farpado. Nos últimos 30% do livro podemos ver a árdua jornada de Shin, desde sua chegada à China até seu encontro com o autor Blaine, jornalista americano que nos conta sua história, até seu envolvimento, e criação, de ONG’s que lutam contra o governo da dinastia Kim.


Um livro emocionante, que com certeza te fazerá pensar sobre o que ocorre nos cantos mais remotos do mundo sem que ninguém saiba.

site: http://escritoseestorias.blogspot.com.br/2014/11/resenha-39-fuga-do-campo-14.html
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