Fuga do Campo 14

Fuga do Campo 14 Blaine Harden




Resenhas - Fuga do Campo 14


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Rafael 21/12/2017

Um relato para abrir nossos olhos.
Ao vermos filmes sobre os campoa de concentração nazistas nos perguntamos como a sociedade da época pode tolerar a existência deles. Na década de 1940 ainda não tínhamos 1/10 da informação que temos hoje, poucos sabiam dos campos nazistas fora da Alemanha mas ainda assim nos revoltamos e remoemos isso por décadas. Enquanto isso, na Coréia do Norte, os campos de trabalhos forçados seguem a todo vapor, fotografados no Google Earth para quem quiser ver. Não há interesse de ninguém em repercutir isso. Não há força narrativa para mostrar como cruel foram e são os regimes socialistas mundo afora. Continuamos remoendo apenas os campos nazistas pois a narrativa é de que eles foram montados pela "extrema-direita". Fuga do Campo 14 é um livro fundamental para entendermos como o Socialismo divide a miséria, ataca os direitos humanos e garante luxo a uma minoria. Assim é na Coréia do Norte e em Cuba, assim foi na União Soviética, no Camboja e na China. Somente fatos que não convém serem expostos pelo mundo acadêmico e pela grande mídia.
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Thiago Rapsys 08/06/2012

[Resenha] Fuga do Campo 14 - Blaine Harden
Depois de várias resenhas de fantasia e ficção, venho com este livro que é sério, real que ainda perpetua: Fuga do Campo 14. O autor é o jornalista americano Blaine Harden. O livro foi traduzido e publicado aqui no Brasil através da Editora Intrínseca.

O livro é um verdadeiro choque de realidade. Nós vivemos num padrão de vida diferente de muita, muita gente por aí no mundo. Isso é um fato que ninguém lembra cotidianamente. Vivemos num sistema onde trabalhamos ou estudamos nos dias úteis, recebemos salários, temos férias, fim de semana, fast-food, internet, interação social, eventos, aniversários, companhia.

Agora tente, apenas, imaginar você sem tudo isso. Tente imaginar uma vida em que você precisa da desconfiança para sobrevivência. Uma vida onde pessoas morrem por apenas CINCO grãos de milho.

Pois é. Esta foi a realidade do Norte-Coreano Shin: o ÚNICO ser humano que nasceu num campo de trabalhos forçados, fugiu e sobreviveu.

Shin é o protagonista na história toda. O narrador é o jornalista Blaine Harden, que fez entrevista com ele, com os novos amigos e com desertores dos campos de trabalhos forçados na Coréia do Norte. Ele nasceu dentro de um dos campos de trabalhos forçados... Aliás, no pior campo: o Campo 14.

Sua infância foi marcada por desconfiança, "caguetagem" e morte. Ele mesmo dedurou a mãe e o irmão que iriam fugir, para os guardas. Consequência: foi torturado para falar sobre o plano de fuga, o qual não sabia. No final de um bom tempo de tortura, ele foi obrigado a ver a execução de sua mãe e irmão: ela enforcada e ele fuzilado.

Essa era a única realidade dele. Ele não tinha amigos, não tinha mãe, não tinha irmão, não tinha férias, não tinha salário, não tinha liberdade, não tinha conhecimento. O mundo dele era até as barreias do Campo 14.

Agora ele está livre, na proteção dos EUA. Tudo está contido no livro: dados históricos, informações, dados políticos, etc. Uma obra completa, com ilustrações, da vida do pobre Shin - hoje naturalizado Sul-Coreano.

Recomendo a leitura, para que todos tenham consciência que há vida muito diferente do nosso padrão. Que foge dos Direitos Humanos Universais.

Leia mais: www.ecolivros.com.br
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Janaína Calmet 18/10/2012

Tento encontrar palavras para descrever esse livro...
Não consigo.
Impactante, impressionante, terrível, chocante...
Que país é essa tal Coreia do Norte, que mantém seu povo na mais completa alienação, "escondendo" campos, como este, de prisão perpétua, tortura e trabalhos forçados, em que a pena se estende por gerações?
Que mundo é este em que vivemos? Mundo globalizado??? Por nos entupirmos, todos, em qualquer buraco do universo, de coca-cola ou big macs??? Onde está a tão alardeada globalização quando nos deparamos com horrores como os descritos nesse livro, acontecendo há 50 anos, bem debaixo dos nossos narizes???
Agora entendo o porquê de eu ter demorado, tanto, para ler um livro de 230 páginas apenas: eu quis fugir dele. O tempo todo.
****
"Estou evoluindo, deixando de ser um animal", respondeu. "Mas é um processo muito, muito lento. Às vezes, tento chorar e rir como outras pessoas, só para ver se tenho alguma sensação. Mas as lágrimas não vêm. O riso não vem"
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Delírios e Livros 07/12/2015

Na maioria dos casos, os norte-coreanos são enviados para os campos sem nenhum processo judicial, e muitos morrem sem saber do que foram acusados. São retirados de suas casas, em geral à noite, pela Bowibu, a Agência de Segurança Nacional. A culpa por associação é legal na Coreia do Norte. Muitas vezes um transgressor é preso com os pais e os filhos. Kim Il Sung estabeleceu a lei em 1972: “Inimigos de classe, sejam eles quem forem, devem ter sua semente eliminada por três gerações.”

A Coreia do Norte é um um dos regimes mais fechados do mundo (na minha opinião é o mais fechado). Nós vemos constantemente flashs do que é a sociedade norte coreana, detalhes que vazam ou que são deliberadamente liberados para nós. E algo que sempre foi evidente é que existe um culto, uma doutrinação, em torno da família Kim. A Coreia do Norte parece uma adaptação do livro 1984. E assim como vimos em 1984, a imagem do Grande Irmão nada mais é do que uma mentira muito bem contada por um governo que controla (ou ao menos tenta ao máximo controlar) todos os aspectos da vida de seus cidadãos. Eles controlam os veículos de comunicação, eles decidem que tipo de emprego você pode ter, controlam todos os meios de produção, eles não te deixam viajar (até mesmo entre cidades) e durante muito tempo também controlaram a distribuição de comida.

Como Kim Jong Il explicou: “Devemos envolver nosso ambiente num denso nevoeiro para impedir que nossos inimigos aprendam qualquer coisa sobre nós.”

Fuga do campo 14 basicamente narra a história de Shin, um norte coreano que conseguiu fugir da Coreia do Norte. Mas Shin tem algo de diferente dos outros refugiados norte coreanos, ele é o único fugitivo conhecido, nascido e criado dentro de um campo norte coreano para presos políticos. E não só isso, ele fugiu do campo 14, um dos mais fechados que existem, onde fugir é praticamente impossível.
O livro tem um tom de documentário, ele foi escrito por um repórter que entrevistou Shin para saber sobre a história do mesmo.

Ao avaliar a história aqui relatada, é preciso ter em mente que muitos outros presos passaram por adversidades semelhantes ou piores, segundo An Myeong Chul, o ex-guarda e motorista. “Shin teve uma vida relativamente confortável pelos padrões de outras crianças nos campos”, disse ele.

A estória de Shin é muito parecida com a de sobreviventes dos campos de concentração nazistas, mas com algumas diferenças, dentre elas é que Shin nasceu no campo, para ele aquilo era o normal. Ele desconhecia completamente a existência do mundo exterior, o campo era o seu mundo. Ao contrário dos cidadãos norte coreanos comuns, Shin não era digno de ser doutrinado à endeusar a família Kim. Desde cedo ele aprendeu a seguir as regras do campo. Ele desconhecia ideais de família e de companheirismo.

Ao contrário dos sobreviventes a um campo de concentração, Shin não foi arrancado de uma existência civilizada e obrigado a descer ao inferno. Ele nasceu lá dentro. Aceitava seus valores. Chamava-o de lar.

Mais uma vez como uma adaptação fiel de 1984, as crianças dos campos eram ensinadas a denunciar qualquer um que não cumprisse as regras: família, colegas da escola, etc. E como Shin não conhecia qualquer outra realidade a não ser aquela violenta, ele acreditava piamente nas regras do campo.A maior parte da vida de Shin foi marcada pela fome, pelo trabalho infantil, pela violência e pela ausência de confiança. Ele simplesmente não conhecia o amor, assim como qualquer outro sentimento positivo. Ao contrário dos judeus que encontravam conforto um nos outros, o mesmo não ocorre nos campos norte coreanos, todos são inimigos, você está só e não pode confiar em ninguém. Outra diferença entre os campos de concentração nazista e os campos norte coreano, é que enquanto Auschwitz funcionou durante uns 5 anos, os campos norte coreanos já estão ativos a mais de 50 anos.

(…) o Campo 14 é uma caixa de Skinner com mais de cinquenta anos, um experimento longitudinal ainda em curso sobre repressão e controle mental, em que guardas criam prisioneiros a quem controlam, isolam e jogam uns contras os outros desde o nascimento.

O livro vai narrando a vida de Shin através dos anos intercalando com explicações sobre a história e política da Coreia do Norte. Para mim que já conheço a história do país (na verdade sou “quase” uma viciada na cultura, política e história do oriente) essa parte ficou repetitiva, mas deve ser extremamente interessante para quem não conhece ainda. Por esse motivo eu acabei dando 4 estrelas para o livro. Estava esperando uma narração em primeira pessoa de Shin e que o livro fosse focado na sua história no campo, em suas experiências somente. Obviamente essas partes existem, mas apenas em quantidade inferior ao que eu esperava. O livro é bem emocionante e mostra de maneira mais objetiva possível a realidade desses campos e a realidade do Shin, tudo pelo qual ele passou: antes, durante e depois da fuga. Ele abre uma janela para possamos tem um vislumbre da Coreia do Norte e da vida dos cidadãos dentro e fora dos campos.
Esse livro vai te fazer questionar o mundo em que vivemos. Diversos governos, principalmente ocidentais, amam ostentar como combateram o nazismo e salvaram os judeus dos campos de concentração. Esses mesmos governos porém se fazem de cegos diante dos campos norte coreanos, amplamente retratados em fotos de satélite. Sua existência é inegável, mesmo a Coreia do Norte não admitindo sua existência. Pelo que se sabe, existem 6 campos, um deles é maior do que a cidade de Los Angeles. Centenas de milhares de pessoas estão nesses campos e o número não para de crescer. Eles fazem os prisioneiros trabalharem até a morte. Eles fazem os filhos e os netos dos prisioneiros trabalharem até a morte. Eles os matam lentamente de fome. Eles os matam rapidamente em surtos de violência descabida. Não há esperança de fuga. Se um prisioneiro cometer suicídio, a família vai sofrer a vingança dos guardas. Para as crianças não existe futuro, sequer existe um traço de humanidade naqueles a sua volta. Esse livro irá te mostrar todos esses aspectos, é uma estória que vai de marcar.

“Estudantes secundaristas nos Estados Unidos discutem por que o presidente Franklin D. Roosevelt não bombardeou as ferrovias que serviam aos campos de concentração de Hilter”, concluía o editorial. “Daqui a uma geração, as crianças poderão perguntar por que o Ocidente olhou fixamente para as imagens de satélite dos campos de Kim Jong Il, muito mais nítidas, e nada fez.”

Sobre a edição do livro, a foto da capa é do Shin. O trabalho gráfico está maravilhoso e não tenho do que reclamar. O livro é pequeno e é super rápido de se ler, a leitura flui muito bem. O ritmo é muito bom, o autor conseguiu intercalar a história de Shin com as explicações de forma coerente, sem quebrar ou retirar o foco da estória. O livro é altamente recomendado para aqueles que se interessam pelo assunto e ainda mais recomendado para aqueles que nunca se interessaram. As centenas de milhares de prisioneiros norte coreanos precisam que o máximo de olhos possíveis estejam voltados para a Coreia do Norte. Quem sabe em um futuro próximo eles possam ser libertados…

“Os tibetanos têm o Dalai Lama e Richard Gere, os mianmarenses têm Aung San Suu Kyi, os darfurianos têm Mia Farrow e George Clooney”, disse-me Suzanne Scholte, uma ativista de longa data que levou sobreviventes de campos para Washington. “Os norte-coreanos não têm ninguém assim.”

Resenha de Patrícia Paiva

site: www.delirioselivros.com.br
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TSC 04/11/2015

Morno
Escrito em linguagem simples, senti falta de um aprofundamento maior em campos como o psicológico, o factual e mesmo um pouco da história da Coreia do Norte. O autor poderia ter aproveitado melhor a oportunidade que tinha nas mãos e desenvolver melhor o relato. Ainda assim, leitura relevante para se conhecer o mundo que vivemos.
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Karine 15/04/2024

Excruciante
É difícil encontrar palavras que alcancem o nível a que a maldade humana pode chegar. Shin não foi preso por ser um dissidente político ou por qualquer pretexto do tipo. Ele nasceu dentro do campo de trabalhos forçados, filho de prisioneiros que tiveram que obter autorização especial para casar e ter filhos, caso contrário ele teria sido morto junto com a mãe antes do nascimento. Ele jamais conheceu, portanto, outra realidade. Violência, desconfiança, controle total pelo Estado, esse era o mundo como Shin o conhecia. Nunca soube o que era o amor, nem mesmo de seus pais. Não estranhou quando viu sua coleguinha de escola apanhar até a morte por uma bobagem, aos 6 anos de idade. Não tinha ideia de como era fora do campo, muito menos fora do seu país.
O livro, escrito por um jornalista, traz ainda alguns fatos e análises sobre a Coreia do Norte, um país sui generis que mais parece um delírio coletivo e consegue se manter totalmente isolado ainda hoje. A história de Shin segue ocorrendo, pois pelo pouco que se sabe não houve grandes mudanças na forma como o regime trata seus cidadãos. Acredito e espero que esse regime insano não irá durar para sempre, mas me pego imaginando como será para os milhões de pessoas que vivem lá, totalmente alienadas, adoecidas, "lobotomizadas" pela lavagem cerebral que sofrem diariamente, de repente verem-se no mundo real. Como irão se adaptar? Aqueles que conseguiram escapar, como Shin, nos dão uma pista: talvez nunca encontrem seu lugar no mundo.
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Edison.Eduarddo 17/09/2017

Absurdo que acontece ainda hoje na Coréia do Norte....
Não tem como não dar nota máxima para um livro altamente político, sobretudo, jornalístico que denuncia uma barbárie que ainda acontece hoje comumente na Coréia do Norte. Um livro muito forte!!!!
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beka 18/01/2014

É uma história emocionante e ao mesmo tempo triste e revoltante.
Fuga do Campo 14 não é um livro que fala de romance, nem tampouco de mistério ou fantasia. Ele fala sobre uma história brutal e dolorosa de um menino que viveu boa parte da sua vida preso em um campo à mercê das ordens de um chefe. Sendo uma das biografias mais assustadoras e cruéis que já li em toda a minha vida, a obra de Blaine Harder me fez refleti bastante sobre a capacidade do ser humano e até onde ela pode chegar, do tamanho da sua crueldade, e da mentalidade de alguns países, que ainda são totalmente retrógrados na sua forma de pensar e liderar um povo. Eu ainda não complementei toda a minha leitura, mas de mais da metade que eu já li, eu pude perceber, que mesmo sendo brutal a forma como Shin é tratado, faz ressaltar a coragem, a vontade e a luta em meio a tanta pressão e tristeza.

Shin Dong-hyuk nasceu e cresceu em um campo de batalha de trabalhos forçados na Coreia do Norte, em Pyongyang, na parte mais pobre do país, onde era obrigado a plantar e a colher e a trabalhar em troca de míseros suprimentos, isolado de todas as pessoas que moravam fora da cerca. No campo, ele morava sobre péssimas circunstâncias e regras aos quais tinha que se submeter, senão poderia ser executado em praça pública ou ser punido a castigos severos, como ficar dias preso e sem comida. A primeira e mais importante regra era a de que não podia fugir, e quem o fizesse e outros ficassem sabendo, tinha que delatar aos guardas, por isso, Shin se pegava delatando diversas pessoas, como tática de sobrevivência, que tentavam e planejam fugir ou fazer algo que ia contra as regras do campo. Morando em um país estreitamente ditador, pelo poder do Grande Líder Kim II Sung, não foi fácil enfrentar o duro regime, pois ele era ignorado, e tratado como qualquer um, crescendo sem a mínima atenção, cuidado, ou mesmo amor. Um país onde as pessoas morriam de desnutrição, sendo executadas ou mesmo mau tratadas pelo próprio governo, escravizadas a duras horas de trabalho, debaixo de sol, chuva ou qualquer situação climática desfavorável, em fábricas, fazendas e minas de carvão, ainda tendo que acreditar que era uma raça inferior, recebendo a humilhação de receber a condenação de se ter um sangue impuro e ter que lavar sua herança pecaminosa delatando seus próprios pais. Não foi fácil para Shin, que aos 23 anos, após de correr vários riscos consegue fugir dessa chacina, e sobreviver a duras perdas e memórias em sua vida.
Com suas tristes e silenciosas memórias, depois de tanto tempo, o jornalista Blaine, vai tentando resgatá-las do norte-coreano fazendo com que ele fale as mais profundas e dolorosas recordações, que vão desde os tempos de criança, quando viu sua mãe e seu irmão sendo mortos na sua frente, sua prisão, os trabalhos forçados, as torturas, à sua fuga.
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Jenefer 05/09/2015

Livro incrível
Uma história incrível, que merece ser lida por todos!
O livro conta a trajetória de um garoto que nasceu em um campo para prisioneiros políticos na Coréia do Norte. Viveu lá até os 23 anos e conseguiu fugir recentemente, já nos anos 2000. Conta como era a vida, os relacionamentos e tudo o que o garoto teve que se sujeitar na luta pela sobrevivência.
Livro chocante e que vale muito a pena a leitura!
Recomendo!
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Gabriel.vini30 05/02/2015

Revelador e chocante
A fuga do campo 14 não se trata apenas de um relato como o feito em muitos livros sobre sobreviventes de campos de concentração,o diferencial deste é o fato do sobrevivente Shin ter nascido em um campo, ter sido privado de emoções e assim ter aprendido até hoje com dificuldades a amar, sorrir e sentir emoções.
A história é um tapa na cara do mundo que vive preocupado com os direitos humanos quando um pais sem autonomia nenhuma no cenário mundial faz barbaridades as quais todos sabem e as quais ninguém faz nada a respeito,se Auchwitz-birkenau ou Treblinka chocam as pessoas, o campo 14 consegue aflorar ainda mais esses medos.
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Elisabete Bastos @betebooks 13/09/2018

Dinastia de Ditadores - Kim - Coreia do Norte
O livro é um campo de reflexão: nascer e viver em um campo de trabalhos forçados. A palavra amor não existe, pai, mãe o importante é trabalhar e purgar os pecados de seus familiares. Qual o pecado? Os irmãos do pai fugiram de um país sem liberdade, da fome, corrupção, que idolatra homem no poder, que deixa o povo sem enxerga à realidade...
O que gerou neste jovem?
"Eu era mais leal aos guardas do que a minha família" página 54
Shin trabalhou numa fazenda de porcos, por três anos, depois numa fábrica têxtil, lá perdeu parte do dedo por deixar uma máquina de costura cair e se quebrar...
A fome sempre o atormentou...
No campo delatou a sua mãe e irmão que foram mortos, só pensava na sobrevivência.
Conseguiu fugir do campo foi para China, depois Coreia do Sul, foi aos EUA, mas vive acorrentado no seu passado.
O seu primeiro aniversário comemorado com amigos foi com 26 anos na Coreia do Sul.
"Fugi fisicamente, não fugi psicologicamente. , às fls. 182."
O livro é o testemunho de que fazem governos totalitários lavagem no povo, sem direitos mínimos, sem direito a pensar, o Estado controla tudo até incutir trair seus pais, enganar, para sobreviver...
Vamos ler e ecoar as violações dos direitos humanos na Coreia do Norte.
Livro necessário.
Luci Eclipsada 13/09/2018minha estante
Esse livro é forte. Li uma vez e fiquei tão abismada que até hoje não penso em releitura. Muito pesado, porém necessário!


Elisabete Bastos @betebooks 13/09/2018minha estante
Concordo. Muito denso, triste e revoltante em relação a Estado Totalitários.




ritita 20/05/2019

Deus, porque abandona estas pessoas?
É um livro reportagem. Mas acho que nunca lerei nada mais torturante.

Shin Dong-hyuk nasceu e cresceu em um campo de trabalhos forçados na Coréia do Norte. Até 2012 foi o único prisioneiro a escapar.

Apesar da história ter similaridades com o livro Para poder viver, lido recentemente, a narrativa com detalhes sórdidos chega a ser doentia, por várias vezes parei a leitura para poder respirar. Desumano? Não. Desumanos foram os campos nazistas, os campos de trabalhos forçados norte coreanos são diabólicos, onde mesmo quem castiga, de alguma forma também é castigado - absolutamente ninguém escapa- pois vivem trancafiados em ermos gélidos do país. Um regime que, ao contrário dos campos nazistas, onde os prisioneiros protegiam-se, obriga-os, por lei, a delatarem-se, seja mãe, irmão, pai ou filho.

Um regime tão absolutamente totalitário, que o suicídio de algum deles era visto como tentativa de escape a seus domínios e a família pagava com sentenças diabolicamente perversas.

Enquanto Auschwitz durou 3 anos, o Campo 14 é um "experimento" ainda em curso no séc. XXI, ou seja AGORA!

Shin não foi mortalmente ferido no corpo - estas dores se curam, foi violentado na mente e na alma.
O que eu achei do livro? Que se uma bomba atômica caísse hoje na Coréia do Norte, acabaria com a vida de Kim Jong II e aliviaria seu povo de um sofrimento pior que a morte.

Agradeci a Deus por ter nascido num país de terceiro mundo, onde o pior dos sofrimentos, maioria das vezes, é apenas a fome. Agradeci por ter voz, comida no prato e o direito de ir e vir.
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Alex L.S. 16/08/2019

Realidade bizarra
É inacreditável que exista tanta falta de humanidade.
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Thiago548 03/10/2014

Chocante e ao mesmo tempo espetacular!
O livro conta como é a "vida" e a odisseia de Shing Don-Hyuk um dos poucos sobreviventes que se tem notícia, a fugir do famigerado campo 14 na comunista coreia do norte, o livro é um relato chocante e ao mesmo tempo enriquecedor e relata, não só a fuga do sobrevivente mas também de outras questões como: tráfico humano, mercado negro e etc... Toda pessoa que reclama da vida deveria ler esse livro. Altamente recomendado!
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