As virgens suicidas

As virgens suicidas Jeffrey Eugenides




Resenhas - As Virgens Suicidas


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honey 08/09/2023

Intrigante mas senti que deu voltas voltas e mais voltas sem muito desenvolvimento, tentei até o fim mas a narrativa não me conquistou mesmo
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xoxoanalu 14/02/2022

this is what makes us girls
?tocante, romântico e engraçado; cheio de sentimentos detalhados sobre ser uma adolescente?? sofia coppola.

o livro perfeito para garotas solitárias e tristes sobre garotas solitárias e tristes.

eu sou extremamente apaixonada pelo filme da sofia coppola e sempre quis ler o livro. e quando vi no sebo, não pensei duas vezes antes de comprar.

fiquei impactada, a sofia coppola foi extremamente fiel ao livro em sua adaptação e isso é muito bom. mas não vou dizer sobre o filme aqui, porque não é sobre isso que quero. mesmo que o adore (e realmente recomendo, tal qual o livro).

o tipo de narrativa de jeffrey eugenides é simplesmente impecável. é um dom incrível que ele tem, e isso transformou a história incrivelmente envolvente, mesmo que tenha demorado para concluir a leitura. porém isso só aconteceu porque odeio capítulos compridos, e isso me deixa preguiçosa para ler. entretanto não queria largar o livro, não queria largar a história.

a história das meninas lisbon é uma tragédia melancólica e linda, com um ar poético incrível.

?as virgens suicidas? é uma experiência, um diário cheio de sentimentos, algo completamente memorável.

lendo o livro tive a sensação de que elas realmente existiram, e isso é muito único. cada uma delas viveram e elas tiveram seus motivos para fazer o que fizeram. quando assisti o filme entendi o motivo, mas agora que li o livro, realmente entendo o motivo porque elas fizeram o que fizeram, é algo mais complexo do que apenas ?liberdade?. as meninas lisbon eram garotas que queriam ser vistas pelo o que eram, mas ninguém as via assim; elas eram tidas como perfeitas, musas, deusas, símbolos sexuais. só que não era isso que elas queriam, e ninguém percebeu.

não me frustrei lendo e nem nada, mas, se parar para pensar, é uma situação extremamente frustante. porque a história é contada pelos meninos que eram extremamente apaixonados e obcecados pelas meninas. e essa obsessão toda que eles geraram apenas o cegaram, eles não viram o que estava bem a frente deles, eles queriam que elas os amassem da mesma forma como eles diziam amá-las. só que é óbvio que elas entenderam isso pelo motivo de como tudo foi executado.

o livro é impecável. e tem um grande espaço em meu coração agora.
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Nernwie 08/07/2021

Perturbadoramente instigador
Ler esse livro foi uma das coisas mais perturbadoras que eu já senti. A leitura foi pesada ao mesmo tempo que foi muito fluída, eu devorei o livro em menos de um dia e todas as emoções foram despejadas em mim de uma maneira muito incisiva.

Eu vi algumas resenhas e me senti estranha pelo simples fatos de ter entendido. Eu entendi o motivo pelo qual as meninas fizeram o que fizeram. Talvez eu não esteja certa (meio confuso), mas eu sinto que entendi. Como uma menina de 17 anos eu me vi nas meninas e eu entendi.

Mas enfim, sobre a leitura: Eu amei a narração, nunca tinha lido algo assim, com uma 1º pessoa no plural, porém, ao mesmo tempo, eu odiei os narradores, odiei a forma como as meninas são vistas como forças da natureza, como MULHERES perfeitas, cheias de sensualidade e malícia, eu odiei.

Descrevem em um momento a diferença das meninas, mas a real é que ninguém viu nenhuma diferença, elas nunca foram tratadas como pessoas, sempre como deusas, e meu deus que aflição, que tristeza, que raiva, que desconforto.

Cecília, Bonnie, Mary, Lux e Therese são pessoas, pessoas que nunca foram vistas como seres individuas, são CRIANÇAS que eram vistas como objetos sexuais e como objeto de desejo dos homens/meninos, elas só foram isso, o tempo todo, como as meninas sempre são vistas, infelizmente. Até os pais prendiam-nas como se fossem furacões que precisam ser contidos.

eu chorei, eu xinguei, eu amei, eu odiei, eu dei 5 estrelas e coloquei como favorito.
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Dani 01/04/2021

Fraquinho
Não é um livro totalmente ruim, mas se você não gosta de livros enrolados, desfocados e um tanto pretenciosos, não recomendo a leitura deste.
kiwia 01/06/2021minha estante
Queria ter visto esse comentário antes de começar kk.




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Manuella_3 10/09/2014

Um vazio existencial tão profundo quanto inalcançável
As Virgens Suicidas é um livro intenso, inquietante, perturbador, sem perder a delicadeza com que trata o tema. Embora não se prenda ao suicídio, mas à busca pelos motivos que conduziram cinco irmãs ao desatino do ato, o leitor se junta ao narrador até que todas as explicações sejam dadas. Mas não serão, preciso dizer. A viagem proporcionada por Eugenides é outra, acho até que o autor quer também decifrar esse enigma. Então, abre as cortinas para o drama da família Lisbon, desmontando as peças supostamente organizadas de uma sociedade que observa e não se compromete, julga e acusa sem provas, lava as mãos para os problemas alheios e depois reclama soluções para os seus.

O suicida é alguém que desistiu, que não encontrou o que buscava, que não teve o que precisava? Costurando as histórias das irmãs, que convergem para o mesmo conflito, o autor desenrola o drama com uma habilidade que eu não havia experimentado até então: começa com um distanciamento entre leitor e narrativa, como se ouvíssemos alguém contando um caso curioso. E como um diretor de cinema, usando a câmera num zoom potente, aproxima e ajusta o foco, lançando o espectador sobre o caso. De repente nos sentimos bem perto das meninas, respiramos suas dores, queremos estender a mão para elas, impedir uma nova tentativa... e sempre, junto aos observadores, tentamos encontrar justificativas.

Cinco irmãs (que têm entre 13 e 17 anos) cometem suicídio, no intervalo de um ano. Cecília é a mais nova e abre caminho para a sucessão de desgraças que atingem a família Lisbon. A partir de sua morte começamos a conhecer um pouco de cada personagem, sendo Lux a mais provocativa das irmãs. Ao lado delas, Thereza, Mary e Bonnie comovem o leitor. A mãe é rígida demais, controla o que as meninas vestem, proíbe maquiagens, festinhas e saídas. O pai, professor da escola em que estudam, vigia cada passo das filhas, mas é, sobretudo, um fraco, conivente com a repressão imposta pela esposa, um homem que não sabe lidar com o universo feminino. O estranhamento causado pela mudança em seus odores, interesses e corpos, o barulho e o movimento das meninas deixam o inexpressivo Sr. Lisbon completamente perdido. Isso me fez refletir sobre o nosso tempo presente, com homens ainda aturdidos com as conquistas femininas e todas as novas necessidades que a vida moderna impõe e/ou desperta nas mulheres.

Naquele momento o Sr. Lisbon sentiu que não sabia quem ela era, que os filhos são somente estranhos com quem a gente concorda em viver."

Do outro lado da rua os garotos fervem com o amadurecimento sexual e se interessam por tudo o que cerca o ambiente misterioso das irmãs Lisbon. Lindas, elas encantam os meninos-narradores, que até o final não sei dizer se era um só falando por todos ou se vários se revezaram na tarefa de contar a história que aterrorizou e transformou a vida daquele bairro, numa cidadezinha americana na década de 70.

Com a partida prematura de Cecília, a família morre junto. A casa vai se deteriorando dia após dia, as proibições da mãe aumentam e as meninas ficam reclusas. Não há mais vida ali (se é que houve antes). Aos poucos não há mais luz na casa, a comida começa a escassear e a angústia que vivem preocupa a vizinhança, que tenta, em vão, ajudar. Os Lisbon estão debruçados sobre a dor e fechados na loucura, arrastando o leitor para uma aflição crescente.

Preciso destacar um momento ímpar na leitura: uma troca entre meninas e meninos, através de canções que ambos tocam pelo telefone, sem que nenhuma das partes fale alguma coisa. E o autor presenteia o leitor com a lista das canções que os personagens ouviram. É um último pedido de ajuda, mas que os meninos não sabem como atender. E é dolorosamente melancólico acompanhar o silêncio que grita nessas meninas. A grande habilidade do autor em promover um encontro entre personagens e leitor é absurda! Senti como se estivesse mesmo ali, acho mesmo que vi aquelas meninas na janela, vi as luzes piscando num SOS desesperado, estava com elas abraçando o olmo do jardim, talvez a última lembrança de uma infância feliz (por não compreender que a dor existe e está prestes a aflorar).

'No estéreo, Garfunkel começou a dar seus agudos, e não pensamos em Cecília. Pensamos em Mary, Bonnie, Lux e Thereza, presas à vida, incapazes de falar conosco até agora, mesmo dessa maneira inexata e tímida.'

A estrutura do texto pode cansar os leitores que adoram páginas recheadas de diálogos. A escrita de Eugenides é forte, precisa, com trechos dignos de nota. O narrador fala quase o tempo todo sobre o que viu do outro lado da rua ou da janela do vizinho, junto aos outros meninos obcecados pela beleza e mistério das irmãs Lisbon. Pouquíssimos diálogos, muita tensão e vários questionamentos. E alguma diversão, porque os meninos são mesmo uma curtição à parte.

Não é a vida uma construção eterna? Não são os altos e baixos, numa tentativa sem fim de equilibrar problemas, emoções e sonhos? Não é a busca que nos impulsiona, a expectativa de realização que alimenta nossos planos, fases que, vencidas, nos conduzem a novas buscas? Não há como entender o ato, nada explica um suicídio. Médicos consideram disfunções mentais ou fisiológicas. Psicólogos sondam conflitos não resolvidos. Nós, especuladores, tentamos reunir todos os dados disponíveis e até acusamos a vida que as meninas levavam. Ninguém entende como cinco irmãs decidem pelo suicídio, em conjunto e ao mesmo tempo. Não é um fato isolado que leva ao atentado contra a própria vida, creio, é um desalinhamento entre o que pensamos, sentimos e experimentamos (ou não). Um vazio existencial tão profundo quanto inalcançável (para os terapeutas).

Fiquei angustiada e cheia de indagações sobre o tema durante a leitura. Indico o livro para quem aprecia um desnudar (quase) impiedoso da alma humana.
Nanci 05/05/2014minha estante
Parabéns, Manu, pela ótima resenha. Li "Middlesex" e gostei muito; agora vou colocar "As virgens suicidas" na lista de desejados.

Beijo.


Manuella_3 05/05/2014minha estante
Sempre uma grata surpresa ter um comentário seu, Nanci, querida!


Arsenio Meira 05/05/2014minha estante
Manu, O Eugenides é, pelo conjunto da obra, o melhor escritor contemporâneo dos EUA. E sua resenha faz justiça à prosa poética, às metáforas tão bem tecidas por ele em meio a uma história de dor, repressão (familiar e religiosa) e tragédia.
Abraços
Arsenio


Alê | @alexandrejjr 14/06/2020minha estante
Manuella, se eu te disser que apesar de não ler o livro eu consegui visualizar cada cena da adaptação dirigida pela Sofia Coppola na tua resenha, tu acreditas? ?


Manuella_3 14/06/2020minha estante
Hahaha, que legal! Não vi o filme, mas imagino a delicadeza de Sofia.




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tete 16/03/2023

?No fim não importava quantos anos elas tinham ou que fossem meninas, mas apenas que as amamos e que elas não nos ouviram chamar, e ainda não nos ouvem, aqui em cima na casa na árvore, com cabelos rareando e barrigas moles, chamando-as para fora dos quartos onde entraram para ficar sozinhas para sempre, sozinhas no suicídio, que é mais profundo que a morte, e onde nunca encontraremos as peças para montá-las outra vez.?
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Mawkitas 04/10/2023

Olhares que idealizam e desumanizam o feminino
As Lisbons são 5 irmãs adolescentes, brancas, loiras, de uma família católica dos anos 70 que se suicidam em um período de cerca de um ano. Divididas entre duas tendências extremas conforme crescem, as meninas tentam cavar um espaço de existência possível demonstrando uma capacidade de resistência verdadeiramente admirável mas que eventualmente não é suficiente para fazer frente às grandes pressões a que estão submetidas. Se por um lado são alvo de adoração, tesão e um caminhão monstro de idealização desumanizante por parte dos meninos e homens de sua comunidade, por outro encontram em casa uma educação religiosa repressora que veda quase que completamente o acesso a processos de individuação e de expressão e vivência da sexualidade.

Entregues às expectativas infladas da família e dos homens, ninguém vê as meninas, ninguém as ouve realmente, ninguém se importa com quem elas são. Dessa forma, mesmo imersas em um sofrimento psíquico enorme, as Lisbons não são consideradas pelo que há em cada uma delas de subjetivo, de singular. A leitura é angustiante pois conforme o livro avança constatamos a negligência extrema da qual as irmãs são vítimas: não há nem o pudor de uma tentativa meia boca de disfarçar o que acontece. E o que todos esses maus tratos amplamente perceptíveis geram em todos que se comprazem em observar as meninas? Curiosidade, pena, fantasias heroicas bem patéticas em que se imagina salvar - e seduzir, beijar, bolinar, comer - as Lisbons. Qualquer fiapo de imaginação voltado para proteger ou cuidar das adolescentes morre logo na casca, tanto em função da passividade das pessoas quanto da insinceridade de suas intenções.

Romantização do sofrimento feminino, normalização da cultura de estupro e idealizações que desumanizam e isolam as meninas, foi isso que eu li de cabo a rabo.
Vania.Cristina 16/11/2023minha estante
To de olho nesse livro. Ele anda me chamando.


Mawkitas 19/11/2023minha estante
É muito bom!




rebeecasouza 14/11/2023

Meu favoritão, n ligo se alguem não gosta, é perfeito e entrega tudo o que promete. descansem em paz irmãs lisbon, vcs teriam amado lana del rey e taylor swift
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@limakarla 03/09/2023

Um livro sobre a morte, mas não só ela, tudo o que vem depois que ela acontece. As pessoas que ficam, os enigmas deixados, as idealizações, as peças que não se conectam e a tentativa insuportável das pessoas tentarem conectar tudo como um quebra-cabeça. No fim, uma pessoa nunca terá acesso completo aos motivos das decisões que os outros tomam. Ainda mais se tratando da morte.
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Nessa Gagliardi 23/06/2010

Leitura curiosa essa...
O tema do livro não é dos mais 'felizes', então imaginei que fosse um grande aprofundamento das emoções e pensamentos das tais virgens suicidas. Não era.
Na verdade, as Virgens Suicidas têm suas histórias (ou história, no singular, já que a vida das 5 muitas vezes se mesclam e se confundem em uma só para seus observadores) contadas por admiradores que as conheceram 20 anos antes, enquanto eram crianças.
Claro que com esse tema é difícil ser um livro leve, mas ele tampouco é profundo. Sei lá, fiquei copm a impressão que ele não era nada. Nem lá, nem cá, triste nem alegre, doce nem feliz. Não acresecentou nada e tampouco agradou.
Luana Silva 26/11/2011minha estante
Fiquei mais ou menos com a mesma sensação. Pelos comentários o livro parece muito superior ao que realmente é, achei superestimado demais. A proposta é ótima, é um tema intrigante, mas não achei que foi desenvolvido da melhor forma. Não me choquei, não me emocionei e do meio do livro em diante, em alguns momentos, me entediei com alguns detalhes irrelevantes.




L.M. 02/10/2020

Motivos
Uma sociedade adoecida em tantos aspectos que não consegue compreender o motivo das mortes em sequência das irmãs Lisbon. Durante toda a leitura, a narração insiste que nunca conseguiu descobrir o por que - enquanto explica todas as nuances e intimamente nos explica cada tijolo que construiu o muro psicológico daquelas garotas. Uma reflexão não sobre o suicídio em si, mas sobre o quanto podemos estar cegos ao sofrimento alheio, mesmo que esteja debaixo do nosso teto ou do outro lado da rua.
Tainá.J 03/10/2020minha estante
Perfeita resenha! Fiquei me perguntando o tempo todo se ninguém mesmo conseguia entender os motivos delas... É surreal perceber o quanto estamos desligados mesmo do sofrimento alheio e insensíveis à nossa responsabilidade em tais atos.




Dri 25/01/2021

Virgens suicidas
Não sei o que estava esperando do final. É uma história cheia de camadas, as coisas não são fáceis para as irmãs. É um livro triste.
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Geovana348 27/07/2022

Poético
Eu li esse livro quando era bem nova, uns 10 anos atrás. Desde então eu sempre pensava nesse livro porque ele me tocou de uma forma que eu (pré adolescente) não conseguia expressar. Eu não sabia porque eu gostava desse livro, eu só sabia que eu gostava. Com o passar do tempo eu continuei gostando porque me marcou muito, mas continuava sem saber o motivo. Hoje, relendo, com um olhar mais maduro, amo esse livro ainda mais. Esse livro é poético, sofrido, memorável. O autor tem uma jogada de palavras maravilhosa, cheio de sinônimos e metáforas, o que torna uma leitura fluida e muito satisfatória. Assim como os meninos, eu sou fascina pelas Lisbon, pelo sofrimento e pelo amor que elas buscavam. Em certo momento da minha vida, passando por dificuldades, eu consigo entendê-las e amá-las, assim como o narrador, eu gostaria de fazer algo por elas, mas como ele mesmo disse, elas buscavam um amor que eles não podiam oferecer?.
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