As virgens suicidas

As virgens suicidas Jeffrey Eugenides




Resenhas - As Virgens Suicidas


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majisai 28/02/2024

Muito bom ta
Como um homem conseguiu captar a essência da porquisse masculina eu nunca vou entender.

O narrador retrata a obsessão de seu grupo de amigos nas irmãs Lisbon que cometem suicídio em conjunto. Eles ficam o livro inteiro se perguntando o porquê delas terem feito isso, sendo que, talvez por eu ser uma mulher, ou talvez por eu ter vivido com uma melancolia sem explicação, entendi desde o primeiro momento.

O ponto é que enquando as meninas pediam ajuda de maneira sutil e algumas vezes de maneira desesperada, os meninos estavam mais preocupados com a calcinha delas e as pessoas com quem elas se relacionavam.

O narrador trata as meninas como criaturas superiores inalcançáveis, sendo que diversas vezes é mostrado como elas tem sim uma abertura pra conversar com os outros. Chega um momento que dá um desespero porque ninguém simplesmente puxa uma conversa com as coitadas, sendo que em certo ponto é revelado que elas são bem falantes e acaba sendo um choque para, obviamente, os homens.

Apesar de ser um livro escrito por um homem, com a visão masculina, parece que é apenas entendido por mulheres, como se você, mulher lendo, estivesse em um círculo fechado com as meninas Lisbon, que o próprio narrador não faz parte por não querer entender.
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bruisreading 24/01/2022

Melancólico e intrigante.
Confesso que não sei direito o que achar desse livro, não consegui entender muito bem se o significado dele é realmente o que eu interpretei, mas enfim?

Pra mim, As Virgens Suicidas fala sobre o lado obscuro e melancólico da adolescência vindo a tona por meio de fatores familiares, pais conservadores que privam seus filhos da vida; pressão de estereótipos da sociedade e a busca pela perfeição; e acreditar que a única finalidade da vida é cumprir tais papéis que lhes são impostos, abortando os próprios sonhos e vontades, que acarretam a ?diminuição de serotonina?, levando-as ao suicídio.

Minha opinião sobre esse livro é que é bom, mas pacato em muitas partes, não gosto tanto de histórias contadas em 3ª pessoa, pois não me prende e tenho a sensação de que não entendo direito o que leio. Mas no geral a escrita é fluida, e é um bom livro pra quem, assim como eu, gosta de coisas reflexivas.
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Sabrina 07/01/2010

Gostei tanto do livro quanto do filme, acho que Sofia Coppola fez um excelente trabalho. É um dos livros mais sensiveis e intensos que já li, aborda com uma profundidade incrivel o universo feminino e os conlfitos pessoas adolescentes.
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Ivandro Menezes 25/12/2021

Um novo clássico
As virgens suicidas é o romance de estreia do estadunidense Jeffrey Eugenides. Além do sucesso de crítica, se destacou pela adaptação ao cinema que marca a estreia na direção de Sofia Coppola.

O romance narra a história das irmãs Lisbon que no período de um ano cometem suicídio. A partir da morte de Cecília, com apenas 13 anos, os garotos da vizinhança tentam montar o quebra-cabeça que explique a morte das Lisbon.

Eugenides traz um narrador em primeira do plural e vai apresentando a vida ordinária da classe média da Detroit dos anos 1970.

Se por um lado aprofunda a tristeza e desolação dos Lisbon, cuja decadência aparece nos corpos e na casa, traz com leveza e algum humor o florescer da adolescência e da sexualidade.

As tensões de um período transitório também se apresentam na geração do Pós-Guerra.

A habilidade e escrita de Eugenides surpreende, sobretudo se pensar ser esse seu livro de estreia. O interesse que tem na literatura do séc. XIX aparece na estrutura de suas sentenças, no desdobramento do enredo, ampliando perspectivas e trazendo detalhes que permitem colocar as irmãs dentro de uma época, de uma sociedade, de um contexto cultural, político e econômico.

Um daqueles livros que estará entre os favoritos.

Há três edições por aqui (Brasil). Li na edição pocket da L&PM, em parceria com a Rocco, e tradução de Marina Colasanti.
Lennon 30/01/2022minha estante
Ótima resenha, coisa rara por aqui!


Ivandro Menezes 31/01/2022minha estante
Obrigado, Lennon.




Dri 25/01/2021

Virgens suicidas
Não sei o que estava esperando do final. É uma história cheia de camadas, as coisas não são fáceis para as irmãs. É um livro triste.
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L.M. 02/10/2020

Motivos
Uma sociedade adoecida em tantos aspectos que não consegue compreender o motivo das mortes em sequência das irmãs Lisbon. Durante toda a leitura, a narração insiste que nunca conseguiu descobrir o por que - enquanto explica todas as nuances e intimamente nos explica cada tijolo que construiu o muro psicológico daquelas garotas. Uma reflexão não sobre o suicídio em si, mas sobre o quanto podemos estar cegos ao sofrimento alheio, mesmo que esteja debaixo do nosso teto ou do outro lado da rua.
Tainá.J 03/10/2020minha estante
Perfeita resenha! Fiquei me perguntando o tempo todo se ninguém mesmo conseguia entender os motivos delas... É surreal perceber o quanto estamos desligados mesmo do sofrimento alheio e insensíveis à nossa responsabilidade em tais atos.




Vinicios0 28/02/2024

Em memória das Meninas Lisbon
No começo achei que seria aqueles livros água com açúcar com toque de suspense.

Terrivelmente enganado.

O livro é literalmente uma viagem para junto dos rapazes que tanto gostam e vigiam as meninas Lisbon.

A maneira que o autor escreve faz você não querer parar de ler. O livro é rico em detalhes, mas detalhes necessários e que agregam muito ao resultado final da estória, bem parecido com que Stephen King faz.

Você se torna parte desse grupo de meninos, mas também sente as dores e sofrimentos das irmãs Lisbon, você sente como se fosse real, se fosse com você.

Na época que o livro foi escrito ainda não se sabia muito sobre depressão, ansiedade e pânico. Mas ele já dá algum indício de que já estava indo pro que conhecemos hoje.

Poucas coisas me fizeram baixar a nota pra 4 estrelas. Mas o começo do livro que é meio confuso, mas depois do segundo capítulo tudo de ajeita.
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Alana N. 06/08/2021

"Pensando em retrospecto, concluímos que as meninas tinham passado o tempo inteiro tentando falar conosco e pedir nossa ajuda, mas estivéramos apaixonados demais para ouvir."
“Virgens suicidas” foi um livro bom, mas bizarramente longo. (Sim, foram as duzentas páginas mais longas da minha vida. Gzuis!)
Bem, é inegável que o autor escreve de uma maneira incrivelmente poética. Inclusive esse é meu segundo contato com o trabalho dele, então dá para perceber ritmo e maturidade em tudo que ele cria.
O problema, pelo menos para mim, foi que a leitura parecia que não estava avançando. E acredito que isso se deu porque o livro é dividido em apenas cinco capítulos (provavelmente cada um para representar uma irmã, mesmo que eles não se dediquem, exclusivamente, a cada uma), e eles são pouco “quebrados”, o que faz com que você tenha que ler trinta páginas seguidas para, finalmente, encontrar uma pausa. (Não sei você, mas eu acho isso muito desgastante.)
Mas, tirando esse problema estrutural, foi uma leitura muito interessante. Ainda estou tentando aceitar algumas coisas e digerir outras, mas as questões que esse livro aborda são muito interessantes e pertinentes. Sem falar que o ponto de vista que nos é apresentado é muito real, o que torna a história ainda mais imersiva.
Sinceramente, não sei se o indico para todo mundo. Talvez se você já for uma pessoa familiarizada com narrativas mais lentas, essa pode ser uma boa opção. Mas se você é do tipo de leitor que precisa que muita coisa aconteça e que tudo seja extremamente rápido e dinâmico... Bem, melhor ficar meio longe desse aqui. Com toda certeza você vai abandonar e tudo mais, o que não é uma coisa boa, já que esse é um trabalho bastante admirável. E é isso.
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Sophia Estrela 25/03/2021

esse é o tipo de livro que ou vc ama ou odeia. eu sei que só dei essa nota pq me deixo impressionar facilmente.
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Jules 30/04/2022

As virgens suicidas
O livro é escrito em forma de documentário feito pelos meninos, que foram vizinhos das meninas Lisbon. Ele trás uma narrativa monótona que assusta quem vai atrás da história para saber o que levou as Lisbon ao ato derradeiro.
Possui longos capítulos de pura reminiscência e suposições sobre como viviam as meninas Lisbon.
Somos levados até a atmosfera, com certeza criada pela imaginação fértil dos garotos, etérea e feminina que viviam as meninas em seu quarto e suas roupas que transbordavam feminilidade. As meninas são objetificadas, viram objetos de desejo e análise dos vizinhos. Não são tratadas como seres humanos, mas são beatificadas em um manto sagrado invisível.
No livro, quando uma leve esperança desperta em nosso peito de que as meninas podem ter um outro fim, somos trazidos de volta a realidade a todo momento quando é afirmado o fim que as Lisbon tiveram.
De quem será a culpa do suicídio das meninas?
Bem? isso o livro não conta, mas deixa margens para hipóteses e ponderações.
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Sofia 29/07/2021

As virgens suicidas
Cecilia se suicidou. Depois de uma tentativa falha, ela conseguiu. A janela por onde saiu não foi mais fechada.
Depois desse triste acontecimento, suas irmãs passaram a ganhar destaque na vizinhança. Mary, Lux, Therese e Bonnie andavam apenas juntas, sem deixar transparecer qualquer sentimento.
Todos questionavam os motivos de Cecilia para acabar com sua vida tão abruptamente. Quais eram os grandes problemas que a garota tinha? Era tão jovem.
Assim elas desapareciam em plena vista. Seus pais, não demonstrando como se sentiam, passaram a tentar superproteger as garotas.
Privadas de experiências comuns da adolescência e vivendo por períodos ruins, elas fizeram o mesmo que a irmã.

"As virgens suicidas" fala sobre como a adolescência é um período sombrio e pode ser difícil de superar. Sem apoio e perspectivas reais, as garotas encontraram a única solução que fez sentido para elas.
Gostei muito da temática e abordagem do livro. Achei que alguns pontos poderiam ter sido mais elaborados e os capítulos mais divididos. Porém é uma leitura muito boa. Recomendo!
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Mariana 15/09/2020

Sensacional
Eu comecei As Virgens Suicidas como quem não queria nada, uma leitura para passar o tempo, mas fui ficando fascinada.

A narrativa é simplesmente sensacional. Tem um tom de documentário, tudo é relatado como se fosse um caso e, apesar de nos contar o que se passava na vida de todos os personagens, como um deus onipresente, nunca conseguiu nos contar o que se passava de verdade na cabeça das irmãs Lisbon.

Eu tive alguns problemas com a romantização da narrativa quando falava nas irmãs, mas tudo se justifica quando entendemos que estamos olhando de fora para meninas lindas e desejadas pelos narradores.

Apesar de elas serem centrais, não é a história delas, é a história de como aquele ano terrível (e alguns anos anteriores) afetaram a vida dos vizinhos, dos colegas de escola, do subúrbio inteiro onde elas moravam e, especialmente, das pessoas que as rodeavam e nas quais elas deixaram marcas.

Eu adorei ver como uma simples atitude dos pais Lisbon, que apenas queriam o bem das meninas de seu jeito torto, é capaz de desencadear uma reação que leva toda a família para a tragédia.

Com certeza, eu vou fazer uma releitura porque já percebi que muitas das nuances eu não consegui captar ainda.

Para mim, perfeito.

site: https://www.instagram.com/marianabortoletti/
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Aurea25 28/12/2023

Toda sabedoria leva ao paradoxo
O livro narra a vida de 5 irmãs adolescentes que cometem suicídio.

A prosa é gostosa, apesar de pesada. Narrada por um vizinho das meninas, sem nome, sem idade, a impressão que tive é que não passa de um fantasma a observá-las.

Mais do que a morte, o que me importou na história foi a vida das meninas Lisbon. Todas idolatradas pelos meninos, todas cheias de sofrimentos inexplicados, mas bem explícitos no livro em algumas partes. E todos esses sofrimentos completamente ignorados por todos ao redor.

A pessoas que já leram um pouco sobre o tema do suicídio, fica claro o motivo das mortes. No fim, para elas, a inexistência era melhor do que a existência. Tão simples, tão complicado.
Fabio 03/01/2024minha estante
Adorei a resenha, Áurea!?




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