Eris 03/01/2020
Ótimo!
Lucy vem de uma família com um longo histórico de câncer, doença que levou embora sua avó, tia materna e mãe. Graças a isso, as chances de ela, ou uma de suas irmãs, ficar doente é muito alta. O que de fato acontece, alguns anos atrás, porém, ela consegue sobreviver.
Lucy é casada com Mickey, um homem que a ama muito, porém, este sofre com Transtorno Bipolar, o que o torna, muitas vezes, uma ameaça a si mesmo, e também às pessoas que o rodeiam, exceto Lucy, que apesar das dúvidas que teve no passado, e dos muitos problemas que enfrentou com as irmãs por escolher se casar com este homem problemático, nunca duvidou da capacidade que Mick tinha de fazê-la feliz.
Por medo do seu histórico, e também por conta dos problemas de Mickey, o casal decide fazer uma lista de cosias que nunca poderiam acontecer com eles, o que incluía nunca terem filhos, porém, apesar de uma ligação nas trompas, o improvável acontece, e Lucy acaba ficando grávida. O que muda completamente a vida de ambos. No entanto, como nem tudo são flores, Lucy descobre durante a gravidez que seu câncer voltou, e agora ela tem de decidir se interrompe a gravidez para tentar se salvar da doença, ou se leva a gravidez ao final, sabendo que talvez não tenha tempo de ter o bebê, anulando suas possibilidades de cura.
O livro é lindo, triste, reflexivo. É impossível não se emocionar. São tantas emoções presentes: medo, angústia, aflição, escolhas difíceis, problemas familiares. Um misto de emoção que turva nosso olhar, por conta das lágrimas impossíveis de segurar. Eu só tenho uma pequena ressalva: acho que a autora enrolou um pouquinho no começo do livro, o que torna o início um pouco lento, mas depois que o livro nos prende, fica impossível de largar.
Dois dos pontos mais relevantes, para mim, é a descrição da doença psicológica de Mickey, e a relação entre a doce Lucy e suas duas irmãs, Priscilla e Lily, que fazem do livro uma obra fabulosa.