Sônia Gregoski 24/04/2024
Publicado em 1853,Villette,conta a história de Lucy Snowe,uma jovem sozinha,sem família,perspectiva e dinheiro,que parte da Inglaterra para outro país em busca de novas oportunidades.
Estrangeira e sozinha,Lucy encontra emprego como professora de inglês em um pensionato,onde vive solitária e depressiva,lugar este,em que sua religião é constantemente depreciada e seus passos vigiados.
Sua solidão diminui através de uma amizade peculiar e improvável,que a ajuda a mudar o seu destino.
Nunca li um livro onde o tema solidão é tão palpável!
A história é narrada pela própria protagonista,Lucy,e em todo o livro ela conta detalhes da sua história mas como se ela fosse uma sombra, sempre em segundo plano,meio que insignificante.
A forma como ela é tratada no pensionato é revoltante.
Sofre perseguição religiosa,por ser estrangeira,com a falta de privacidade e por ter que suportar toda essa situação.
Sobre a edição preciso dizer que é muito bonita,conta com capa dura e corte lateral colorido,mas que por possuir a lombada aberta tornou a leitura um pouco desagradável,por diversos momentos tive que ter mais cuidado para não rasgar ou desgrudar,realmente achei desconfortável de manusear.
Outro fato que não gostei é em relação às traduções das frases em francês,diferente de outros livros onde a tradução é no rodapé da página, nessa edição,encontrasse no final do livro,em forma de glossário,o que tornou a leitura mais lenta e confusa.
Essa não é uma leitura fácil,é densa e lenta.
Não possui grandes acontecimentos,é uma descrição da vida da protagonista contada por ela mesma.
Apresenta reflexões sobre a solidão,as diferenças de classes e sobre a religião católica e protestante.
Embora não tenha amado a leitura por conta de sua narrativa mais lenta,gostei muito das reflexões que proporcionou.