Roberta 07/03/2024
Um livro que não pode ser encontrado
Minha história com esse livro é bem interessante, cheia de sincronicidades. A melhor forma de encontrar uma obra, na minha opinião. Eu trabalho em um coworking e lá temos uma colega que um dia trouxe uma pilha enorme de livros para deixar à disposição de todos. Como sou uma traça ambulante, adoro folhear qualquer coisa que se agrupe em um calhamaço, decidi dar uma olhadela. Meus olhos foram logo atraídos para esta capa preta com faixas bordô, não muito bonita, mas com letras douradas brilhantes. Em cima, um nome: Napoleon Hill.
Quem nunca ouviu falar no mestre, pois não? Eu, sem dúvidas que havia. Porém, não tinha lido nada dele, e o livro que estava na minha lista para ser consumido primeiro nem era Mais Esperto que o Diabo. Fiz cara de dúvida, mas ainda assim o levei para casa. Foi assim que ele foi parar na minha estante, e lá permaneceu por meses. Eu até tinha começado a ler as primeiras páginas, mas logo desisti. Até que, no comecinho deste ano, resolvi levá-lo comigo a tiracolo e o inseri nas minhas leituras de férias. Não estava muito confiante, só que fui com a mente aberta, sem criar expectativa alguma.
Para quê!
Ou melhor, por quê? E ainda bem! Já pensou se não tivesse? Teria sido desastroso.
Desde logo fui sugada para dentro dele, curiosa pela história, abençoada com insights maravilhosos. Eu sou uma pessoa espiritualizada, não tenho religião, mas tenho fé. Portanto, tento manter a minha mente quase sempre em estado de alerta, em branco, pronta para captar detalhes que não seriam percebidos se eu a poluísse de certezas.
Foi dessa maneira que eu me convenci de que o Diabo existe. Ou melhor, o próprio Diabo se mostrou a mim, foi forçado a isso. Não que esse ser mitológico seja exatamente um reflexo do que qualquer religião nos ensina, mas aquela energia negativa que vive em nós, que foi se espalhando e criando corpo acabou por desenvolver vida própria, e agora se alimenta dos seus criadores. Quanto mais você lê, mais você se assombra com o tanto de Verdades contidas nele (isso mesmo, com V maiúsculo, não por ser meramente a versão de alguém sobre os fatos da vida, mas A verdade da vida).
O hábito de se alienar é tão real, mas tão real, que agora o vejo em todos os lugares. Meus olhos estão bem abertos para vê-lo. E aquilo que eu sentia antes, aquela frustração por estar em um caminho de ascensão espiritual que parecia não ter fim, percebi que faz tanto parte da jornada quanto é a única maneira de me manter firme nela. Porque se alienar é a coisa mais fácil que tem, por isso tanta gente o faz. E as tentações são muitas, inúmeras, para nos fazer regredir. Só quem vive o mesmo caminho vai ler estas minhas palavras e entender com profundidade o seu significado. Não é fácil seguir seu propósito. Não é fácil se manter firme na decisão de ser e estar iluminado. Mas, ao mesmo tempo, é algo tão satisfatório, e a gente alcança tantas coisas maravilhosas por causa disso.
Uma delas, eu considero, é ter acesso a um livro como esse. Lições, ensinamentos, conselhos. Quem ler tudo isso com os olhos bem abertos, com a mente limpa de crenças pré-estabelecidas, preconceitos, e enxergar a Verdade ali contida, vai ter a vida transformada.
Eu recomendo a leitura, mas não a todos. Tem que sentir o chamamento. A alma precisa ressoar, senão é inútil. Se você não está pronto, não leia. É sério. Mas se esse livro de algum modo encontrou você, então talvez seja hora de folhear suas páginas. Pode levar uma semana ou um ano, como foi comigo, e isso na verdade não importa. O tempo é seu.
Faça bom proveito deles. Do tempo. Do livro. Da energia. Do Universo. De você.