Gabriela 17/11/2020Coração ArdenteDe todos os livros que eu li dessa série, até agora esse foi o que eu menos gostei.
Com aquela história do romance do Adrian com a Sydney e a Zoe lá pra atrapalhar tudo, achei que a história seria mais... animada. Achei os primeiros 65% muuuuuito monótonos, era a mesma ladainha contada de modos diferentes... acabou ficando chato, sabe? A leitura só foi engatar mesmo lá pro final, mas aí a merda já tava feita.
O primeiro pov do livro foi do Adrian, então eu fiquei SUPER animada, mas conforme os capítulos foram passando............. odiei. A autora claramente não sabe escrever um pov masculino. O tempo IN TE I RO o Adrian ficava sexualizando a Sydney. Ele só falava de como ela era gostosa e como ele queria aproveitar uma noite com ela. Acabou 100% do encanto que eu tinha com ele. A única coisinha boa foi entender melhor o que se passa na cabeça de um usuário de espírito. Nós conseguimos ter uma dimensão da loucura que o poder trás e tal tal tal.
Achei o romance muito mal aproveitado véi. Tinha tudo pra ser perfeito, mas a autora só botava conotação sexual entre os dois!!!!! Não consigo lembrar de UMA cena em que o Adrian e a Sydney estivessem no mesmo cômodo que não levasse uma menção a transa e sexualização. Poxa, sexo é legal e divertido e tudo mais, MAS SATUROU DEMAAAAAAIS.
Os personagens secundários nesse livro aqui foram MUITO negligenciados, sério. Nos outros livros a autora pelo menos conseguia encaixar um desenvolvimento deles ali no meio da história e tal, mas nossa nesse aqui ficou muito cagado. Os personagens davam as caras numas situações muito ????, falavam 2 frases, reclamavam de um tal problems e depois sumiam por mais metade do livro, aí apareciam num contexto super diferente e com tudo flores e a vida encaminhada. SENDO QUE A GENTE NEM VÊ ISSO ACONTECER!!
Mas, pra mim, a pior coisa que teve foi aquele diagnóstico de bipolaridade do Adrian. Eu senti que a Richelle Mead queria botar um transtorno ou distúrbio nele pra justificar o consumo dos remédios mas ela não tinha nada desenvolvido e decidiu trabalhar com o que tinha ali em mãos. Além do pseudo doutor ter diagnosticado o Adrian em UMA FUCKING CONSULTA, foi terrível o que ela fez ali. Ela literalmente seguiu os estereótipos de bipolaridade com aquela coisa do "uma hora tô muito triste e na outra eu tô muito feliz" (e pra usar de justificativa ela botou UMA CENA no começo do livro onde o Adrian comprou impulsivamente um monte de disco dos anos 80). Ai, sinceramente....
A única coisa boa nesse livro foi o final, como sempre, apesar do plot ser previsível. Richelle escreve um livro inteiro super monótono e sempre bota um put4 gancho no final do livro que te obriga a ler o próximo (e o ciclo se repete).
Aquela coisa do celular do amor era ÓBVIA!!!!! mas né, fazer o quê.
Minha única motivação era o Adrian e o romancezinho dele com a Sydney mas aff perdi todo o encanto, não sei se tô afim de continuar a série...