Dois Garotos Se Beijando

Dois Garotos Se Beijando David Levithan




Resenhas - Dois Garotos se Beijando


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Luna 04/09/2020

Gosto muito desse estilo de escrita mais poética, incontáveis vezes arrepiei com as frases e tirei foto das páginas. Um livro muito lindo que todos deveriam ler
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Llerie0 23/03/2023

Ah achei legal mas não nego que achei que poderia ser mais marcante. Mas a história do beijo, o por que isso aconteceu é bem legal
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suhca 16/02/2021

Foi uma leitura bem rápida, apesar da demora em me acostumar com a forma da escrita no começo. É uma experiência de leitura diferente. Traz uma perspectiva distinta dos acontecimentos que é bem interessante e significativo de ler, além de ser recheado com partes emotivas. Porém retira um pouco da proximidade com os personagens, tanto pela quantidade que eu confesso que fiquei bem perdida tentando diferencia-los entre as idas e voltas, quanto pelo tempo de desenvolvimento que eu senti ser mais superficial. Fiquei um pouco incomodada como foi tratado certo assunto e como ele pode chegar ao leitor.
É um livro com assuntos bem delicados, que me tocaram bastante (fala em família eu já tô chorando hasusjsj). Uma escrita muito boa, que carrega sensibilidade e que apesar da limitação do tempo soube fisgar e deixar interessado pelo desenrolar (o espaço tempo delimitado foi bom pro enredo, mas deixou escapar a potencialidade de profundidade). Foi um livro que me fez pensar e que eu gostei de ler, mas não me trouxe tanta proximidade como achei que teria.
Nota de gatilhos no livro (se quiser pesquisar antes)...
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Sara Hayasaka 28/03/2021

Acompanhar as histórias dos personagens pela perspectiva de seus antepassados foi fantástico! Uma leitura forte e inspiradora!
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natan 26/04/2021

um turbilhão de sentimentos
não esperava tudo isso desse livro, comecei achando que seria o clichê adolescente de sempre e acabei ele em um dia e quase chorando. um livro com tão poucas páginas, mas com tanto significado. cada história, cada personagem, cada casal representa tanta coisa, que livro incrível!!!
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Thithi 04/05/2021

um livro necessário
a única coisa que tenho pra dizer desse livro é: todo mundo precisa ler ele. não tenho outra coisa pra dizer
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milkshake.de.nutel 02/01/2022

Este livro foi uma das melhores leituras que já fiz. Então, se você curte a temática LGBT, romance e um pouquinho de comédia, vai amar lê-lo também. Uma das parte mais legais é que é baseado numa história real e retrata os sentimentos e as ansiedades de todos as personagens profundamente.
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Fernanda 29/08/2021

Eu li esse livro totalmente por acaso, vi que estava disponível no KU e, meu deus, que surpresa boa! Eu me identifiquei com todos os meninos, com as inseguranças, com o sentimento de querer fazer algo a mais para mudar o mundo. A narração? Não sei como expressar o quão importante foi para mim poder ler isso. Os que morreram por aids, por negligência de toda uma sociedade. E como explicar o final? O quanto eu me identifiquei com os sentimentos do Cooper.
E, para mim, uma das melhores coisas nesse livro foi, sem dúvida, a maneira como o autor tratou o fato de o Avery ser trans, de uma maneira leve e extremamente coesa!
Me senti totalmente disposta a fazer valer a pena tudo que os do passado fizeram para que estivéssemos aqui hoje, obrigada por isso David Levithan!
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Ary 04/10/2021

Acho que eu demorei tanto para terminar esse livro, porque eu sabia que ia ser um soco no estômago.
Sério, maravilhoso!!!!! Cada parágrafo uma reflexão, cada capítulo uma lágrima...
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Karini.Couto 31/03/2015



"Vocês não têm como saber como é para nós agora; sempre estarão um passo atrás.

Agradeçam por isso. Vocês não têm como saber como era para nós antes; sempre estarão um passo à frente. Agradeçam por isso também. Acreditem em nós: existe equilíbrio quase perfeito entre passado e o futuro. Enquanto nos tornamos o passado distante, vocês se tornam um futuro que poucos poderiam ter imaginado. É difícil pensar em coisas assim quando se está ocupado sonhando ou amando ou transando. O contexto some. Somos um peso espiritual que vocês carregam, como o dos seus avós ou dos amigos de infância que em algum momento se mudam para longe. Tentamos tornar o peso o menos incômodo possível. E, ao mesmo tempo, quando vemos vocês, não conseguimos deixar de pensar em nós. Já fomos os que estavam sonhando e amando e transando. Já fomos os que estavam vivendo, e depois fomos os que estavam morrendo. Nós nos costuramos, com a grossura de uma linha, nas suas histórias. Houve uma época em que éramos como vocês, só que nosso mundo não era como o seu. Vocês não fazem ideia do quanto chegaram perto da morte. Uma geração ou duas antes, e vocês talvez estivessem aqui conosco.

Nós nos ressentimos de vocês. Vocês nos deixam pasmos."





Quem me conhece sabe o quanto aprecio a escrita de David Levithan; ele possui uma forma poética de falar sobre questões como amor, amizade, lealdade, sexo, gênero.. sentimentos em geral e em Dois Garotos Se Beijando não poderia ser diferente! Levithan nos mostra com uma clareza o "mundo" que os homossexuais enfrentaram e enfrentam, nos mostra que eles são pessoas como todos, que sentem, sofrem e buscam simplesmente serem aceitos ou "legalizados" como colocado no próprio livro! Mas o que torna tudo mais fácil para leitores que não curtem o tipo de leitura, onde temos homossexuais e suas questões é certamente a escrita.

Eu não consegui ler e pensar: "ai são dois homens se relacionando" e sim: "são duas pessoas que se amam, se apaixonam e lutam por tudo que qualquer um de nós lutamos.. direito de amar e ser amado, direito de ser quem somos e não o que a sociedade espera de nós!" Nesse livro você não pensa em sexo feminino ou masculino, a questão é mostrar principalmente o ser humano, seus sentimentos.. e não um "modelo aceitável de sexualidade ou relações". Mas na mesma história também vemos como muitos morreram de AIDS, muitos sofrem preconceitos e dificuldades dentro de suas próprias casa e família, e também aqueles que estão tão confusos com tudo que não se assumem de fato, passando horas e horas a fio sozinhos e remoendo suas dúvidas, medos, preocupações e principalmente frustrações!

Convido você leitor, a abrir a mente e o coração para uma história muito bem escrita e descrita por um dos melhores autores da atualidade (a meu ver!) e tenho certeza que alguma coisa irá tocar o coração mais preconceituoso ou intolerante que seja! Você irá rir e também se emocionar, como com qualquer outra história.. Mas tendo em vista um tema atual e real que faz surgir inúmeras discussões nas redes e mídias sociais!

"Vocês não fazem ideia do quanto as coisas podem mudar rápido. Vocês não fazem ideia de como, de repente, os anos podem passar e as vidas terminar.

A ignorância não traz felicidade. Felicidade é saber o significado total do que recebeu."





A história é narrada em terceira pessoa e conheceremos Harry e Craig, um ex casal que pretende quebrar o record do beijo mais longo e entrar para o livro dos records. Gostei muito dos dois e principalmente da interação de ambos mesmo após o término.

Seremos apresentados a Ryan e Avery quando ambos se encontram pela primeira vez em um baile gay. Um possui cabelo azul e o outro de um rosa e ambos se olham e não existe magia, eles fazem acontecer, eles se entregam realmente um ao outro e tudo torna-se lindo, como seria com qualquer casal, homossexual ou hétero!

Peter e Neil é outro casal de namorados, onde o primeiro tem total apoio da família, enquanto Neil não possui a mesma sorte; tendo uma família que prefere se omitir e se fazer de "besta" do que aceitar o filho como é e amá-lo como deve ser, incondicionalmente!

Tariq é o jovem que inspirou o beijo entre Harry e Craig, pois em dado momento ele é espancado pelo fato de ser gay; após esse fato, Craig resolve que o beijo entre ele e Harry, não é apenas um beijo e sim uma forma de se colocar diante aqueles que preferem tapar os olhos, ou praticam preconceitos contra os homossexuais.. É uma forma de protesto!

Por último e não menos importante conheceremos Cooper, um jovem solitário que usa a rede de internet para conhecer outros homens e ter um vislumbre do que ele poderia ser se se permitisse, porém ele nunca tem a coragem necessária; ele é solitário e quando seus pais descobrem um pesadelo torna-se real! Seu pai é extremamente preconceituoso e não aceita o filho o que o deixa ainda mais solitário, já que nem mesmo sua mãe o apoia!



"Raramente somos unânimes em relação a alguma coisa. Alguns de nós amaram. Alguns não conseguiram. Alguns foram amados. Alguns não foram. Alguns nunca entenderam para que tanta confusão. Alguns queriam tanto que morreram tentando. Alguns juram que morreram de coração partido, não de AIDS."



Todos esses jovens e tantos outros estão conectados pelo ímpeto de serem aceitos, de viverem plenamente, de poder ser quem são sem ter medo de ser espancados ou atormentados ou expulsos de suas vidas pelo que os outros acham que deveria ser ou pelo que pensam sobre o homossexualismo.

Eu não sei o que cada um de vocês pensam, mas me coloco da seguinte maneira.. Homossexuais são pessoas, como eu, como você! Não são seres desprezíveis de outro planeta e merecem nosso respeito; merecem viver sem medo se alguém irá atacá-los ou maltratá-los!

Eu não curto ver um casal gay se agarrando na rua, como já vi ocorrer! Mas a diferença está, que também não curto ver um casal heterossexual se agarrando na rua! Penso que certas intimidades devem permanecer na intimidade! Tenho meus preconceitos, todos nós temos.. Mas graças a Deus, tenho uma mente bastante aberta quanto essas questões que hoje tornou-se palco das redes sociais, pois nas novelas tem beijo gay, não tem beijo gay e por aí vai!

Quando não gosto de algo, simplesmente não assisto, me afasto ou evito. Mas respeito acima de tudo! Aqui não vejo novelas; meus filhos não assistem novelas. Como também não vemos Big Brother ou programas com violência extrema.. Busco seguir na vida respeitando os outros e ensinando aos meus filhos o mesmo! Inclusive um dos padrinhos da minha filha e meu primo é gay e tenho muito orgulho dele! Pois ele é digno, educado, trabalhador, estudioso, responsável e tantas outras coisas que não vejo em muito hétero por aí!



O que quero dizer é que eu realmente gostaria que as pessoas parassem de tentar definir uns aos outros.. Como hétero, gay, negro, branco, rico, pobre.. Somos acima de tudo pessoas e tenho certeza, que independente de religião, raça, cor, sexualidade, nacionalidade.. Todos sentimos, sangramos, adoecemos, amamos e por aí vai!

Sonho com um mundo mais tolerante sim! Sonho com um mundo melhor em muitos aspectos e espero que a geração dos meus filhos ou netos possam ver isso acontecer! Pois hoje as coisas são mais abertas sim.. na mídia, nas ruas.. Mas o preconceito é tão grande quanto antigamente!

Ler Dois Garotos Se Beijando foi uma experiência ímpar; a história é emocionante e o mesmo atinge a qualquer público; não precisa ser gay para ler ou simpatizante.. Pelo contrário, basta ser humano!

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Camila Teixeira 31/03/2015

"As pessoas gostam de dizer que ser gay não é como a cor da pele, não é uma coisa fisica. Elas dizem que sempre temos a opção de esconder. Mas se isso for verdade, como é que eles sempre nos descobrem?"
Cá estou com a janela aberta a um tempão pensando: O que escrever sobre esse livro incrível? Sério gente não sei se vou conseguir expressar em palavras o quanto ele é maravilhoso, diria mais, o quanto esse ele é revolucionário! Em tempos em que vemos em um debate presidencial um candidato dizer um monte de besteira sobre homossexuais um livro desses ser lançado e fazer sucesso é uma injeção de animo. Não, o mundo não está perdido! Ele consegue fazer com que vejamos as coisas com um olhar mais aguçado, mais critico e isso é demais!

Vamos falar sobre a história. Dois garotos se beijando é um livro que tem múltiplos plots, tem diferentes personagens principais e vai acompanhando-os e intercalando entre eles ao longo da narrativa. Então cada capitulo tem foco em uma parte da história dos personagens. Existe um fato principal que liga todos eles de alguma maneira.
E a cola de tudo isso é a seguinte: dois garotos que decidem bater o recorde de maior tempo de beijo do Guinness Book. Eles decidem tomar essa atitude para de alguma maneira quebrar os preconceitos. Então eles montam todo um aparato no pátio da escola, pedindo permissão previa e ajuda dos professores, e transmitem ao vivo o beijo que deve durar 32 horas, 12 minutos e 10 segundos. Obviamente isso vira instantaneamente um grande viral e as pessoas começam a acompanhar esse beijo. Então os outros personagens do livro ficam sabendo desse ato através da internet e falam sobre o beijo, comentam, alguns vão até o local. Achei muito legal isso, essa ideia do autor de ligar os pontos, pois é uma maneira sutil de entrelaçar essas histórias incríveis.

Os personagens que conhecemos no livro tem histórias particulares e a unica semelhança entre todos eles é a de que são gays. Todos estão na fase da adolescência e regulam mais ou menos de idade. Os personagens que nos são apresentados são:
• Neil e Peter: Um casal assumido, onde um deles é super aceito pela família enquanto os familiares do outro preferem manter o assunto da sexualidade do filho em off (Sabe, aquela coisa, se a gente não falar sobre isso em voz alta isso não é verdade.).
• Tariq: Um garoto que adora ir a festas e dançar. Ele é super forte e já passou por um caso de violência física por causa da sua sexualidade.
• Cooper: Aquele por quem eu mais torci ao longo do livro. Ele é solitário e se esconde na internet e em chats sobre sexo com outros cara. Quando descobrem sobre a sexualidade do filho os pais piram e ele foge de casa, ao longo do livro acompanhamos essa fuga, e ficamos com o coração na mão torcendo para que dê tudo certo para ele.
• Avery e Ryan: Os dois garotos se encontram em um baile gay e começam a sair juntos, eles são uns amores. Avery tem cabelo rosa e é um garoto transexual (foi designado mulher no seu nascimento mas se encaixa no gênero masculino), Ryan tem o cabelo azul e não parece ligar para Avery ser um transexual.
• Craig e Harry: São eles os dois garotos do beijo, são ex-namorados que planejam bater o recorde. Os pais de Craig são mais difíceis e ele decide não contar para eles que é gay antes do beijo, os pais de Harry os apoiam totalmente e ajudam a organizar o "grande evento".
O que achei demais sobre o David Levithan é que ele foi super inclusivo, temos diferentes tipos de garotos, com diferentes realidades e elas conseguem coexistir em uma mesma história de uma maneira incrivel! Nós ficamos ansiosos por saber a história de todos eles, não tem nenhum personagem que durante a passagem dele você pense "Ai que saco, que personagem chato" como geralmente acontece em livros que tem diferentes focos. Nós nos encantamos por todos esses garotos.

"As pessoas gostam de dizer que ser gay não é como a cor da pele, não é uma coisa fisica. Elas dizem que sempre temos a opção de esconder. Mas se isso for verdade, como é que eles sempre nos descobrem?"

Mas uma das coisas mais incríveis sobre esse livro com toda a certeza é a narração. O livro é inteiro narrado por gays que morreram de AIDS na época de 80. Gente, é incrível, estou as lágrimas só de lembrar. Esses homens colocam em paralelo a época de hoje e a época em que viveram. Em sua narrativa dão conselhos aos garotos e apontam as grandes diferenças entre os gays daquela época e os gays de agora. Nessa época em que a AIDS surgiu e ninguém sabia mais ou menos o que era, e nem havia medicamentos efetivos, os gays foram massacrados, os que mais morreram e ainda foram mais deixados a margem do que já eram. A AIDS por muito tempo ficou conhecida como uma doença de homossexuais, ela só passou a ser de fato combatida, e os estudos começaram a se aprofundar afim de encontrar uma cura, ou uma alternativa para os portadores da doença quando a mesma passou a afetar "homens íntegros", "mães de família" e "pessoas de bem". Ninguém ligava para esses homossexuais morrendo, ninguém se importava. É muito triste, e os trechos em que se fala sobre isso são de uma sensibilidade imensa.

"Nós acordávamos no meio da noite. Às vezes, havia tubos enfiados em nossas gargantas. Às vezes, estávamos ligados a maquinas que pareciam mais vivas do que nós. Às vezes, havíamos sonhado que estávamos em casa e que nossas mães estavam no quarto ao lado. Não conhecíamos o quarto no qual acordávamos, ou conhecíamos bem demais. A ultima parada. O destino final. E ali estávamos nós, presos nessas horas infinitas e imperdoáveis. Incapazes de dormir. Incapazes de viver. Incapazes de ir embora."

Nossa, eu realmente me alonguei nessa resenha, mas não tinha como ser diferente, o livro é tão lindo e incrível que não tinha como falar pouco sobre ele. A editora enviou o livro para os parceiros dizendo que eles acreditam que este é um livro que todos deveriam ler. Eu queria dizer que concordo com o pessoal da Galera Record, esse é um livro que todo mundo deveria ler, pois ele é tocante e trata de uma assunto muito sério, um assunto que todos deveríamos discutir, uma causa que todos deveríamos abraçar. Ele trata de amor, e força, e liberdade e todos deveríamos lutar por isso.

site: http://www.livrologias.com/2015/03/resenha-dois-garotos-se-beijando.html
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rafazaakar 18/04/2015

ZaaKar.com Resenha - Dois garotos se beijando
Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!

"Você gasta tanto tempo e tanto esforço tentando se manter firme. E então, tudo desmorona de qualquer jeito."

Talvez eu não tenha capacidade o suficiente para explicar o que esse livro é. Talvez eu não possa expressar em miseras duas paginas de Word – meu limite máximo para uma resenha – o sentimento que o livro me fez ter. É muito mais que dois garotos se beijando para quebrar um recorde mundial e ao mesmo tempo fazer um protesto. É muito mais que uma história gay. Esse livro é um manifesto, uma protesto, um desabafo.
Essa não vai ser uma resenha como as outra, com um padrão e tudo aquela bobeiragem. Ficou maior que o normal, mas eu amei o livro, então que se fuck!

“Dezenas de milhares de pessoas vão morrer antes que os remédios sejam feitos e os remédios sejam aprovados. Que sensação horrível é de essa a de saber que, se a doença tivesse afetado primeiramente presidentes de associações de pais e mestres, ou padres, ou garotas brancas adolescentes, a epidemia teria acabado anos antes e dezenas de milhares, se não centenas de milhares de vidas seriam salvas. Não escolhemos nossa identidade, mas fomos escolhidos para morrer por meio dela”.

Somos inseridos em três histórias e uma realidade. A primeira histótia é a de Harry e Craig. Dois ex-namorados que decidem quebrar um recorde mundial e ficar 32 horas, 12 minutos e 10 segundos se beijando. Harry tem o apoio de seus pais, que o conhecem e o aceitam da forma que ele é. Craig não. Seus pais ainda não sabem.
A segunda história é a de Avery e Ryan. Avery é um garoto gay. Ryan é um garoto que nasceu no corpo errado. Ele é transex. Os dois se encontram em um baile gay, Um de cabelo rosa e o outro de cabelo azul. E nós sabemos o que acontece depois dali.
A terceira e, na minha opinião, a que mais me agradou, é a de Cooper. Um garoto de 17 anos não assumido, que sem querer deixa uma pagina de bate papo aberta e seu pai acaba lendo tudo. Seu mundo vira de cabeça para baixo. Ele não tem amigos, não tem namorado, sua vida são as mentiras contadas nas redes sociais. São as conversas maliciosas que nunca vão se concretizar. Hoje ele tem 17 na vida real. Na rede ele pode ter 19, 20, 34 anos. Na minha opinião a sua história, o seu trajeto, as suas vivencias e sentimentos, são os que mais nos emocionam.
A realidade que eu disse é a do narrador. É o que acontece. É o que se sente. São as ações, as palavras, as pessoas que morreram e que ainda olham por todos. As pessoas que ficaram pelo caminho, que não foram apoiadas, amadas de verdade. Deixadas para morrer por conta de uma crença errada, de um preconceito ignorante e sem fundamento.
As histórias são linda, são contadas de forma delicada, afetiva, sensíveis. Os conflitos são relatados de forma verdadeira, sem nada de politicamente correto, mas de todo o livro é a narração de Levithan que merece aplausos. Me perdoem se estiver errado, mas o que eu entendi de toda essa narrativa linda e verdadeira é que o autor, tomando como base a história do preconceito, se transformou em todos os homossexuais que morreram no passado por conta da ignorância da sociedade. Que morreram por falta de informação. Por medo, nojo ou raiva de quem eram. Ele traça um limite tênue entre a sua geração, entre o estouro da AIDS e a nossa geração.

“Minha geração gay é bem curta; atingi a maioridade nos cinco ou seis anos que existiram entre o pico da epidemia de AIDS e a proliferação da Internet, sendo que a primeira coisa definiu a geração antes de mim e a segunda definiu a geração depois de mim”. – David Levithan.

É como se o autor quisesse dizer que todas aquelas pessoas que morreram, que foram dizimadas pela doença, ou pelos corações quebrados, ou que fugiram, ou que se mataram, ou que foram mortas, ou que apodreceram sem cuidado em hospitais por conta da falta de amor ao próximo, estivavam olhando por todos os que são como eles. Como se eles estivessem cuidando de todos por não terem sido cuidados.
Levithan mais uma vez surpreende com uma história sem capítulos, mas sim intercalada entre as três histórias. Mostrando o lado bonito, o lado não tão bonito assim, mostrando a ignorância de uma parcela da população, mostrando os conflitos internos e externos dos personagens. Eu me senti parte do livro de tão forte que é a narrativa.
Somos expostos. É tudo muito mais visceral do que parece. A busca pelo amor, pela aceitação, pela compreensão, pelo controle, pelo respeito, o autor expõe seu pensamento, sem ter medo em falar que a Fox é preconceituosa, sem medo de dizer aos pais que eles vão perder seus filhos – ou eles fogem, ou se perdem, ou morrem. Eu não tenho palavras mais para descrever esse livro.
Leiam, mergulhem, sintam. É isso. Principalmente, entendam. Não é uma escolha é uma condição.
Obs.: O recorde realmente existe, Matty Daley e Bobby Canciello se beijaram por 32 horas, 30 minutos e 47 segundos. Infelizmente um estudante universitário realmente se jogou da ponte, quatro dias depois desse recorde, seu nome era Tyler Clementi, também era gay, mas sua história não é a do Cooper, a inspiração para o personagem Cooper veio dele, mas sua real história pertence apenas e unicamente a ele.
Achei que não conseguiria escrever essa resenha, mas no fim, adorei o resultado e espero que vocês tenham gostado também.

site: http://zaakarcom.blogspot.com/2015/04/resenha-dois-garotos-se-beijando.html
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Cíntia 24/04/2015

Dois garotos se beijando
História maravilhosa, realmente faz a gente refletir bastante sobre o mundo atual e o que realmente, não só gays, mas homossexuais em sua maioria vivem e sentem. Leitura fácil, história fascinante que nós faz pensar bastante em como o mundo está hoje. Todas as mudanças. Bom pra quem é homossexual e tira muito proveito e aprende muito além de se identificarem. Assim como bom pra qualquer outro público, sendo hétero, simpatizante, gay ou não.
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Vanessa Vieira 29/04/2015

Dois Garotos se Beijando - David Levithan
O livro Dois Garotos se Beijando, de David Levithan, nos traz um enredo intenso e polêmico e, acima de tudo, original. Baseando-se na história real dos universitários Matty Daley e Bobby Canciello que quebraram o recorde de beijo mais longo do mundo do Guinness World Records, com 32 horas, 30 minutos e 47 segundos, o autor nos traz uma trama que aborda a homossexualidade com clareza e coesão, escrito com maestria e dotado de uma sensibilidade ímpar.

Os dois garotos que se beijam são Craig e Harry. E não é um simples beijo: eles planejam quebrar o recorde mundial de beijo mais longo. Eles estão do lado de fora do colégio, ao ar livre, munidos de coragem e determinação, sob os holofotes da impressa e de uma multidão que os observa atentamente, tanto apoiando o seu gesto quanto desprezando. Apesar da forte ligação entre os dois, Craig e Harry não são namorados, mas já se amaram e ficaram juntos um dia.

Neste ínterim, várias histórias paralelas se desenrolam. Avery acaba de conhecer Ryan e está naquela fase de descobertas e até mesmo insegurança. Seu receio é ainda maior, já que precisa revelar para Ryan que é transexual e não sabe qual será a reação dele perante este fato. Já Cooper passa as noites em claro, de frente para o computador, criando contas falsas e seduzindo homens que jamais conhecerá na vida. Quando seus pais tem acesso ao seu mundo desconhecido, é como se o chão lhe faltasse sob os pés. Desnorteado, ele sabe que não irá conseguir enfrentar a fúria do pai, muito menos permanecer em casa.

Cada um desses personagens tem um estilo de vida diferente. Alguns são apoiados pelos pais plenamente, já outros não. Além se sofrerem com o inevitável coração partido, eles passam por bullying e diversos tipos de agressões verbais e físicas. Mas, acima de tudo, suas vidas estão intrinsecamente ligadas pelo amor e pela coragem, que lhes proporciona força e objetivo para vencer quaisquer tipos de tabu e preconceito.

"O amor é tão doloroso; como podemos desejar para alguém? E o amor é tão essencial; como podemos atrapalhar o progresso dele?"

Dois Garotos se Beijando é um livro intenso e pungente. David Levithan nos surpreende novamente com uma trama profunda e visceral, escrita com uma sensibilidade incrível. Engana-se quem pensa que a história gira em torno apenas do aclamado beijo, pois o autor nos apresenta um leque de diversidades em suas entrelinhas. Além de adentrarmos o mundo de Avery e de Cooper, o livro é narrado em terceira pessoa por uma geração que faleceu em decorrência da AIDS e que nos revela todos os seus anseios, sofrimentos e esperanças.

"Raramente somos unânimes em relação a alguma coisa. Alguns de nós amaram. Alguns não conseguiram. Alguns foram amados. Alguns não foram. Alguns nunca entenderam para que tanta confusão. Alguns queriam tanto que morreram tentando. Alguns juram que morreram de coração partido, não de AIDS,"

O beijo de Craig e Harry não aconteceu por mero acaso ou ironia do destino. Um amigo deles foi vítima de bullying e ficou gravemente ferido. Aquilo os revoltou de uma forma tão profunda que eles resolveram não só quebrar um ranking mundial como também protestar contra aquele ato infame e vil e de quebra brindar a liberdade e a autoaceitação de si mesmos. Com Avery conhecemos todas as aflições vivenciadas por um transexual e a concepção da sociedade a respeito disso. Suas idas ao banheiro, o julgamento das pessoas que se acham melhores umas que as outras, além de viverem à margem de uma sociedade medíocre e estigmatizada, dentre outros tópicos. Cooper passa por um verdadeiro drama familiar e sente o seu mundo desabar. Suas aflições são quase que palpáveis, bem como sua dor e as suas atitudes advindas disto.

Em suma, Dois Garotos se Beijando, assim como Todo Dia e Will & Will - obras anteriores do autor - , vem para alertar a sociedade a respeito do amor. Do amor verdadeiro, genuíno e imaculado, sem precedentes, que transcende peso, etnia, cor, raça e sexualidade. Um amor único e universal que impera o coração apenas daqueles seres mais evoluídos e esclarecidos, livre de preconceitos e de qualquer tipo de sectarismo. A capa do livro nos retrata Harry e Craig desenhados através de palavras e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo. ☺

site: http://www.newsnessa.com/2015/04/resenha-dois-garotos-se-beijando-david.html
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Trixie 30/04/2015

Simples, bonito, intenso e ao mesmo tempo doloroso e complexo.
Dois Garotos se Beijando é o tipo de livro que me faz deixar algumas lagrimas passearem discretamente pelo meu rosto. Não de tristeza, mas sim de emoção e pela sensação de preenchimento que o livro causa. Mas não apenas lagrimas, sabe aquele sorriso involuntário que todos em volta acham que é causado por uma paixão? Eu não sei explicar bem, mas é isso que Levithan me causa.

O livro fala sim, sobre dois garotos se beijando, mas não é sobre o beijo em si, toda a essência da história. São vários garotos, em lugares diferentes, em etapas diferentes, descobrindo o amor e a si. Suas histórias não se cruzam literalmente -não de todos, mas eles compartilham os mesmos sentimentos, entre si e com os narradores.

Vemos ao mesmo tempo, a homofobia, que infelizmente é uma realidade; o amor, parental, romântico e amigo; o crescimento dos personagens; e o apoio, gerado por toda coisa positiva que envolve [o que deveria ser um simples beijo, para bater um record, mas que deveria ter o mesmo significado independente de quem estivesse beijando. ]

Eu li o livro bem rápido, comecei a ler pela manhã e terminei antes que a tarde chegasse. Estava louca por ele e me permito dizer que superou as expectativas. Recomendo pra todos, por ser, além de bem escrito, um livro que pode fazer muita gente mudar sua visão sobre algumas coisas simples da vida -que nunca parecem realmente simples. Pra quem não sabe: o livro é baseado em fatos reais e isso, pelo menos pra mim, dá um ar ainda mais interessante pra história.

“Ryan e Avery vão dizer que o primeiro momento em que se falaram, o primeiro momento em que dançaram, foi mágico. Mas foram eles, mais ninguém e mais nada, que deram magia ao momento.”

Levithan é uma das pessoas que eu mais gosto de ler quando o assunto é amor. Ele parece pegar o personagem e colocar literalmente nas páginas. Não tem como escapar: você vai se sentir realmente próximo do personagem e vai sentir viver tudo junto a ele.

Não faz muito tempo que o livro foi lançado, e não poderia perder a oportunidade de ler. Vou adorar saber a opinião de quem já leu e quais são as expectativas de quem pretende ler!


"Beijo gay, eu te amo, mas espero pelo dia que será chamado apenas de beijo."

Quotes.

“Desde o começo, todos dizem que não vai durar. Mas agora, mesmo que não dure para sempre, parece que durou o bastante pra ser importante.”

“O amor é tão doloroso; como podemos desejar para alguém? O amor é tão essencial; como podemos atrapalhar o progresso dele?”

“As coisas não são mágicas porque foram conjuradas para nós por uma força externa. Elas são mágicas porque nós as criamos e as consideramos assim.”

“Você gasta tanto tempo e tanto esforço tentando se manter firme. E então, tudo desmorona de qualquer jeito.”

“É engraçado as coisa das quais se sente saudade.”

site: http://orelhadapagina.blogspot.com.br/2015/04/resenha-dois-garotos-se-beijando-de.html
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