Dois Garotos Se Beijando

Dois Garotos Se Beijando David Levithan




Resenhas - Dois Garotos se Beijando


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rafazaakar 18/04/2015

ZaaKar.com Resenha - Dois garotos se beijando
Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!

"Você gasta tanto tempo e tanto esforço tentando se manter firme. E então, tudo desmorona de qualquer jeito."

Talvez eu não tenha capacidade o suficiente para explicar o que esse livro é. Talvez eu não possa expressar em miseras duas paginas de Word – meu limite máximo para uma resenha – o sentimento que o livro me fez ter. É muito mais que dois garotos se beijando para quebrar um recorde mundial e ao mesmo tempo fazer um protesto. É muito mais que uma história gay. Esse livro é um manifesto, uma protesto, um desabafo.
Essa não vai ser uma resenha como as outra, com um padrão e tudo aquela bobeiragem. Ficou maior que o normal, mas eu amei o livro, então que se fuck!

“Dezenas de milhares de pessoas vão morrer antes que os remédios sejam feitos e os remédios sejam aprovados. Que sensação horrível é de essa a de saber que, se a doença tivesse afetado primeiramente presidentes de associações de pais e mestres, ou padres, ou garotas brancas adolescentes, a epidemia teria acabado anos antes e dezenas de milhares, se não centenas de milhares de vidas seriam salvas. Não escolhemos nossa identidade, mas fomos escolhidos para morrer por meio dela”.

Somos inseridos em três histórias e uma realidade. A primeira histótia é a de Harry e Craig. Dois ex-namorados que decidem quebrar um recorde mundial e ficar 32 horas, 12 minutos e 10 segundos se beijando. Harry tem o apoio de seus pais, que o conhecem e o aceitam da forma que ele é. Craig não. Seus pais ainda não sabem.
A segunda história é a de Avery e Ryan. Avery é um garoto gay. Ryan é um garoto que nasceu no corpo errado. Ele é transex. Os dois se encontram em um baile gay, Um de cabelo rosa e o outro de cabelo azul. E nós sabemos o que acontece depois dali.
A terceira e, na minha opinião, a que mais me agradou, é a de Cooper. Um garoto de 17 anos não assumido, que sem querer deixa uma pagina de bate papo aberta e seu pai acaba lendo tudo. Seu mundo vira de cabeça para baixo. Ele não tem amigos, não tem namorado, sua vida são as mentiras contadas nas redes sociais. São as conversas maliciosas que nunca vão se concretizar. Hoje ele tem 17 na vida real. Na rede ele pode ter 19, 20, 34 anos. Na minha opinião a sua história, o seu trajeto, as suas vivencias e sentimentos, são os que mais nos emocionam.
A realidade que eu disse é a do narrador. É o que acontece. É o que se sente. São as ações, as palavras, as pessoas que morreram e que ainda olham por todos. As pessoas que ficaram pelo caminho, que não foram apoiadas, amadas de verdade. Deixadas para morrer por conta de uma crença errada, de um preconceito ignorante e sem fundamento.
As histórias são linda, são contadas de forma delicada, afetiva, sensíveis. Os conflitos são relatados de forma verdadeira, sem nada de politicamente correto, mas de todo o livro é a narração de Levithan que merece aplausos. Me perdoem se estiver errado, mas o que eu entendi de toda essa narrativa linda e verdadeira é que o autor, tomando como base a história do preconceito, se transformou em todos os homossexuais que morreram no passado por conta da ignorância da sociedade. Que morreram por falta de informação. Por medo, nojo ou raiva de quem eram. Ele traça um limite tênue entre a sua geração, entre o estouro da AIDS e a nossa geração.

“Minha geração gay é bem curta; atingi a maioridade nos cinco ou seis anos que existiram entre o pico da epidemia de AIDS e a proliferação da Internet, sendo que a primeira coisa definiu a geração antes de mim e a segunda definiu a geração depois de mim”. – David Levithan.

É como se o autor quisesse dizer que todas aquelas pessoas que morreram, que foram dizimadas pela doença, ou pelos corações quebrados, ou que fugiram, ou que se mataram, ou que foram mortas, ou que apodreceram sem cuidado em hospitais por conta da falta de amor ao próximo, estivavam olhando por todos os que são como eles. Como se eles estivessem cuidando de todos por não terem sido cuidados.
Levithan mais uma vez surpreende com uma história sem capítulos, mas sim intercalada entre as três histórias. Mostrando o lado bonito, o lado não tão bonito assim, mostrando a ignorância de uma parcela da população, mostrando os conflitos internos e externos dos personagens. Eu me senti parte do livro de tão forte que é a narrativa.
Somos expostos. É tudo muito mais visceral do que parece. A busca pelo amor, pela aceitação, pela compreensão, pelo controle, pelo respeito, o autor expõe seu pensamento, sem ter medo em falar que a Fox é preconceituosa, sem medo de dizer aos pais que eles vão perder seus filhos – ou eles fogem, ou se perdem, ou morrem. Eu não tenho palavras mais para descrever esse livro.
Leiam, mergulhem, sintam. É isso. Principalmente, entendam. Não é uma escolha é uma condição.
Obs.: O recorde realmente existe, Matty Daley e Bobby Canciello se beijaram por 32 horas, 30 minutos e 47 segundos. Infelizmente um estudante universitário realmente se jogou da ponte, quatro dias depois desse recorde, seu nome era Tyler Clementi, também era gay, mas sua história não é a do Cooper, a inspiração para o personagem Cooper veio dele, mas sua real história pertence apenas e unicamente a ele.
Achei que não conseguiria escrever essa resenha, mas no fim, adorei o resultado e espero que vocês tenham gostado também.

site: http://zaakarcom.blogspot.com/2015/04/resenha-dois-garotos-se-beijando.html
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Cíntia 24/04/2015

Dois garotos se beijando
História maravilhosa, realmente faz a gente refletir bastante sobre o mundo atual e o que realmente, não só gays, mas homossexuais em sua maioria vivem e sentem. Leitura fácil, história fascinante que nós faz pensar bastante em como o mundo está hoje. Todas as mudanças. Bom pra quem é homossexual e tira muito proveito e aprende muito além de se identificarem. Assim como bom pra qualquer outro público, sendo hétero, simpatizante, gay ou não.
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Vanessa Vieira 29/04/2015

Dois Garotos se Beijando - David Levithan
O livro Dois Garotos se Beijando, de David Levithan, nos traz um enredo intenso e polêmico e, acima de tudo, original. Baseando-se na história real dos universitários Matty Daley e Bobby Canciello que quebraram o recorde de beijo mais longo do mundo do Guinness World Records, com 32 horas, 30 minutos e 47 segundos, o autor nos traz uma trama que aborda a homossexualidade com clareza e coesão, escrito com maestria e dotado de uma sensibilidade ímpar.

Os dois garotos que se beijam são Craig e Harry. E não é um simples beijo: eles planejam quebrar o recorde mundial de beijo mais longo. Eles estão do lado de fora do colégio, ao ar livre, munidos de coragem e determinação, sob os holofotes da impressa e de uma multidão que os observa atentamente, tanto apoiando o seu gesto quanto desprezando. Apesar da forte ligação entre os dois, Craig e Harry não são namorados, mas já se amaram e ficaram juntos um dia.

Neste ínterim, várias histórias paralelas se desenrolam. Avery acaba de conhecer Ryan e está naquela fase de descobertas e até mesmo insegurança. Seu receio é ainda maior, já que precisa revelar para Ryan que é transexual e não sabe qual será a reação dele perante este fato. Já Cooper passa as noites em claro, de frente para o computador, criando contas falsas e seduzindo homens que jamais conhecerá na vida. Quando seus pais tem acesso ao seu mundo desconhecido, é como se o chão lhe faltasse sob os pés. Desnorteado, ele sabe que não irá conseguir enfrentar a fúria do pai, muito menos permanecer em casa.

Cada um desses personagens tem um estilo de vida diferente. Alguns são apoiados pelos pais plenamente, já outros não. Além se sofrerem com o inevitável coração partido, eles passam por bullying e diversos tipos de agressões verbais e físicas. Mas, acima de tudo, suas vidas estão intrinsecamente ligadas pelo amor e pela coragem, que lhes proporciona força e objetivo para vencer quaisquer tipos de tabu e preconceito.

"O amor é tão doloroso; como podemos desejar para alguém? E o amor é tão essencial; como podemos atrapalhar o progresso dele?"

Dois Garotos se Beijando é um livro intenso e pungente. David Levithan nos surpreende novamente com uma trama profunda e visceral, escrita com uma sensibilidade incrível. Engana-se quem pensa que a história gira em torno apenas do aclamado beijo, pois o autor nos apresenta um leque de diversidades em suas entrelinhas. Além de adentrarmos o mundo de Avery e de Cooper, o livro é narrado em terceira pessoa por uma geração que faleceu em decorrência da AIDS e que nos revela todos os seus anseios, sofrimentos e esperanças.

"Raramente somos unânimes em relação a alguma coisa. Alguns de nós amaram. Alguns não conseguiram. Alguns foram amados. Alguns não foram. Alguns nunca entenderam para que tanta confusão. Alguns queriam tanto que morreram tentando. Alguns juram que morreram de coração partido, não de AIDS,"

O beijo de Craig e Harry não aconteceu por mero acaso ou ironia do destino. Um amigo deles foi vítima de bullying e ficou gravemente ferido. Aquilo os revoltou de uma forma tão profunda que eles resolveram não só quebrar um ranking mundial como também protestar contra aquele ato infame e vil e de quebra brindar a liberdade e a autoaceitação de si mesmos. Com Avery conhecemos todas as aflições vivenciadas por um transexual e a concepção da sociedade a respeito disso. Suas idas ao banheiro, o julgamento das pessoas que se acham melhores umas que as outras, além de viverem à margem de uma sociedade medíocre e estigmatizada, dentre outros tópicos. Cooper passa por um verdadeiro drama familiar e sente o seu mundo desabar. Suas aflições são quase que palpáveis, bem como sua dor e as suas atitudes advindas disto.

Em suma, Dois Garotos se Beijando, assim como Todo Dia e Will & Will - obras anteriores do autor - , vem para alertar a sociedade a respeito do amor. Do amor verdadeiro, genuíno e imaculado, sem precedentes, que transcende peso, etnia, cor, raça e sexualidade. Um amor único e universal que impera o coração apenas daqueles seres mais evoluídos e esclarecidos, livre de preconceitos e de qualquer tipo de sectarismo. A capa do livro nos retrata Harry e Craig desenhados através de palavras e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo. ☺

site: http://www.newsnessa.com/2015/04/resenha-dois-garotos-se-beijando-david.html
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Trixie 30/04/2015

Simples, bonito, intenso e ao mesmo tempo doloroso e complexo.
Dois Garotos se Beijando é o tipo de livro que me faz deixar algumas lagrimas passearem discretamente pelo meu rosto. Não de tristeza, mas sim de emoção e pela sensação de preenchimento que o livro causa. Mas não apenas lagrimas, sabe aquele sorriso involuntário que todos em volta acham que é causado por uma paixão? Eu não sei explicar bem, mas é isso que Levithan me causa.

O livro fala sim, sobre dois garotos se beijando, mas não é sobre o beijo em si, toda a essência da história. São vários garotos, em lugares diferentes, em etapas diferentes, descobrindo o amor e a si. Suas histórias não se cruzam literalmente -não de todos, mas eles compartilham os mesmos sentimentos, entre si e com os narradores.

Vemos ao mesmo tempo, a homofobia, que infelizmente é uma realidade; o amor, parental, romântico e amigo; o crescimento dos personagens; e o apoio, gerado por toda coisa positiva que envolve [o que deveria ser um simples beijo, para bater um record, mas que deveria ter o mesmo significado independente de quem estivesse beijando. ]

Eu li o livro bem rápido, comecei a ler pela manhã e terminei antes que a tarde chegasse. Estava louca por ele e me permito dizer que superou as expectativas. Recomendo pra todos, por ser, além de bem escrito, um livro que pode fazer muita gente mudar sua visão sobre algumas coisas simples da vida -que nunca parecem realmente simples. Pra quem não sabe: o livro é baseado em fatos reais e isso, pelo menos pra mim, dá um ar ainda mais interessante pra história.

“Ryan e Avery vão dizer que o primeiro momento em que se falaram, o primeiro momento em que dançaram, foi mágico. Mas foram eles, mais ninguém e mais nada, que deram magia ao momento.”

Levithan é uma das pessoas que eu mais gosto de ler quando o assunto é amor. Ele parece pegar o personagem e colocar literalmente nas páginas. Não tem como escapar: você vai se sentir realmente próximo do personagem e vai sentir viver tudo junto a ele.

Não faz muito tempo que o livro foi lançado, e não poderia perder a oportunidade de ler. Vou adorar saber a opinião de quem já leu e quais são as expectativas de quem pretende ler!


"Beijo gay, eu te amo, mas espero pelo dia que será chamado apenas de beijo."

Quotes.

“Desde o começo, todos dizem que não vai durar. Mas agora, mesmo que não dure para sempre, parece que durou o bastante pra ser importante.”

“O amor é tão doloroso; como podemos desejar para alguém? O amor é tão essencial; como podemos atrapalhar o progresso dele?”

“As coisas não são mágicas porque foram conjuradas para nós por uma força externa. Elas são mágicas porque nós as criamos e as consideramos assim.”

“Você gasta tanto tempo e tanto esforço tentando se manter firme. E então, tudo desmorona de qualquer jeito.”

“É engraçado as coisa das quais se sente saudade.”

site: http://orelhadapagina.blogspot.com.br/2015/04/resenha-dois-garotos-se-beijando-de.html
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Livros e Citações 20/07/2015

Estão se beijando para mostrar ao mundo que não tem problema dois garotos se beijarem
Autora: David Levithan
Editora: Galera Record
Páginas: 224
Classificação: 5/5 estrelas

http://www.livrosecitacoes.com/resenha-galera-record-dois-garotos-se-beijando-david-levithan/

Depois de ter lido Dois Garotos se beijando, David Levithan se tornou um dos meus autores favoritos. Ele conseguiu construir os melhores casais e relacionamentos homo afetivos que já tive a oportunidade de conhecer. É um romance cheio de significado e esperança, algo melancólico e extremamente relevante e deveria ser uma leitura obrigatória em todo o mundo.

A conexão com os personagens e com os narradores foi instantânea. Era impossível deixar a leitura até mesmo para comer ou ir ao banheiro. A voz dos garotos tão realista somada a cenas carregadas de alegria, amor, raiva, urgência etc., tornaram a leitura angustiante de uma forma boa. Foi necessário devorá-lo.

O livro intercala diversas histórias e tudo isto está amarrado a um ponto principal: dois garotos estão tentando quebrar o record de beijo mais duradouro do mundo. Eu me surpreendi, jamais imaginei que poderia amar nas mesmas proporções cada um dos personagens. Levithan me fez sentir cada dor, suas esperanças e seus amores. É um livro que fala com nosso coração.

"Não escolhemos nossa identidade, mas fomos escolhidos para morrer por meio dela."

Craig e Harry não se importam com o que as outras pessoas pensam, eles não são um casal, mas eles estão nessa juntos. Peter e Neil estão juntos a algum tempo e as coisas caíram um pouco na rotina. Avery e Ryan acabaram de se conhecer e vão descobrir os prós e os contras deste estágio do relacionamento. E há Cooper, um garoto que está confuso e muito sozinho.

Cada um dos personagens tem um mesmo nível de intensidade e a transmitem ao leitor. Eles são diferentes e, ao mesmo tempo, são iguais. E todos apresentam características tão realistas que, sem dúvidas, vão fazer com que você se identifique em algum momento. Portanto, quanto a construção dos personagens eu não tenho nenhum tipo de crítica negativa a fazer, pelo contrário, em minha opinião, Levithan conseguiu transportar pessoas reais para o papel de um jeito simples e sem forçar nada.

"Meu cabelo pode ser rosa porque sou garoto. Seu cabelo pode ser azul porque você é garota. Se você se livrar de toda a merda idiota e arbitrária com a qual a sociedade controla a gente, vai se sentir mais livre, e, se você se sentir mais livre, vai se sentir mais feliz."

E há mensagens neste livro que devem ser seguidas como mantras. David não escreveu por escrever. Ele colocou esta história no mundo para ser compartilhada , enfrentada e questionada. E principalmente, ele escreveu para mostrar que se você é homossexual, você não está sozinho nesta e não há nada de errado nisto.

Dois garotos se beijando é um livro sobre amor, luta, família, amizade, coragem, descobrimento, solidão e, sobretudo, sobre ser humano. Foi uma das surpresas deste mês e eu adoraria que você tivesse contato com esta preciosidade também. E se de alguma forma os personagens ou o enredo não te agradar, com certeza a escrita fará com que você se permita gostar deste livro.

Mas, antes de correr para lê-lo, vou te dar uma dica: não leia a sinopse que está na orelha deste livro. Permita-se embarcar nesta história sem saber muito, principalmente sobre os narradores do livro. Sério, isto faz uma grande diferença!

"Estão se beijando para mostrar ao mundo que não tem problema dois garotos se beijarem."

Resenha por: Ana Mutti

site: http://www.livrosecitacoes.com
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Vivian Pitança 23/07/2015

Essencial e Marcante
David Levithan é um escritor que deixa sua marca. Para mim é alguém que fez isso em tudo que li dele. E, principalmente, um autor que deveria se vender por si mesmo, sem a necessidade de ser anunciado como "o autor que escreveu um livro com John Green". Entendo o marketing disso. Mas isso não quer dizer que ache justo. Sabe aquele autor que você acaba de ler o livro e quer abraçar, ser bff e guardar num potinho? É esse cara! Dois garotos se beijando trouxe uma das mensagens que vi em outro de seus livros de modo mais intenso: não importa suas características, suas opções banais, somos todos seres humanos. E como seres humanos, a lei que deveria ter maior importância para nós é o respeito, o amor. O livro conta a história de sete - oito se você contar Tariq - garotos homossexuais em certo período de tempo. O tempo em que dois deles: Harry e Craig, estão tentando bater o recorde mundial de beijo mais longo. Os acontecimentos por si só são reais. As dificuldades e os medos, são o que encontramos mundo a fora. Por isso o diferencial deste livro é o que já ficou subentendido por aqui: a escrita do autor. O modo como ele pega fatos pequenos sobre os quais a maioria das pessoas não para para pensar e coloca no livro de modo a fazer o leitor refletir.

Comecei a ler o livro sem me aprofundar nos detalhes. Ultimamente tenho feito algo engraçado, que é ver as resenhas e sinopses de um livro e me interessar por ele, e então esquecer a história. Só ter uma noção do assunto e guardar na mente. Mas aqueles detalhes, eu esqueço antes de ler. Gosto de pensar que vou me surpreender de alguma forma. E tem dado bons resultados fazer isso. Dois garotos se beijando é um livro curto. Então eu recomendaria que você fizesse o mesmo, seria legal. E que lesse a resenha de novo depois de ler para comparar ideias. A premissa é o correr da vida desses garotos. Seus enfrentamentos diários. Vidas em perfeitas e a noção de que estão "fora da sociedade" em certo sentido por serem diferentes. Não são aceitos pela maioria. Seu amor causa burburinho. E um simples beijo, se gera falatório em pais quando exposto em novelas, gera violência nas ruas, pelas mãos dos filhos que receberam aquela péssima educação preconceituosa. Há problemas e pequenos conflitos? Sim! Mas são questões enfrentadas pelos grupos LGBT todos os dias, que de certa forma passa a ser algo real e, infelizmente, encarado como algo dentro do "esperado". Por isso não formam um acontecimento épico dentro do livro. São casos e casos de normalização do absurdo.





Cansados de verem essa aceitação todos os dias, Harry e Craig colocam como desafio para si mesmos e para dizerem ao mundo que não há mal em dois caras se beijando, o desafio de bater esse recorde. Isso depois de saberem que seu amigo, Tariq, apanhou na rua de alguns jovens bêbados porque o viram e o identificaram como gay. Apenas um garoto parado na rua. Há mais de um caso que mostra situações assim. Situações em que pessoas que se dizem defensoras dos bons direitos e outros mimimis agindo em prol do ódio e da ignorância por não aceitarem o que é diferente. Eu li tudo isso e fiquei com raiva. Muita raiva. O livro é de um autor norte-americano, mas a ignorância das pessoas é a mesma da nossa sociedade. O que emociona e nos faz parar é ver tudo isso e reconhecer que é real. E que ninguém faz nada para mudar essa realidade. Qualquer violência agora é compreensível, aceita. A culpa é sempre da vítima. E isso não é dito pelo livro, é divagação minha retirada daqui haha... Mas são pequenas coisas sobre as quais fiquei pensando com esta leitura.





Duas coisas importantíssimas que contribuem muito para o resultado final do livro são a falta de divisão de capítulos e os narradores. O livro é narrado por um "nós". E esse nós é composto pelas gerações de homossexuais anteriores aos garotos da história. Aqueles que estão mortos. Muitos por Aids. E eles trocam, mostram como entendem os personagens no decorrer da história, como foi mais difícil ou mais fácil para eles. Coloca em questão um sentimento de coletividade que mostra como aquele problema daquele personagem é geral. Que ele não está só e que muitos também passaram por aquilo. Como o casal Peter e Neil e o "assumir da relação" para a família de um deles. E de Cooper, o garoto que se vê sem perspectivas de vida tendo que se ocultar e que vê tudo piorar ainda mais quando é totalmente maltratado pelos pais ao descobrirem que o filho é gay. Com a falta de divisão em capítulos e o simples separar de uma linha para outra, a leitura é ainda mais fluida, já que a desculpa do "vou ler só mais um..." fica em suspenso.





Dois garotos se beijando me emocionou muito. Senti o sofrimento dos personagens. Me irritei demais com a ignorância alheia. E refleti e aprendi com a história através disso. É isso que o autor faz: ele te faz pensar e ampliar seus horizontes, te passa a sensibilidade dele ao reparar em coisas na sociedade e dentro do ser humano em que nós não paramos muito para pensar. Levithan me fez pensar não só sobre um viver social, um conjunto de ideias ou uma questão importante a se pensar, ele me fez refletir sobre a minha vida. Sobre meu eu. E fez com que eu entendesse algo que vinha me perguntando há dias. Foi um daqueles momentos em que aquele trecho do livro vem com a mensagem certa no momento certo. E foi logo perto do final. Fiquei com o coração repleto, transbordando e querendo dividir isso com o mundo. Meu modo de retribuir essa ajuda ao autor e ajudar outras pessoas é compartilhar minha opinião, e dizer ao final desta resenha, que este livro é simplesmente imperdível. Que ele não bate na tecla do politicamente ou moralmente correto, mas que expõe o óbvio, que o absurdo não deve ser tolerado. Que o amor deveria ser nossa maior lei. E que uma das coisas que mais falta no mundo é se colocar no lugar do outro por um instante. E também, parar para refletir sobre si mesmo. Vivemos numa sociedade em que é fácil esquecer a cada dia de que é importante pensar no ser humano, na alma humana, no "eu". Seu ou dos outros. Dois garotos se beijando vai muito além do que o título sugere, porque também faz o leitor despertar para essa realidade que parece tão óbvia, mas que não é.

Visite o blog: http://vivianpitanca.blogspot.com.br/2015/04/resenha-dois-garotos-se-beijando_10.html

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Rotina Agridoce 28/07/2015

uma completa surpresa
Em Dois Garotos se Beijando, conhecemos Harry e Craig, amigos e ex-namorados, buscam não somente serem aceitos pela sociedade, mas também entrar para o Guinness Books, com o maior beijo de todos os tempos. Eles querem se beijar por 32 horas. Loucura gente!? Pois é, 32 horas e com certeza os nervos ficarão doloridos – risos!

Além do mais, um dos garotos nunca contou aos pais que é gay, não posso citar qual deles, pois seria um spoiler =D. A descoberta, de forma tão pública, pode não ser tão boa, afinal de contas, quase nunca é fácil para os pais e familiares aceitarem a vida sexual dos filhos tão jovens e ainda por cima, gays.

Leia mais no blog http://www.lostgirlygirl.com/2015/07/resenha-569-dois-garotos-se-beijando.html

site: http://www.lostgirlygirl.com/2015/07/resenha-569-dois-garotos-se-beijando.html
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Douglas P Da Silva 31/07/2015

A escrita dele é perfeita e cheia de mensagens que queremos guardar pra vida!
Não consigo expressar direito o que senti depois desse livro,acompanho o trabalho do autor desde o primeiro livro lançado no Brasil e, até hoje, não há nenhum livro que tenha me decepcionado. Por isso, ao saber da existência de Dois Garotos se Beijando eu tive certeza que, este, seria mais um grande sucesso do autor. É uma equação simples: personagens reais, uma discussão sobre assuntos relevantes e uma escrita simplesmente encantadora. O resultado? Um GRANDE livro. Daqueles que nos deixam sem palavras, capaz de despertar sentimentos nobres no mais duro dos corações.
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Ju 01/08/2015

Two Boys Kissing
Estou com sérios problemas de paixão pela escrita do David Levithan, Em Dois Garotos se Beijando, não conta só a história de dois garotos se beijando, conta muito mais. Fiquei apaixonada por todos os casais principalmente, o Niel e o Peter.
Estou sem palavras para descrever esse livro. David Levithan conseguiu tocar o coração de todo mundo que leu o livro, e creio que mudou e ainda vai mudar muitos conceitos.
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AzRomas 08/08/2015

Poderia ser Melhor
Nao se explicar se foi toda a minha euforia pra ler esse livro ou mesmo o enredo superficial, mais so consigo pensar que ele ficou bem abaixo das minhas expectativas. O enredo se resume a dois garotos se beijando, por que as outras historias além de serem desconectadas da historia principal, não contribuem em nada no contexto geral como historia. Não vemos um começo, meio e fim se desenrolando, não para todas os personagens que existe na historia o que te deixa bem decepciona por que vc sabe que o livro tem potencial, e no final da leitura vc apenas percebe que todas aquelas historias existem apenas pra amenizar o vazio que existe na historia. O núcleo dos dois garotos se beijando é o único que desperta algum tipo de empatia em mim como leitor, e ainda sim a historia ainda continua rasa.
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mlimaoi 10/08/2015

Incrivelmente marcante
Eu me sinto muito feliz por ter a oportunidade de ler um livro tão lindo quanto esse, é incrível como é importante que exista representatividade, e as obras do Levithan sempre me causam esse impacto. A história é linda, tocante, eu chorei e sorri, com a narração deliciosa e fluida. Esse livro com certeza entrou para minha lista de favoritos!!!
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Fernanda 19/08/2015

Olá leitores!

Hoje apresentarei a resenha de Dois Garotos se Beijando do autor David Levithan. É a primeira vez que leio algo do escritor e confesso que foi uma completa surpresa, pois esperava algo diferente do que aconteceu no decorrer da leitura.

Em Dois Garotos se Beijando, conhecemos Harry e Craig, amigos e ex-namorados, buscam não somente serem aceitos pela sociedade, mas também entrar para o Guinness Books, com o maior beijo de todos os tempos. Eles querem se beijar por 32 horas. Loucura gente!? Pois é, 32 horas e com certeza os nervos ficarão doloridos – risos!

Além do mais, um dos garotos nunca contou aos pais que é gay, não posso citar qual deles, pois seria um spoiler =D. A descoberta, de forma tão pública, pode não ser tão boa, afinal de contas, quase nunca é fácil para os pais e familiares aceitarem a vida sexual dos filhos tão jovens e ainda por cima, gays.

A reação dos pais foi muito aguardada por mim e confesso que achei tão real e assustadora o modo a como o autor abordou a situação. Mas o choque inicial sempre passa e logo a compreensão aparece. Para saber como termina, você precisaram embarcar na leitura.



O livro foi baseado em um ato real de dois garotos que se beijaram por 32 horas, e, não fiquei surpresa por saber que não é apenas ficção, mas uma trama baseada em fatos reais.

A trama não narra apenas à vida de Harry e Craig, conhecemos outros garotos e seus dramas, muitos deles existenciais, e claro os grandes problemas de aceitação familiar. Muitos são aceitos logo, no entanto, outros sofrem com a rejeição e o preconceito, pois boa parte da sociedade, além de não aceitar não respeita à condição do outro.

Indico o livro para quem aprecia essa nova fase da literatura, onde alguns autores já se arriscam no mundo da literatura homossexual e fazem sucesso, apesar de o tema ser polêmico para muitos. Sabemos também, que a vida segue e o ser humano precisa evoluir em todos os quesitos sociais, não estou aqui dizendo que precisamos concordar com tudo, apenas que precisamos respeitar a todos, pois respeito gera respeito.

site: http://www.lostgirlygirl.com/2015/07/resenha-569-dois-garotos-se-beijando.html
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B. 27/08/2015

Uma reflexão sobre ser gay
"Os gays de hoje, os gays de ontem, somos todos o mesmo incômodo, o mesmo erro. Não pessoas, na verdade. Só uma coisa sobre qual gritar." pg. 143

Não sei como começar a falar desse livro, só sei que quase manchei as páginas do livro de tão emocionado que fiquei. Os fatos narrados na história são muito parecidos com o que sofri na minha adolescência e isso me afetou de uma forma gritante. Acredito que pessoas do meio LGBT irão se identificar melhor com o livro, por terem passado por apertos parecidos, mas acredito que heterossexuais devam sim ler, para entender como é essa dor.

O livro não tem personagens principais. São quatro locais diferentes com personagens que não estão interligados, não diretamente. Temos Craig e Harry, dois amigos e ex-namorados que decidem bater o recorde de beijo mais longo do Guiness como forma de protesto à agressão do seu amigo Tariq, um gay negro, que foi vitima de agressão homofóbica. Em outra cidade há Peter e Neil, eles são um casal, porém são diferentes. Peter é assumido e sua família o aceita, enquanto a família de Neil finge que essa questão não existe. Em outro ambiente, temos Avery, que acaba de conhecer Ryan em um baile. Eles se apaixonam, porém Avery esta com "problemas", pois não sabe como dizer ao novo amante que ele é um garoto trans. E por último, mas não menos importante, temos Cooper. Ele não é assumido e passa 24h na internet conversando em aplicativos gays, formando um perfil falso e fazendo sexo virtual. porém tudo muda quando sua família descobre sobre sua questão.

São quatro lugares diferentes. Oito garotos diferentes. Mas com a mesma dificuldade, a de crescer numa sociedade que os reprimem e os odeia. Tudo isso abordado com a narração de gays de gerações passadas que faleceram em questão da AIDS. Tudo isso numa história repleta de reflexões, emoções, pensamentos e crises que praticamente toda pessoa LGBT sofreu em algum momento da sua vida. Ele se tornou meu livro favorito e espero que ele toquem a todos que leram, como ele me tocou.
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Calhamaço da Tati 31/01/2019

?Dois garotos se beijando!
.
David Levithan
.
224 páginas
.
.
Nossa que livro mais sensível, envolvente e uma leitura fluida ?
.
O livro trata de duas gerações que sofreram e sofre por Homossexualismo a passada e atual... Mostra todas Justiça LGBT e o quanto Ainda faltam para ser conquistado.
.
.
Não se trata de um beijo e sim "O" beijo.
32 horas 12 minutos e 10 segundos pra ser exato pra quebrar o Record e alguns preconceitos.
.
.
Livro para ser lido com muito amor e totalmente aberto?
.
Personagens bem construídos e reais.
.
Baseados em fatos reais.
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( única coisa que estranhei foi pelo fato de não ter marcação de capítulo ? )
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#DavidLevithan #Doisgarotossebeijando
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