Para Continuar

Para Continuar Felipe Colbert




Resenhas - Para continuar


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Angel 20/01/2016

Blog A. Libri / Palavras Encantadas
Primeiro livro do Felipe que li, Para Continuar trás a história de Leonardo, um jovem que sofre de uma doença no coração e por conta disso tem uma vida bastante limitada e pais superprotetores.
Um dia, voltando da faculdade, no metro ele vê uma garota japonesa, que imediatamente o cativa de alguma forma, mas ele não faz mais que perguntar qual música ela está ouvindo e ela não faz mais que colocar o fone no ouvido dele.
A garota desce na estação da Liberdade, e depois desse dia, Leonardo começa a pegar o mesmo metrô com mais frequência, na esperança de encontrá-la novamente. Até que encontra e não pensa duas vezes antes de segui-la.
A garota é Ayako, e vive com seu avô "nos fundos" da loja de luminárias da família.
Ayako e seu avô escondem um segredo, até mesmo de Ho (garoto chinês tutelado pelo avô de Ayako), no porão da loja, existe um lugar mágico, onde existem milhares de lanternas japonesas, que se acendem quando nasce um amor, e logo a de Leo e Ayako também se acenderá.
Mas as coisas mão são tão fáceis como parecem e nem como eles gostariam, pois o coração de Leonardo pode falhar a qualquer momento, e Ho, que sofre de distúrbios mentais (me perdoem se não for o termo correto, não é especificado no livro o que ele tem) , também representa um perigo ao casal, sobretudo quando se envolve com pessoas perigosas.
Leo e Ayako terão que lutar para manter a lanterna acesa apesar das dificuldades que surgem em seu caminho.

Achei sensacional a proposta do autor em ter as lanternas representando o amor, nunca tinha lido nada semelhante, só senti que o tema poderia ter sido mais explorado do que de fato foi.
O romance entre Leo e Ayako no geral é bem tranquilo e bonitinho apesar da forma estranha que começou, com ele seguindo-a, mas afinal, de que outra forma ele iria conseguir falar com ela?
Ele é um bom garoto, tem seus momentos ruins por causa da doença e um talento incrível para desenhar.
Ayako é uma garota doce e dedicada à seus afazeres na loja, ao seu avô e também Ho, que ela sabe que é apaixonado por ela, mas o que sente por ele é a mesma coisa que sentiria por um irmão.
O avô de Ayako é muito sábio e orienta a neta em tudo o que ela precisa.
Leo tem um melhor amigo chamado Penken, que o ajuda com suas maluquices.

No geral gostei bastante do livro, que é narrado parte em primeira pessoa pelo Leonardo e parte em terceira sob o ponto de vista dos demais personagens e temos uma visão bem ampla de tudo o que está acontecendo.
A narrativa é bem fluída e como o livro é curtinho li super rápido.
Como disse, só senti falta de um aprofundamento maior em relação às lanternas e o romance também, não atrapalhou a leitura é claro, e nem me fez gostar menos da história, mas acho que causaria mais impacto.
O final do livro foi bem bonito, esperava por qualquer coisa, menos pelo que ocorreu de fato.

site: http://a-libri.blogspot.com.br/2016/01/resenha-para-continuar-felipe-colbert.html
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Suzane | @memoriasdeumaleitora 13/01/2016

Surpreendente
Leonardo está no metrô de São Paulo até que vê Ayako, uma jovem de aparente descendência oriental. Seu interesse por ela é instantâneo, então ele tenta uma aproximação, porém a jovem nada diz, apenas coloca seus fones no ouvido de Leo, dividindo com ele a música que ouve, depois vai embora sem nem lhe dizer seu nome.

Leo é um jovem de vinte anos, estudante de Design Gráfico, com uma vida nada fácil, ele possui uma doença em seu coração - cardiomiopatia dilatada idiopática - que o impede de fazer algumas coisas simples, como mínimos esforços físicos, além de tornar seus pais extremamente protetores. Ele evita falar disso com as pessoas, pois abomina o fato de terem pena dele, então os únicos que sabem são seus pais, seu melhor amigo Penken e sua ex-namorada Malu.

Porém depois de encontrar Ayako ele não consegue parar de pensar nela, e volta ao mesmo metrô todos os dias na esperança de revê-la. Até que um dia ela estava lá, encantadora, mas o vagão lotado o impede de se aproximar e ela vai embora mais uma vez. No impulso, Leo resolve segui-la e descobre que ela trabalha em uma loja de luminárias japonesas no bairro Liberdade e mora com seu avô e Ho, um jovem chinês com problemas mentais, que é apaixonado por Ayako.

Ayako-Chan é uma jovem japonesa que veio para o Brasil muito nova, e ao perder seus pais em um trágico acidente, passou a morar com seu avô e ser guardiã de um segredo muito importante. No porão de sua casa/loja tem uma infinidade de lanternas que precisam ser protegidas, lanternas que tem um grande significado.

Quando Leo tenta se aproximar de Ayako, Ho dá crises, insinuando, com seu jeito inocente, que Leo a estava incomodando. Leo apenas não dá importância, associando o acontecimento a saúde mental do jovem, mas Ho pode trazer mais problemas do que ele imaginava. Só que Leo não desiste de Ayako, e isso pode leva-lo a perigos maiores do que seu coração doente.

A história é muito instigante, eu li muito rápido, tanto porque a leitura é fácil quanto porque precisava saber o mistério envolvendo tudo aquilo, precisava saber o destino de Leo com Ayako, o destino de sua doença no coração, o que aconteceria com o avô de Ayako e com Ho. O livro te leva a imaginar inúmeras possibilidades, e isso foi o que me ganhou. Clichê? NEM NO SONHO! Você tem que ler pra descobrir, ou ficará com várias suposições na cabeça. O desfecho é de tirar o folego e depois fazer você levar as mãos a boca exclamando "Ohhh!!!" (Foi justamente o que fiz) de tão inesperado. Certas passagens fiquei de coração na mão (Felipe, quase fui eu quem infarte!), e não sosseguei até chegar ao fim e me deparar com tanta fofuraaaaaaa. Quis dormir abraçada com o livro por ele ser tão inspirador, tão reconfortante, tão mágico! Ok, eu amei de verdade, já deu pra notar né?! Agora me pego pensando em Leo e Ayako, oh viiiidaaa!!!!

site: http://memoriasdeumaleitoraa.blogspot.com.br/2016/01/resenha-para-continuar-felipe-colbert.html
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Raffafust 10/01/2016

Já estava com o livro na estante há cerca de 5 meses, ao pegá-lo para ler e devorá-lo em apenas um dia, obviamente que me arrependi de ter passado alguns não tão bons na frente.
Em Para Continuar conhecemos Leonardo, um rapaz de 20 anos que tem um problema cardíaco e que leva a vida normal como pode, claro que com algumas restrições. Vive às voltas com os cuidados excessivos e seus pais e com as perguntas repetitivas de seu melhor amigo Penken.
A vida anda sem graça, mais do mesmo, até que dentro do metrô ele avista alguém que vai despertar muito mais do que um simples interesse. Ayako é uma oriental bonita, delicada, que volta e meia pega o mesmo metrô que ele e que não está muito preocupada em ter um namorado, passa sua vida na faculdade e cuidando da loja do avô, seu pais faleceram quando ela tinha 14 anos. O estabelecimento que fica na Rua da Liberdade - famosa pelo grande número de família orientais que lá trabalham/ vivem - chama a atenção, é uma loja de luminárias onde Leonardo após segui-la certo dia, vai descobrir que também trabalha Ho, um rapaz que tem uma paixão platônica pela moça assim como Leonardo.
Os encontros dos dois são fofos, Leonardo faz de tudo para esbarrar com ela e ser percebido, mas Ayako vive seu mundo à parte, onde mesmo tendo interesse no rapaz se preocupa com o segredo que ela e seu avô guardam no sótão e que ela prometeu que jamais deixaria outra pessoa descobri-lo.
O coração do rapaz bate forte pela japonesinha que acaba falhando, e ele se vê internado para cirurgias, enquanto Ayako não faz a menor ideia de que ele tenha algum problema de saúde.
Gostei muito dos pais de Leonardo, um casal centrado, apaixonado e que ama o filho, querendo sempre o ver feliz. O avô de Ayako também é uma figura fácil de se encantar, por toda sua calma e sabedoria.
Claro que há os personagens insuportáveis, como Ho e seu primo que não é flor que se cheire e a Malu, a ex namorada de Leonardo , sinceramente não curti nada a personagem, e muito menos o desfecho dela de traíra ( e ainda traição dupla, mas isso eu deixo para vocês descobrirem) .
Há cenas lindas sobre as luminárias que eu deixo também para que vocês descubram e suspirem junto comigo. Para mim, o autor teve a sensibilidade de colocar uma história de amor todas as metáforas de um amor que está aceso ou não. Um romance muito delicado e gostoso de ser ler.

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2016/01/resenha-para-continuar-novoconceito.html
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Thais 26/12/2015

Já quero todos os livros do Felipe!
Eu não sei porque mas tenho um súbito interesse por tudo que envolve a cultura Japonesa.
Quando vi que a Editora Novo Conceito iria lançar um livro de Felipe Colbert, com uma capa cheia de lanternas e que se passa no bairro da Liberdade, em São Paulo, fiquei extasiada pela leitura. Afinal de contas já tinha ouvido falar muito bem do autor, então nada mais justo do que juntar meu interesse pelo Japão com minha curiosidade pela escrita do Felipe, tanto é que peguei o livro na primeira oportunidade e depois disso não quis mais larga-lo.

Em 'Para Continuar' conhecemos Leonardo, um garoto com grave problema no coração que faz de tudo para levar - e aparentar - uma vida normal. Ele cursa a faculdades de artes, tem um melhor amigo engraçado, uma ex namorada gata e pais super protetores que o fazem pegar o metrô todos os dias pois dar um carro a um adolescente, com a possibilidade de infartar ao volante, está fora de cogitação.

A vida de Leonardo começa a mudar a partir do momento que ele conhece a misteriosa garota de olhos-de-personagem-de-mangá dentro do trem. Sua atração por Ayako é tão forte que ele acaba tomando atitudes que nunca tinha se imaginado fazendo.

Ayako é órfã de pai e mãe, ela trabalha e mora em uma loja de lanternas orientais com Ojisan, seu avô. Ambos guardam um grande segredo no porão da loja, onde milhares de lanternas aparecem e desaparecem como magica. A missão de Ayako e Ojisan é protege-las de qualquer tipo de interferência, pois isso automaticamente acarretaria na vida dos habitantes do bairro da Liberdade.

No entanto, a partir do momento em que Ayako e Leonardo começam a se aproximar, uma importante lanterna surge no porão da loja, e protege-la será mais difícil do Ayako um dia imaginou, pois Ho, um jovem chinês - um tanto quanto conturbado - que trabalha na loja com Ayako, não está disposto a ver a sua amada com outro.

Essa estória tem várias características que me agradam bastante em um livro, como por exemplo o triangulo amoro - que apesar de clichê é algo que me instiga -, um pouco de drama, um lindo romance e as referências a uma cultura que tanto me chama a atenção. Eu achei que o Felipe soube dominar muito bem todos esses elementos do enredo, e não escolheu um bairro e uma cultura apenas para usar como plano de fundo, e sim para explora-la ao longo da narrativa.

Durante a leitura conheci um novo prato japonês, do qual ainda não tinha ouvido falar mas que corri para internet pesquisar e posso dizer que já quero sim experimentar, pois sou dessas (haha). Aprendi um pouco mais sobre a imigração Japonesa no Brasil, principalmente o porque do Bairro Liberdade ser hoje o lugar com a maior concentração de não só Japoneses, mas também Chineses e Coreanos. Além de ter me deparado com rápidas menções a outros assuntos desta cultura como música, jogos, lendas e superstições.

O Felipe poderia ter escrito um calhamaço de mais de 500 páginas que eu não iria me cansar! Aliás, li 'Para Continuar' em apenas três vezes que tive a oportunidade de tocar no livro, e juro que gostaria de ter passado muito mais tempo dentro desta estória. Foi uma leitura rápida, envolvente e apaixonante apesar de seus pequenos/insignificantes clichês.

Já falei que amei a capa e que necessito de uma lanterna japonesa aqui na minha decoração? Se você me segue nas redes sociais já deve ter cansado de ouvir isso esses dias né?! (hahaha)

Confira a resenha no meu blog - http://migre.me/swIpI

site: www.amigadaleitora.com
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Khrys Anjos 11/12/2015

Este amor ficou pequeno para apenas dois corações
Num dia aparentemente comum na vida do Leo ele se vê diante de uma visão especial: uma jovem com olhos-de-personagem-mangá. Conclusão? Amor à primeira vista.

E para uma pessoa com o coração debilitado como o do Leo esta situação passa a ser um pouco perigosa já que não pode ter fortes emoções.

Ele toma a iniciativa e se aproxima da Ayako. Mas acaba por acender um sentimento muito ruim no admirador da jovem. Ho acredita que Ayako é sua outra metade e faz de tudo para que o namoro dela com o Leo termine.

O segredo passado ao longo das gerações da família Miyake sobre as lanternas mágicas está prestes a vir a tona por causa desse relacionamento.

Cada habitante do bairro da Liberdade "ganha" uma lanterna quando se apaixona. Se for sua alma gêmea criasse um par para toda a vida. Mas se algo acontecer com a lanterna este sentimento pode ser destruído.

Ayako faz o que pode para continuar mantendo o segredo porém o ciúme do Ho coloca em risco esta magia.

Conforme o relacionamento do Leo e da Ayako evolui fica mais difícil para o Ho aceitar ser "trocado". Numa atitude típica de quem está desesperado comete um ato insano e põe a vida de todos em perigo.

O que será que acontece quando um coração muda de dono? O sentimento ali existente será passado adiante ou nossas emoções estão gravadas mais fundo?

Para continuar vivendo o amor este casal irá passar por uma prova do coração.

O Destino tem muitas formas de nos colocar no caminho que nos levará para a felicidade plena. Por mais que estejamos vivendo um período difícil sempre haverá uma Luz para nos guiar.

Leo se acostumou com a doença e acreditou que poderia ir levando a vida sem fortes emoções. Mas para sua surpresa acaba por descobrir uma força que antes não imagina possuir.

Um motivo com olhinhos puxados e uma aura mágica. Ayako o faz querer mais da vida. Correr riscos necessários. Voar mais alto. Viver.

A história criada pelo Felipe nos faz ter esperança e a certeza que viver o amor por um dia é o suficiente para fazer a vida valer a pena.

A magia da lanterna simboliza a pureza do sentimento. Tanto que mesmo não sendo a outra metade do Ho uma lanterna foi criada para eles pois o sentimento dele pela Ayako era verdadeiro.

Um personagem que marca esta história é o ojiisan da Ayako. As lições que ele lhe transmite são valiosas para todos nós.

Esta leitura me fez recordar muito o meu pai. Ele adorava este universo oriental. Acho que é a herança que ele me deixou.

Esta história é recomendada para toda a família. Pode ser passada como o segredo das lanternas da família Miyake.

O amor é um sentimento mágico pois é capaz de curar um coração ferido, dar uma nova chance para a vida e acender uma chama no infinito.

O final é surpreendente. Teve um momento que passei a recitar um mantra O-Felipe-Não-Vai-Fazer-Isso!-O-Felipe-Não-Vai-Fazer-Isso!-O-Felipe-Não-Vai-Fazer-Isso! Quase que infarto de tanta ansiedade. E a conclusão da história me deixou com o coração tocado por este amor tão profundo que transcendeu os limites do corpo.

site: http://minhamontanharussadeemocoes.blogspot.com.br/2015/09/resenha-para-continuar-felipe-colbert.html
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@APassional 10/12/2015

* Resenha por: Elis Culceag * Arquivo Passional
Resenha disponível no blog Arquivo Passional, no link abaixo.

site: http://www.arquivopassional.com/2015/10/resenha-para-continuar.html
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Camila Lobo 04/12/2015

Resenha: Para Continuar (Por Livros Incríveis)
Léo possui uma doença cardíaca e por causa disso, sua vida é cheia de cuidados e extremamente entediante. Ayako mora com o avô no bairro da Liberdade, São Paulo, onde cuidam de uma loja de lanternas japonesas e onde um segredo mágico se encontra, e que ela deve proteger a qualquer custo.
Um dia, eles se conhecem em um vagão de metrô e o interesse entre os dois é instantâneo, mas ela logo desce na Liberdade. Logo eles se reencontram e algo mais passa a acontecer, mas logo torna-se ameaçado, porque Ho, um chinês que é apaixonado por Ayako, não deixará que Léo roube Ayako dele.

“Seus traços orientais, da forma como estão convictos na minha cabeça, são impressos na tela com tanta naturalidade que Leonardo – o outro, o da Vinci – sentiria ciúmes da minha obra.”

Volto a repetir, eu amo a cultura japonesa. A única vez que fui para São Paulo, há um ano atrás, foi para ir ao Bairro da Liberdade por um dia. Então fiquei muito animada quando descobri esse livro, que se passa no Brasil, dando um pouco de familiaridade a história, e com uma cultura pela qual sou apaixonada.

Para Continuar tem uma narrativa muito gostosa. Possui uma escrita mais atual, não tão rebuscada, mas não cheia de gírias, o que me deixou agradecendo mentalmente (acho que já mencionei uma vez que não sou fã de histórias que sejam recheadas de gírias. É fluída e leve, ao mesmo tempo e nas partes mais corridas, Colbert soube moldar para que me deixasse angustiada querendo saber o que aconteceria.
O autor inseriu uma pequena parte história sobre o bairro e sobre o pavilhão japonês no parque do Ibirapuera, o que foi bem interessante, porque além de deixar a história mais detalhada, pude conhecer mais sobre a imigração japonesa.

O livro é narrado em primeira pessoa por Léo, que possui cardiomiopatia e por isso, seu dia a dia é bem limitado, resumindo-se basicamente a ir para a faculdade e andar de metrô em São Paulo, já que seus pais, extremamente preocupados, recusam-se a deixá-lo ter um carro. Na maior parte, Léo é um ótimo protagonista, sendo divertido de ler ele tentando ganhar o coração de Ayako e superar suas limitações. Entretanto, tem umas atitudes bem infantis, que não parecem condizer muito com o resto de suas atitudes, o que acaba sendo um tanto incômodo, quando acontece.
Ayako é uma garota com “olhos grandes de mangá”, além de ser tímida, reservada e um tanto doce, como tantas protagonistas de romances japoneses. E fiquei muito feliz, porque adoro esse tipo de protagonista. É fofa e gentil, mas não burra ou sem graça. Ela tem um apego muito forte ao avô, que cuidou dela desde jovem, e em compensação, eles devem proteger um segredo que jamais pode ser revelado.
Eu confesso que tive dificuldades com Ho. Apesar de saber que seus problemas eram verdadeiros, tive dificuldades de compreender a mente dele, o que me incomodou muito. Acredito que o autor tenha o colocado na história justamente para fazer o leitor pensar sobre o assunto, e fiquei envergonhada ao ver que era um pouco difícil entendê-lo. É um personagem bem rico e incompreendido.

O final é desenvolvido com calma, o que dá tempo para ser apreciado pelo leitor. Apesar do final previsível, bem previsível mesmo se for dada devida atenção à leitura, Colbert trata o amor de forma tão singela, tão simples e bonita que é impossível não torcer por Léo e Ayako e se emocionar com a conclusão. Um nacional tremendamente recomendado para os românticos de plantão.

“Não sei se é apenas uma impressão causada por toda a história que acabei de ouvir, mas enquanto unímos nossos corpos e subtraímos nossas razões, a lanterna acima de nossas cabeças torna-se mais e mais brilhante, como se controlada pela medida impoderável do nosso amor.”

Leia mais resenhas em:

site: http://porlivrosincriveis.blogspot.com.br/2015/12/resenha-para-continuar-felipe-colbert.html?m=1
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Thati 21/01/2016

Para deixar o dia a dia mais leve e romântico! ♥
“Para continuar” é o segundo livro do Felipe Colbert publicado pela Novo Conceito. Conta a história de Leonardo César, um jovem paulistano de 20 anos com um “coração defeituoso”. Trata-se de uma doença cardíaca de nome difícil, que impõe algumas restrições a Leo. Ele tem um melhor amigo, Penken; dois pais zelosos e preocupados; uma ex-namorada gente boa, Malu. É no metrô, a caminho da faculdade, que ele conhece Ayako. Uma jovem oriental capaz de dar um brilho à sua limitada (e talvez até tediosa) vida. Ela trabalha numa loja de luminárias na Liberdade, com seu ojiisan (avô em japonês) e Ho, um jovem com problemas mentais que não sabemos ao certo.

Leonardo é bem stalker no início, e se estivéssemos falando do Raphael Montes, eu com certeza ficaria apreensiva desde a primeira página. Não é o caso aqui. O protagonista é realmente um cara como qualquer outro. Ele se apaixona por Ayako logo de cara, que, felizmente, também se apaixona por ele. Mas tem Ho, que também é apaixonado por Ayako e lidar com ele pode ser bastante complicado, considerando suas limitações. Além desse inusitado triângulo amoroso, “Para Continuar” também tem um pouco de mistério e magia em relação ao porão da loja de luminárias. Algumas outras tensões surgem ao longo da trama, mas deixo isso por conta de vocês!

"Quando finalmente adormeço, recarrego minha esperança no mundo dos sonhos e busco nele a coragem que me falta para encarar o mundo dos vivos."

Felipe tem uma boa escrita... Limpa, fluida e acessível. Esse, para mim, é o ponto mais positivo da trama. Sua forma de escrever também é intimista... Tive a sensação de que a história de Leonardo me estava sendo contada por um amigo ou coisa assim. Gostei muito da capa... É bonita, delicada, única e ao mesmo tempo comercial. A diagramação está ótima. As lanternas no início de cada capítulo são um charme extra! Os personagens são bons também... Os meus preferidos foram, sem dúvidas, os pais do protagonista, que vivem um relacionamento muito bonito, apesar da preocupação com o filho e dos obstáculos que encontram pelo caminho. Contrariando alguns, também gostei da Malu... Foi empatia imediata e eu me peguei torcendo por ela ao longo das páginas.

“Para Continuar” é um romance do dia a dia, que pode acontecer com qualquer um de nós quando menos esperamos. É bonito, delicado e traz consigo um agradável toque de magia. É ideal para quem procura uma leitura capaz de tornar o cotidiano ainda mais leve e romântico.


site: http://www.nemteconto.org/#!RESENHA-PARA-CONTINUAR-FELIPE-COLBERT/cmbz/569e5bea0cf2ca1e5ff68fe0
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Nerd Book's 29/10/2015

Para se apaixonar...
O romance se incia com a apresentação do nosso casal, embora seja exposto pelo ponto de vista de Leonardo ou Léo. Jovem de 20 anos, tímido e aparentemente roqueiro. Léo foi diagnosticado com uma doença que possui o nome desconjuntado, cardiopatia dilatada idiopática, uma insuficiência no músculo cardíaco para bombear sangue de forma natural.

Léo, encontra uma garota oriental no metrô em São Paulo e se sente atraído por sua beleza, mas por ser tímido hesita em chamar sua atenção e acaba por não saber seu nome.

Logo após, somos apresentados à Ayako, jovem oriental que perdeu os pais e mora com o avô. A partir daí, percebemos a magia que o livro possui, pois Ayako é uma “guardiã dos destinos”. Isso mesmo. Ela protege os destinos das pessoas, assim como seus pais. Acredita que o destino está definido e ninguém tem o direito de apagá-lo ou transfigurá-lo.

A história é envolvente e te prende a cada capítulo que se desenvolve, fluentemente. Felipe Colbert, por sua vez, possui outro livro publicado intitulado, Belleville, no entanto esse é o primeiro livro do autor que leio e posso afirmar que os autores brasileiros estão superando as expectativas.

O livro é um romance leve com fantasia e mistério. Um misto para os apaixonados do gênero. Indico a leitura para finais de tarde, acompanhados por um chá e música lenta.

site: www.nerdbooksblog.wordpress.com
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Nikolle - Paradise Books 28/10/2015

Fofinho
Leonardo tem 20 anos, faz faculdade de Design Gráfico, adora seus pais, e tem um melhor amigo super engraçado. Para quem lê isso, imagina que ele é um simples garoto com uma vida normal, mas tem apenas um detalhe, ele tem cardiomiopatia dilatada idiopática, uma insuficiência no músculo cardíaco para bombear o sangue de forma natural para o coração, o que torna a sua vida um pouco diferente dos adolescentes normais.

"Essa é a grande ironia da minha vida...
Meu coração faz um péssimo trabalho, e sou eu que pago o pato."


Em um certo dia dentro do metrô, Leonardo se depara com uma linda jovem asiática. Ele então toma coragem para ir conversar com ela, mesmo sendo super tímido ele consegue trocar algumas palavras, e após sua pequena interação ela desce na próxima estação do metrô, e depois disso Leo percebe que não descobriu seu nome.

Este momento no livro me lembrou o que normalmente passo (e imagino que com vocês também), quando fico encantada com alguém tanto no ônibus quanto no metrô, mas nunca tenho a coragem de conversar ou algo do tipo. Ao contrário de mim Leo fez suas investidas, e o melhor de tudo, é que o personagem depois faz de tudo para se encontrar novamente com a jovem, mesmo tendo que pegar o metrô várias vezes procurando por ela, e até segui-la para descobrir mais.

Enfim, é com as tentativas de Leo, que vamos descobrir também que a garota oriental se chama Ayako, ela trabalha (e mora com seu avô) em uma loja de luminárias, onde há um porão que esconde alguns segredos que ela e seu avô devem proteger. Além dos dois na loja, conhecemos também Ho, que é um jovem que sempre foi apaixonado por Ayako, e não fica nem um pouco feliz com a chegada do concorrente Leonardo.


O envolvimento que o autor cria entre Ayako e Leonardo é super fofo e encanta totalmente quem está lendo, mas ambos tem um segredo, e para que não haja uma barreira no relacionamento que vai se criar, eles tem que ter a coragem de se abrir. O porão guarda milhares de luminárias que envolve vários mistérios, mas quando o amor dos dois nasce , uma nova luminária acende, e agora eles tem que protege-la para que esses sentimentos não sejam esquecidos.

O livro tem capítulos intercalados entre Leo (em 1° pessoa) e alguns outros personagens, em 3° pessoa. A escrita é ótima e flui super bem, que quando você pisca já leu mais da metade do livro, a diagramação é super fofa, e o que eu mais adorei é a grande parte que falam da cultura japonesa ( JÁ QUE EU SIMPLESMENTE AMO TUDO RELACIONADO A ÁSIA.... O LEO ATÉ VÊ UM DORAMA ♥♥), que também foi um dos motivos de eu pedir as meninas para poder resenhar "Para Continuar". O Felipe Colbert quase me matou em certas partes do livro, e foi quando corri pra terminar para tirar as ideias da minha cabeça. Imagino que muita gente ao ler, que Leo tem uma doença, já deve estar correndo do livro, PLEASE DON'T DO THIS! Leia e curta esta linda história (ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧

site: http://paradisebooksbr.blogspot.com.br/2015/10/resenha-para-continuar-felipe-colbert.html
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Fernanda 27/10/2015

Resenha: Para continuar
CONFIRA A RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/10/resenha-para-continuar-felipe-colbert.html
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Mari 26/10/2015

Este foi o primeiro livro do Felipe Colbert que li, e não olhei resenhas ou comentários sobre ele, quis ler e ser surpreendida.

Conhecemos a história de Leonardo, um jovem de 20 anos, estudante de Design Gráfico no centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Ele foi diagnosticado com cardiomiopatia dilatada idiopática, um problema no coração com o qual ele deverá conviver durante toda sua vida, deixando ela um tanto diferente da maioria dos jovens de sua idade, não podendo praticar esportes, por exemplo.

Seus pais são superprotetores. Por ser filho único, todas as atenções se voltam para ele, ainda mais agora com a notícia da doença.

A única liberdade que Léo conseguiu foi ir para a universidade sozinho e de transporte público. Como a maioria da população utiliza o metrô, em um belo dia de idas e vindas ele conhece alguém que chama sua atenção. Ela é uma japonesa que, inclusive, será dona de seus pensamentos.

Enquanto isso, a jovem em questão, Ayako, está com fones de ouvido, e sempre baixa os olhos quando encontra o olhar do rapaz. No final das contas, ele também chamou sua atenção, e sua timidez a deixa sem graça pela situação.

Sem ao menos se conhecerem, ele pergunta o que ela está ouvindo, ao passo de que Ayako simplesmente coloca o fone no ouvido dele, deixando-o encantado de vez. Como um sonho, ela tem que descer na próxima estação e Leonardo fica sem saber sequer seu nome. Só sabe que ela desceu na estação Liberdade, bairro que é o maior reduto da comunidade japonesa.

O encontro inesperado foi tão grande que Léo acaba fazendo um desenho de Ayako e, diante de sua curiosidade, acaba descobrindo onde a jovem trabalha, uma linda loja de luminárias. Um dia ele aparece por lá e a jovem fica um tanto confusa com a presença do rapaz. Ela vive com seu avô e um rapaz japonês, de quem cuida, após a morte de sua família.

A jovem é guardiã de um porão repleto de luminárias, que são um segredo. Somente ela e seu avô sabem de sua existência. A cada iluminaria, um elo entre duas vidas. Ela é responsável por mantê-las acesas.

Mistério é a palavra sobre essas luminárias. Léo e Ayako terão problemas a enfrentar. O amor será forte e um ótimo aliado, mesmo assim terão lágrimas e tristeza.

Um livro que me surpreendeu. Gostei da leitura, que foi um tanto leve e misteriosa. A carga emocional foi um pouco mais elevada, mas nada de muito forte. A história me pareceu com aqueles filmes da seção da tarde, que nos traz uma linda mensagem de reflexão.

Esta foi a primeira experiência com a escrita de Colbert, e já comecei com o pé direito. Gostei da obra e indico a todos os leitores fãs de nacionais, ou aqueles que querem uma história mais tranquila.

Trabalho gráfico lindo. Capa de acordo com a história, com diagramação boa para a leitura. Cada capítulo tem uma linda luminária, detalhe que amei.


site: http://marifriend.blogspot.com.br/2015/10/minha-opiniao-para-continuar.html
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Thaisa 24/10/2015

Para Continuar...
A cultura oriental é algo que me encanta e foi exatamente isso que me fez querer ler esse livro de imediato. Com uma capa belíssima, cheia de lanternas japonesas e um enredo que se passa em São Paulo, especificamente no bairro da Liberdade, Felipe Colbert cria uma linda e comovente história de amor.
Dei início à minha leitura com grandes expectativas, afinal é um autor brasileiro e a história se passa em São Paulo, uma cidade que amo de paixão. Confesso que não havia lido nada ainda desse autor e gostei bastante da escrita dele. Felipe tem uma escrita fluida, tranquila e que impulsiona o leitor ao próximo capítulo. O clima de mistério dá todo um incentivo para isso.
O livro é narrado em primeira pessoa por Leonardo e é intercalado em narrativas em terceira pessoa quando o ponto de vista muda para o de Ayako ou Ho. Dessa forma ficamos bem próximos dos sentimentos de Leonardo e acompanhamos cada detalhe de sua história. Esse foi um ponto super positivo no livro, pois deixou a leitura bem mais interessante. As vezes, em narrativas em primeira pessoa, sinto falta de conhecer os sentimentos dos outros personagens, o que não foi o caso de Para Continuar.
O livro possui dois mistérios centrais que vão sendo explicados no decorrer da leitura e é no meio desses mistérios que o amor entre Ayako e Leonardo vai se desenvolvendo. É um amor forte, bonito, mas sentir falta de um maior aprofundamento do autor na história dos dois. Achei tudo um pouco corrido e acredito que por causa disso não consegui me conectar aos protagonistas da forma que eu gostaria.
Os personagens despertaram diversos sentimentos em mim. Leonardo e Ayako são fofos e mesmo querendo bater em Léo em diversos momentos, me peguei torcendo para as coisas darem certo pra ele. Ho me deixou frustrada. Me comovi sim com ele, mas não consegui me sensibilizar com o estado dele… e Kong, o primo de Ho, esse eu odiei com todas as forças do universo! E por incrível que pareça, me encantei com Ojiisan, o avô de Ayako, mesmo ele não aparecendo tanto na história.
Um outro ponto que também achei corrido demais foi a explicação dada para as lanternas. Acho que eu esperava um “algo mais” e o autor nos deu uma explicação simples, porém linda. Entendam, eu gostei muito da explicação, achei comovente, mas senti falta de suspirar com a grande revelação. Será que é porque o livro é um romance escrito por um homem e geralmente os homens tem a tendência de serem mais diretos?
Toda a história é encantadora. Felipe me fez viajar pelas ruas de São Paulo e pela cultura japonesa. Ele desenvolveu uma linda história de amor, cheia de mensagens que devemos carregar pela vida. Essa é uma daquelas narrativas tocantes, que te fazem pensar e que não são cheias de ação. É um livro pra ser apreciado, apesar de ser lido em uma tarde.
O final, apesar de ser clichê e eu já estar esperando por ele foi tocante. E devo dizer que senti um pouco de medo ao pensar que o autor poderia dar uma reviravolta e concluir o livro de maneira diferente. Teve um momento que achei que ele faria isso… Ponto para o autor!
Enfim, Para Continuar é um romance lindo e leve para você que gosta de finais felizes!

Resenha publicada no blog Minha Contracapa:

site: http://minhacontracapa.com.br/2015/10/resenha-para-continuar-de-felipe-colbert/
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Lodir 14/10/2015

O mergulho oriental de Felipe Colbert no romance “Para Continuar”
Em seu novo romance, o autor brasileiro recria o reduto da maior comunidade japonesa do mundo para contar uma história de amor

Metrôs são lugares que facilitam a observação. Ao contrário de ônibus e aviões, os passageiros geralmente se sentam de frente um para o outro. Durante a viagem, é fácil prestar atenção em alguém, assim, como quem não quer nada, desviando o olhar sempre que ele se encontra com o do vizinho.

Quem é essa pessoa na minha frente? Para onde ela está indo? Qual será a música que está ouvindo no celular? Será que está gostando do livro?

É quase um ambiente poético. Definitivamente, metrôs podem ser um prato cheio para escritores em busca de inspiração para a composição de personagens. É possível notar alguém sem culpa, e até mesmo imaginar uma história com as poucas informações disponíveis.
Afinal, se ainda restam diversas estações até o nosso destino, por que não encontrar uma maneira interessante para passar o tempo?

É exatamente neste clima que se inicia “Para Continuar”, o mais recente livro de Felipe Colbert. Eu havia lido e escrito uma resenha para a sua estreia, “A Entrevista Ininterrupta”, em 2011. Recentemente, tive a oportunidade de conhecer o autor no estande da editora Novo Conceito durante a Bienal do Rio de Janeiro. Fui atrás do e-book logo depois, e tive o prazer de descobrir a evolução da escrita de um autor que já havia me fisgado com o seu suspense de estreia. Se antes a agilidade da trama prendia pela curiosidade, aqui Colbert apresenta uma história diferente, fisgando o leitor pela sensibilidade dos conflitos e por um romance que nasce de maneira sensível e honesta.

Já na primeira cena, no metrô, o protagonista, Leonardo, devaneia enquanto observa uma linda e singela garota de traços orientais, que segue viagem sozinha com seus fones de ouvido. Apesar do seu repentino e inexplicável interesse, Leonardo reluta em uma investida. Afinal, seria suspeito um rapaz desconhecido abordar uma menina sozinha no transporte público, certo? Ela poderia se sentir invadida. Ainda assim, ele consegue se aproximar e questionar sobre a música tocando em seu iPod. Ela empresta o fone, permite que a melodia oriental o encante por alguns segundos e depois se afasta rapidamente quando sua estação chega. Leonardo deixa a chance passar e segue em frente. Aquela garota, aquela possível nova amizade, escoa por entre seus dedos, tornando-se apenas mais uma oportunidade perdida, entre outras tantas.

Quem nunca perdeu a chance de conhecer alguém interessante e depois se arrependeu?
Acontece que, nas horas seguintes, Leonardo não consegue tirar da cabeça aquela garota que teve uma rápida passagem por sua vida. Quem sabe inconscientemente, ele volta a fazer a mesma viagem, em horário aproximado, e o inevitável acontece: a jovem de traços japoneses aparece novamente pelos corredores do metrô. Desta vez, Leonardo decide seguir a garota quando ela deixa a estação e perambula pelas ruas cinzentas de São Paulo. Ele, então, descobre que o abrigo dela nada mais é do que uma loja de luminárias orientais no bairro da Liberdade, uma região na capital metropolitana conhecida pela grande concentração de imigrantes e descendentes asiáticos. Insistente, o rapaz tenta uma nova abordagem. Ayako parece resistente e temerosa, então pede que ele se afaste e não volte nunca mais.

Uma das mais belas características do romance de Colbert é justamente esta: ambientar sua história em um lugar real e acessível aos seus leitores, tornando a trama ainda mais verdadeira. Sempre apreciei quando, mesmo em se tratando de ficção, eu consigo imaginar os personagens transitando por ruas e bairros reais, que eu conheça ou possa visitar posteriormente, procurando as referências descritas na obra e recriando os passos dos personagens. Em “Para Continuar”, as ruas pelas quais Leonardo e Ayako passam no bairro da Liberdade, o passeio pelo Parque Ibirapuera, o caminho até o Obelisco, e todos os outros cenários, são descritos com fidelidade, facilitando o imaginário e transportando o leitor para a metrópole com eficiência.

A obra, com a seleção do bairro específico e seus personagens, é um presente para os fãs da cultura oriental. Há referências a costumes e filosofias asiáticas espalhados por todos os capítulos, tornando-se um aperitivo para os seus curiosos e adoradores.
Entretanto, nem tudo é fácil neste relacionamento que nasce. Embora Leonardo hesite em revelar, ele tem uma doença rara no coração, diagnosticada há pouco tempo, que o força a utilizar um marca-passo e o impede de ter uma vida plena e comum. Ele não tem condições de fazer exercícios ou qualquer outra atividade que exija o mínimo de esforço físico. Sua rotina é limitada, e seus passos são observados de perto por seus pais superprotetores. Leonardo terminou um longo relacionamento recentemente e, junto com seu melhor amigo, a ex-namorada o trai duplamente. Nada anda bem na vida do garoto, e tudo o que ele precisa é de um novo horizonte e um bom pretexto para continuar lutando.
Ainda assim, ao contrário do que ele esperava, conhecer Ayako não garante a Leonardo momentos de tranquilidade. A menina e seu avô cuidam de Ho, um jovem chinês com problemas mentais, que revela ter ciúmes da garota e que não facilita a aproximação de Leonardo. Como se não bastasse, Ho é usado por Kong, seu único familiar próximo, para uma atividade criminosa envolvendo a pirataria chinesa nas redondezas. De todas as maneiras, ele tenta impedir que o jovem casal se aproxime, e sua inquietude acaba importunando Kong, que resolve agir a seu favor e se torna um vilão inesperado. Além disso, Leonardo ainda precisa lidar com mais um enigma ao lado de Ayako: a loja abriga uma coleção misteriosa de luminárias orientais, que, curiosamente, não estão expostas para os clientes, porém guardadas a sete chaves no depósito, cujo significado pode mudar o rumo da trama.

Há diversas barreiras entre os protagonistas de “Para Continuar”. Ainda assim, a trama é apenas uma das iscas do livro. A narrativa de Felipe Colbert impressiona pela agilidade e simplicidade. O autor não perde tempo com descrições excedidas, nem permite que a trama se torne lenta ao se aprofundar em um tema que poderia figurar um dramalhão. A grave doença, que poderia exageradamente ser usada de forma teatral, é retratada de maneira verossímil. Tudo é rápido e preciso.

As páginas de “Para Continuar” são viradas rapidamente, sem que o leitor note a rapidez com que as devora. A leitura durou menos de dois dias. Colbert consegue unir o melhor de dois gêneros, transitando moderadamente em uma linha que lembra os mestres da literatura sentimental, como se “A culpa é das estrelas” encontrasse Nicholas Sparks.
É um romance intrigante e prazeroso, que prende o leitor desde a cena inicial, no subsolo paulistano, até o imprevisível desfecho.
“Para Continuar”, se torna, assim, um romance destinado às pessoas que buscam uma história leve e perspicaz, cheia de conflitos e personagens impactantes. E deve ser prescrito, obviamente, para os leitores que procuram uma boa história de amor, daquelas que deixam o leitor deslumbrado, mesmo após virar a última página.
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