Kris Monneska - Conversas de Alcova 05/11/2015Infelizmente a obra não me ganhou.Apesar do Título e da sinopse remeterem aos Young Adults famosos, comecei a ler o livro esperando ser surpreendida por alguma inovação de alguma maneira, mas isso não aconteceu. Amor Imortal, aposta na mesma receita de livros adolescentes de fantasia, como Crepúsculo, a saga dos imortais e até mesmo alguns nacionais como Não pare! e Anseio, com o único diferencial de que rola sexo na história.
O Livro começa nos mostrando a protagonista Anna Bonnier e sua amiga Loreta em meio à férias e Aspen. Lá elas conhecem dois jovens misteriosos: Erick e Marcos. Loreta se encanta de cara por eles, especialmente por Marcos, enquanto Anna sente algo estranho, sempre que se aproxima deles. Nesse ínterim começa a acontecer coisas estranhas com ela, pequenos acidentes, mal estares passageiros e ela começa a ouvir uma voz na sua cabeça que a manda ter cuidado.
Na sequência ela conhece Raziel, outro cara misterioso e sedutor, mas por esse ela se sente atraída, assim como sente que já o conhece de algum lugar. Como era de se esperar eles acabam se aproximando e Anna acaba descobrindo que ele é um "Nefilim" e assim começa a entender porque todas aquelas coisas estranhas estavam acontecendo com ela, e descobre o porquê da familiaridade que ela sente quando está perto Raziel. Daí em diante começa a aventura da trama, juntamente com as tórridas cenas de sexo. E vocês já podem ter ideia do final.
A escrita da Ana Carolina é boa, a história é conduzida de uma maneira que faz com que a leitura flua bem, porém como eu já mencionei me faltou o estimulo de algo novo na trama.
As cenas eróticas são legais, bem estruturadas, a autora conseguiu dosar o erotismo na medida certa, de modo que as cenas de sexo ficassem sensuais e não pornográficas.
E agora eu chego a um ponto delicado da resenha, onde eu tenho que fazer crítica a algo que muito me incomodou, quase no fim da leitura. Quando durante uma conversa entre os protagonistas Raziel e Anna, ele menciona o fato do antagonista da trama praticar magia negra, coisa que é comum em livros desse gênero, e a Anna fazer a seguinte questão: “Ele faz Macumba?” Claramente se referindo à pratica de religiões de matizes africanas, fala essa que foi no mínimo desnecessária, para não dizer preconceituosa.
E na sequencia o personagem do Raziel ainda questiona se é assim que se chama a prática do satanismo hoje em dia.
Primeiro: Macumba é um instrumento musical – Fora o preconceito, ainda é um claro erro de revisão.
Segundo: Umbanda e Candomblé, religiões de matizes africanas comumente chamadas de “Macumba” pelos leigos, não são satanismo.
Então, essa parte da narrativa pode até ter mostrado uma falta de informação, mas antes de se escrever algo do tipo sobre determinados assuntos deve se estudar melhor sobre eles para não se propagar esse tipo de preconceito.
Que fique claro que essa crítica não foi feita no sentido de ofender a autora ou menosprezar a obra e sim porque prezo pela sinceridade nas minhas resenhas e não poderia deixar de falar sobre algo que tanto me incomodou. Fica a dica, para caso queiram corrigirem isso numa próxima revisão.
Então gente, como vocês viram a leitura não caiu muito bem pra mim, mas recomendo que leiam e tirem suas próprias conclusões, cada ser humano é único e o que não funciona pra mim, pode funcionar pra você e vice-versa. Não deixem de interagir comigo nos comentários.
Beijos!
site:
http://www.conversasdealcova.com/2015/10/resenha-amor-imortal-ana-carolina-k-j.html