Duas narrativas fantásticas

Duas narrativas fantásticas Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Duas Narrativas Fantásticas


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Lari 21/07/2022

A ausência de Deus
Entrou para os favoritos da vida. Aqui, temos dois contos de Dostoiévski: A dócil e O sonho de um homem ridículo. Ambos foram sensacionais e eu sequer consigo dizer qual foi meu preferido. Não resenhei imediatamente após a leitura porque me senti incapaz hahaha
Seriam infinitas considerações e, ainda assim, eu com certeza não abordaria tudo que o autor quis passar com essas obras. Contudo, quero pontuar alguns detalhes:

Em A dócil, temos um homem que chega em casa e descobre que sua esposa se suicidou. Diante disso, ele passa a refletir o que pode ter levado a isso, narrando a história do casal desde o momento em que se conheceram. A forma como o autor expõe a alma humana é, realmente, incrível. Temos aqui um homem que é perverso e inescrupuloso, mas que reflete muito do que está em nosso interior. Ele adia a felicidade, acredita que há tempo, acredita que pode ser melhor no futuro, ter paz com sua esposa no futuro... Até que não há mais tempo. Ele age de forma má, acreditando que está se vingando daqueles que o feriram no passado, mas acaba se ferindo, bem como àqueles ao seu redor. E, no fim, percebemos que - na ausência de Deus - a vida deixa de ter sentido. Se somos guiados pela nossa natureza humana e deixamos de lado o amor verdadeiro, o perdão, a redenção... Nada vale a pena. Perdemos nossa alma. Perdemos nossas vidas.

A reflexão do segundo conto talvez seja ainda maior, mas estou com sono demais para escrever. Só leiam!!
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Lara 26/07/2022

Realmente duas obras fantásticas!
Minha primeira leitura do Dostoievski e estou completamente fascinada.

Ele tem uma escrita impecável e consegue com muita facilidade nos fazer entender a história através dos pensamentos dos personagens. É como se você estivesse na mente deles.

Em "A dócil" há a retratação do sentimento de dúvida, culpa e orgulho de um homem, ao se deparar com o suicídio de sua mulher, mais jovem do que ele. Além disso, podemos perceber através do ponto de vista dele, a angústia e sofrimento que foi a vida dela.

Em "Um sonho de um homem ridículo" conseguimos ver um homem em depressão profunda, onde a beira de um suicídio, percebe que seus sentimentos não estão adormecidos pela indiferença e apatia, e através de um sonho, conhece a Verdade. E essa fé, é suficiente para que quando acorde, desista do plano.

As duas obras são realmente fantásticas! Foi uma boa escolha para adentrar a literatura russa. ??
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Murilo.Giacomo 03/08/2022

Pego de calça curta.
Essa é a primeira vez que leio algo realmente bom dele, não falo da primeira narrativa mas sim da segunda.
Sonho de um homem ridículo, é uma espécie de narrativa/conto que usa de plot pra brincar com o leitor, é claramente metafórico e revolucionário. Aqui fui pego desprevinido, as vezes até achando que o autor sofria de algum tipo de TDAH do mais alto nivel, mas completando esse "conto" você vai entender sua grandiosidade, genial e único.

Infelizmente não se pode comentar esse conto sem dar spoiler, apenas leiam.
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Emille Dias 10/08/2022

A Dócil ??????

?Vejam só: a juventude é magnânima, isto é, a boa juventude, magnânima e impetuosa, mas tem pouca tolerância, basta um porém - e vem o desprezo.?

A leitura desse livro foi meu primeiro contato com a escrita de Dostoiévski.
Como o livro é narrado do ponto de vista do homem, levantam-se dúvidas em relação à confiabilidade do narrador, pois nos são apresentados atitudes e pensamentos ambíguos tanto de sua parte quanto da esposa.
Na entanto, pude concluir que na verdade, ambos os personagens são imperfeitos, tal como um retrato fiel do ser humano. Sobretudo o homem, como é citado em diversos momentos, vive em um conflito interno entre o bem e o mal.
É um livro sensacional, que trás um tema pesado e permeado de reflexões, e quando acaba, nos deixa com aquela dúvida: quem é o verdadeiro culpado?

O Sonho de um Homem Ridículo ??????????

?(?) ocorrera-me a convicção de que no mundo, em qualquer canto, tudo tanto faz. Fazia muito tempo que eu vinha pressentindo isso, mas a plena convicção surgiu no último ano, assim, de repente. Senti de repente que para mim dava no mesmo que existisse um mundo ou que nada houvesse em lugar nenhum. Passei a perceber e a sentir com todo o meu ser que diante de mim não havia nada. No começo me parecia sempre que, em compensação, tinha havido muita coisa antes, mas depois intuí que antes também não tinha havido nada, apenas parecia haver, não sei por quê. Pouco a pouco me convenci de que também não vai haver nada jamais. Então de repente parei de me zangar com as pessoas e passei a quase nem notá-las.?

A leitura dessa narrativa é indescritível. A forma de se expressar do personagem pode ser encontrada dentro de muitos de nós, e Dostoiévski conseguiu com maestria colocar em palavras aquilo que somente somos capazes de sentir.
Sem dúvidas uma das melhores coisas que já li, com questões e pensamentos que vão me acompanhar durante toda a vida.
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Thiers.Neto 13/08/2022

Genial!
As duas narrativas são excelentes. A dócil me lembrou muito o homem do subsolo e um pouco de Dom Casmurro.
Livro curto que vale a pena para começar a ler Dostoiévski!
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Artur.Sergio 21/08/2022

No princípio era Eros.
Dostoiévski tem a rara capacidade de esboçar em linhas tortas as contradições humanas. De um virtuose que é, estampa diante do leitor o quão ridículo é aquele que ama mais a si próprio que aos outros. Que o amor voltado apenas para nós é também corruptível, e, não raro, redunda em vaidade. Eis a palavra que só se impinge a nós seres humanos: vaidade.
Em sua narrativa, o sonho de um homem ridículo, o princípio era a unidade, o amor. Aqui, a manifestação do pecado revela-se como uma espécie de mensageiro, o começo da dissolução, enfim, a morte. Ora, se tudo era mais belo e sublime antes, por que não retornamos ao princípio, ou seja, ao uno? Por isto: não queremos aquilo por que desejamos, eis o nosso paradoxo. Para Dostoiévski, a civilização humana está alicerçada em um quase justo equilíbrio entre Eros e Thanatos, entre amor e morte. Sua integridade, ainda que tênue, perpassa por esses dois princípios. Onde não há amor, recai-se no silêncio de morte. Enquanto houver amor e desse amor amarmo-nos uns aos outros, há vida. Uma vida que, na alegria e no tormento, valha a pena ser desfrutada.
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Marina 09/09/2022

Sensacional. Expõe o que há de mais complexo é fascinante na condição humana. Recomendo mil vezes. Imprescindível para quem deseja mergulhar em si próprio.
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lare 14/09/2022

Todo livro de literatura russa me deixa meio destruída emocionalmente. E essa é realmente a proposta, e fico feliz que a cumpre.
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Rebeca 19/09/2022

Uma narrativa fantástica
Nesse livro tem-se duas novelas A dócil e O sonho de um homem ridículo. Não tenho muito o que dizer sobre A dócil, não me prendeu ou não me chamou atenção. Em contrapartida, O Sonho do Homém Ridículo foi uma das melhores novelas que li na vida, é uma narrativa curta, porém, extremamente reflexiva, de uma genialidade intransponível. O Sonho do homem ridículo" me deixou em profunda perplexidade e reflexão. Eu marquei apenas uma citação, não consegui prosseguir nas marcações, depois que marquei essa citação, tudo que li nesse conto não consegui marcar mais nenhuma parte, eu apreciei o conto como um todo, me trouxe muitas reflexões sobre nossa sociedade corrompida pelo ódio e egoísmo. A idealização se trata de um sonho, um devaneio que é chamado de verdade, me lembrou bastante a essência do zenbudismo, o sentimento de vazio e contemplação ao presente, a realidade, a consciência, êxtase pela vida.

Citações favoritas:

"se é pra julgar um homem, então que o julguem com conhecimento de causa..."

"Os sonhos, como se sabe, são uma coisa extraordinariamente estranha: um se apresenta com assombrosa nitdez, com minuncioso acabamento de ouriversaria nos pomenores, e em outro, como que sem dar-se conta de nada, você salta por exemplo, por cima do espaço tempo."
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Maria13823 27/09/2022

Surpreendente
Muito bom e surpreendente. Gostei mais do A dócil que o sonho de um homem ridículo, mas ambos valem a pena ser lidos.
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Manu5 12/10/2022

Gostei muito
Não é o melhor dele, a primeira parte não é tão boa, a segunda é fantástico com muitas questões sobre a vida, é incrível como esse homem tinha um olhar tão dele sobre a sociedade e tudo mais, é o que mais me encanta nos livros dele essa parte mais filosófica, é importante falar do gatilho de suicídi0 nesse livro.
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Sandryelle1 13/10/2022

Já quero ler mais
Primeiro contato que tenho com Dosto, e amei! Amei as duas, o livro é excelente a edição da 34 dispensa comentários, a tradução é muito boa, com explicações necessárias.
Não sei qual dos dois contos gostei mais! Já quero ler outros texto do autor
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Nati 19/11/2022

Eu confesso estar receosa por conta da minha última leitura do autor, mas esse livro é fabuloso. Temos duas histórias distintas uma sobre uma jovem esposa que se suicida e outra sobre um homem que, prestes a cometer o mesmo ato, ao dormir acaba por ter um sonho fantástico que o revela a "verdade" da vida.

O primeiro, mais objectivo, através da lente do marido desvela os atos e sofrimentos da esposa. Em sua dor é busca por respostas relata o cotidiano de mutismo e desigualdade entre ambos.

Já no segundo, temos um homem indiferente e que, ao encontrar uma menina em busca de ajuda para sua mãe é atormentado por sua recusa. Através do seu sonho e de suas conclusões vemos o evoluir e a degeneração da sociedade

Personagens incríveis e muito para refletir mesmo em histórias tão curtinhas.
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Daniela742 24/11/2022

Passou um bom tempo que li esse livro e ainda não sei bem o que senti, nem sei como definir o que essa leitura me causou. Mix de confusão e surpresa.

O primeiro conto é bem interessante, mas gostei mais do segundo conto, o próprio título já é um tapa na cara. As duas histórias carregam desenvolvem uma trama fantástica, no sentido da loucura e insanidade. Da gente não saber se o que está acontecendo é mesmo real.

Em muito momentos tudo é muito turvo e acho que no final ficamos meio biló da cabeça que nem os personagens.
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