A guerra não tem rosto de mulher

A guerra não tem rosto de mulher Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - A Guerra Não Tem Rosto De Mulher


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Vivi 12/12/2023

O livro reúne vários relatos de mulheres que trabalharam na segunda guerra mundial. O livro é ótimo, mas é um livro difícil de ler. O tempo inteiro fiquei me colocando no lugar daquelas mulheres... Muitas delas se alistavam antes mesmo de completar 18 anos, eram crianças...
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Michele 12/12/2023

"Tenho pena de quem vai ler esse livro...
... e também de quem não vai ler."

Essa é uma leitura que exige muito esforço do leitor por ser extremamente impactante e difícil de ser digerida.
Mulheres na guerra! Mulheres que, antes de assumirem seus papéis na luta por uma causa maior, são mães, filhas, irmãs. Desde o nascimento aprendendo a cuidar e gerar vida, e de repente se veem no meio de tanta destruição. E destruição não só no sentido da luta armada em si, mas de seus sonhos, de suas vidas. Lendo essas memórias, vemos como a guerra não termina quando acaba, mas continua lá de alguma forma...

Svetlana não nos traz uma história sobre a guerra, mas sim sobre as pessoas. Vale a pena, mas é bastante sofrível.
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Liliana 11/12/2023

"No começo nos escondíamos, não usávamos nem as medalhas. Os homens usavam, as mulheres não. Os homens eram vencedores, heróis, noivos, a guerra era deles; já para nós, olhavam com outros olhos. Era completamente diferente... Vou lhe dizer, tomaram a vitória de nós. Na surdina, trocaram pela felicidade feminina comum. Não dividiram a vitória conosco. Isso era ofensivo... Incompreensível... Porque, no front, os homens tinham uma relação maravilhosa conosco, sempre nos protegiam; na vida de paz, nunca vi nos tratarem bem assim."
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Chelly @leiodetudo 25/11/2023

Não foi uma leitura fácil
Demorei mais de um ano pra terminar de ler. Não tem um respiro. É um dos livros mais tristes que já li na vida. A Svetlana foi muito corajosa em conseguir coletar tantos relatos verdadeiros sem enxugar uma vírgula. Quando uma das soldados entrevistadas relatou que : "tenho pena de quem vai ler este livro e tenho pena de quem não vai ler" Esse relato não foi em vão.
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ricardolclopes 25/11/2023

Perfeito!
Estamos acostumados a histórias de guerra. Geralmente os relatos mostram a história contada pelo vencedor, onde na medida do possível toda a insanidade é camuflada e alguns eleitos como heróis tem seus atos exaltados. Tanto insanos quanto heróis e vilões são, invariavelmente, homens.
Neste livro, organizado de forma magistral, o espaço é oferecido para as mulheres que lutaram para defender seu país na segunda guerra mundial. Vários relatos sobre a realidade da guerra na visão da mulher. Sem glamour ou heroísmo. Apenas sentimentos, dores e perseverança.
Ideia e execução geniais.
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Maira.Ferreira 20/11/2023

A natureza feminina e a guerra
O livro apresenta relatos surpreendentes sobre a mulher inserida na guerra. A guerra feminina é uma guerra diferente.

A autora consegue mais, por meio de fragmentos de histórias de diferentes mulheres, ocupando diferentes cargos na guerra, mostrar o que foi a Segunda Guerra Mundial pelos olhos dessas mulheres, enquanto populacão da antiga União Soviética.

Fui surpreendida pela luta, resistência e condições da população da antiga União Soviética. A guerra que conhecia, lia a respeito e via em filmes relatava o lado americano, mostrando como os EUA ganharam/acabaram com a guerra. A guerra que eu conheci agora, pelos relatos dessas mulheres, foi terrivelmente pior.

O livro "A guerra não tem rosto de mulher" é intenso, triste e perturbardor. Mostra a perda da alma e a tentativa de não enlouquecer quando isso acontece. Fiquei abalada e muito emocionada durante a leitura. Ainda continuo me perguntando como a humanidade pode fazer coisas desse tipo? E como as mulheres soviéticas aguentaram passar por tudo aquilo?
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Laura_f_sousa 16/11/2023

?Por acaso nós entendíamos o que é a guerra??
Fugindo do aspecto heroico das histórias sobre a guerra, Svetlana Aleksiévitch dá voz às mulheres que presenciaram o lado mais vulnerável e terrível do ser humano durante a Segunda Guerra Mundial.

A estrutura do livro é bem simples. A autora se limita a escrever alguns parágrafos de contexto e o restante são transcrições das vidas dessas mulheres que lutaram na marinha, na artilharia, como enfermeiras e médicas, dirigiram tanques e guiaram trens. Voluntariamente.

Depois de anos sem contar a verdade, elas anseiam pela oportunidade de falar e isso é nítido no livro. Aliás, o diferencial dessa obra para tantas outras que abordam o tema é a sensibilidade e a honestidade dos relatos.

Por serem muitas histórias, a maioria vira uma coisa só na cabeça do leitor, mas algumas realmente marcam a leitura e acho que nunca vou esquecer delas.
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Luan Oliveira 14/11/2023

Uma realidade não vista
Esse livro me prendeu por inúmeras razões - algumas de formas pejorativas. Muito forte, muito denso, muito angustiante mas muito importante.
Um livro que é voz das que não poderiam falar. Comovente, exaustivo e intrigante.
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luiza 09/11/2023

Livro incrível, de suma importância.
Sempre gostei de estudar a segunda guerra mundial , foi uma época sombria , como qualquer período de guerra . Sim , a terra sempre está em guerra . Sim , e sempre sombrio .
Mas a questão não é só essa , nos filmes nunca vi nenhum relato ou uma mulher na linha de frente , é esse livro traz inúmeros relatos de como a mulher teve envolvida como sempre em todas as áreas , mas nunca ganhou seu real valor .
O livro traz relatos diviseis de ser digerido , mas são necessários. Nem tanto , será que as guerras foram necessárias? Tanta morte e destruição por uma nação ? .
Podemos falar do valor que esse livro carrega , poucas mulheres ganharam o prêmio Nobel de literatura, e autora conseguiu esse feito .
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Morgoth Bauglir 04/11/2023

Brutalmente sensível.
Relato devastador do front soviético pelas memórias das mulheres que perderam pais, mães, irmãos, maridos e filhos, mas não perderam a coragem que queima no coração. Relatos das meninas que ao deixarem a escola trocaram diploma pelo fuzil e tanques de guerra. Apenas uma obra sincera e austera poderia trazer impacto no qual se propõe trazendo os louros e espaço merecido para quem foi deixado de lado no pós-guerra. Enfermeiras, Médicas, Tenentes, Tanquistas, Fuzileiros, Pilotos e tantas outras atividades desempenhadas sem nunca recuar, não pela glória, não pelas medalha, apenas pela liberdade de um povo. Jornalista ucraniana Svetlana Aleksiévitch é apenas um fragmento entre as combatentes e registro, pois cada narração, lembrança compartilhada acompanha uma sensibilidade feminina na qual nenhuma outra obra com registro dos combatentes masculino consegue trazer horror e esperança independente de todo medo. Cicatrizes da alma, onde pele esconde emerge entre uma página e outra.

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?Agora tenho pouca saúde, os nervos estão mal. Quando me perguntam 'Quantas condecorações você tem?, fico com vergonha de admitir que não tenho nenhuma, não conseguiram me condecorar. E talvez não tenham conseguido porque havia muitos de nós na guerra e todos faziam o que podiam... O que estava ao alcance de suas forças... Por acaso tinha como condecorar a todos? Mas temos o maior prêmio de todos: 9 de maio Dia da Vitória.?

Tamara Ivánovna Kuráieva, enfermeira.
-Rachel 04/11/2023minha estante
Ótima resenha!
Acompanhar suas postagens com trechos do livro, me deixou bem curiosa, com certeza lerei em um futuro próximo.


Morgoth Bauglir 04/11/2023minha estante
Obrigado, escrevo uma resenha simples, mas sincera. Rsrs? Super apoio essa provável leitura, pois vale cada centavo e principalmente tempo investido.




Julia 04/11/2023

Não pode existir um coração para odiar e outro para amar. O ser humano só tem um, e eu sempre pensava em como salvar meu coração.
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Cris 03/11/2023

03.11.2023
Gostei do livro, são depoimentos das mulheres que de alguma forma, participaram da guerra. O interessante é que não se trata somente como enfermeiras, umas pilotagem aviões, outras, lideraram equipes, outras manusearam armas e tiveram que atirar no inimigo, dirigiram tanques de guerra e as que ficaram em casa, cuidando da família, até que um membro lutasse pelo país.
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klaracrds 23/10/2023

Os outros rostos da guerra
Acho que a principal ideia desse livro é de como um mesmo evento pode ter muitas visões diferentes, uma para cada pessoa que o presenciou. Por anos o mundo tem recebido a visão masculina da guerra. Das duas, e na verdade de todo conflito que já aconteceu nesse planeta. Não entendem como uma mulher pode ter uma memória diferente da mesma situação, afinal ali todos eram "iguais"...

Só que não eram. Na verdade para as mulheres era um mundo completamente diferente e as vezes até mais difícil. Seu amor por seu país era forte o suficiente para te fazer ir pra linha de frente, lutar e sobreviver (talvez), voltar e ainda ser ridicularizada por ter estado lá. A visão feminina da guerra é cheia de detalhes que os homens não notavam. O sofrimento das pessoas fica mas visível a olhos mais amorosos. Claro que nem todas eram assim, mas é uma ideia geral do conteúdo dos relatos nesse livro. Simplesmente genial, talvez um dos melhores do ano.
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Marina149 21/10/2023

Esse livro é muito pesado... Aliás, todos os da Svetlana são como socos no estômago. Ela acabou se tornando uma das minhas escritoras favoritas, isso porque segundo ela mesma diz, ela só registra o que já estava ali. Mas ela toca em pontos muito interessantes. Quando falamos em guerra, logo pensamos no desespero de perder nossos pais e nossos irmãos. Mas e as mulheres nisso tudo? Também não há vestígios de guerra com elas?
Uma narrativa emotiva que precisei ler em doses homeopáticas para conseguir processar. Livro muito lindo ?
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