Felipe @quarta.capa 01/04/2021Fui influenciado pela Bela (@oquetenhopracontar) a ler essa obra, a qual ela me “vendeu” como semelhante a “Recursão”, do Blake Crouch, um livro de ficção científica que envolve viagens no tempo e que amei.
E “O Pintor de Memórias” tem mesmo essa pegada. Eu definiria como um romance com abordagens históricas, espirituais e científicas. Então compartimentarei o que eu mais gostei dentro desses três tópicos (e o que me fez tirar uma estrela):
- História: o carro chefe (e melhor coisa) do livro. Ao trabalhar os sonhos realistas dos protagonistas, a autora recria fatos históricos, passando pelo Egito Antigo (10.000 a.C.), pelo Império Romano (250 d.C.), e pelo descobrimento das Américas (986 d.C). Ao mesmo tempo que nos entretemos, aprendemos sobre marcos históricos de vikings, violinistas famosos, personalidades importantes na criação da filosofia budista, entre outros. Uma sacada genial;
- Ciência: a abordagem que mais me deixou instigado, a princípio. Com protagonistas geneticistas (como eu rs), farmacêuticos e pesquisadores (como eu de novo rs), fiquei na torcida para que a obra aprofundasse nas bases fisiológicas e químicas do composto que serve de gatilho para os episódios históricos, mas ela preferiu seguir por outro caminho, o terceiro tópico;
- Espiritualidade: a parte que menos me interessou e que acabou sendo a mais relevante para explicar o enredo. Mas isso é algo pessoal. Fez sentidodo para a narrativa e, caso você se interesse por assuntos relacionados a reencarnação, por exemplo, com certeza irá se identificar;
Em resumo, a história é incrível, tem um desenrolar satisfatório e escrita inteligente, apesar de não ter a mesma grandiosidade de “Recursão”. Recomendo, de toda forma, a leitura (de ambas as obras).
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