A estrada

A estrada Cormac McCarthy




Resenhas - A Estrada


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BJekyll0 07/02/2024

Cada um o mundo inteiro do outro
Feche os olhos. Você será capaz de enxergar a pintura.
Que livro excepcional! A ambientação é pós-apocalíptica, a história de um pai e um filho contra o mundo, atrás do mundo.
Não posso entrar em detalhes para não dar spoiler mas é exatamente o que se espera do fim do mundo, do fim das espécies. Quando só resta o cinza das coisas. Eis que um pai luta para sobreviver com um filho e o leitor entra em uma jornada única e reflexiva.
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Najara 27/01/2024

"Se apenas meu coração fosse de pedra..."
Vencedor do prêmio Pulitzter de literatura em 2007

Nesse livro, num contexto pós apocalíptico, nós não sabemos o que houve com o mundo e nem para onde os sobreviventes (se é que podemos chamar assim) estão indo, mas a história não é sobre isso, não é sobre os fatos e sim, sobre o que resta de humanidade em cada alma restante por ali. A maior parte da narrativa envolve diálogos entre o pai e filho, ambos sem nomes pois nada sobrou para eles, e assim vamos observar a discrepância entre um homem desesperado para garantir que seu filho sobreviva, sendo capaz de roubar e matar se preciso, e um menino ainda não corrompido pela desumanidade, mas que essa inocência pode ser sua perdição.

Livro sofrido, reflexivo. O que é viver ou sobreviver, de fato? Qual é o limite que podemos alcançar para garantir nossa sobrevivência? A partir do momento que matamos, continuamos vivos ou parte de nós também morre?
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Juliana Leal 21/01/2024

Este é aquele livro que você começa sem muito interesse, mas depois é surpreendido por uma história marcante. Aos que conseguem terminar a jornada? esses conseguirão extrair muitas reflexões sobre a vida, sobre bondade, crueldade, fome, miséria, força e coragem, vida e morte?. Uma história com um tom universal, vai além de um pai e um filho sem nomes e a árdua luta pela sobrevivência.
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perched 14/01/2024

Não sei o que dizer.
Sou incapaz de descrever o que eu li e o que senti. preciso de um tempo. quando estiver pronta, volto e elaboro uma resenha.
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Luan1574 13/01/2024

Instigante.
Meu primeiro contato com o autor e fui positivamente surpreendido. Denso, triste, angustiante. Fez-me repensar sobre até que ponto o caráter do ser humano pode se manter íntegro em um mundo pós-apocalíptico.
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LeonardoFM 04/01/2024

Cormac McCarthy monta um futuro grotesco a partir de vísceras do passado americano.
As comparações superficiais entre este livro e o outro magnum opus do autor, Meridiano de Sangue, são evidentes. Ambas obras são ambientadas em um panorama desértico, duma escassez que leva homens a ficarem frente a frente com o pior do que carregam em seus corações. O mundo é sem lei, a crueldade é a norma, o dia e a noite sepultam qualquer ímpeto de continuar. O autor parece ativamente recuperar os moldes narrativos de seu livro vinte anos depois, projetando a mesma miséria do faroeste que ele próprio ajudou a desencavar duzentos anos a frente.
A diferença desta mesma abordagem semi-misantropa em A Estrada evidencia uma transformação filosófica do texto McCarthyano. Para todos os efeitos, é um livro que, mesmo com uma variedade de paralelos possíveis a serem traçados com o restante da bibliografia do escritor, inova em pontos inesperados. O sol que varava a terra impiedoso e ateava o corpo de homens frios do inferno fronteiriço, por exemplo, se internaliza. Não havendo espaço para o calor no caminho de pó e neve que os protagonistas seguem, só resta ao fogo ser mantido dentro dos personagens.
A infecundidade do solo e da vida é reforçada por meio da prosa, que não mede esforços para alienar o leitor em padrões narrativos cinzentos, diálogos sôfregos e descrições monótonas. Neste mundo pós-lapsariano, viver é resumido à manutenção da vida em si, uma existência circular que ficará mais do que satisfeita se encurtada com as próprias mãos. Mesmo assim, o pai e o filho da história persistem, carregando no bolso todas as ferramentas necessárias para encerrar seu sofrimento de maneira rápida, sem nunca usá-las. Porque são os caras do bem. Porque carregam o fogo.
É um texto mais simples de McCarthy, ao ponto em que é surpreendente vê-lo alçado ao mesmo patamar de o Rubor Crepuscular do Oeste, meu voto leigo para o digno prêmio de "Moby Dick do século XX". A escrita minimalista, sim, leva a uma experiência maçante, e sim, a violência seca e sem paixão pode afastar bastante a audiência, e sim, a metáfora do fogo pode ser lida como piegas... mas, mesmo assim, parece um suspiro de esperança de um homem que viveu o suficiente para aprender e desaprender repetidas vezes o porquê estamos aqui quando bem poderíamos não estar.
Vivemos sobre os ossos e tripas de seres humanos, e sob nossas cabeças o futuro reserva o mesmo tratamento de indiferente brutalidade. Para nosso azar, ainda que a humanidade metamorfoseie em algo grotesco e irreconhecível, ainda que a vida que semeamos um dia inscreva suas marcas em nossas costas e nossas faces, estenderemos a mão para aquecer aqueles que não conhecemos, porque não há empatia sem a familiaridade íntima com o sofrimento.

A verdade é brega, sinto muito, eu não faço a as regras.
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Lyvia 31/12/2023

O real significado de "há beleza na dor". O autor consegue, dentro de uma narrativa sombria e densa, extrair a beleza genuína dos sentimentos puros de amor, lealdade e sinceridade entre pai e filho frente a nova dolorosa realidade do mundo.
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Juliane231 29/12/2023

Perfeito.
Uma narrativa de um pai e seu filho vivendo em um mundo apocalíptico com seu carrinho de compras andando pelas estradas....
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Karem.Demilio 27/12/2023

Me fez refletir
Pensei que a quantidade de descrição do cenário seria algo maçante, mas na verdade me fez ver o cuidado de um pai nos mínimos detalhes. É incrível ter essa percepção no livro, pois qualquer passo em falso pode ser fatal para um ser que realmente depende de você. Muitas pessoas são boas pois a sociedade os obriga a ser, nesse livro, o pai escolhe fazer o certo todos os dias não porquê tem uma plateia, escolhe o bem porquê é a única coisa que pode deixar de legado para seu filho, uma vez que tudo o mais se foi e restaram apenas cinzas.
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Caio 25/12/2023

Foi o melhor deste ano
Quando nós dizemos: Vou cair na estrada. Geralmente é uma coisa boa. É uma viagem, uma mudança, uma partida esperada ou a volta para um lugar querido. Quase sempre é associado a algo bom.
O livro A estrada está aqui para dizer que às vezes foi só o que restou. Pegar a estrada e seguir em frente. Não olhar para trás e quando o fizer for por cautela.
Sempre gostei de histórias que te jogam em um fim de mundo qualquer, não explicam nada e conseguem entregar tudo.
A escrita do autor é crua. Não é refinada e pode ser um pouco confusa, por este motivo pode não agradar algumas pessoas, mas eu gostei.
O enredo não é complexo, é até muito simples, entretanto os detalhes de cada passagem. A luta pela sobrevivência. Os questionamentos dos personagens. Tudo muito bem feito. Recomendo muito, sempre com a ressalva de gatilhos que a crueldade humana pode nos causar. Sempre que um livro consegue me arrancar lágrimas eu termino com aquele gostinho de que foi especial.
Livraço!
Núbia Cortinhas 02/01/2024minha estante
Parabéns pela linda resenha!! ?? ?? ?? Esse autor está na minha meta. ?


Caio 02/01/2024minha estante
Quero ler outros livros do autor. Acho que você vai gostar.




joaoggur 22/12/2023

Qualquer dia a gente se vê.
?Ele pensou que na história do mundo talvez até pudesse haver mais punição do que crimes, mas isso o reconfortava pouco.?

O maior problema da obra, indubitavelmente, é a exaustiva repetição de conceitos e descrições. Ao ler a sinopse do livro, em alguma contracapa ou em um site de venda, saiba que ela já diz 99% do que o livro é. Entenda; o livro é, simplesmente, um pai e um filho em um mundo pós apocalíptico, andando pela estrada em busca de melhores condições de vida. Não há absolutamente nada além disso.

Creio que o autor, optando por criar uma obra sem tanto requinte de informações, acabou tendo seu tiro saído pela culatra. Na trama não há desenvolvimento de história, nem de personagens (fico pensando se o livro em si tem uma ?trama?). Não sabemos quem é o homem, se seu filho nascera em um mundo já apocalíptico, tal como não sabemos como este cenário configurou-se. A falta de informações, ao invés de proporcionar um tom misterioso, acaba caindo em um certo desinteresse por parte do leitor.

Outra crítica se dá a questão estilística. Cornac McCarty vai do passado para o presente (e vice-versa) sem nenhuma demarcação, tal como, em momentos aleatórios, o narrador parte para a primeira pessoa (geralmente um momento que tem a duração de um parágrafo), e volta para o narrador observador em repente. E, principalmente, as longas descrições das mesmas coisas me incomodaram (sempre ou uma casa abandonada, ou o acampamento que eles pernoitam? uma repetição nauseante).

Mesmos os pontos negativos se sobrepujando aos positivos, há certas coisas boas; o estilo de narração cru, seco, (bem ?a lá Hemingway?), deixa tudo com um ar muito mais sombrio que parece e, em cenas que já seriam normalmente pesadas (a cena do porão, do bebê no acampamento?), ficam com o triplo de seus pesos. E, devido as detalhadas descrições de momentos suplicantes (por toda a obra), nas paginas finais ficamos com o coração apertado a cada momento de tensão passado pelo Pai e pelo Filho. Inclusive, o diálogo entre ambos não é demarcado com aspas ou travessões, tornando difícil saber ?quem é quem? (algo que, de início, me incomodara; mas, com o passar da leitura, entendi a genial metáfora por detrás deste conceito).

Se não se importa com muitas descrições, vá. Leia atentamente. Há muitas camadas em coisas que, aparentemente, parecem supérfluas.
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Luiz692 19/12/2023

Bom livro pós apocalíptico
O começo é bom, escrita tranquila e fácil que nem se percebe o tempo passando, conclui a história de forma satisfatória
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Mayara945 04/12/2023

Bem devagar
Essa foi uma leitura que não funcionou para mim. Acho que, na verdade, não li em um bom momento. Já estava em uma ressaca literária e esse livro acabou me afundando de vez.

O enredo gira em torno de pai e filho num mundo pós-apocalíptico. Não sabemos o nome dos personagens. Não sabemos porque do mundo só restam cinzas e cadáveres. Só sabemos que pai e filho caminham por essa estrada tentando chegar ao sul. O que tem lá? Nem eles sabem.
O foco do livro é justamente trabalhar essa relação entre os dois personagens, em que cada um é tudo para o outro.

Não existem grandes reviravoltas, nem muitas surpresas, apesar dos dois vagarem por um mundo cheio de humanos selvagens e canibais. Um mundo sem esperança, sem futuro.

O final é bem triste e também não entrega um desfecho muito satisfatório.
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Vivian.Tamires 25/11/2023

Poético
Em um mundo cinzento pai e filho percorrem uma estrada, obstinados e solitários, rumo ao sul com fé de que encontrarão esperança por lá.
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AndrAa58 21/11/2023

Uma jornada à natureza humana
"A Estrada" é uma história pós-apocalíptica que me proporcionou uma reflexão profunda sobre a humanidade. Ao retratar a luta constante pela sobrevivência e a relação profunda entre pai e filho, o livro aborda temas como a esperança diante do desespero, a natureza da bondade e crueldade humanas, e a capacidade de resiliência em qualquer situação, mesmo nas mais extremas. Com uma narrativa melancólica e emocional, o livro transmite a angústia e a beleza de uma jornada muito humana, permeada pela incerteza.
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