Ponciá Vicêncio

Ponciá Vicêncio Conceição Evaristo




Resenhas -


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Kayron.Kaic 29/05/2024

Um livro sobre gestos, choro e riso, tempo e esperança
Eu li ?Olhos D?Água?, livro de contos da Conceição Evaristo, e caí de amores. Este ano li ?Canção pra ninar menino grande? e apesar de reconhecer a boa premissa, não gostei do livro e nem das escolhas narrativas.

Comecei a ler ?Ponciá Vicêncio? mais por ser professor de literatura do ensino médio do que por outra coisa. O livro tem figurado nos exames e vestibulares e achei interessante lê-lo. Tive receio de não gostar, mas gostei. Gostei muito.

É notável o estilo da autora e percebe-se a temática da dororidade muito presente em toda a trama. Fiquei muito aflito pela protagonista e torcendo muito para que ela fosse feliz. Em meu coração ela foi feliz.

Adorei o Luandi!!!! Achei um personagem muito rico e muito bem construído. Achei a leitura bem fluida e bem amarrada. As idas e vindas do tempo narrativo recordam o trem - tão presente no livro - e a própria vida e o tempo, personagens da história.

Achei algumas soluções um pouco preguiçosas, mas é apenas a minha opinião. Quero ler outra vez com mais atenção.
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Ãssa 28/05/2024

Ponciá Vicêncio (+16)
O que mais gosto na escrita dessa autora é como ela entrelaça as palavras umas as outras e vai construindo uma história através de um fio que consegui ser delicado mas transmitir um forte sentimento.
A história passa uma sensação de solidão depois da Ponciá se separar da família para seguir sua vida longe do lugar onde passou a sua infância e foi até se tornar moça. Tem tantos desencontros e quando o rumo que cada um tomou se entrelaça, como eu disse dá um nó, porque apesar disso parece que eles nunca alcançam uns aos outros e nisso a protagonista vai relembrando seu passado e no lugar de cada lembrança que passa vai ficando um vazio de saudade. Desde o começo quando falam da herança deixada pelo avô dela eu pensava em uma coisa, mas no meio da narrativa a gente vai entendendo qual a herança, pelo menos eu só entendo no meio, mas quando eu finalmente pensei um pouco sobre é que notei que desde pequena ela estava começando a herdar o que era do avô só que a herança maior ficou para o final quando o vazio toma conta.
Achei bonita a forma como o tempo passa e o irmão, a mãe continuam pensando no dia que vão estar juntos de novo e a Ponciá já perdendo a esperança e se entregando a memórias de tempos que pareciam cada vez mais distantes.
Ela tinha tantos sonhos, mas é claro que na sua cabeça era mais fácil conquistar eles e quando ela se depara com a realidade, é triste ver ela captando que aquilo não era de agora é a realidade se fazendo desde muito tempo atrás. E tem um trecho em que ela diz assim:
?O que adiantará? A vida escrava continuava até os dias de hoje. Sim, ela era escrava também. Escrava de uma condição de vida que se repita. Escrava do desespero, da falta de esperança, da impossibilidade de travar novas batalhas, de organizar novos quilombos, de inventar outra e nova vida.?
Ou seja, não importa onde estava, a condição prevalecia apesar dos seus esforços. Aqui ela já estava exaurida de tentar fazer diferente porque viu que a vida dela estava se tornando que nem a de todos que vieram antes dela, não importava o quanto ela tivesse trabalhado para conseguir até mesmo um cantinho, levaria ainda mais tempo para conseguir algo melhor e teria de se esforçar mais ainda mesmo estando tão cansada. Um outro que afirma isso:
? O que acontecerá com os sonhos tão certos de uma vida melhor? Não eram somente sonhos, eram certezas! Certezas que haviam sido esvaziadas no momento em que perderá o contato com os seus. E agora feito morta-viva, vivia.?
Isso também deixa bem claro que a falta que sente afeta muito também, pelo menos lá ela tinha os seus, como ela mesma diz. Ela vem de uma terra em que o povo ainda estava preso as raízes do tempo da escravidão e tem uma parte em que ela diz assim, foi em um momento que ela estava relembrando quando foi visitar sua casa:
?O tempo passava e ali estavam os antigos escravos, agora libertos pela ?Lei Áurea?, os seus filhos, nascidos do ?Ventre livre? e os seus netos, que nunca seriam escravos. Sonhando todos sob os efeitos de uma liberdade assinada por uma princesa, fada-madrinha, que do antigo chicote fez uma varinha de condão. Todos, ainda, sob o jugo do poder que, como Deus, se fazia eterno.?
Dentre todos os livros que li da Conceição Evaristo esse foi o que mais consegui me conectar com a história e com os personagens, principalmente por não se tratar de um conto e pelo fato de que podemos ter contato junto com a Ponciá de suas lembranças e sensações em mais detalhes apesar de ser um livro curto.
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Maria Amélia 26/05/2024

"A história de Ponciá Vicêncio descreve os caminhos, as andanças, as marcas, os sonhos e os desencantos da protagonista. A autora traça a trajetória da personagem da infância à idade adulta, analisando seus afetos e desafetos e seu envolvimento com a família e os amigos. Discute a questão da identidade de Ponciá, centrada na herança identitária do avô e estabelece um diálogo entre o passado e o presente, entre a lembrança e a vivência, entre o real e o imaginado."
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maracujaaa 24/05/2024

Bom de ler.
É uma leitura gostosa de ler, a história é cativante já que você se apega com os três personagens, muito ?
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Silvia279 23/05/2024

?Ponciá Vicêncio" é uma obra necessária, que traz uma importante reflexão sobre a condição dos afro-brasileiros e a luta contínua por justiça e igualdade. Conceição Evaristo, com sua escrita sensível e crítica, mostra uma perspectiva única sobre a experiência negra no Brasil.
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Iara 22/05/2024

Continuo me surpreendendo com Conceição Evaristo. A história de Ponciá Vicênzio, particularmente a forma como foi contada, me lembrou três autores. A sinceridade e a escrevivência de Carolina Maria de Jesus, retratando a realidade com a dureza que tem de modo que só quem vive às margens pode fazer. A temporalidade entre gerações, a repetição ou não de histórias em uma família, a relação campo-cidade, racismo-desigualdade de Itamar Vieira Júnior. E a poética existencial?, contraditória e reveladora de si escrita por Clarice Lispector. Apesar de relacionar a obra a essas referências, Ponciá tem a marca que só Conceição pode deixar. Tem afeto-violência. Tem espiritualidade e misticismo. Tem saudades, desencontros e reencontros. De Ponciá com o outro, mas principalmente consigo mesma. Estou fascinada com que acabo de ler. Não pude largar o livro de minhas mãos até esgotar logo a história. Me prendeu, me chacoalhou. Doeu. Acalmou.
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Nanaa329 15/05/2024

Sensível
Como todos os livros da conceição, este também carrega uma alma. Impossível não ter o sentimento de empatia e vontade de estar dentro do livro. Uma leitura para apreciar cada página, chorar e sentir raiva uma leitura para pessoas com coração.
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RenataTunes 14/05/2024

"Ponciá Vicêncio", de Conceição Evaristo, é uma expressão lírica e emocional que explora a vida de uma mulher preta no Brasil, gravada pelas cicatrizes deixadas pela escravidão e por uma busca constante por identidade e pertencimento. Utilizando uma prosa poética e intimista, Evaristo desenha a trajetória de Ponciá, cuja história pessoal espelha as adversidades e resiliências de seu povo. O romance engloba temas como racismo, pobreza, ancestralidade e resistência, moldando uma narrativa que é tão singular quanto universal.

A potência da obra deriva da habilidade de Evaristo em capturar a complexidade da experiência humana com uma profundidade que ressoa visceralmente com o leitor. Por meio de flashbacks e memórias, a autora desvela as múltiplas camadas de opressão e luta que configuram a vida de Ponciá, enquanto celebra sua fortaleza interna e sua conexão inquebrantável com suas raízes. "Ponciá Vicêncio" se revela fundamental para quem deseja compreender as realidades das comunidades afro-brasileiras e a relevância da memória e ancestralidade na formação da identidade. Conceição Evaristo oferece uma obra que é simultaneamente um lamento e uma celebração da resistência, posicionando "Ponciá Vicêncio" como uma obra-chave na literatura contemporânea do Brasil.
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rafadakatniss 08/05/2024

Esse livro tem um lugar muito especial na minha vida. Só li uma vez, pois era leitura obrigatória na UFRGS, e ele me garantiu uma redação 920 no meu primeiro enem como concorrente. Isso porque, depois da leitura, a Ponciá foi participante ativa da minha vida. Me lembrei de todas as lutas dela, pra garantir que eu lutasse as minhas. Obrigada, Ponciá Vicêncio. E um obrigada ainda maior para Conceição Evaristo, que pra mim é sem dúvidas uma das melhores autoras brasileiras já existentes.
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Wacinom 30/04/2024

Nas primeiras vezes que Poncia Vicencio sentiu o vazio na cabeça, quando voltou a si, ficou atordoada. O que tinha acontecido?
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carlos 28/04/2024

Ponciá Vivêncio
Sou suspeito em falar sobre essa divindade da literatura que é Conceição Evaristo mas novamente estou aqui para enaltecer essa pretona, como ela merece!
Já havia começado esse livro mas dei uma pausa e esse mês voltei e devorei ele de uma forma inexplicável?
A Conceição escreve sobre assuntos delicados e que perpassam a realidade negra brasileira de uma forma tão poética que eu fico atordoado, todos personagens escritos nesse livros são tão singelos mas tão profundos que eu fico abismado, a história de encontro, desencontro, ancestralidade de Ponciá, Luandir e Maria expõe a grandiosidade de Confeição Evaristo, e digo mais uma vez o quanto amo essa mulher!
?A vida era a mistura de todos e de tudo. Dos que foram, dos que estavam sendo e dos que viriam a ser.?
carlos 28/04/2024minha estante
Ponciá Vicêncio**


mila 28/04/2024minha estante
Queria que vc me devorasse rsrs




duda 26/04/2024

Ponciá vicêncio
Lindo! simplesmente lindo!

mais uma vez me deparo e surpreendo com a escrita poética e um pouco dolorosa de conceição evaristo.

me peguei chorando principalmente quando me veio a memória as vivências da minha vó e da minha bisa, que sei brevemente, do que elas puderam e quiseram contar, mas sei que elas tiveram momentos muito parecidos e meu deus... é doloroso até lembrar do que não sei e escrever aqui

aff queria deixar aqui uns trechos que destaquei mas daria trabalhinho kkk mas enfim, lindo lindo lindo
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DAbora277 22/04/2024

Muito bom
A realidade do racismo e do machismo da época traz um pouco de revolta, ao mesmo tempo que nos leva a torcer o tempo todo por Pociá??
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CinthiaGonçalves 18/04/2024

É um livro interessante... Mas achei a história um pouco confusa. Senti falta da separação em capítulos ou, pelo menos, a separação entre escrita de ambientes e personagens diferentes.
Foi minha primeira leitura da autora. Pretendo ler outros. Mas, admito que se o próximo for nesse estilo confuso tbm, admito que vou abortar missão ?
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