Ponciá Vicêncio

Ponciá Vicêncio Conceição Evaristo




Resenhas -


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Eloisa 13/11/2023

Lido por obrigação, mas no final foi uma ótima leitura
Li esse livro no início do ano, como forma avaliativa na matéria de história. Enrolei um pouco pra lê, mas a história me impactou bastante, não por ser algo distante, mas sim pela minha conexão com a história e o quanto eu me senti simbolizada pela luta da personagem.

É um livro pra se quebrar certos estereótipos e ampliar a mente o horizonte das pessoas que gostam de viver em uma bolha, e se acomodam na sua zona de conforto.
Obrigada professora Katia, pela recomendação.
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Maria.Eduarda 10/11/2023

Emocionante
Gostei, tô lendo por causa da UFRGS, a história é bem emocionante e retrata o racismo e escravidão. Não dei mtas estrelas pq não é meu tipo de leitura, mas é mto bom!!
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Silvana 02/11/2023

Que dor
Ler este livro não foi fácil, além de ser muito poético e histórico. Pois, consegue transportar você para alguma história próxima daquelas vivências dos personagens. Dói, é dor de transformação, de luta, de vivência. Muito lindo!
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christian-rossi 31/10/2023

Conceição Evaristo é mesmo um gênio!
Eu já tinha lido Olhos d'Água e já tinha sido uma experiência avassaladora pra mim, mas Ponciá Vicêncio foi ainda mais. A escrita da Conceição é complexa porque ela constrói as frases e tece as palavras de uma forma simples, muito simples, mas linda e cheia de significado. Esse texto é curtíssimo se comparado ao subtexto que ele carrega. Enfim, me apaixonei ainda mais pela escrita da Conceição Evaristo e pretendo ler tudo que ela já publicou ou venha a publicar. Além disso, a sensação que tive ao ler o livro foi de completo desamparo, de vazio, assim como Ponciá. A herança emocional que "ganhamos" da nossa família é, muitas vezes, o que costura as nossas relações e os nossos sentimentos. A descrição da personagem e das emoções carregadas de saudade e de sofrimento dela não me provocaram outra coisa se não empatia.
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Ly. Su 30/10/2023

Salve, Conceição Evaristo!
Que satisfação foi ler a história de Ponciá... "Vicêncio", eu me senti como se estivesse escutando a própria voz de Conceição Evaristo a me contar, assim, bem de pertinho. E eu vendo as personagens passando e vivendo seus momentos. Foi imersivo, tanto que, ao terminar a leitura, senti vontade de abraçar a Ponciá - abracei o livro.
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Alexia201 26/10/2023

Conceição acertou de primeira
Um relato sobre relações familiares permeadas pela ancestralidade e pelas intempéries advindas da herança colonial, repleta de personagens ricos e reais, com um história que nos toca a partir das primeiras páginas
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Alê 25/10/2023

"Ponciá Vicêncio, elo e herança de uma memória reencontrada pelos seus, não haveria de se perder jamais, se guardaria nas águas do rio"
Certa vez, assisti uma palestra da Conceição falando sobre as pessoas sempre cobrarem dela histórias felizes. Ela, decididamente, respondeu que ela escrevia sobre o que vivia e o que via, por isso as histórias que tocam tão profundamente no nosso interior.
Ponciá Vicêncio, como os outros livros de Conceição, retrata a vida das pessoas negras. O livro traz diversas temáticas importantes, como: a exploração dos negros na cidade e na zona rural, da indiferença da igreja e das pessoas da cidade com as pessoas em situação de rua, do analfabetismo, da prostituição e da força da mulher. O livro traz tudo isso e ainda evidencia a questão emocional da protagonista.
É uma obra muito fortte, assim como as outras de Conceição Evaristo que escreve sempre magnificamente.
O livro conta a história de Ponciá e de sua família, focando nela, em sua mãe e em seu irmão com partes intercaladas do ponto de vista de cada um. Uma narrativa bastante necessária e atual nos dias de hoje.
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queque 25/10/2023

Somos o ontem, o hoje e o amanhã
Quando comecei a leitura não sabia o que me esperava e encontrei o que eu mais precisava: humanidade. estamos perdidos dentro de nós mesmo a todos os instantes, quem somos? o que queremos ser? nossos laços, nossas histórias são a nossa base para a construção de quem somos: humanos que transbordam sentimentos e nem sempre sabem o que fazer - deixar transbordar ou esconder?
todos somos um pouco ponciá, um pouco seu irmão, sua mãe. não existem vilões ou mocinhos, apenas humanos trilhando os seus caminhos e no meio disso tentando entender quem somos.
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Stella F.. 16/10/2023

Uma herança misteriosa!
Ponciá Vicêncio
Conceição Evaristo - 2017 / 120 páginas - Pallas

“Em meu enlevo por parentes, há uma parenta da qual eu gosto particularmente. Essa é Ponciá Vicêncio. Entretanto, nem sempre gostei dela. Não foi amor à primeira vista. [..] Resolvi então ler a história da moça. Ler o que eu havia escrito. Veio-me à lembrança o doloroso processo de criação que enfrentei para contar a história de Ponciá. Às vezes, não poucas, o choro da personagem se confundia com o meu, no ato da escrita. Por isso, quando uma leitora ou um leitor vem me dizer do engasgo que sente, ao ler determinadas passagens do livro, apenas respondo que o engasgo é nosso.” (Falando de Ponciá Vicêncio, posição 56)

Ponciá nos é apresentada lembrando de sua infância, e ficamos logo sabendo de seu medo de arco-íris. Há uma lenda que diz que menina que passasse por baixo dele, viraria menino. Somos apresentados à sua família, pai, mãe e irmão. A mãe era bastante supersticiosa e o pai era mais aberto. Havia um mistério em torno de Ponciá e seu avô. O avô Vicêncio não tinha uma das mãos e vivia escondendo o braço para trás. E logo menina de colo sabe de uma herança que o avô deixou para ela. A menina custou a andar, parecia que não queria, mas um dia resolveu descer do colo e já saiu andando como se estivesse treinada, e com os trejeitos imitando o avô: braços escondindos nas costas e mão fechada como se fosse cotó. O pai de Ponciá sabia as letras, aprendeu na casa dos brancos, mas não sabia juntar as palavras. Ele era filho de escravos, e todos tinham o nome do dono: Vicêncio. Ponciá detestava o próprio nome. Desde criança gostaria de ter outro. Ia para a beira do rio gritar seu nome, e sentia que ele não fazia parte dela, não lhe pertencia. Sem um nome que a fizesse sentir nominada, ela permanecia vazia, se sentia um nada, não existia. Mas, mesmo assim, ajudava a mãe nos trabalhos manuais, a pegar o barro no rio e ajudar a mãe a fazer esculturas, panelas e potes. Ponciá era boa no trabalho com argila. Ponciá aprendeu a ler.

No presente, Ponciá está sempre alheia, lembrando do passado, com seu olhar vazio. Ela um dia decidiu sair de casa para tentar melhorar de vida, após a morte do pai, e não conseguiu, vive na pobreza e sente falta da mãe e irmão que largou para trás.

Conforme vamos avançando na leitura os demais personagens que antes era irmão e mãe e homem, vão sendo nomeados e sabemos que o irmão está pertinho dela e nunca se encontraram. Esse irmão trabalha em uma delegacia, e temos o personagem do soldado Nestor que o ensina a escrever e ele, assim como Ponciá retorna à sua terra para tentar saber de seus parentes, e encontra com a rezadeira, e ela diz que ele não será soldado e ri dele. Ele então retorna para a cidade, mas deixa um bilhete para essa mulher entregar à mãe ou irmã se elas retornarem pedindo notícias. A mãe também está no movimento de ir embora em busca dos filhos, sente um vazio sem eles. Mas a curandeira diz que ainda não é a hora e entrega o bilhete com o endereço do filho. Nesse meio tempo o irmão passeando com o colega da delegacia entra em uma exposição e vê trabalhos em barro e os identifica como sendo dos parentes, e lá está o nome da mãe, Maria Vicêncio, que pela primeira vez é nomeada na narrativa. Alguém a nomeou já que não sabe ler nem escrever. O filho, Luandi, também só é nomeado a partir de quando começa a ler e escrever. A mãe vai ao encontro do filho, e chegando na estação, o soldado Nestor a reconhece, lhe parece familiar, então ele sabe que esses encontros não são por acaso, aconteceu justo em um dia que estava de serviço na estação. Mãe e filho se reencontram e para ficarem felizes, só falta a irmã. O irmão está triste porque perdeu sua amada Beliza, uma prostituta que ele amava muito, apesar do amigo Nestor, achar que ele não devia se apegar a essa mulher.

Ponciá começa a ter comichões nas mãos e ausências cada vez maiores, e um dia resolve que precisa estar perto do rio, e o marido, seu homem, a segue. Chegando à estação de trem, há um soldado negro, o irmão, que está fazendo o seu primeiro trabalho, agora como soldado e não mais varredor da delegacia. E lá ele vê de longe alguém que se parece com ele, e com o avô e identifica sua irmã. Chama a mãe e o encontro é emocionante E ao final a herança do avô vai se cumprir. Ponciá está cada vez mais parecida com ele, e vai através do seu trabalho juntar passado e presente, história suas e dos ancestrais, realidade e fantasia.

“Descobria também que não bastava saber ler e assinar o nome. Da leitura era preciso tirar outra sabedoria. Era preciso autorizar o texto da própria vida, assim como era preciso ajudar a construir a história dos seus. E que era preciso continuar decifrando nos vestígios do tempo os sentidos de tudo que ficara para trás. E perceber que por baixo da assinatura do próprio punho, outras letras e marcas havia. [..] A vida era a mistura de todos e de tudo. Dos que foram, dos que estavam sendo e dos que viriam a ser.” (posição 1149)

Um livro excelente, instigante e muito bonito que fala de família, dos afetos, do tempo, do passado e futuro, fala da exploração desde tempos vindouros dos negros, escravos e da apropriação de terras pelos brancos. E o peso do nome Vicêncio usado pela família por várias gerações, demarcando para sempre o jugo dos brancos, mas não a subserviência, mas apenas a sobrevivência.

O posfácio de Maria José Somerlate Barbosa é muito explicativo da escrita e das escolhas da autora, e nos fala das características da narrativa e da autora que escreve como se fosse poesia e de maneira delicada sem passar panos quentes em questões tão prementes e atuais. Recomendo!



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Mgab.s 15/10/2023

Ler Conceição Evaristo é sempre um presente, cada leitura eu fico mais encantada pela escrita e mais difícil é parar de ler. E ler Ponciá Vivêncio não é diferente, uma história tão próxima e tão distante.
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spoiler visualizar
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Tatiana335 09/10/2023

Ancestralidade
Quantos não se veem nessa personagem! Incrível e real de muitas formas, pena que termina, queria ler mais!!!
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Kakau 09/10/2023

Bom
O livro é bom, a escrita te mantém nela e quem escreveu soube abordar bem alguns assuntos e tópicos que são tratados na história.
Temos uma boa visão do ponto de vista dos 3 personagens principais, assim conseguimos compreender melhor a história.
Foi uma boa leitura
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Carol 08/10/2023

"Os dias passavam, estava cansada, fraca para viver mas coragem para morrer também não tinha ainda."

Que história! Enquanto lia ia observando diversas questões sociais sendo apresentadas ali na escrita de Conceição, o próprio sobrenome da protagonista já é uma denúncia a "herança" da escravidão, e para além dessa são colocados assuntos super atuais infelizmente. Fiquei feliz pelo final, apesar de alguns fatos ... em alguns momentos também lembrei das obras do Itamar, o rio, a terra, o descaso da igreja, família enfim diversos assuntos.
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Nick.Camps 07/10/2023

Leitura obrigatória pro Enem
A história conta sobre Poncia Vicenzo, alternando entre seu presente e seu passado. Pode parecer uma história sobre uma família que é descendente de ex escravos e seu cotidiano depois disso, mas é muito mais profundo, talvez até espiritual.
Existem vários pontos fortes que te faz pensar no significado de cada reflexão.
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