Resenhas -

Bruna.Bandeira 27/12/2023

Amei!
Amei Ponciá! A personagem é maravilhosa, muito bem construída e a narrativa é bem poética. Conceição Evaristo genial como sempre!

Rodrigo Arrá 23/12/2023

Uma leitura para corações fortes!
"Ponciá Vicência" é uma obra intensa que mergulha nas complexidades da condição humana, especialmente centrada na experiência da protagonista negra, Ponciá. A narrativa habilmente entrelaça questões de identidade, resistência e superação em um contexto marcado pela injustiça racial. A escrita sensível de Conceição Evaristo oferece uma perspectiva rica e autêntica, explorando temas como a herança cultural e a luta por dignidade. No entanto, alguns leitores podem achar a narrativa densa, exigindo uma reflexão cuidadosa para apreciar plenamente sua profundidade. #ResenhaLiterária #PonciáVicência #ConceiçãoEvaristo

Beatriz1484 19/12/2023

Nem lembrooo
Nem lembro mto oq retrata, li a uns tempos, mas vou ler dnv pra atualizar a resenha



















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ash 18/12/2023

?[?] e foi acumulando idas, partidas, ausências.?
Sem palavras pra descrever o que é Conceição Evaristo, a particularidade dela de escrever de maneira tão crua e sensível, toca na alma de qualquer um que ler qualquer obra dela.

acho que nunca tive tantas emoções mexidas em um só livro, perfeito incrível sem palavras

Rafaela.Zaltron 12/12/2023

Evaristo é uma das melhores escritoras do mundo!
A escrita envolvente e poética de Conceição Evaristo te prende do início ao fim. Que história emocionante a de Ponciá e sua família!
É incrível e emocionante acompanhar as dores e os sonhos desses personagens, é impossível não sentir suas tristezas e, principalmente, não se sentir um pouco perturbado com a perturbação de Ponciá.
Evaristo, em poucas páginas, consegue se aprofundar tão bem em cada personagem, por menos que ele apareça. Como é dito no posfácio, não existe ninguém, que ali é abordado, que possa ser caracterizado como bom ou mau, suas maldades são "justificadas" e Conceição trata de evitar o primeiro julgamento desfavorecido de informações.
Evaristo escreve de uma forma linda e magnética!
Com certeza se tornou um dos meus favoritos da vida!

Melissa 12/12/2023

Conceição Evaristo é sempre Conceição Evaristo. Os romances são os meus preferidos. Como sempre, chorei muito

ana :) 03/12/2023

Esse livro foi passagem de volta para casa. Talvez para a casa de minha mãe, de minha avó ou até mesmo da minha bisavó. A casa que aqui me refiro é um lugar sagrado que é passado geracionalmente. São muitas as passagens, muitas as casas e lugares.

Clara T 25/11/2023

Retrato do Negro Liberto
São tantos os aspectos impactantes desta obra que é difícil não esquecer alguma coisa.
A obra em si é muito fácil de ler e rápida.
A personagem título é neta de um ex-escravo e parte para a cidade para ter uma vida melhor.
Em suas lembranças e com as das histórias contadas por seus antepassados, sabemos um pouco mais desta rotina na roça, a caminhada ao rio para trabalhar o barro e a ausência dos homens que partem para trabalhar na terra dos brancos.
Com a morte do pai, Ponciá resolve tentar a vida na cidade, comprar uma casinha e levar a mãe e o irmão para lá. A única garantia de Ponciá é saber ler. Mas nada é tão simples como parece e, ao contrário, muito mais assustador do que parece.
Ponciá perde contato com a mãe e o irmão que também vão atrás de suas buscas e conhecemos um pouco mais do ponto de vista de Luandi e Maria.
A família Vicêncio, neste caso a de Ponciá, recebe este sobrenome por conta do branco proprietário das terras em que a família mora. Sim, eles tem uma pequena casinha de barro na fazenda Vicêncio. O vô Vicêncio foi um escravo liberto que tentou se matar para fugir da escravidão, mas não obteve sucesso. E Ponciá, apesar de mal ter convivido com o avô, recebeu dele uma herança. Em momentos de agitação coloca o braço para trás, escondendo o "cotoco", como o avô fazia.
Não sabemos se a família vai voltar a se encontrar, mas ao menos fica evidente a preocupação de cada um deles com os demais. De certa forma, a migração de Ponciá para a cidade foi uma tentativa de romper os laços com a escravidão que ainda estava presente na sua vida, assim como seu avô tentou fazer com a tentativa de suicídio.
Na cidade, tanto Ponciá como Luandi são obrigados a conviver com os brancos num regime de "igualdade", mas permanece a segregação psicológica, muito mais do que a física.
A autora constrói uma visão muito mais realista, sem que um "anjo" tenha interferido para salvar os necessitados. Ponciá, mesmo com pouca ajuda de seu homem, consegue suas economias e seu barraco, enquanto que Biliza não consegue e encontra um destino ainda pior.
Profunda reflexão das raízes que trazemos das experiências de nossos antepassados.

Taissa 24/11/2023

Fortes laços familiares!!!
A história que narra a vida de Ponciá Vicêncio da infância até a fase adulta, foi escrita por Conceição Evaristo, escritora e linguista afro-brasileira.

Neste romance vemos a herança histórica pós escravidão numa família de negros nascidos após a assinatura da lei do Ventre Livre, que moram nas terras dadas aos ex-escravos em alguma região do país. Ponciá, apresentada na história como a protagonista ainda menina morando com sua mãe, já mostrava indícios de ser diferente desde o momento em que começou a andar ou até antes disso.

Ao decorrer das linhas, sem separação de capítulos ou a introdução de diálogos, Evaristo conseguiu descrever várias histórias que se conectaram, mostrando todas as idas e vindas de seus personagens através de várias faces deles mesmo. Nem mal, nem ruim. Apenas ser humano, falho e sofrido não importa de qual geração seja. Através da saída de Ponciá da casa da mãe, damos início a sua sofrida vida se perdendo no vazio da própria mente ao longo de anos longe da mãe e irmão. Suas perdas do presente se misturam às lembranças de sua infância pobre, onde nem mesmo conseguiu ter mais lembranças do próprio pai do que do avô que se foi quando ainda era menina de colo. Este, por sua vez, se manteve presente em sua memória e modo de vida muito mais forte do que quem conviveu muito mais tempo junto a ela.

A partida e desencontro de seu irmão e mãe lhe causaram imensa dor e sofrimento, talvez até mesmo agravaram seu estado de espírito e herança deixada por seu avô. Porém, como já dito, estes foram personagens com suas próprias trajetórias, dores, ausências e sofrimentos solitários. Tudo isso retratado de uma maneira embaralhada ao decorrer das páginas no meio da principal personagem narrada: Ponciá. Sua jornada de reflexão e consciência de si própria, de sua família, seus bens e da visão que tinha sobre as coisas.

Trechos que deixei marcado, como forma de fixação de frases tão fortes e verdadeiras ao longo da leitura, me deixaram extremamente pensativa sobre nossa classe social e forma como vivemos. Um ciclo repetitivo, sem fim onde somos explorados pelos de melhor situação financeira. Muitas vezes nos enganando para tentar esquecer a frustração quando percebemos o padrão. No entanto, Ponciá não conseguiu enganar a si mesma.

Ainda sobre as raízes da protagonista, uma cena em questão demonstra os fortes vínculos com os mais velhos. A anciã da vila contando o destino de seu irmão, Luandi, e indicando o momento certo para que o encontro da mãe e do filho acontecesse. Forte carga emocional na realização de ambas as palavras da senhora.

Desse modo, Ponciá Vicêncio carrega grande carga emocional e reflexiva em suas páginas. Em seu sobrenome vemos isso de forma nítida quando seu irmão encontra uma das peças de barro produzida por ela e pela mãe. O verdadeiro dono do sobrenome, Vicêncio, a família de Ponciá não sabe quem é ou deixou de ser.

Samueldoprado_ 22/11/2023

É um livro interessante e sensível. Conta a história de Ponciá Vicêncio, dês de sua infância até sua fase adulta.

Josi 21/11/2023

Ler Conceição Evaristo é uma experiência emocionante e singular!

Nesse livro curto, mas tão significativo, acompanhamos Ponciá Vicêncio da infância à vida adulta. Sua família carrega ainda muito vivas as marcas da escravidão e Ponciá desenvolve uma conexão especial com o avô ex-escravo, que morreu quando ela era muito pequena, mas que de alguma forma a marcou para sempre, sendo eternizado pela neta em forma de uma escultura de barro, arte ela que aprendeu e aperfeiçoou com a mãe. Com o pai e o irmão, a relação da protagonista era mais distante, devido a constante ausência dos dois, que trabalhavam arduamente na terra dos brancos.

Ponciá cresce com uma forte inquietação que a leva a abandonar a realidade em que vive e sair em busca de uma vida melhor na cidade. Mas ela não imaginava que o vazio dentro de si a acampanharia e que a distância de suas raízes a afetaria de forma tão intensa. A partir daí, a história nos traz os desencontros entre Ponciá, a mãe e o irmão.

É interessante observar que os dois permanecem anônimos em boa parte da história e só são nomeados conforme a narrativa avança e passa a mostrar também o ponto de vista deles. Achei particularmente interessante o irmão, Luandi, que ao conhecer um soldado negro, se encanta com a possibilidade de alguém de sua raça ter poder e prestígio.

Como é característico da autora, o texto é uma prosa poética carregada de melancolia e o desamparo da protagonista é transmitido com maestria. A narrativa aborda o peso da ancestralidade e das injustiças sociais, e se alterna entre o presente e recordações do passado, focando mais nos sentimentos e nas conexões entre os personagens do que nos acontecimentos em si.

É uma leitura tocante e muito sensível, que aborda temas importantes, com toques de mistério e misticismo.

FAtima311 20/11/2023

Leitura de vida
Reli Ponciá juntamente com um clube de leitura. E mais uma vez me encantei com a escrivivência de Conceição Evaristo! Seu lirismo não é livre das denúncias, mas tem uma sonoridade que dói e afaga. Sempre uma releitura para hoje e uma leitura para vida!

Vanessa 19/11/2023

Muito bom! Conceição Evaristo sabe emocionar e nos espantar com suas incríveis histórias! E que histórias! Extraordinário como a autora conseguiu ligar a separadas vidas de Ponciá, seu irmão e sua mãe e como no fim, naturalmente todas se entrelaçaram. Quanta tristeza, pobreza, dor, mas quanta força, alegria, alívio! Que todos tenham a chance de ler Ponciá Vivêncio!

duda 16/11/2023

PERFEITO
Estou completamente apaixonada pela escrita de Conceição, ela faz sentir cada palavra. Gostei muito do livro e da história, abordou temas e pautas importantes com a complexidade necessária, mas sem deixar furos na narrativa. Ponciá é, em toda sua essência, única e compreendida.

Bibinha 16/11/2023

As marcas do passado
Li o livro agora por conta da UFRGS, mas esse livro já estava na minha lista a tempos por ser da mesma autora de Olhos d'água.
Eu achei uma leitura fácil, mas também não consegui perceber as mensagens que a autora deixou nas entrelinhas.
É muito bom ler um livro que mostra a perspectiva de uma família que sofreu com a escravidão, e como esse sofrimento permanece nas gerações, na sociedade e até no sobrenome Vicencio.