Resenhas - A História Secreta

wikibibs 12/04/2022

O melhor livro de thriller que eu já li com toda a certeza.
A autora logo no início já nos conta o que aconteceu e quem foi o assassino, mas isso não tira nem um pouco o impacto de ler o acontecimento e o desenrolar. O livro, claro, remete à inúmeras peças clássicas, tragédias e até acaba fazendo referência a acontecimentos mais modernos, o que é perfeito para complementar a história, já que se trata de estudantes de clássicos.
Eu queria ler muito mais sobre cada um dos cinco, principalmente a relação dos gêmeos e sobre o Henry. Nossa que grande incógnita é o Henry!! Não sei se o amei ou odiei.
Também ficaria feliz em ler mais sobre o Julian, ele aparece muito superficialmente, queria saber os porquês e os comos das atitudes dele.
Enfim, é sim um assassinato perfeito, aos olhos do judiciário, mas algum tipo de consequência sempre há de vir.

Mii 14/01/2023

Tragédias, dramas e romances
Comecei A História Secreta com muita expectativa no livro, e penso que isso possa ter prejudicado a minha avaliação sobre ele.
Definitivamente é um livro com uma complexidade extraordinária, com analogias a tragédias gregas e personagens bem construídos, porém, tenho que confessar que foi uma leitura um pouco lenta e cansativa, a história não fluiu da maneira que eu esperava e o mistério não me chamou muito a atenção.
A gente entende o motivo deles terem matado o bunny na metade do livro, fato que eu acho que poderia ter demorado um pouco mais para aparecer, pois depois disso são poucos os acontecimentos que chamam a atenção do leitor. E parece que a autora tenta compensar isso colocando um final inesperado ( que nem é tão surpreendente assim, sendo bem sincera ), para no fim terminar o livro com uma frase de impacto.
Consigo entender o porquê do livro ser tão aclamado, mas, infelizmente, ele não funcionou para mim.

vivs 02/06/2021

a história secreta
eu só posso dizer que estou completamente obcecada por tudo sobre esse livro. eu levei mais de sete dias pra terminar, e não foi uma leitura rápida, mas também não foi tao lenta. posso dizer que esse livro é denso; muitos assuntos delicados têm pauta aqui, e somados com a mistura do latim e a escrita não tão simples me fizeram demorar um pouco mais nessa leitura. fiquei tao imersa nesse livro que tive vontade de aprender grego antigo - não é brincadeira. no começo eu fiquei impressionada em quão diferente e singular cada personagem era, e até o fim não consegui saber se amava ou odiava MUITO todos eles (com exceção do bunny chato para um caralho).

a grande questão de tudo é richard - o protagonista - querendo se enturmar com a galera da nova faculdade na qual ele frequenta; sendo todos esses colegas ricos, inteligentes e extremamente aristocratas, enquanto richard é só mais um cara de classe média-baixa que cresceu perto do litoral e se esforça muito para esconder essa parte de sua vida (inclusive pra quê?? acho que já tava claro que a maioria de lá já sabia que ele era "pobre"). com a passagem do tempo, e com a sua entrada na aula de grego, richard começa a ter uma amizade com todos os cinco excêntricos alunos. o que todos que leram acham que há uma reciprocidade - que na verdade não existe. numa passagem, henry deixa claro para richard que eles realmente não se importavam - o que me deixou com um aperto no peito - mas que assim como tudo nesse livro, tem uma boa construção.

a parte mais agonizante do livro, acredito que para todos que leram é a morte do bunny. a partir do momento em que começaram a planejar o assassinato, comecei a ler as páginas tremendo - sem brincadeira. é tanta tensão, e tantas sensações que se torna doloroso; não pelo assassinado em si, mas por aqueles ao seu redor, envolvidos nessa morte.a partir desse ponto do livro, a história vira de cabeça para baixo; e o que eu antes achei parecido com o clube dos cinco, se tornou um círculo sem fim de dor e mais dor.

o que mais me fascinou, no geral, foi a construção dos personagens, de modo que o suspense não é o ponto principal de tudo. como primeiro pensamento sobre o grupo que tive, queria fazer parte de algo assim, de uma "família" como eles se tornaram. porém, com uma maior reflexão, pude perceber que esses personagens não são perfeitos, e não são o ideal de convivência; mas são humanos e para todos seus erros, surgem consequências. é mágico como cada detalhe - por mais que de início pareça insignificante - tem sua parte e se torna essencial para construir toda a trama. sob a visão de richard - que não é um narrador nem um pouco confiável - somos enganados e encantados constantemente por aquele grupo, que exalando um certo ar de superioridade fascinante, faz com que o sentimento de querer pertencer de algum modo cresça, tanto no leitor quanto em richard. com a narração completamente questionável, o personagem nos ter uma visão parcial e a favor do grupo.

o livro também trás uma grande quantidade de discussões, e o que me atiçou mais foi saber que tudo era dado como uma critica ao elitismo nas universidades estadounidenses. uma vez que a temática trata de conceitos filosóficos, sociais e morais; há grandes diálogos sobre literatura e ética. dentro dessas discussões, a mais perceptível foi o preconceito descarado de bunny, que era dado como uma simples brincadeira pelos amigos - até não ser mais só isso, juntamente com o elitismo de julian ao aceitar pouquíssimos alunos em sua aula e isolar esses do resto da sociedade escolar. também existem as discussões sobre loucura, lucidez e culpa, que são dadas em conjunto com paralelos entre a história dos personagens e a mitologia grega.

Damy 09/10/2020

beleza é terror
Eu tava esperando um final bem louco ou bem feliz, acabei recebendo um final meio triste e um tanto vago (a cara da Donna Tartt mesmo), mas no geral eu amei. Os personagens são bem construídos e os acontecimentos me deixaram tão curiosa que eu não conseguia parar de ler.

v de vanisse 27/01/2024

TEM QUE ACABAR O JOVEM!!
Sei nem por onde começar isso aqui? talvez pelo começo do livro, que foi uma das coisas mais entediantes que eu já li, muitíssimo arrastado. Se eu não tivesse sido insistente eu não descobriria que a história melhora. Sim, melhora! Fiquei vidrada da metade pro final, quase incapaz de largar o livro. Achei o final meio? meh! Mas enfim, no final das contas eu gostei. Releria? NEM PENSAR! Indico? Não pra todo mundo.
Eu enquadraria esse livro na categoria ?livro sobre jovens riquinhos que não tomam uma decisão que não os leve pra cadeia? se você gosta desse tipo de livro, leia! Mas não esqueça que só começa a ficar bom depois de umas 200 páginas?

Nara 27/06/2022

Adorei!
Uma história que por diversos momentos nos prende a ela. Causa várias sensações...Umas boas e outras nem tanto assim. Quem já se sentiu um pouco excluído ou tentou se encaixar no grupo de "amigos" vai saber como Richard se sente. No final você se sente bem por ter lido algo tão bem escrito, com várias tramas p se safar da punição de seus atos, mas também sentirá uma certa angústia por perceber que nem tudo sai de acordo com o planejado e que a vida não é tão boa para todos.

Luís 11/07/2022

meh
Um thriller? Não, o plot é simples demais pra isso. Um estudo de personagem? Não, é confuso demais pra isso.

Esse livro tenta ser um "Crime e Castigo" mas falha miseravelmente. As duas estrelas são por criar uma ambiência muito boa e por ser rápido e fluido de ler, ao menos isso. Mas é estilo demais pra pouco conteúdo. Poucos personagens têm caraterísticas definidas, e mesmo alguns dos principais parecem mais figurantes em algum seriado adolescente "dark".

O enredo é muito comum e simplório. Ao invés de se ater às particularidades que podiam ser exploradas - a conexão à Antiguidade, por exemplo - a autora escolhe ir pelo caminho genérico. Coincidentemente são estudantes de grego antigo, mas poderiam ser de economia, engenharia ou pedagogia, ou do que quer que seja, e não teria impacto nenhum na história. É pura ambiência.

À exceção de alguns personagens, tipo Henry e Bunny, todos são muito rasos, ou pelo menos a autora não escreve de maneira que nos permita ter noção da complexidade deles. Em vários momentos ela tenta criar cenas em que o leitor deveria dizer "Nossa, é claro! X faria isso!"... Mas ela não apresenta X de maneira satisfatória o suficiente para que a gente consiga deduzir e preencher as lacunas. Mesmo os mais complexos, principalmente Henry, são mal explorados. De novo, muito estilo, pouco conteúdo.

Os assuntos "tabu" - assassinato, incesto, abuso de substâncias - são tratados com tanta casualidade que tiram o impacto que poderiam ter. De novo, é uma tentativa muito estilizada de ser um novo "Crime e Castigo".

meh

Thai lendo 21/02/2022

"Porque é perigoso ignorar a existência do irracional."
?A beleza raramente é suave ou reconfortante. Pelo contrário. A verdadeira beleza sempre nos assusta.?

A forma como a escrita desse livro me segurou chega a ser impressionante. Diversas vezes me vi lendo mais pela escrita do que pela história em si. Não que o enredo deste livro seja ruim, pelo contrário, é muito bom, mas a escrita, ela conquista, ela cativa e diversas vezes me peguei observando a escolha de palavras da autora, tão bem colocadas, combinando tão bem. Mas nem tudo que é bom dura sempre. Apesar de ser incrível, em dado momento, talvez tenha se tornado um tanto maçante.

"Quando a poeira assenta; quando os convidados já partiram; quando a pessoa olha em torno e percebe ? para sua imensa surpresa ? que está num mundo inteiramente diverso."

Acontece que a premissa que eu li pela sinopse e por tantas recomendações em reels e posts, se dá mais por um encantamento da história do que realmente se revela o livro. Ignore a sinopse, ela só detem o conhecimento básico de como esta obra é e vendo assim, talvez a suas expectativa não sejam arruinadas.
Falando do enredo em si, a proposta é muito boa apesar de ser focada mais em desenvolvimento de personagens do que da trama que se desenrola. Os personagens literalmente controlam o livro. Isso me pegou bastante, Richard, apesar de não ter uma personalidade muito marcante, foi uma ótima escolha de protagonista. O fato de estar contando o seu tempo de faculdade (e o foco principal do enredo) diversas vezes fica na dúvida se a memória que ele nos conta não foi totalmente romantizada através de suas experiências passadas e seu grande sentimento de nostalgia. Eu fui seguindo a história nesse embalo, pensando na escrita, pesquisando a centenas de referências culturais e de marcas, conhecendo os personagens, até que cheguei perto da conclusão.

Talvez esse realmente tenha sido o propósito de Donna ?Fazer com que duvidemos de sua credibilidade para terminar seu livro, ou que pensássemos que tenha se enrolado? mas achei o final meio desconexo. O personagem em questão (todos alias)era muito mais complexo do que a autora demonstrou no fim ou então, tão raso que acabou omitindo sua superficialidade com tantas referências e respeito que outros tinham sobre si.

Sendo mais breve, achei que o final não tenha combinado com todo o caminho que tinha se desenrolado até então, com toda a trajetória que em que o leitor foi guiado, simplesmente pareceu que aquele era o unico fim pensado ou que a autora não sabia mais o que fazer para acabar seu livro sendo que não faz sentido, já que desde o começo a trama se densernolara tão bem.

Houve também outras coisas que me permiti achar estranho ou simplesmente não gostar como em trechos de tradução ou cenas não muito explicados mas que apesar de diminuirem a quantidade de estrelas, não deixam de fazer com que este livro seja menos incrível.

É fantástico, sério mesmo. Uma obra brilhante feita por uma mente brilhante. E não, não li nenhum outro livro da autora e também escrevo essa resenha não muito tempo depois de ler o livro, e posso acabar mudando minha opinião depois de essa nuvem de absorver tudo que li passar, mas até então, eu gostei, e gostei muito.

Acredito que todos que queiram conhecer um dos ícones dark academia ou até mesmo uma obra como essa, deva ler, é bom e vale a pena, mesmo que tenha muitas referências que talvez você tenha que pesquisar para ler.

Bruno Malini 23/07/2020

Excelente
Um dos melhores livros que já li. Com personagens muito bem construídas. Excelente

Lavinia.Vieira 20/04/2021

Ser jovem, rico e inconsequente
Esse livro me surpreendeu bastante, a fase final é completamente eletrizante, amei demais! Desanimei um pouco no meio, mas ainda bem que não desisti da leitura, valeu a pena. Fiquei chocada com o nível de vida e pensamento desses jovens, é completamente descolado da realidade da maior parte do mundo, como se eles vivessem num sonho (ou pesadelo)

Patricia 13/02/2022

Tragédia grega
Enredo fascinante com elementos de tragédia grega. Os personagens são complexos, bem construídos. Me apaixonei por esse livro. Virou um favorito.

Até onde o ser humano é capaz de ir para atestar seu pertencimento?

annnnnnnnnnnnna 27/09/2020

não sou capaz de fazer uma resenha à altura desse livro mas sla de longe ele foi minha melhor leitura desse ano (perdao stephen king) ainda to meio abalada bjss

Raina.Carrion 23/02/2023

"Qualquer ação, no tempo infinito, reduz-se a nada"
Compreendo a premissa do livro como forma de mostrar a crueldade humana de se esperar sair impune de tudo, mas provando que toda ação tem uma reação.
Embora o livro tenha um começo promissor e instigante para saber como tudo prosseguirá após o que se supõe ser o clímax, a curiosidade logo é substituída pela decepção de apenas ler tudo que já havia sido descrito no prólogo - obviamente muito mais detalhado.
Seguidamente, é dificílimo se apegar a qualquer personagem da obra, incluindo o protagonista. Consequentemente, não se sente a angústia por seus temores, tornando a leitura exaustiva e falsamente superficial.
Um ponto positivo a se considerar é a mudança abrupta de perspectiva que o livro sofre por volta de 75%, voltando a ficar interessante.
Inicialmente a escrita é ótima para introduzir a um clima mais realista e profundo, no entanto, torna-se excessiva em detalhes insignificantes que a deixam massante.
Em suma, não é agradável ler sobre como os principais cavam seus próprios túmulos para posteriormente tentarem sair deles se queixando da escuridão do buraco.

Letícia Vincenzi 04/06/2022

Peculiar
Eu comecei lendo esta obra pensando ?meu deus, quanta gente esquisita? e finalizei tendo certeza que nunca vi um núcleo de personagens principais tão estranhos quanto nesse livro.
Senti uma similaridade com Sociedade dos Poetas Mortos, pois o professor do grupo dos esquisitos é levado ao pé da letra nas aulas de grego antigo, dado que seus alunos em uma determinada parte imergem até demais nessa cultura (+18, se é que me entendem).
Ademais, é um livro lento que vai tratando aos poucos dos desdobramentos de um crime que esses jovens estudantes de grego cometeram.

Ana Cecília 18/05/2022

novo gênero literário: tédio academia
a história secreta tem uma premissa difícil de ignorar: um estudante entra para um seleto grupo de grego na universidade, mas um bacanal e um assassinato mudam tudo. ok, incrível, vai rolar um bacanal! só que tudo que conhecemos é da visão da pessoa que não está envolvida no bacanal, nem no primeiro assassinato, nem nos dá detalhes do segundo assassinato, nem descobre coisas de modo empolgante. richard é o personagem mais chato que já conheci. ele fica na margem, mesmo quando está envolvido nas cenas empolgadas, ele só observa, é raso, aliás, TODO MUNDO AQUI É RASO, a donna tartt só pensa que são profundos, tadinha. não dá pra se apegar em ninguém já que nem chegamos a conhecer alguem. você pode se apegar em camilla, a única mulher do grupo, mas ela é passiva e simplória, sua trama podia ser muito dramática considerando que ela pratica incesto com o irmão gêmeo, tem casos com todos os outros garotos, esteve no bacanal, participou dos dois assassinatos, mas a gente nunca descobre nada sobre ela além de que todo mundo quer pegar ela, que ela fugiu em algum momento, e só.
uma vez descreveram o livro como ruim demais pra ser bom, mas bom demais pra ser ruim, eu não sei se concordo, pra mim ele é só ruim e ponto. uma premissa incrivel dessas, um cenário cinzento, pessimista, e tudo que donna tartt consegue entregar são personagens falsamente profundos, sem motivação suficiente pra NADA, um professor bananão demais pra convencer o leitor de que é O Maior Professor do Mundo, e mil questões que poderiam ser revisitadas com um olhar de um editor, mas que parece não acontecer por confiarem demais na autora. donna tartt prometeu e não me entregou, e não tenho a mínima vontade de ler algo mais dela.