As alegrias da maternidade

As alegrias da maternidade Buchi Emecheta
Buchi Emecheta




Resenhas - As Alegrias da Maternidade


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Janine 20/02/2024

Ao ler apenas o título deste livro, não dá pra imaginar o quão irônico ele é diante da história que é contada. "As alegrias da maternidade" mostra, na verdade, os desafios e os sacrifícios de uma mãe para criar seus filhos com as constantes cobranças da sociedade e nunca receber o autêntico reconhecimento. A vida de Nnu Ego, personagem principal deste livro, é marcada por episódios tristes e de superação, nos quais ela luta incessantemente para sustentar seus filhos e proporcionar o melhor que ela pode a eles.

Há vários temas importantes abordados nesta narrativa e o fato da autora entrelaçar suas experiências pessoais à história, torna este livro muito real e interessante de ser lido. Com certeza recomendo a leitura!
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Edilene Freitas 09/02/2024

Quanta reflexão em um livro só. A leitura de "As Alegrias da Maternidade" mexeu muito com minhas persepções sobre o papel que a mãe assume dentro do lar, que muitas vezes aprisiona e causa pouca alegria. O título é super irônico, pois na vida de Nnu Egu a tão sonhada maternidade veio acompanhada de muitos julgamentos, uma vida sofrida e pouca ajuda do marido Nnaife ou da sua precária rede de apoio. Quanto uma mulher é capaz de sofrer para sustentar o título de mãe dos filhos de um homem? Qual a felicidade que aguarda no fim de toda essa luta? Lendo esse livro percebo que a maternidade é muito idealizada, mesmo nos nossos dias e em nosso país com tanta liberdade. Ainda sofremos muito com expextativas e julgamentos externos e internos. Somos muto cobradas e nos cobramos muito. Todo mundo deveria ler esse livro e refletir sobre esse tema pra que mudanças culturais se tornassem possíveis e a mulher pudesse de fato viver uma maternidade prazerosa.
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Jussara 06/02/2024

"... não sei ser outra coisa na vida, só sei ser mãe..."
Essa frase me pegou e resume bem a história de Nnu Ego, desde que se casou seu único desejo foi ser mãe e tudo o que fez desde que conseguiu foi voltado para o bem dos filhos, e por conta disso o final desse livro me deixou com um nó na garganta.
Mas o livro trata de assuntos extremamente relevantes da maternidade, a invisibilidade da mulher, o desrespeito com aquelas que não conseguem engravidar, principalmente na cultura onde Nnu Ego está inserida. Como a escolha de levar uma vida que não envolva o casamento é mau vista, tudo isso restringe a mulher que mesmo sendo esposa e mãe exemplar não está imune a julgamentos e críticas.
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TArsilla.Lemos 03/02/2024

Intenso, triste, cultural. Nu Ego sem dúvida é uma mulher super forte, apegada a sua cultura e família, com um sonho maior que todos, o de ser mãe!
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luizafhorta 01/02/2024

Com doses de ironia no título, Buchi Emecheta conta a história de Nnu Ego (e até mesmo a sua própria história) na década de 40 na Nigéria colonizada pelos britânicos. Com a Segunda Guerra Mundial de pano de fundo, Nnu Ego precisa se provar, como mãe e como esposa, e ser forte todos os dias de sua pobre e sofrida vida. Sua alegria era literalmente os seus filhos. Mas o livro nos leva ao seguinte pensamento: ?até que ponto realmente é uma alegria ser mãe??.

Foi o meu primeiro contato com a escritora, mas pretendo ler mais obras suas. Recomendo sem pensar duas vezes.
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Carol :D 31/01/2024

As Alegrias da Maternidade
Um livro que ironicamente fala não só sobre as "alegrias" da maternidade, como das "alegrias" de ser mulher. Numa cultura muito patriarcal como a de Nnu Ego ser mulher é muito difícil. Mas o paralelo com as dores de ser mulher hoje em dia ainda é muito real. Ter filhos x não tê-los. Trabalhar para ter independência e uma vida digna x estar presente na vida dos filhos. E tantas outras questões... seremos julgadas de qualquer forma, mesmo fazendo nosso melhor, como fez Nnu Ego e tantas outras mulheres neste livro. Sendo mãe, as questões são mais e maiores. Como diz o ditado, "Nasce uma mãe, nasce uma culpa". Mas seguimos, lutando pelos nossos direitos e pelo nosso espaço. Tentando nos livrar desse patriarcado que existe em todo o mundo e, infelizmente, até dentro de nós mulheres.
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Mariimagno 27/01/2024

Que livrão!!!
Alegrias da maternidade
Nota 10/10

Que difícil qualificar, mas principalmente quantificar esse livro. Ele é inacreditável. Profundo. De um impacto único. Ele é tão atual, um conteúdo tão atemporal que nunca passou pela minha cabeça que ele é praticamente um clássico.
E são livros assim que fazem pensar o quanto estamos longe enquanto direitos das mulheres.
É isso me remete automaticamente aquele ?coach?, ?influencer? africano que se posiciona de direita no Brasil e afirmar que na África a pauta feminista não é importante, pois mulheres são tratadas como Deusas. Ou seja, ele faz apagamento de mulheres como Buchi, silencia essas mulheres que gritam para representar mulheres africanas.
Mas o que esperar da ideia de homens como tratar mulheres?
- Te dei filhos e uma prato de comida o que mais você quer?
A maternidade é algo implacável, exaustivo, transformador, solitário e o livros nos coloca de frente a tudo isso.
E ficamos muito de cara com a realidade que é necessário uma aldeia para cuidar de uma criança. E ao mesmo tempo vemos uma mulher que sabe e vivência isso, mas é obrigada a viver sua maternidade nos moldes modernos da solidão materna.
As dificuldades e as submissões que a maternidade te coloca. A responsabilidade eterna de uma mãe sobre os filhos. Alimentar, educar, guiar, até quando eles decidem seguir seus próprios caminhos.
É tanta coisa que esse livro nos oferece de bandeja que é difícil definir o que falar.
A pressão das mulheres para ter filhos ?homens?, o desvalor por ter filhas. E a humilhação de não ter filhos.
A pressão dos filhos mais velhos por levar toda a família nas costas.
A invisibilidade das mulheres que serão despaichadas, vistas como custo. ?Uma boca para alimentar? e nada a mais deve ser oferecido a ela, pois será só prejuízo.
É triste ver a desigualdade de gênero. É triste ver homens tão egoístas sendo criado por nós mesmas, invalidando mulheres e pior enxergando como puro devaneio de prazer e extensão de suas próprias necessidades.
?Elas não precisam do feminismo, eu acho que elas estão ótimas nos servindo. Minha mãe/tia/irmã/esposa nunca reclamou.? ?
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naoesteves 25/01/2024

Retrato real
Confesso que demorei para pegar no tranco desse livro... de início, a escrita muito simples, os diálogos manjados me incomodaram um pouco. Ao mesmo tempo, o fluxo de informações sobre as etnias que hoje ocupam a Nigéria me manteve curiosa e resistente a largá-lo.

Conforme fui avançando, comecei a entender o grande mote da narrativa. Como funciona a mente de uma mulher que abre mão de sua própria existência para realizar o sonho da maternidade? A quais percalços ela se submete para satisfazer necessidades tão arraigadas que parecem vir de sua própria "alma"?

Embora já tivesse lido algumas resenhas e entrevistas sobre o viés feminista da autora, percebi que ele toma forma muito lentamente. Se te falta atenção, é capaz de deixar escapar as nuances das personagens femininas, a importância de seus caminhos terem se cruzado para compor a ideologia contida ao longo da história. Mas, se você se embrenha na maneira como pensa a narradora, isso vai ficando abruptamente óbvio.

Talvez seja precisamente na última página que o título faça algum sentido - ou deixe de fazer. Talvez, também, valha a pena o aviso: não é um livro agradável, mas sim um livro que agrega - e muito!
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Camille 22/01/2024

As alegrias da maternidade é um livro muito forte e que mexeu bastante cmg.
A história se passa no século xx, na Nigéria, e retrata a maternidade de uma mãe que tem que enfrentar tudo e todas, sozinha, para conseguir fazer com que seus filhos sobrevivam.
Fica claramente demonstrado que a maternidade é solitária, mas que demanda apoio e compartilhamento, de que o amor que se concebe é se cria os filhos pode não ser retribuído como esperado e, definitivamente, de que gerar filhos e amá-los não faz de uma mulher um ser humano completo e realizado.
Há amizades a cultivar, há a própria existência com que se preocupar de forma equilibrada e sensata.
Fenomenal esse livro.
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Paola 21/01/2024

Leitura incômoda e viciante.
O título do livro contém doses de ironia.

Publicado originalmente em 1979, o livro conta a história de Nnu Ego, uma mulher nigeriana da etnia igbo, que vive na Nigéria colonial. Nnu Ego sonha em ser mãe porque só assim se tornaria uma "mulher completa", mas enfrenta muitas dificuldades e sacrifícios para criar e sustentar seus filhos em uma sociedade que valoriza a maternidade acima de tudo e também responsabiliza as mulheres por tudo que pode dar errado.

O livro é uma crítica à opressão e à exploração das mulheres na Nigéria colonial, que sofrem com o machismo, o racismo, a pobreza e a violência. Eu me contorci de ódio e revolta em muitos trechos.

O livro tem um quê de autobiográfico, já que a autora também teve sua educação negligenciada e teve que se casar muito cedo, em um relacionamento violento e conturbado.

Leitura imperdível!
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Danny 14/01/2024

?As alegrias da maternidade? é um recorte sobre a vida das mulheres da Nigéria colonial. Um romance sobre ser mãe, mas acho que também sobre ser filha.

Fiquei curiosa para saber mais sobre Buchi Emecheta, a autora do livro. Ao descobrir um pouquinho, desejei a ela uma vida com menos sofrimento. Não deve ser por acaso que ela tenha dedicado o livro ?para todas as mães?.

Nnu Ego, a mãe deste livro, é filha de um importante líder de seu vilarejo em Ibuza. Assume para si a verdade de uma época não tão distante, e ao mesmo tempo muito atual, onde para que uma ?mulher seja completa? é preciso ser mãe. Para realizar o desejo de sua vida, ela suporta toda espécie de dificuldades e privações em Lagos com um marido que poderíamos chamar de abusivo e abusado, além de estar distante de sua família e de seus costumes. Precisa fazer esforços sobre-humanos todos os dias, para que seus filhos tenham comida na mesa e estudem.

O título é irônico sim. Ela não romantiza, nem mesmo normaliza a maternidade para todas as personagens femininas que aparecem no livro.

Livrão!!!
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Adriana1161 11/01/2024

As alegrias da maternidade, título bem irônico, se passa na Nigéria e nos mostra o poder da cultura de um povo, a força do patriarcado e a luta das mulheres dentro dessa sociedade. Detalhando seus sofrimentos, suas alegrias, e acima de tudo, sua luta para a manutenção dos valores de sua comunidade. Forte, intenso, denso e tenso.
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Larissa 08/01/2024

Que livro doído
Acompanhar Nnu Ego e sua vida como mulher e mãe em uma Nigéria relativamente atual é um soco no estômago e nos faz refletir a cada momento sobre ser mulher nos dias atuais
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Ananda148 06/01/2024

Eu não lembro de mais nada desse livro porem posso afirmar que quando eu li eu gostei muito, recomendo!
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Lucas 03/01/2024

A Complexa Jornada Feminina em ?As Alegrias da Maternidade?
Uma leitura muito triste sobre a realidade de mulheres pretas nigerianas na década de 40, aproximadamente. É interessante ver como as mulheres era tratadas de forma objetificada, como mercadorias por vezes, e se diziam completas apenas quando eram capazes de gerar filhos, preferivelmente meninos. E não só isso, como também a ideia de que a mulher deve ser submissa ao marido.

Com uma carência grande de informações do mundo externo, a história acaba se passando durante o período da Segunda Guerra Mundial, mas se torna perceptível apenas de forma sútil na história como um todo. Assim como a colonização européia, que fez parte da história, mas não é tratada como assunto principal.

Amei a personagem principal, uma mulher forte e guerreira, a frente de seu tempo, que precisou batalhar pela educação dos filhos e sustentá-los mesmo durante os períodos de ausência, irresponsabilidade, e de afastamento das responsabilidades de um pai.
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