LER ETERNO PRAZER 12/06/2021
Karin Slaughter é natural de uma pequena cidade no sul da Geórgia, EUA, e desde pequena se dedica a escrever romances e contos. Se tornou uma das mais importantes autoras de thrillers policiais nos Estados Unidos tendo suas obras traduzidas para mais de 36 idiomas, com cerca de 35 milhões de exemplares vendidos. É autora de Tríptico, Fissura, entre outros títulos. Atualmente, mora em Atlanta.
FONTE- Editora Record.
Então, "A boa filha" foi meu primeiro contato com a escritora (com certeza vou querer ler outros) e confesso que me surpreendi com esse thriller, pesado, carregado de cenas violentas mescladas com passagens carregadas de muito sentimentos. A autora tem um toque especial para as descrições gráficas em suas cenas, que em muitas vezes é capaz de deixar os leitores mais sensíveis e um tanto náuseados diante de acontecimentos bem fortes e sangrentos.
Essas descrições tão bem detalhadas renderam um livro de 464 páginas, sendo que muitas vezes durante sua leitura me peguei pensando se ele não poderia ser um pouco mais "enxuto". Porém isso não me desagradou, e sim ajudou a construir os cenários em minha mente e a entender mais e mais as nuances de todos personagens da trama. Todo esse "excesso", vamos dizer assim, de detalhes, não me tirou o desejo e a empolgação da leitura. Acredito que isso se deve a qualidade da escrita de Karin.
É o que fez com a empolgação e qualidade da leitora vem de todos os plot twists que vamos ter dentro do enredo.
Em "A boa filha" vamos acompanhar os dramas e superações de duas irmãs Charlie e Sam!
Charlie-é a caçula que conseguiu escapar correndo pela floresta fugindo de um ataque que alguns homens faz a sua família e agora se vê envolvida como testemunha ocular de um tiroteio que aconteceu na escola da sua cidade natal, Pikeville. Mas Charlie é mais do que isso, ela tem problemas que nos são desconhecidos e vão sendo revelados aos poucos conforme vamos conhecendo mais a sua história. Por sua própria escolha, ela ficou em Pikeville, trabalhando no mesmo prédio que o pai, apesar de discordar veementemente dos clientes que Rusty escolhe.
Sam-a filha mais velha, dona do QI impressionante da mãe e que depois de ter passado pela violência de levar um tiro na cabeça no mesmo atentado que sofreu Su irmã e, foi construir sua vida longe do lixo de cidade que é Pikeville. Porque é exatamente isso que aquele lugar é para ela: um lixo.
As duas irão se reencontrar e esse reencontro acontece em meio a uma das muitas desgraças que se desenrola durante a trama. Uma dessa descgraca, um tiroteio ocorrido em uma escola, promovido por uma adolescente deixa duas vítimas fatais e Sam chega a Pikeville atendendo um chamado de Charlie, que não vê há anos, para logo se ver transformada na advogada da suposta assassina.
Então gente, eu poderia continuar falando sobre o livro por vários parágrafos, mas são muitos fios que se entrelaçam e que, quando colocados em uma resenha, podem estragar todo o livro, além de ficarem sem sentido, e para que fique mais claro para todos teria a necessidade de dar spoiler e isso tiraria todo prazer de sua leitura.