Bruxa Akata

Bruxa Akata Nnedi Okorafor




Resenhas - Bruxa Akata


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Laris 31/03/2019

Bruxa Akata | Nnedi Okorafor
Sunny Nwazue é uma menina de 12 anos que se esforça para levar uma vida normal. A questão é que nada nela é comum: filha de nigerianos e nascida nos Estados Unidos, Sunny se destaca dos demais por ter a pele e cabelo claros. Infelizmente, tudo o que é diferente assusta, e algumas pessoas acreditam que Sunny seja uma bruxa ou até mesmo um fantasma.

O que Sunny não esperava era descobrir ser de fato uma pessoa-leopardo, ou seja, alguém com habilidades místicas. Diferente das outras crianças que cresceram sabendo quem são, Sunny tem que se adaptar à descoberta e estar preparada para lidar com um grande mal que nem mesmo as pessoas-leopardo mais poderosas conseguiram.

Nossa protagonista estava acostumada a estar sempre no tênue limite entre coisas opostas, mas agora, mais do que nunca, Sunny precisa aprender a equilibrar suas duas realidades, uma vez que sua família (que são ovelhas, humanos sem habilidades místicas) não pode descobrir sobre sua nova vida.

Sendo o primeiro volume de uma série, eu já esperava algo introdutório. Grande parte do livro é dedicado ao aprendizado de Sunny e a explicação de como as coisas funcionam, mesmo que muitas perguntas ainda tenham ficado em aberto, eu considerei um começo satisfatório e promissor. Para mim, a melhor parte foi conhecer uma história em que pude ter contato com uma fantasia rica e diferente, moldada nos costumes e folclore africano. No mais, o livro seguiu mais ou menos aquela famosa jornada do herói (no caso, heroína), mas mesmo assim gostei bastante.

Repleto de lendas e mistérios, "Bruxa Akata" é uma fantasia que prende o leitor com personagens cativantes, narrativa fluída e um final que me deixou super curiosa para a sequência, que está prevista para o primeiro semestre de 2019!
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 22/03/2019

Originalmente postada em www.oquetemnanossaestante.com.br
Bruxa Akata é uma fantasia infanto-juvenil focada na mitologia nigeriana, escrita por Nnedi Ofokator. Focado em Sunny, uma criança albina filha de nigerianos, ela se vê envolvida com a sociedade das pessoas-leopardo. Ao mesmo tempo, existe o mistério de um homem que sequestra e mata crianças.

Bruxa Akata foi uma montanha-russa de emoções pra mim. Tiveram partes que gostei, assim como tiveram partes que me deixaram confusa e com mais perguntas que respostas. Com certeza adorei o foco na mitologia nigeriana; aprender um pouco sobre seus costumes e entidades. Outro ponto positivo na história é a escrita fácil da Nnedi e os capítulos curtos.

Sunny é uma protagonista bem carismática. Por ser albina e ter nascido nos EUA, ela sofre todo o tipo de preconceito. Interessante que ela ser albina é a sua principal característica em ser uma pessoa-leopardo.

Os personagens secundários também são bem carismáticos. Orlu, Chichi e Sasha, juntamente com Sunny, formam um grupo de amigos com as personalidades mais diferentes possível, porém sempre dispostos a ajudar um ao outro.

Porém, por mais que eu tenha gostado da mitologia, senti que a autora não focou como deveria. Em certos momentos, a autora não explicava certos detalhes de conversas que Sunny presenciava entre os amigos já iniciados pessoas-leopardos, o que aumentava mais a confusão. Ou seja, assim como Sunny, eu fiquei com mais perguntas que respostas.

Outro detalhe que me atrapalhou na leitura foram justamente alguns diálogos confusos. Em certos momentos, eu não sabia quem estava falando o que e isso me frustrou bastante. Também achei que a autora se demorou demais em algumas ambientações e acontecimentos que poderiam ter sido mais resumidos. Isso fez com que o conflito do final do livro se resolvesse todo em um capítulo e deixou aquela sensação de tudo corrido, mal resolvido e (novamente) confuso.

Bruxa Akata poderia ter sido melhor, se a autora tivesse desenvolvido mais amplamente algumas questões da mitologia nigeriana. Ainda assim, recomendo para quem quer ler uma fantasia com foco em algo diferente.

FICHA TÉCNICA
Título: Bruxa Akata (Akata Witch #1)
Autor: Nnedi Okorafor
Editora Galera Record
Nota: 3/5

site: https://www.oquetemnanossaestante.com.br/2019/03/bruxa-akata-resenha-literaria.html
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Dani @oslivrosdadani 18/03/2019

Esperava um pouco mais.
Sunny nasceu nos Estados Unidos, mas desde os nove anos mora na Nigéria terra natal dos seus pais. Suas feições são típicas da África Ocidental, mas não sua cor.

... tenho cabelo amarelo, pele de leite azedo ( ou pelo menos é isso que as pessoas imbecis dizem) e olhos castanhos esverdeados. Um testemunho de que Deus carecia da cor certa. Sou albina.

?
Essa característica fazia com que de maneira alguma passasse despercebida.
Certa vez enquanto apreciava bem de perto a claridade de uma vela tive a sensação de chegar acontecimento através da luz, e quanto mais pensava sobre o assunto mas percebia que aquilo não foi apenas uma alucinação. Um sentimento ruim a domino, o que ela vira não era algo bom. Estava para acontecer.

Mas porque ela teve essa visão?
Sunny é uma pessoa-leopardo, nome dado às pessoas com verdadeira habilidades místicas. No caso dela ainda era agente-livre, denominação dada aqueles que tinham pais comuns, sem poder algum. Afinal, o dom em questão era algo hereditário.
Essa descoberta irá fazer com que sua vida vire de cabeça para o ar. Novos treinamentos serão necessários para aperfeiçoar suas habilidades e sua magia.
Afinal ela juntamente com mais três amigos também detentores de vários poderes, terão a incumbência de capturar um perigoso assassino que vem matando diversas crianças de maneiras terríveis.
Será que eles irão conseguir?.


? O primeiro motivo que me levou a essa leitora, foi a promessa de que ele seria uma versão ?nigeriana de Harry Potter?. E como super fã da saga do jovem bruxinho, confesso que a leitura em questão não atendeu minhas expectativas.
Aí você me pergunta. Mas tem algo haver com HP? De certa forma sim. Crianças detentoras de magia, supervisionadas por bruxos mentores e em busca de combater o mal.
Mas o enlace de tudo isso não meu convenceu como gostaria que tivesse acontecido.

A cultura africana é bem latente na narrativa e pra mim foi um ponto super positivo.Mas não foi um a leitura que me envolveu.
Entretanto pretendo dar uma nova chance assim que a continuação for lançado no Brasil.
Espero que a história seja melhor desenvolvida.
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Maria Ferreira / @impressoesdemaria 13/03/2019

Mitologia africana como base para a fantasia
Em Bruxa Akata, livro da escritora Nnedi Okorafor, traduzido por João Sette Câmara e publicado no Brasil pela Galera Record, conhecemos Sunny, uma garota de 12 anos, filha de pais nigerianos que moraram em Nova York, onde Sunny nasceu. Ao completar nove anos, seus pais resolveram morar na Nigéria novamente. Irmã mais nova de dois garotos, Sunny tem feições africanas, mas também é albina, condição que a impede de sair de casa sem um guarda-chuva para a proteger dos raios solares. Por isso também, só pode jogar futebol com os irmãos à noite.

Na escola, Sunny é uma das melhores da classe, mas por ser albina frequentemente tem que aturar a implicância dos colegas chefeados por Jibaku, a garota que mais implica com ela. Um dia, depois de uma atitude de uma das professoras, Sunny ficou ainda mais mal vista pelos colegas e foi chamada de "bruxa akata", uma palavra muito grosseira usada para se referir a americanos negros ou negros nascidos no estrangeiro, que significa "animal selvagem". No final da aula, alguns colegas a atacaram fisicamente e só um colega a defendeu. Esse garoto era Orlu. Desse dia em diante, os dois começaram a ser amigos.

Depois de Orlu, Sunny também faz amizade com Chichi, uma garota que já era amiga do garoto e aparenta ter a mesma idade que eles mas se recusa a revelar sua idade real. Mais para frente, Sasha, outro garoto, também é incluído no grupo.
Junto com os novos amigos, Sunny vai descobrir que o mundo no qual ela vive vai muito além do que seus olhos podem ver, de modo que aos poucos vai descobrindo que possui alguns poderes mágicos. Na medida que Sunny vai aprendendo sobre a nova realidade na qual está se inserindo, o leitor também vai aprendendo junto.

Sunny descobre que é uma pessoa-leopardo e uma agente livre, ou seja, uma pessoa que tem poderes místicos, mas que vem de uma família que não tem esses poderes, o que a faz transitar entre as duas realidades, a considerada normal e a outra, mística. As pessoas sem poderes são chamadas de ovelhas, pessoas sem juju, sem capacidade de fazer feitiços. Assim, vamos entrando no universo de Leopardo Bate, conhecendo as características físicas e geográficas desse lugar e as pessoas que o povoam.
O dinheiro de Leopardo Bate é o chittin. As pessoas ganham ele quando aprendem algo novo e assim podem gastá-lo com o que quiserem comprar, mas depois de um tempo os chittins somem, de modo que as pessoas-leopardo não podem acumular riquezas materiais e são incentivadas a sempre irem em busca de conhecimento, principalmente se quiserem passar por níveis para chegarem em um posto alto.

Os quatro amigos têm diferentes personalidades, mas funcionam bem juntos. Equilíbrio é uma boa palavra para esse grupo. Não deixam de lado suas características individuais pelo coletivo, o que talvez seja a principal razão de se darem bem, mas também se desentenderem. Sunny é a garota que está aprendendo tudo agora, Orlu é o certinho, o que faz tudo de acordo com as regras, enquanto Chichi é a arrogante, pretensiosa, que acha que é capaz de tudo, já Sasha não respeita regras e acaba sendo inconsequente.
O grupo forma um clã e recebem como missão deter um assassino em série que está causando pânico não só no mundo normal, mas também no mundo místico. O que não é uma tarefa nada fácil, já que se eles falharem, o mundo todo estará correndo sério risco de destruição.

A família de Sunny é complicada, principalmente por conta de seu pai, com quem não tem uma boa relação. Ele não se esforça para esconder que esperava que Sunny fosse um garoto e além disso, não lida muito bem com o fato dela ser albina. Ou seja, a culpa por duas coisas que ela não tem como mudar: "Às vezes eu odiava meu pai. Às vezes achava que ele me odiava também. Eu não tinha culpa pelo fato de não ser o filho que ele queria, ou a filha linda que ele teria aceitado em vez disso" (p.12).
A relação com sua mãe é mais tranquila, ainda que haja alguns assuntos que a mãe evite abordar com ela.

O enredo constrói e apresenta um mundo totalmente novo, com suas próprias particularidades e regras. Um mundo que coexiste em paralelo com o mundo tal como conhecemos. É nesse mundo novo, que tem seu próprio sistema, que tem magia e misticidade, que repousa a mitologia africana que o compõe. Alguns aspectos podem ser mais reconhecíveis para quem já possui algum conhecimento desse universo, como o ritual de iniciação pelo que Sunny passa ou o respeito pelos mais velhos, por exemplo, para quem não conhece, pode ser um bom primeiro contato.

Os personagens são bem construídos, apresentam profundidade psicológica e a que mais gostei foi a Sunny. Ela é empenhada e consegue conciliar bem todo o aprendizado dos dois mundos. É corajosa e não deixa o medo a paralisar. Sunny aprende muito ao longo da narrativa, certamente quando chega no final já não é mais a mesma pessoa do início. Por ser albina, uma das principais ofensas que houve é em relação à sua cor de pele, mas tem plena consciência de que não é branca e não deixa ninguém dizer o contrário.
Acho que a Sunny pode ser uma referência muito positiva para outras garotas porque ela é uma boa aluna, gosta de ler (no livro é citado que ela está lendo Hibisco Roxo, da Chimamanda Ngozi Adichie), joga futebol bem e não se deixa intimidar pelos garotos que acham que meninas não podem jogar e ainda por cima, lida com questões de identidade por ter nascido em um país e morar em outro, além das novas descobertas sobre quem ela é.

O livro provoca reflexões muito pertinentes sobre machismo, tanto no ambiente familiar quanto em relação a presença de mulheres no futebol. Além disso, outro assunto abordado é a violência policial nos Estados Unidos.
Se tem algo que eu destacaria como negativo é o excesso de descrição, muitos detalhes que só fazem o ritmo da leitura se tornar arrastado. Entendo que é preciso apresentar esse mundo novo, mas tem detalhes que são facilmente dispensáveis.

Dizem que "Bruxa Akata" é o "Harry Potter" nigeriano, o que com certeza é bastante atrativo comercialmente falando, uma vez que existe uma grande quantidade de fãs do bruxo no mundo. Apesar de ter mesmo algumas semelhanças, como os mundos que existem em paralelo, mundos mágicos com suas próprias particularidades, os poderes e tudo mais, acho que pode ser um tanto limitante fazer essa comparação. O universo de Bruxa Akata é muito rico, talvez fosse mais agregador apreciar as particularidades que a narrativa apresenta, principalmente na questão da mitologia africana, que é vastíssima e é um recurso inovador. Que outra fantasia é totalmente baseada em elementos da cultura africana?

site: https://www.impressoesdemaria.com.br/2018/07/bruxa-akata-nnedi-okorafor.html
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Duda | @lokadosbooks_ 08/03/2019

Resenha Bruxa Akata
#ResenhaLDB
Livro: Bruxa Akata| Autora: Nnedi Okorafor| Editora: Galera| ??= 4,5???s
?? O conhecimento é o centro de todas as coisas.??
Sunny tem 12 anos, tem pais nigerianos, porém ela nasceu nos Estados Unidos. Os pais de Sunny resolvem voltar para a Nigéria, mas ao chegar lá Sunny acaba se destacando por ter traços africanos, mas ser albina. O sol é seu principal inimigo, ela tem um tom de pele incapaz de passar despercebido. Ela não se encaixa lá.
?
Na Nigéria os jornais só falam sobre um assassino. Um homem cruel que está desfigurando e matando crianças, tentando realizar um tipo de culto, para invocar uma entidade.
?
No meio de tanta confusão, Sunny acaba descobrindo que na verdade ela é uma pessoa-leopardo em um mundo de ovelhas(humanos). Pessoas leopardo tem um verdadeiro poder mitológico, só que Sunny ainda por cima é uma ?agente livre? uma pessoa-leopardo filha de pais comuns. Ela acaba se juntando com mais 3 jovens talentosíssimos e formam um grupo improvável, com um tutor um tanto peculiar, que vai treinar e ensinar eles mais sobre este mundo de jujus e magia. Mas será que tudo isso vai ser capaz de deter este assassino que está à solta?
?
Bruxa Akata foi uma maravilhosa supresa! Um livro com uma cultura tão rica e maravilhosa, fiquei apaixonada pelos cenários e costumes descritos. Com uma narrativa rápida e fluida, Bruxa Akata nos presenteia com um livro simplesmente maravilhoso! Enquanto lia aprendi tanto sobre a cultura nigeriana! Me encantei pela Sunny e seu grupo, e definitivamente quis ser uma pessoa-leopardo hahhaha. Amei todo o universo que a autora criou, amei os termos, as magias!Só acho que o final poderia ter se desenvolvido melhor... porém foi uma leitura incrível, que me deixou super ansiosa pela continuação?!
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Geórgea 13/02/2019

Bruxa Akata
Filha de nigerianos, mas nascida nos Estados Unidos, a jovem Sunny Nwazue possui mais que essas particularidades. Ela é diferente do restante da sua família por ser albina e isso gera muitos problemas e sofrimento para ela. Além de aguentar o preconceito vindo dos colegas quando retornam para a Nigéria, ela também precisa suportar o sol que queima sua pele.

“Tenho feições típicas da África Ocidental, assim como minha mãe, mas, apesar, de o resto da família ter a pele marrom-escura, eu tenho cabelo amarelo, pele da cor de “leite azedo” (ou pelo menos é isso que as pessoas imbecis me dizem) e olhos castanho-esverdeados, um testemunho de que Deus carecia da cor certa. Sou albina.”

Não demora para que um jovem note seu sufoco na escola e parta em sua ajuda. Orlu acaba virando seu amigo e com o tempo, após apresentá-la a amiga Chichi a vida de Sunny mudará para sempre. Ela descobrirá que possui poderes, assim como seus amigos.

Ela é uma pessoa-leopardo. Indivíduos que possuem poderes e a capacidade de fazerem jujus com suas facas. Eles possuem o seu próprio código, lugar e, diferente do que estamos acostumados, recebem dinheiro pelo conhecimento que adquirem. Após estudar e aprender sobre as peculiaridades desse mundo com seus amigos, eles terão uma difícil missão pela frente. Um assassino vem matando crianças das piores formas possíveis e tudo indica que o seu grupo deverá impedi-lo. Será que eles vão conseguir? O que esse assassino quer com essas crianças?

Minha Opinião

Que história bela e poderosa. Quando ouvi comentários de que era um “Harry Potter nigeriano”, fiquei, no mínimo, curiosa. Iniciei minha vida como leitora juntamente com J. K. Rowling e sempre achei difícil que alguém conseguisse fazer o que ela fez: transportar diversas pessoas para um mundo mágico. Por isso, fui com certo receio para conhecer essa história, não que eu pensasse que poderia ser ruim, mas não achava que seria tudo isso.

Para minha grande surpresa, encontrei algo diferente do que esperava. Parece Harry Potter? Em alguns sentidos. A história é boa? Muito. É melhor? Em alguns pontos, sim. Sabe quando algo é inspirado em outra coisa, mas consegue ser totalmente diferente? Ok, temos bruxos. Ok, temos um mentor. Ok, temos um lugar mágico e até o nome de “ovelhas” para se referir aos “trouxas” de Rowling. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia uma originalidade muito grande. Creio que essa comparação é inevitável, pois esse são os elementos que geralmente fazem parte de uma história juvenil de fantasia, todavia, o que a autora explora aqui vai além do conhecido nas demais obras do mesmo gênero.

A cultura é muito latente nessa trama. O caminho percorrido também é diferente. O desenrolar dessa narrativa me parece muito mais madura desde o começo, visto que a protagonista possui apenas 12 anos. A história é forte, carregada de simbolismos e com uma narrativa impecável. Em apenas dois dias terminei a história e já estou ansiosa pela continuação, Warrior Akata que ainda não tem data de estreia no Brasil.

“Sunny revirou os olhos. De novo não, pensou ela. Que clichê. Todo mundo acha que a senhora muito idosa, a corcunda, o louco e o albino têm poderes mágicos.”

Aprendi sobre costumes diferentes e cada virada de página era uma nova informação. Em certos lugares, senti uma estranheza com algumas particularidades do país e as relações e punições que existem nele. Entretanto, algo que achei riquíssimo e digno de nota foi que a autora não nos deixa perdidos. Ela insere palavras desse contexto no texto, mas não deixa de explicá-las. Como tudo é muito novo para os leitores e não estamos acostumados com esse universo, na entrada dos primeiros capítulos temos algumas palavras que serão usadas, juntamente com suas definições, como se fossem tiradas de um manual para iniciantes.

E mais que isso, temos na nossa frente o que uma mulher nigeriana passa, pela visão da jovem Sunny. A diferença frente os irmãos que podem tudo enquanto ela não pode nada, o desprezo que o pai sente por ela, o quanto ela é julgada o tempo inteiro não apenas por sua diferença, mas por ser mulher. Tudo isso faz com que aquele bichinho da indignação cresça dentro da gente, por isso, a cada vitória sua e resposta mais direta comemoramos. Ela não decepciona no quesito força.

“Vamos começar pelo começo. Então, existem as pessoas-leopardo. Sempre estivemos por aí, espalhados pelo mundo todo. Em alguns países nos chamam de bruxos, feiticeiros, xamãs, magos… coisas desse tipo, acho. Então não se trata apenas de pessoas negras.”

Aqui a magia não é pesada, porque é bem fundamentada. Seus outros três amigos, são muito importantes para a formação desse grupo. Cada um tem uma particularidade. Chichi, Orlu e Sasha são responsáveis por completar esse grupo e trazer um equilíbrio. Juntos eles descobrirão rituais, seres sobrenaturais e fantasmas que pareciam existir apenas no imaginário das pessoas. Aqui, eles são reais. E apesar de eles já haverem sido iniciados na magia há muito tempo, eles possuem paciência e tranquilidade para guiar Sunny nessa jornada.

Neste livro as “deficiências” são vistas como um dom. A autora trouxe uma nova visão para esses detalhes. Cada um já tem uma espécie de característica ou dom específico que difere dos demais. Isso cria personagens únicos, muito bem explorados e ricos em uma bagagem incrível de histórias. Esse entrou para os meus favoritos do ano. Mal posso esperar pela continuação. As descrições são mágicas aqui, nos sentimos pisando nessa terra e conhecendo esses lugares junto com Sunny e seus amigos. Uma indicação indispensável para os fãs de fantasia.

site: http://resenhandosonhos.com/bruxa-akata-nnedi-okorafor/
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Amiga Leitora 12/02/2019

AMIGA DA LEITORA
Sunny é uma adolescente incomum, sua pele albina sempre chamou atenção por onde quer que ela passasse. O fato de ter nascido nos Estados Unidos, mas ter sua origem no continente africano, local para onde voltou aos nove anos de idade, e por isso não pertencer nem "lá" e nem ao "aqui", também a tornam um destaque.

É através da amizade com Orlu e ChiChi, jovens da mesma idade que ela, que Sunny vai realmente entender porque durante toda a sua vida ela foi um ser Especial. Orlu e ChiChi são pessoas Leopardas, ou sejam, pessoas que detém poderes mágicos e espirituais, e ambos desconfiam que Sunny, mesmo a garota não tendo nenhum dos pais com poderes mágicos, é uma pessoa Leopardo também.

Determinados a descobrirem a verdade sobre Sunny, os amigos, acabam a levando para Leopardo- Bate, local onde as pessoas como eles podem treinar, aprimorar seus poderes e conviverem livremente sem medo de serem julgados pelo resto da população humana. Com a ajuda dos amigos e de um mestre, Sunny começa a explorar toda a personalidade e os pormenores que formam o seu outro 'eu'.

Junto com seus amigos a garota embarcar em uma grande aventura, onde descobrirá ser uma agente-livre, uma pessoa cujo a magia vem de uma geração anterior a de seus pais e com isso ela acabará descobrindo segredos sobre seus antepassados assim como também viajará em uma fascinante viagem de auto-descoberta.

Desde muito nova eu sempre tive paixão por culturas diferentes da minha, sempre quis aprender ao máximo possível tudo que fosse distinto ao que eu conhecia, foi pensando nisso que eu tentei iniciar um projeto comigo mesma de sempre buscar livros que explorasse culturas diferentes das norte americanas e europeias, uma vez que isso é o mais comum. Foi assim que ao ler sobre 'Bruxa Akata' sendo considerado o 'Harry Potter africano', eu não pensei duas vezes em adicionar ele a minha lista de leituras.

O destaque dessa leitura para mim, é sem dúvidas, os elementos místicos que são apresentados no livro estarem diretamente ligados a cultura africana, desde as entidade míticas até, por exemplo, a varinha mágica - que não é varinha e sim uma faca de juju - nos livros.

A escrita da autora é envolvente, e de certa forma até didática, a maneira como ela apresenta os elementos da trama e explica ao leitor como funcionam e qual a relevância deles no enredo é muito interessante.

Apesar alguns aspectos que me incomodaram um pouco durante a leitura, tal qual a ausência de uma figura adulta de relevância na trama, 'Bruxa Akata' é um livro que redobrou o meu interesse em livros que trazem em seu interior culturas diferentes, principalmente livros de fantasia.

* RESENHADO POR ANA LUISA DO BLOG AMIGA DA LEITORA *

site: http://www.amigadaleitora.com/2019/02/resenha-bruxa-akata-galerarecord.html
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Paloma 23/01/2019

história louca e mágica
Esse era um dos livros dos quais eu mais estava animada para ler. Cultura africana, Nigéria como plano de fundo, narrativa cheia de elementos diversos, e claro, uma história infanto-juvenil (que eu tanto gosto).
O começo de tudo é uma confusão, mas calma, uma confusão boa. A autora nos mostra inúmeros elementos da mitologia, seus variados nomes e significados, além de elementos mágicos, lugares, expressões...um caos completo. Isso pode dificultar um pouco o entendimento da história (como o que aconteceu comigo) mas depois vamos nos acostumando e nos envolvendo com tudo.
No meio disso tudo, Sunny é uma protagonista muito bem construída e se apresenta a nós como uma menina comum com uma história louca e mágica, o que me deixou extremamente feliz! A história também envolve outras três crianças e juntas as quatro formam um grupo de amigos adorável, apesar de todos os fatores incrivelmente sombrios. Friends Forever!
Achei o final do livro corrido e isso me deixou meio decepcionada pois era uma das partes mais importantes de tudo. No fim, essa história foi bem equilibrada em apresentar informações, construir personagens e uma trama que vai continuar nos próximos volumes que com certeza quero acompanhar.
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Queria Estar Lendo 11/01/2019

Resenha: Bruxa Akata
Bruxa Akata é o primeiro título da série Akata Witch, da autora Nnedi Okorafor. Publicado aqui no Brasil pela Galera Record, segue a fórmula de um infanto-juvenil perfeito, com um universo rico e muita aventura a oferecer.

Na trama, Sunny vive entre realidades divididas. Ela nasceu nos Estados Unidos, mas se mudou com a família de volta à Nigéria quando era pequena. Tem muito de ambas as culturas na garota, mas ela não é bem aceita na escola por parecer distante da sua realidade; Sunny também é albina, o que faz que os colegas olhem torto e a tomem por diferente.

Sem querer, eis que ela descobre que, realmente, não pertence ao mundo daquelas pessoas. Ela tem sangue mágico, é uma pessoa-leopardo - e, ao embarcar nesse universo distinto para se entender e entender seus poderes, vai descobrir que sonhos de seu passado estão ditando o que pode acontecer no futuro.

Bruxa Akata, como eu mencionei, segue a fórmula de conhecidos títulos infanto-juvenis que já ganharam as estantes do mundo todo: Harry Potter, Percy Jackson, As Crônicas dos Kane - com o diferencial de explorar um cenário e cultura que não fazem parte do mainstream, usando a riqueza da África e da sua mitologia para compor o universo que Sunny vive.

Essa divisão entre mundos para a protagonista funciona bem quando encaramos o que ela conhecia e todas as novidades que vêm com a sua iniciação mágica. Sunny é uma garota atlética, apaixonada por futebol e por aventuras, mas, uma vez confrontada sua herança e apresentada aos perigos do universo das pessoas-leopardo, Sunny entende que carrega mais responsabilidade do que se permitia imaginar.

"Mentiras são uma coisa do mundo físico. Elas não podem existir no mundo natural."

Além disso, mesmo no lado encantado ela não é exatamente comum; Sunny é uma agente livre - pessoa-leopardo que nasceu de pais comuns - e tem habilidades sensitivas especiais que, como muitas coisas que conhece, não são completamente explicadas.

Aí entra minha primeira crítica. Como leitora e autora de Fantasia, entendo o famoso "você vai descobrir isso em breve" em vez de simplesmente contar a informação logo de cara; mas achei que a autora abusou demais desse artifício. Sendo Sunny uma iniciada perdida no mundo mágico, é natural que a gente se perca junto com ela enquanto faz suas descobertas, mas demorou quase 200 páginas pra eu sentir que estava suficientemente familiarizada com aquela história - o que dificultou na imersão.

O mundo das pessoas-leopardo é de uma riqueza e detalhes sem tamanho. Por se tratar de um infanto-juvenil, Nnedi apresenta tudo com simplicidade, deixando as coisas vagas - conforme minha crítica - e muitos espaços em branco em relação a entidades, mistérios e informações que podem mudar o futuro da personagem.

Junto à protagonista, temos um trio de coadjuvantes que poderia ter sido mais bem desenvolvido, em minha opinião - mas, como esse é o primeiro livro da série, vou dar o benefício da dúvida de que eles ainda ganharão sua devida atenção.

"- Preconceito gera preconceito, sabe? O conhecimento nem sempre evolui para a sabedoria."

Orlu é o garoto quieto e estudioso, centrado onde Sunny e os outros são mais elétricos e descontrolados. Ele já foi iniciado e já tem ligação com a magia por conta da família, mas nem por isso deixa de se surpreender com novidades que esse mundo tem a oferecer - muitas delas relacionadas à chegada da Sunny ou à burrice de alguns colegas de estudo.

Chichi e Sasha foram... Ok, eu diria. Não gostei muito dos dois, mas também não desgostei completamente. A sensação foi de que eles estão ali para ser o contrapeso da ordem que a Sunny e o Orlu ainda obedecem, mais caóticos e distantes das regras do que deixam transparecer.

Como grupo, eles formam uma dinâmica interessante - mas, como eu senti a falta de desenvolvimento, as cenas acabaram soando mecânicas. Era coisa de eles estudam, conversam, fazem perguntas, ficam sem respostas, repete. Não tem muita coisa acontecendo além das informações vagas e das dúvidas que a trama vai plantando na sua cabeça, e as respostas que chegam são apressadas e só vêm com o final do livro - deixando vários pontos de interrogação na sua cabeça.

Mas, de novo, esse é o primeiro livro de uma série - e a autora claramente vai utilizar todas essas interrogações para desenvolvimentos futuros. Eu posso já ter passado por títulos demais com a fórmula dos infanto-juvenis que a Nnedi usou aqui e acabou não sendo uma experiência de leitura tão boa exatamente por isso; muitos detalhes pareciam familiares demais, então eu acabava não me surpreendendo como deveria.

Em meio à fantasia, achei maravilhoso como a autora encontrou os momentos certos para falar sobre sexismo, racismo e sede de poder. Por se tratar de um livro para o público jovem, é extremamente importante usar esse espaço para desenvolver críticas sociais e representatividade dos discursos; a narrativa flui fácil e, em meio a jujus (os encantamentos da mitologia) e histórias sobre entidades místicas, os personagens também vivenciam momentos bastante próximos da nossa realidade, abrindo espaço para criticar as problemáticas que existem.

"A vida ficava cada vez mais estranha. Mas ela realmente gostava dessa estranheza."

Bruxa Akata traz um cenário fantástico rico e exuberante, com uma protagonista carismática em meio a perigos inesperados; a leitura perfeita para quem quer começar uma aventura.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/01/resenha-bruxa-akata.html
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Camila Justi | @JustiBooks 07/01/2019

Bruxa Akata
Sunny é filha de Nigerianos mas nasceu nos Estados Unidos. Ela se destaca por ser albina, o que não é nada comum entre seu povo. Isso faz com que sofra muito preconceito em sua escola e acaba conhecendo seus melhores amigos Orlu, Chichi e Sasha.⠀⠀⠀⠀
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Mais do que a amizade, eles tem em comum a origem: todos eles são pessoas-leopardo uma espécie de bruxos com poderes diferentes uns dos outros e cada vez que realizam um "juju"(espécie de feitiço) ganham "chitim"(moeda das pessoas-leopardo) como recompensa. Existe toda uma sociedade por detrás da que conhecemos e a maioria das pessoas(ovelhas) não sabem da existência desses podereosos e peculiares seres que possuem até uma cara espiritual que se manifesta quando qurerem ou em momento de tensão.⠀⠀⠀⠀
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Para Sunny tudo isso ainda é novidade. Ela ainda está aprendendo nos livros o que é e como agir e fazendo sua iniciação. Sendo uma agente livre, ele tem poderes diferentes de seus amigos e precisa aprender a lidar com eles sozinha. Sua família não faz ideia de onde ela vai quando saí de casa e muito menos de que esse quarteto de amigos está se preparando para enfrentar o temido assasino em série que está matando crainças e planeja o fim do mundo.⠀⠀
⠀⠀⠀⠀
💬Eu adorei essa leitura. O começo é um pouco lento por conta das nomenclaturas africanas e essa temática tão diferente que é preciso prestar um pouco de atenção, mas depois o leitor fica totalmente imerso na história e curtindo cada momento. Confesso que esperava um pouco mais do final, mas acredito que por não ser um livro único teremos mais emoção nos próximos!!

site: https://www.instagram.com/justibooks/
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Marina 09/12/2018

Bruxa Akata
Ótimo livro, com uma leitura fluida prende a atenção e nos remete a um mundo onde a magia é a realidade.
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Isabella @epilogo.literatura 05/12/2018

Bruxa Akata
“Seus mundos [Nnedi Okorafor] abrem nossa mente para coisas novas.” - Neil Gaiman. Comprei esse livro por dois motivos principais: por ser um romance mitológico e por se tratar de uma cultura a qual nunca tive muito contato, a africana.

O livro conta a história de Sunny, uma garota nascida nos EUA, filha de pais nigerianos e que volta com eles para a Nigéria quando está prestes a completar 12 anos. Além de akata (termo pejorativo para negros estrangeiros) a jovem é albina, o que a torna alvo de bullying na escola que passou a frequentar. É nessa mesma escola que ela conhece Orlu, e essa amizade transforma toda a vida de Sunny.

Sunny é inicida em uma nova sociedade, a de pessoas-leopardo. Ela se torna parte de um quarteto de estudantes de magia, que juntos vão se descobrindo, aprendendo e treinando. A grande questão é: isso será suficiente para derrotar o assassino Chapéu Preto?

Citei a frase de Gaiman no início não foi atoa, a história realmente aborda um mundo, cultura e mitologia totalmente novos para mim. Nnedi Okorafor nos faz explorar e conhecer a sociedade das pessoas-leopardo junto com a personagem principal (inclusive com uma estratégia muito interessante de usar páginas explicativas de um livro que Sunny estava lendo dentro da história - metalinguagem pura), e também relata os problemas e realidades da sociedade Nigeriana.

Não vou mentir, no começo fiquei confusa com toda terminologia e enredo apresentados e entendo muito bem porque foi apelidado de Harry Potter nigeriano. Foi através da analogia com o universo do Harry Potter que consegui me localizar na história (ressalto aqui que é apenas uma analogia e não uma comparação!) Temos as pessoas-leopardo (bruxos), as ovelhas (trouxas), juju (magia), a faca juju (varinha) e os agentes-livre (mudblood). De forma alguma o livro se limita a apenas isso, mas acredito ser uma espécie de guia prático de entendimento.

Tenho um ponto negativo a ressaltar, no entanto. A narrativa durante o livro é muito bem feita, porém a parte final, a “grande batalha”, digamos assim, foi muito rápida e confusa, e na minha opinião podia ter sido mais explorada e até mesmo explicada. Quando terminei o livro fiquei com a sensação de história sem final, muitas coisas em aberto. Com esse incomodo na cabeça fui pesquisar mais sobre o livro antes de escrever a resenha e descobri que ele faz parte de uma série, e então, agora estou com grande expectativa para o desenvolvimento dos personagens e o desfecho da história.

Finalizo ressaltando a importância da representatividade na literatura e em outros meios de entretenimento e comunicação. É se abrindo a novas histórias e conhecendo diferentes realidades que quebramos nossos conceitos formados, os preconceitos, e passamos a entender melhor a sociedade. Vale sim a leitura!
Bela 11/01/2019minha estante
Concordo que o final/clímax foi meio corrido, mas achei interessante a autora deixar explicado que não foi um "final de fato", e que o perigo que eles enfrentam vai sim retornar. Tira um pouco a impressão que eles simplesmente ganharam a batalha do nada porque sim (pq protagonistas), sabe? Mal posso esperar pelo próximo livro ?


Isabella @epilogo.literatura 13/01/2019minha estante
Isso é verdade Isaconsolim! Depois também que descobri que era uma série fiquei mais em paz com a história, sabendo que não terminou ainda. Também anciosa para o próximo!




De Olivato - @olivatobooks 20/10/2018

Bruxa Akata
Este livro nos conta a história de Sunny, uma menina albina com apenas 12 anos que é tratada como uma párea por todos os colegas da escola. Ela é filha de nigerianos e não consegue se sentir pertencente.

Prepara-se para a surpresa, Sunny não é uma garota normal, ela é uma pessoa-leopardo, ou seja, ela tem talentos mágicos e descobre que não é a única pessoa do mundo com esses talentos, muito pelo contrário. Só que as mudanças na vida da garota não acabam ai, ela também descobre que é diferente entre as pessoas-leopardo por ser considerada uma agente livre – uma pessoa que nasce com poderes tendo como pais pessoas comuns.

Sendo incluída em um grupo com mais três jovens, Sunny vai aprendendo sobre a vida como pessoa normal ou ovelha como eles chamam, mas também vai aprendendo sobre como desenvolver os seus talentos. Um grande criminoso ronda a cidade atacando e matando várias crianças, ninguém sabe quem é o temido vilão e a tarefa do jovem quarteto é arrumar um modo fazer com que esses crimes parem de acontecer, mesmo sendo apenas aprendizes. A pergunta que não quer calar é se eles estão prontos para essa tarefa, serão suficientes para deter todo esse mal?

Eu gostei do livro, apesar de ter algumas ressalvas como achar que várias cenas foram mal desenvolvidas – não foi apenas uma ou duas que poderiam ter sido mais aproveitadas, mas várias – e que o final foi um tanto quanto rápido para o tamanho do desafio que tinha sido criado ao longo do livro. Adorei conhecer um pedaço da mitologia africana e quero ler os outros livros, sinto que os personagens ainda vão me surpreender muito. A escrita da Nnedi Okorafor é gostosa de ler e prende o leitor.

No Skoob, eu dei 3,5 de 5 estrelas e recomendo para todos que querem ler livros de fantasia.

site: https://www.instagram.com/p/BorWyT0AWe-/?taken-by=olivatobooks
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Ane Carol 19/09/2018

Bruxa Akata
Na mitologia apresentada por Nnedi o mundo é dividido em dois tipos de pessoas: as ovelhas, que são pessoas sem juju (magia), o equivalente aos trouxas em Harry Potter, e as pessoas-leropardos, que apresentam características peculiares, como a habilidade de fazer juju, possuir um cara humana e outra espiritual. As pessoas-leopardos tem suas próprias regras, moeda, costumes e lugares próprios ao redor do mundo que são desconhecidos pelas ovelhas. De início pode parecer tudo um pouco confuso e de certa forma este foi uma fato que me fez gostar ainda mais da trama, pois assim como Sunny que graças aos seus novos amigos acaba descobrindo que é uma agente livre (pessoa-leopardo que não possuí ninguém na família compartilhando da mesma condição), ele se sente confusa, em relação e tem que aprender tudo aos poucos e junto com elas também vamos aprendendo. Entre um capitulo e outro temos trechos do livro Fatos rápidos para agentes livre, um livro introdutório ao qual Sunny tem acesso para entender melhor onde elá está se metendo podemos assim dizer.

Assim como toda boa história de fantasia temos um vilão a ser detido, e Sunny e seus amigos são os escolhidos para lidar com esse grande mal que vem colando em risco toda a humanidade. Pode parecer estranho ver crianças tão novas e até então inexperientes com uma responsabilidade tão grande, mas durante a leitura vamos entendendo o motivo de cada coisa e que tudo isso é apenas o começo de algo maior que está por vir.

Conforme vamos conhecendo um pouco mais da cultura africana através da culinária, do modo de se vestir, das crenças e costumes vamos percebendo o quão notável é essa influência em nossa cultura, em especial em alguns lugares do nordeste. E esses detalhes nos fazer querer saber mais sobre, e assim como Sunny e suas descobertas sobre quem ela realmente é, sua família e seu lugar no mundo, também ansiamos no final da leitura sabermos mais sobre nossa história, de como nossa cultura se formou, nossos mitos, enfim saber mais nossa a imensidão cultural que o Brasil apresenta.

Acredito que a comparação com Harry Potter pode ser algo intimidador e de certa forma soar como algo pretensioso, porém depois do sucesso que ele fez é impossível pensar em magia, criaturas mágicas e não pensar primeiramente nele, ainda que existam outras histórias anteriores a eles que já abordavam a temática com maestria. Então minha dica é não deixe que este detalhe te impeça de dar uma chance para essa história tão rica. Espero que através dessa resenha eu tenha conseguido passar a mensagem principal da história sem entregar nenhum detalhe importante, e ainda despertar seu interesse pela leitura.

site: http://www.profanofeminino.com/2018/09/bruxa-akata.html
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