O fim de Eddy

O fim de Eddy Édouard Louis




Resenhas - O fim de Eddy


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Adiel Barbosa 21/01/2021

Nu e cru!
Esse é um daqueles livros que nos faz refletir sobre quem somos. É fácil para algumas pessoas se reconhecer nas palavras de Édouard Louis. O autor aqui tece de uma maneira bem seca e realista sobre a homofobia, a pobreza estrutural, a ignorância e o sistema de classes da sociedade provinciana francesa, mas é fácil identificar muitos outros lugares como o citado na obra.
A história é descrita como se o autor estivesse conversando com o leitor, e, por ser autobiográfico, a experiência se torna grandiosa, então nós acabamos imergindo nas palavras dele profundamente, reconhecendo a importância de suas palavras. É importante ressaltar que as críticas mencionadas no livro não são exclusividades da sociedade francesa e são bastante atuais e universais. A narrativa se desenrola de maneira sublime, explorando a sexualidade, a negação e, enfim, a dura aceitação do protagonista. Os conflitos internos do protagonista são do tipo que são causados por agentes externos e que poderiam ser evitados com bom senso, empatia e sabedoria, e é nesse ponto que vemos/sentimos o quão nocivos são o preconceito e a ignorância. Um livro incrível, uma história crua sobre a realidade de uma parcela da população, uma leitura demasiadamente necessária.
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Felipe 18/07/2020

Romance auto-biográfico e primeiro livro escrito por Édouard Louis, O fim de Eddy retrata a infância e adolescência de um garoto durante as descobertas a respeito do seu verdadeiro eu. Nos mostrando, principalmente os conflitos internos do garoto, e o quanto as opiniões externas influenciam na formação dos jovens. Eddy foi obrigado a lidar com a homossexualidade, como algo ruim, num vilarejo em que todos tem o mesmo destino, conformados na mediocridade de suas vidas. Ele, porém, tenta se encontrar e descobrir o mundo além das limitações que lhe eram impostas. O estilo da escrita me lembra muito Pedro Juan Gutiérrez, e sua forma crua de não deixar dúvidas sobre o que ele está narrando, nada é subjetivo.
Além da questão central, a homofobia, o romance debate questões como o bullying, racismo, xenofobia e conflitos familiares. Fiquei curioso para ler mais livros do autor.
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Douglas P Da Silva 22/05/2021

Recomendo.

É difícil mensurar a força desse livro, o modo como ele nos provoca e choca ao mostrar uma triste realidade que persiste ainda nos dias atuais. Eddy sofre pela sua condição social e ainda precisa enfrentar a homofobia gigantesca que uma cidade do interior pode carregar.

O Fim De Eddy nos faz olhar para o próximo, sentir sua dor e revolta. Apesar do sofrimento que ele carrega, serve como uma crítica e reflexão da nossa sociedade.
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Jurasgou 16/08/2023

#POV1 (Ponto de vista) - O Fim de Eddy
O fim de eddy é um livro que causa desconforto, seja ele de forma positiva levando a uma reflexão profunda dos acontecimentos ou de forma negativa fazendo com que você sinta um certo incômodo.

A história se mostrou um pouco devagar no começo, mas conforme o protagonista vai revelando as situações que passa e um pouco do seu plano de fundo as coisas começam a ficar interessantes. Eu me identifiquei com uma parte do Eddy onde ele se sentia "errado" em comparação com os outros garotos. Além de outros comportamentos, manias e maneiras de ser e fazer as coisas, entretanto a maneira com que ele começa as suas experiência é chocante, arrisco dizer até problematica, porém eu consigo entender como tudo aconteceu e o levou até aquelas situações.

Ainda sobre a história acho que chega em um certo momento que começa a ficar repetitivo e ai a história começou a perder o seu brilho pra mim, sinceramente eu achei que ia me debulhar em lagrimas quando fiquei sabendo dessa história, na verdade o que eu mais senti durante grande parte da história foi um sentimento de vergonha alheia e tedio.
Não tive uma conexão com o eddy e talvez por isso eu achei a história simplória e entendiante, porém eu ainda consigo compreender o que essa narrativa tem pontos muito interessante e que podem alcançar leitores com pontos de vistas diferentes do meu.

Concluindo, eu recomendo esse livro?
Sim, desde que você leia com a cabeça aberta e sem julgamentos, se não pode acontecer de você achar tudo muito bizarro.

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LITERATURA NÃO É CONSENSO, POR ISSO RESPEITE A OPINIÃO DE OUTRAS PESSOAS!
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Jackson 03/02/2021

É você o veado?
Há anos não lia um texto tão forte. Gatilhos, vários, mas que são necessários para entender a pobreza e o que ela trás de prejuízo à sociedade, ao intelecto, como ela determina o padrão de comportamento das classes e principalmente a intolerância e a violência a que são submetidas as variadas minorias, no caso desse livro mais evidente aos LGBTs, a tortura psicológica e traumas que dela decorrem. É um livro triste. Mas necessário!
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arqueofarias 05/04/2023

Edy sou eu.
Tirando o infortúnio familiar, a vida de uma criança ou jovem gay é quase sempre permeada pelo sofrimento - os xingamentos, bullyng, surras depois da escola, as piadas -. Sofri como Edy. Mas não baixei a cabeça? e luto cada dia por um mundo em que não precisaremos passar por isso. E, sobretudo, não precisar fingir quem somos.
Livro forte. Necessário. Triste. Mas REAL ! Amei.
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César | @extratextos 14/06/2021

Todo mundo deveria ler esse livro
Não tenho o costume de ler autobiografias e sempre tenho a impressão de que são livros densos, difíceis de serem lidos. Édouard Louis vai na contramão ao escrever um livro delicado, triste e bonito sobre a sua infância e adolescência enquanto um garoto desajustado, "diferente" e "estranho".

Lidar com o descobrimento de sua sexualidade (mais especificamente ser gay) em uma cidade do interior não é fácil: estamos vulneráveis e muito além da margem do que é considerado "normal" e "correto". A aceitação é inexistente e dolorosa, tanto da família quanto dos outros círculos sociais, mas principalmente de si mesmo: ser gay se torna um fardo e um peso incorrigível.

A escrita de Édouard é muito fluida e a descrição dos eventos contribui para a identificação de leitores LGBTQIA+. Mas não está restrito a esse círculo: é acessível para qualquer leitor, que provavelmente não terá bagagem de vivência, mas pode se tornar ainda mais empático com relação às dificuldades e desafios enfrentados.

Acho que todo mundo deveria ler esse livro. 173 páginas, escrita fácil e um pouco de comprometimento ajudam a manter uma leitura rápida e necessária!
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Dilaine 31/05/2020

Belíssimo livro de estreia!
Uma auto biografia muito bem escrita e detalhada, muito bom saber como foi o interior da França. Além de ver como uma criança é tratada por ser diferente, todo o bullying por parte de outras crianças e todo o destrato por conta dos pais. ?Eddy? soube realmente contar a sua história de forma simples e maravilhosa!
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Martony.Demes 27/11/2023

Um livro bem legal que é uma autobiografia de Édouard Louis. Ele apresenta a sua jornada de descoberta, dos preconceitos vividos como homossexual e como superou tudo isso e tornou-se o que ele quis ser!

Uma bela historia para reflexão!
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Sadraque 09/05/2021

Um gay em um vilarejo pobre
O fim de Eddy trata da vida complicada que é ser gay, afeminado desde que se lembra gente, em um vilarejo pobre no norte da França. O livro trata da questão da homofobia violenta sofrida pelo Eddy, a onipresença do machismo no comportamento de toda vila e a questão da pobreza dessas pessoas quase à margem da sociedade.

A leitura é rápida, fluida. Vale muito à pena.
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Bruno 28/02/2020

Um fim necessário...
Sempre digo que o preconceito é fruto da ignorância. Com O Fim de Eddy reafirmo isso a cada página lida dos relatos sufocantes desse menino - sim, é o menino do interior que tira do peito e desabafa as dores do seu crescer - que nos tira de nossa zona de conforto e nos mostra como é difícil ser grande num mundo cheio de mentes pequenas.

Quantos meninos Eddy existem por aí? Por mais absurdo que possa parecer, ainda existem aos montes. Impossível não se identificar com ele em algum momento de sua narrativa. Reconhecemos os personagens. Percebemos o quanto as pessoas ainda precisam evoluir.

A escrita de Édouard Louis é objetiva, forte, tangível. Sentimos suas dores, suas mágoas, as dificuldades de suas relações com a família, amigos e consigo mesmo. Revivemos toda a violência pela qual ele teve que passar e que se expressou de diversas formas... Em palavras, nos olhares, fisicamente...

O fim se fez necessário para que houvesse um novo começo, de uma história mais leve, mais justa. Não existe um final feliz porque ainda não chegou ao final. Fugimos com Eddy e recomeçamos com ele.

Uma leitura que mexeu comigo e que certamente estará na lista dos melhores livros lidos desse ano. Super recomendo.
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mateushillebrand 27/08/2021

pareceu pra mim que o livro foi um processo terapêutico para o autor.

ao regatar fatos da sua vida e trazer à tona sua perspectiva sobre os comportamentos da família acaba tornando tudo muito pessoal, como uma história autobiográfica deve ser.

são inúmeras as descrições do que acontecia ao seu redor e se vê também a própria descoberta do autor que a sua existência é diferente das outras pessoas, como por exemplo a sua identificação com o feminino.

muitos comportamentos se assemelham a coisa que qualquer um faz, especialmente no que diz respeito às mentiras que contamos para nós mesmo achando que é um caminho mais fácil de se passar por certas situações. os momentos de violência, físicas ou psicológicas são fortes.

no fim, eu esperava por um fim mas talvez nem seja exatamente sobre isso, mas sobre o processo diário de metamorfose pelo qual todos passamos.
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Daniel Andrade 16/04/2021

O Fim de Eddy.
Muito difícil falar deste livro. O Eddy é um dos personagens (será mesmo um personagem?) por quem mais senti pena em toda minha bagagem literária. Apanha daqui, apanha de lá, sozinho aqui, sozinho lá. O livro é incrível, mas é uma leitura muito pesada. O final pra mim decepcionou um pouco pois eu queria saber mais do futuro. Quando a sensação de que as coisas melhorariam pro Eddy surgiu, o livro acabou.
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EuGabes 11/09/2022

Um romance autobiográfico de destruir o coração de uma criança vivendo num ambiente insalubre com questões das quais ela não pode fugir. Não tem como ficar apertado com tudo o que acontece.
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will 08/10/2022

O fim de Eddy
O Fim de Eddy é o relato visceral de um jovem nascido e criado no interior da França, em uma comunidade regida por normas patriarcais e machistas. Uma narrativa autobiográfica tocante, crua, poética, entregue. Uma história que atravessa o leitor com palavras afiadas, precisas, que objetivamente nos coloca em um mundo de incontáveis brutalidades que deixarão marcas para a vida.

Contrariando tudo que esperavam dele - que fosse durão, "macho" - Eddy sofreu inúmeras violências: na escola ou em casa, se via obrigado a moldar-se, a fingir ser alguém que não era, a reinventar uma existência para que ele próprio, o pequeno e frágil menino que queria mais dançar ballet que jogar futebol. Essa sua maneira de existir que cerceava sonhos, aniquilava o brando da infância, foi aprendida como se aprende a andar, de forma tátil e quase que obrigatória.

Ele aprendeu a sobreviver desde sempre. A engolir ameaças, a se calar, aprendeu a reprimir desejos, e num ato desesperado de se salvar, aprender a reproduzir essas violências nele e em outros.

Com uma narrativa sufocante, passagens precisas e num tom confessional, o autor nos leva a seu mundo, passeia conosco pela sua infância, suas relações, por suas descobertas, sua adolescência, seus medos constantes, sua pobreza.

Ao tempo em que expõe todas as fragilidades, preconceitos - de todos os tipos - e disparidades sociais da comunidade em que vivia.

Não é um romance fácil, mas a leitura nos torna pele. Pontuada por pouquíssimos diálogos, quase sempre temos a sensação de que estamos dentro da cabeça desse narrador angustiado, que encontrou na escrita uma maneira de cicatrizar.

Provoca, causa repulsa, mas permite que sejamos ele, nos põe em contato com o âmago de sua humanidade. Também tem muitos gatilhos, então é preciso lê-lo cautelosamente. Não é fácil, a narrativa pede pausas para respiros, mas é necessário entregar-se para que se compreenda.
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