O fim de Eddy

O fim de Eddy Édouard Louis




Resenhas - O fim de Eddy


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Antonio Gonçalves 07/09/2021

Uma autobiografia marcante, e que reflete para uma realidade de uma grande maioria ( crianças viadas) na sociedade, em que se impõe a heteronormatividade como um único padrão, e com isso, toda uma marginalização, com violência, opressão, medo, angustia, enfim, os reflexos da homofobia. Portanto, o fim de Eddy traz essa narrativa "nua e crua" de uma criança em descoberta com sua sexualidade, e que como uma grande maioria dos LEBTQIA+ se entende em sua sexualidade, em meio a violência, à dor etc.
Além disso, é um processo muito individual e solitário, em que cada indivíduo homossexual (que é a questão específica de Eddy) enfrentará de uma forma, e dentro de uma contexto familiar, entretanto, é um processo doloroso para todos nós Gays.
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Icaro.Santos 05/01/2022

é muito ruim se identificar com tantas passagens desse livro; só mostra a pouca evolução que tivemos dos anos 90/começo dos anos 2000 para 20 anos depois onde tudo ainda é tao real e "comum" no nosso dia a dia
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Marcus.Santana 23/02/2022

" Hoje eu vou ser um durão."
De leitura rápida, uma autobiografia do autor, num relato da infância no interior pobre da França que me mostrou uma leitura cansativa e repetitiva.

O livro se apresenta com sua violência explicita no começo, mas ao longo do decorrer do livro o autor não conseguiu inovar mantendo a mesma linha de violência tão explicita quase virou um tédio.

Mas, mesmo assim, é impressionante a maneira crua, simples e verdadeira como ele nos joga dentro da vida de um garoto homossexual. Um livro que é de ajuda para todos os pais que sabem, mas querem se negar a reconhecer a sexualidade dos filhos. Talvez esse livro abrande um pouco o seu coração.

Eddy conta pra gente sobre seus traumas de infância, ignorância e pobreza material, em meio à descoberta da sexualidade, em um vilarejo onde viveu toda sua infância e adolescência e todo o bullying que sofria tanto na escola quanto em casa.

Eddy era afeminado como dizia os rapazes da época e desde cedo ele começou a sofrer na pele toda a homofobia e preconceito enraizado. Cada detalhe sobre as agressões é de arrepiar a alma e de se envergonhar por existir seres humanos capaz de tamanha maldade.

Eddy tem que primeiro se aceitar (o que é quase impossível naquele ambiente hostil), para depois pensar em sair daquele vilarejo e ir estudar numa cidade grande. Se libertar e seguir sua vida.
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Vivi 28/03/2022

Eddy Bellegueule praticamente desde que chegou ao mundo já sabiam que ele era " esquisito ". E conforme foi crescendo lutou contra si mesmo para ser o que sua família e todos que o rodiavam queriam que ele fosse. O durão, o machão o voz grossa. Sofreu bullying , apanhou e muito!! Não teve suporte de ninguém nem diante de várias situações e principalmente e pra mim o pior para lidar com tudo que ia em seu coração. Quantas vezes se torturava , se culpava por ser quem é.Como ele lutou para ser o que sua família queria. Mas quem consegue fugir do que está escrito desde que apontamos nesse mundo tão cruel?
Impossível não torcer por ele a cada página . E quase em retas finais aqueles que mais aprejaram fizeram parte de enfim... ele poder seguir em paz como deveria ser.
Que história senhoras e senhores ?

? Uma infância no inferno: a angústia de um garoto obrigado a enfrentar a crueldade e o conservadorismo de uma comunidade no interior da França ?Todas as manhãs, enquanto me arrumava no banheiro, eu repetia a mesma frase sem parar, tantas vezes que ela terminaria por perder o sentido, passaria a não ser mais do que uma sucessão de sílabas, de sons. Eu parava e retomava a frase: Hoje eu vou ser um durão. Eu me lembro porque eu repetia exatamente aquela frase, como se faz com uma oração, com aquelas exatas palavras ? Hoje eu vou ser um durão (e eu choro enquanto escrevo estas linhas: choro porque eu acho essa frase ridícula e horripilante, essa frase que, durante anos, me acompanhou e que de certa forma ocupou, não creio que haja exagero em dizer isso, o centro da minha vida).? O fim de Eddy, romance autobiográfico de uma das mais proeminentes vozes da nova literatura francesa, desvela o conservadorismo e o preconceito da sociedade no interior da França. De forma cruel, seca e sufocante, a violência e a amargura de uma pequena cidade de operários se contrapõem à sensibilidade do despertar sexual de um garoto, estabelecendo um paralelo direto com as experiências do próprio autor.
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duda202 08/04/2022

Comprei no impulso e sem saber sobre o que era e amei // 4,5
Facilmente uma das leituras mais dolorosas que fiz esse ano. É triste ler sobre uma história real pelos olhos de uma criança que sofreu tanto e mesmo o livro terminando quase na vida adulta a gente sabe que esse sofrimento ainda não acabou, apesar de estar "longe" de quem causou tanta dor. Eu adorei que a história é dividida em capítulos que não necessariamente são lineares mas que falam sobre determinado tema na vida do Eddy como por exemplo tem um capítulo para a mãe, outro para o pai e etc. É uma leitura pesada mas muito válida e eu não conseguia largar o livro.
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andré 02/06/2022

?Minha opinião tinha bem pouca importância. As decisões, como de resto em toda parte, perteciam ao masculino, do qual eu estava excluído.?
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Bruna 22/07/2023

O Fim de Eddy
Gostei bastante da forma que o autor narrou a infância dessa criança que sempre se sentiu desajustado? os episódios de violência e abusos. Tudo bastante real.
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André M. Carneiro 14/08/2023

O crime não era fazer, mas ser.
Eddy Bellegueule narra sua história de forma tão íntima que nos faz imaginar estarmos lendo o seu diário, cujo o qual escondia dos pais com medo das violências. Tal intimidade, baseada em detalhes contados de forma genuinamente crua, entrega o texto enquanto autobiográfico. Eddy é também Édouard Louis, autor do livro.

A sua infância foi baseada no desequilíbrio entre a pacata vida numa vila operária do interior da França (com campos abertos e brincadeiras inocentes), e a pesada vida neste mesmo ambiente, marcado por preconceitos, pobreza, pela falta de perspectivas e o alcoolismo. Nesse cenário, os trejeitos do garoto foram suficientes para que sofresse todo tipo de violência, física e psicológica, por meio de atos praticados por colegas, vizinhos, adultos, crianças, e principalmente pelos seus próprios familiares. Vale ressaltar que o pai de Eddy, bem como a sua mãe, pareciam nutrir certa satisfação ao ver os sofrimentos daquele filho que tanto os envergonhavam.

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Das violências sofridas, as piores heranças:

“O ruivo grande e o outro de ombros caídos me batem uma última vez. Eles vão embora de repente. Logo estavam falando de outra coisa qualquer. Frases cotidianas, insípidas – e essa constatação me magoava: eu significava menos na vida deles do que eles na minha. Eu lhes consagrava todos os meus pensamentos, minhas angústias, desde a hora em que acordava. Sua capacidade de me esquecer tão rapidamente me atingia” (LOUIS, 2018, p. 34-35).
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Os insultos e os pesos dos acontecimentos pioram ao longo do texto, de forma que reverberam numa situação insustentável, Eddy detestava ser o que era, Eddy se odiava. Ir embora do vilarejo parecia ser a única saída, mudar-se para longe dos seus algozes, dos seus pais. No entanto, nada livraria Eddy do seu destino, e assim como ocorre com a maioria dos seus iguais, ele logo é confrontado pela vida ao se mudar para uma cidade relativamente grande, onde estudaria teatro.

Segundo suas próprias palavras: “o crime não era fazer, mas ser. E, sobretudo, parecer ser” (LOUIS, 2018, p. 129). Dessa forma, Eddy entende que as violências não cessarão, e cabe somente a ele a tarefa de que ao menos um ser-humano torça pela sua felicidade, ele mesmo.


site: https://www.instagram.com/livrostristes
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Biblioteca Álvaro Guerra 12/12/2023

Uma infância no inferno: a angústia de um garoto obrigado a enfrentar a crueldade e o conservadorismo de uma comunidade no interior da França “Todas as manhãs, enquanto me arrumava no banheiro, eu repetia a mesma frase sem parar, tantas vezes que ela terminaria por perder o sentido, passaria a não ser mais do que uma sucessão de sílabas, de sons. Eu parava e retomava a frase: Hoje eu vou ser um durão.

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788542213027
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Matty 26/12/2023

Cru.
Um livro e história dura. É pancada em cima de pancada. Duro, cru. Eu parei e voltei várias vezes, não consegui ler de uma vez. Me deixou sem ar, pesado.
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Jonathan54 05/02/2024

O Fim de Eddy
Você já sofreu por ser diferente? Esse menino, Eddy, sofreu um bocado! Sua história é um relato cru e comovente sobre sua tentativa de se adaptar às expectativas de sua família e de sua comunidade, que rejeitam sua identidade e sua sexualidade. O livro mostra as dificuldades e os sofrimentos de Eddy, que é vítima de bullying, violência e abuso, e que busca uma saída para sua situação. Essa leitura causa desconforto, e questionamentos sobre padrões impostos pela sociedade.
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Nicácio 21/07/2020

IDENTIFICAÇÃO
Uma história simplesmente comovente... uma vida que muitos gays vivenciaram.
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Manú 11/03/2022

Intolerância
Nesse livro biográfico de Édouard Lois, jovem escritor Francês conta sua infância num vilarejo. País muito pobres e ignorantes, despertar da sexualidade, bulling homofobia.
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Thales 03/06/2023

Forte, sensível e necessário
Li muito rápido. Em alguns momentos foi bem difícil de ler porque as situações descritas são muito reais. O livro possui gatilhos e pode ser bem sensível pra quem já passou por algo similar. O livro fala necessariamente sobre aceitação em meio ao preconceito, ao racismo, ao bulliyng, à violência e a pobreza. Foi difícil de ler, mas bem proveitoso. Há muito o que corrigir (em mim) e aprender com essa história.
Recomendo sim a leitura, porém esteja preparado para ler situações bem difíceis.
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murilo-1984 21/06/2023

O diferente sempre incomodando uma sociedade hipócrita
Narrativa foi bem pesada e tive um receio de que o final estivesse rumo para um final mais trágico. A leitura fluiu rápido e em 1 dia eu devorei o livro. (o final foi pouco explorado)

Quase um paralelo com a minha própria infância. Acabei que confrontando feridas que eu nem lembrava mais, eu tbm era delicado e assim como o protagonista, eu tbm fui me "moldando" com o passar do tempo para uma forma mais masculina (o que é engraçado por que hj em dia falam que sou masculino demais para ser gay). A forma como tentamos se adequar ao que é "correto" e a violência que causamos a nós mesmos para tentar realizar essa idéia é muito triste.
Dado momento do livro eu achei interessante a fala em que ele diz, "O problema não é você parecer homossexual e sim você ser homossexual". Por que eu ainda vejo isso por todo lugar em que passo, em como os homossexuais afeminados são maltratados e os que não demonstram ser, (e todo mundo sabe que é) passam de boa.

E o que me pegou no final foi ele dizer que no fundo ele não fosse tão afeminado como pensava e sim possuir um corpo delicado de burguês, aprisionado no mundo da infância dele. (e eu me identifiquei muito com isso rs)
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