librianaliteraria 21/11/2021
FAVORITADO COM SUCESSO
Tenho uma confissão a fazer: eu amo livros que me deixam obcecada. Amo livros que me deixam pensando na história quando não os estou lendo. Amo livros que me fazem suspirar e me deixam com dor de barriga de tanto nervoso. E amo “Graça e Fúria” por todos esses motivos.
O livro conta, alternando capítulos, a história de duas irmãs: Serina e Nomi. Serina foi criada a vida inteira para se tornar uma graça, nome dado as esposas do rei e do futuro príncipe herdeiro. No entanto, uma reviravolta faz com que Serina seja levada para uma prisão feminina, na qual as mulheres têm de lutar entre si pela própria sobrevivência. Presa, Serina, que sempre foi ensinada a ser delicada e submissa, tem de aprender a lutar e a encontrar sua própria voz.
Por sua vez, Nomi, uma garota que questiona todas as regras absurdas e machistas da sociedade, é escolhida como uma das graças do temível príncipe herdeiro. No palácio, Nomi se vê dividida entre as atenções do príncipe herdeiro e de seu irmão mais novo, um curioso aliado que planeja ajudá-la a resgatar a irmã. Eu acredito que qualquer semelhança com “Rainha Vermelha” seja mera coincidência, mas essas semelhanças existem. O que não me incomodou tanto foi que a história de Nomi não é tão focada no triângulo amoroso (nem sei se posso chamar de triângulo amoroso, na verdade), o que acontece em “Rainha Vermelha”.
Eu amei acompanhar o desenvolvimento dessas personagens, especialmente o de Serina. Foi lindo vê-la se tornar cada vez mais forte e rebelde. Seus capítulos também me deixavam MUITO nervosa, o que fez com que largar o livro fosse impossível. Não posso deixar de dizer que Serina tem um par romântico muito fofinho. No começo fiquei com o pé atrás em relação a ela e Val, um guarda bonzinho da prisão, porque não via muita química entre os dois. Mas eles acabaram me conquistando no fim.
Os capítulos de Nomi também me deixavam MUITO nervosa (tudo nesse livro me deixava nervosa, na verdade. Era tiro atrás de tiro. Meu colete a prova de balas, porém, saiu intacto, porque todos os tiros foram na testa). Foi interessante acompanhar a nova vida de Nomi no palácio, seus planos mirabolantes e sua dificuldade em esconder um segredo comprometedor. E, claro, eu fiquei paranoica achando que um dos príncipes era malvado.
Não posso deixar de mencionar as outras personagens femininas do livro, cada uma com suas peculiaridades e força. Me identifiquei com muitas delas e me emocionei demais com seus destinos.
Minha única crítica ao livro é que, no início, eu achei tudo muito rápido e tive um pouco de dificuldade para absorver os acontecimentos. Eu também gostaria que a autora descrevesse um pouco mais algumas cenas e personagens; eu tinha dificuldade de imaginar alguns deles. Mas eu entendo que isso faz parte do estilo dela.
Por último, preciso falar que, se você gostou de “A Seleção” e “A Rainha Vermelha”, você precisa adicionar “Graça e Fúria” à sua lista.