Marjory.Vargas 12/03/2022Tá mais pra contos de fadas do que fantasia“Acho que todos cometemos erros. O que importa é não deixarmos nossos erros nos definirem.”
A obra é uma releitura de Cinderela, e se propõe a contar a história das irmãs más, então ele mantém bastante aquela aura de conto de fadas (com camundongos trazendo joias para a protagonista e a presença da fada madrinha) e muito pouco de fantasia – que era o que eu queria.
Achei que ficou um pouco mal explicado quem exatamente são os antagonistas da história. As irmãs Fate eu consegui entender quem eram e o que faziam, mas o marquês Chance... depois de quase 500 páginas não entendi exatamente quem ele era. Só sei que era imortal 😂
Apesar de levantar alguns questionamentos importantes, em vários momentos as divagações dos personagens são óbvias demais, com a inserção de cenas que estão lá só para “encherem linguiça”. Precisava mesmo toda aquela enrolação pra Isabelle salvar o Nero? Foram páginas e páginas e páginas dela tentando encontrar uma solução pra algo que, até era importante, mas não era a questão central da história. Aí foram os camundongos que trouxeram a solução kkkk
A justificativa para o vilão da história também foi bem tosca – foi uma das maiores decepções da história. Quando fica implicíto que o Chance tem culpa na história, a gente descobre que foi por causa de um jogo de cartas (oi??). E apesar de ser sempre falado que a trajetória dele estava intimamente ligada com o fim da vida da Isabelle, a autora não conseguiu criar aquela tensão pelo encontro entre os dois – tanto que quando acontece, é bem sem graça. E o fato de Cinderela não ser perfeita (sério?) também não me surpreendeu, muito menos a traição no final da história.
Em resumo, achei a história óbvia e a narrativa muito lenta. Mas, eu acho que o público é mais juvenil – pessoal da faixa dos 15 anos vai gostar rs Eu gosto de fantasias mais adultas, e Stepsister não tem uma trama, o romance é bem fraco e a parte da ação foi só nas últimas 20 ou 30 páginas.