Resenhas - Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais

Karla de Souza 16/03/2019

Quando algo é de graça, o produto é você
Embora o livro traga dez argumentos para deletar as redes sociais, dá para resumir de uma forma: essas redes vendem os dados de seus usuários para terceiros, e as consequências disso têm grande impacto negativo a nível pessoal e social.
A maioria das pessoas parece estar ciente disso, contudo, seguimos utilizando e alimentando as redes sociais. Muitos dizem: "de que importa se estão me espionando? Não tenho nada a esconder". Contudo, ninguém está interessado na sua vida pessoal (não importa o que você adquire pela internet, ou para onde vai quando pega um Uber); essas informações são interessantes apenas do ponto de vista estatístico, de forma que as empresas possam direcionar melhor os anúncios para alvos específicos. Conheço até pessoas que adoram esses anúncios personalizados, dizendo que gostam de receber um e-mail mostrando uma promoção do produto que buscavam.
O problema é quando esses dados são utilizados para manipulação de massas para fins políticos, podendo influenciar resultados de eleições e até revoluções. E para isso, as empresas vão ainda mais além, manipulando até mesmo as emoções de seus usuários (não é segredo que até mesmo a cor do Facebook é escolhida de maneira criteriosa para influenciar o humor dos usuários e mantê-los na rede).
Apesar de estar ciente de tudo isso, acredito que o livro é um tanto quanto alarmista em excesso. Lembro quando eu era criança, e na escola os professores alertavam sobre os perigos de passar muito tempo em frente à televisão (faz mal para os olhos, não acrescenta nada, nos deixa viciados, sedentários, e ainda nos faz querer coisas que não precisamos por conta das propagandas, etc). Parece que apenas o alvo do alarme mudou, de maneira um pouco mais intensa, proporcional à medida que cresce também a complexidade das tecnologias, a presença delas em nossas vidas e nosso grau de dependência disso. Mas será que é tão prejudicial assim, ou é só mais uma reação exagerada às novidades tecnológicas?
É crescente o número de obras na cultura popular tratam desse assunto, como o livro "Origem", de Dan Brown, o jogo "Detroit - Become Human" (PS4), e o famoso seriado Black Mirror. A ideia de uma inteligência artificial nos dominar enquanto espécie é cada vez mais forte. No entanto, sou da mesma opinião que os criadores de Black Mirror: as pessoas acham que o seriado é sobre os perigos da tecnologia, mas é sobre a própria natureza humana. Uma plataforma não é intrinsecamente boa ou má, mas tudo depende do uso que fazemos dela. Não nego que existe um potencial prejudicial nas redes sociais, mas a melhor arma contra isso é desenvolver o consumo consciente, a busca de informações consistentes antes de formular opiniões, a aproximação de pessoas na vida real, o desenvolvimento pessoal e a autoestima. O livro não me convence que deletar as redes sociais possa ser uma solução. É mais fácil calçar chinelos do que cobrir o mundo com tapetes.

Anderson 21/03/2019

Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais
O autor chama a atenção , para os lados ruins das redes sociais, os vicios que nos aprisionam , fala tambem , sobre a manipulação e mudança de comportamento em massa, que redes como facebook e google fazem na população mundial, venda de noticias falsas, manipulações politicas , vendas de informações , venda de nossos dados etc.
O mal não esta na tecnologia e sim como a usamos, e como as empresas a usam hoje em dia

Isa 27/03/2019

Livro muito bom e necessário para a atualidade. Um livro que todos deveriam ler. Ele pode nos tornar pessoas mais conscientes a respeito do (bom) uso das redes sociais. O quão influentes elas estão sendo para nossa vida? Será que sabemos os reais riscos e danos emocionais e psicológicos implícitos nestas redes sociais? Como nos alimentamos delas? Estamos nos nutrindo realmente bem desses conteúdos? Moderação e ceticismo são as palavras-chaves.
O conteúdo dessas redes (Facebook, Instagram, Twitter, etc), são altamente sedutores a respeito de sua dose-dependência para neles permanecermos. Além disso, o autor fala muito a respeito da falsidade que nelas reina: perfis falsos, comentários falsos, seguidores falsos... tudo para nos deixar cada vez mais frustrados, deprimidos e com sentimento de fracasso, para que a partir de todos esses males ainda tenhamos que batalhar (naufragando) até conquistar um suposto "sucesso" virtual - onde a mensagem que nos é passada de "sucesso" se refere a influenciadores digitais, modelos, investidores fictícios.
Leiam, revisem, reflitam e por fim decidam o que é melhor deletar ou continuar no meio virtual. Que sejamos cada vez mais conscientes de nossas escolhas digitais.

Vini87 11/02/2020

Necessário para a época que vivemos
Muito bom, era o que eu precisava ler no momento, e todos deveriam ler, ainda mais em época de fake news....o intuito dessa leitura para mim não era largar as redes sociais, mas sim ter um olho mais aberto sobre o assunto, sempre soube da toxicidade das redes, porém como um bom jovem de 25 anos ainda dependo delas, e como sabemos não há só maldade nelas.

Marcelo Melo 21/04/2019

Uma das ideias do livro é que nas redes sociais os usuários na verdade são os produtos.... e os verdadeiros usuários seriam as empresas que pagam para que as rede sociais manipulem as pessoas que utilizam as redes....
Livro bastante interessante...
(a propósito... eu apenas utilizo o skoob...rs)

Rafa - @espaco_dos_livros 04/08/2019

Para mim,q associou redes sociais com tecnologia leu o livro errado, pode ler de novo! O autor deixa bem claro a sua posição contra as empresas 'bummer" e não ao smartphone ou a internet, pelo contrário.
As pessoas também tem que levar em consideração que o autor fez uma análise da sociedade norte-americana que tende a ser muito sensacionalista a determinadas questões qe oue se esperar de um povo que acredita que o leite achocolatado vem de vacas marrons? (7% dos americanos acreditam nessa bobagem!! Isso pra mim é incogitável)
O livro é sensacional, passa informações muito importantes e o leitor que não parou para fazer uma autocrítica em relação a sua postura dentro das redes sociais é nitidamente um viciado que não admite seu vício. Você pode até optar por não deletar suas redes sociais, mas que pelo menos, siga a sugestão do autor de ser um gato em meio a esse ambiente nocivo; não seja adestrado, tenha controle sobre sua vida.
Leitura indispensável a todos!!!

Roger Ruiz 17/08/2019

Bom para refletir
Há pontos que nos provocam e nos fazem refletir. Senti falta de um texto mais simples para este tipo de assunto. Seria a tradução? Enfim, a leitura é válida.

Denis 17/09/2019

Um livro que te faz pensar
Um livro que pode te fazer realmente pensar em como as redes sociais estão mexendo com a nossa cabeça.

Depois de ler esse livro, e suas teorias de como somos controlados pela redes sociais, você com certeza vai parar pra pensar se o tempo que perdemos realmente é algo bom ou ruim.

Elis.Naiara 19/09/2019

Não aproveitei muito a leitura, devido eu não ser uma pessoa que gosta de usar as redes sociais como a maioria, não costumo postar tudo que faço, nem fazer comentários.
O livro fala bastante sobre como "estamos" ficando mais agressivos com as redes sociais, o que não deixo de discordar, pois basta ver as discussões que rolam na internet, onde cada um quer convencer o outro de que seu ponto de vista é o correto. Não conseguindo apenas aceitar que outras pessoas tem outra visão do assunto.

joaoaranha 21/10/2019

Profunda reflexão
Em "Dez Argumentos Para Você Deletar Agora Suas Redes Sociais", Jaron Lanier nos leva a uma reflexão profunda e, em certo modo, assustadora sobre como somos manipulados nas redes sociais, ao entender que "a base da pesquisa da verdade deve ser a capacidade de notar a nossa própria ignorância".

Ótima obra trazida pela @intrinseca - Muito recomendado.

Roberta 25/10/2019

Ele não quer que você desista da tecnologia, mas que seja alguém melhor
Jaron Lanier não escreveu o livro Dez Argumentos Para Você Deletar Agora Suas Redes Sociais para que você levante os braços e se renda em desistência diante da internet, mas para que você tome consciência do sistema no qual está inserido e assim ganhe liberdade de escolha entre aderir ou rejeitá-lo.

As redes sociais são um plano de negócio aonde você, como usuário, figura o papel de produto. Enquanto usamos e nos conectamos através de plataformas sociais gratuitas, nossos dados, comportamentos e preferências - os quais entregamos sem grandes restrições - são vigiados e colhidos para assim criar um padrão de direcionamento e manipulação para os clientes, aqueles que pagam a essas plataformas para propagar sua "mensagem".

Nesse processo somos constantemente condicionados a permanecer dentro do sistema a maior parte do nosso tempo. Somos afastados da verdade, aquela obtida através da pesquisa e experiência, e inseridos na economia da atenção, aonde não importa se é real ou não, mas se estão "engajando" ou não. As relações pessoais também são modificadas pelas manipulações das emoções, o que importa é chamar atenção, e se para conseguir isso é necessário humilhar, criticar e atacar uns aos outros, que seja.

O autor diz que deseja que o leitor se torne um gato, ou seja, um ser independente mesmo dentro dos processos manipulatórios. E para isso ele entrega dez argumentos bem construídos e algumas ações práticas, como deletar suas redes sociais (não necessariamente definitivamente) ou usar formar alternativas de comunicação, como (vejam só!) o velho e-mail (exceto o espião Gmail). Ele ainda incentiva fortemente a não consumir notícias através de feeds, mas sim no próprio site de notícia, aonde você conhecerá a linha editorial e poderá ter a acesso a integra.

O autor também deixa sua posição política bem clara no livro, diante disso você pode agir como um dos que ele chama de "babacas": se for de esquerda, aceitar tudo o que ele diz, porque, oras, ele é da sua tribo, ou colocar tudo em xeque, porque ele é esquerdista, comunista, devorador de criancinhas, e postar a sua "tão importante" opinião nas redes sociais.

Ou você pode ser portar como um ser humano, que sabe que não sabe, que sabe ouvir, se colocar no lugar do outro e absorver o útil e rejeitar aquilo que a sua cognição e experiência não consegue conciliar. Em poucas palavras, ser um ser democrático.

O que posso dizer sobre o livro, é que vale muito a pena sua leitura por esse simples processo de tomar consciência de como gira a roda da redes sociais, como você é influenciado positivamente (sim, claro que tem seu lado bom) e negativamente, como você pode se tornar um ser independente desse lado negativo e também, apesar de um leve toque alarmista em alguns pontos, é uma fonte de esperança, porque as coisas podem melhorar, pelo menos as possibilidades existem, agora como a sociedade tomará consciência e lidará com elas é a grande questão.

site: https://medium.com/oblogdaroberta/ele-n%C3%A3o-quer-que-voc%C3%AA-desista-da-tecnologia-mas-que-seja-algu%C3%A9m-melh-51b9c2f40a3b

Marina 19/05/2024

Interessante e um pouco assustador
Comecei a ler esse livro porque me interessei sobre dependência digital, mas penso que o livro não é bem sobre isso.

Em 10 argumentos, o autor nos mostra como as redes sociais nos influenciam e dominam, o que pode ser até um pouco assustador. Então, não é sobre o vício e sim sobre o impacto das redes sociais em nós, nossas amizades, nossa comunidade, economia e política.

Muito bom!

Rubens Caló 07/01/2020

O livro descreve de maneira um pouco outorgada o quanto devemos nos livrar de tudo que foi construído e provém do Vale do Silício. De fato a consumação de informação idiota e ser levado de maneia acéfala a compras não necessárias, videos e trocas de informações pobres é um grande problema, mas nada ao extremo é bem vindo no cotidiano. O autor por ter vivido e deter o conhecimento sobre algorítimos nos mostra uma realidade que é verdade mas não como um todo. Vale como alerta, mas não ao pé da letra.

O legal é entender um pouco melhor a sociedade do Vale do Silício e ganhar em conhecimento de como funciona o nosso presente e com certeza futuro mundo de programações.

tinaventuri 15/01/2020

Necessário
Todos deveriam ter acesso à este tipo de leitura para entender o quanto somos manipulados todos os dias. Podemos trazer vários dos acontecimentos (os que ocorreram nos EUA no livro) para nosso Brasil varonil.
Houve uma época em que diziam que a tv "estragou" gerações...mas nada é tão ruim que não possa piorar.

Obs.: Excluí Facebook e Instagram antes de ler o livro.

site: http://jardimvalentina.wordpress.com

Aline 28/01/2020

Esse livro veio a calhar pra mim nesse momento. Na realidade, sair das redes sociais sempre foi o meu objetivo de vida (a criança aqui arruma encrenca nas redes desde a época dos fóruns, antes do Orkut). Ainda não realizei esse sonho completamente, mas agora consigo fazer pausar de semanas e isso já é um avanço.

Para falar desse livro, eu preciso sentar um pouco e refletir aqui na minha escrivaninha. É muito complexo esse assunto e merece um pouco mais de respaldo argumentativo. Vou tentar ser sucinta o máximo que eu puder. Sobre o autor vale dizer que ele me passou a impressão de ser alarmista e sentir um pouco de mágoa do mundo e da sociedade hoje (tudo bem se você quiser odiar o Trump, mas me espantou o fato dele repetir isso diversas vezes, acredito que outros políticos tenham se aproveitado de fake news também). Eu não sei o motivo dele ter saído do Vale do Silício, mas de fato, acredito que ele criou o Frankenstein e hoje se arrepende amargamente.

Eu concordo que as redes sociais podem te proporcionar um comportamento de "manada e alcatéia". Já presenciei isso diversas vezes. Sim, você pode se tornar um babaca e pode lhe faltar empatia. Acredito que o anonimato te traga coragem pra isso, para despertar um "modo desabafo" onde você desconta os seus problemas em pessoas inocentes. Sim, você pode ser influenciado e sim, os algorítimos estão inteligentes. Mas acredito que as redes também proporcionaram uma outra visão de mundo e deram voz á aqueles que antes não tinham.

Será que o mundo só precisa ter uma única voz? Será que nossa visão estava certa apenas quando concordávamos com a maioria? Eu entendo quando o autor fala que isso saiu de controle. A rapidez da internet por si só prejudica o andamento da vida real e sim os jovens, são os maiores sofredores disso. Acreditem, nós já vivemos sem celulares e tudo funcionava bem como sempre.

Apesar do alarmismo como eu citei anteriormente, o livro é recomendável, principalmente quando me faz refletir do quanto as pessoas não estão conseguindo mais olhar para cima hoje.