Resenhas - O Retrato de Dorian Gray

Dri 21/01/2022

Incomparável
Não foi uma leitura fácil. Odiei Henry desde o início por sua filosofia extremamente egoísta, hedonista e imoral. No fim, eu já havia aprendido a rir de tantos absurdos. Logo no início também percebi que o quadro mostrava a degradação da alma de Dorian e não do corpo, como eu pensava até então. Não é o tipo de história que gosto de ler, mas a genialidade do escritor é indiscutível. Aqui você verá a decadência da alma humana narrada por Henry e vivida por Dorian. E o pintor, Basil, no meio de toda essa loucura. Recomendadissimo, principalmente para os iniciantes no mundo dos clássicos, que não querem começar com um calhamaço de 800 páginas.

talesmorales 02/09/2022

O egocentrismo em sua pior forma
Acredito que o ponto forte do livro é enfatizar o fato de que pessoas são facilmente corrompidas, e o que mudará o destino dessa pessoa, será como ela age em resposta a isso.
O livro trata de um menino muito bonito Dorian Gray, que ao ver seu retrato, fica maravilhado com sua própria beleza, e navega a partir de seus sentimentos, que se tratam da valorização do superficial, ou seja de sua aparência e dos prazeres físicos e supérfluos que a vida proporciona.
Uma coisa muito importante do livro é a imperfeição do caráter do personagem, que ao amadurecer da pior forma possível(se tornando cada vez mais egoísta e narcisista) seu retrato se torna cada vez mais feio, enrugado, sujo, estropiado, enquanto ele, preserva sua juventude e beleza.
?A tragédia da idade avançada não é sermos velhos, mas termos sido jovens? uma frase do livro que reflete um pensamento cada vez mais atual e recorrente no cenário em que vivemos hoje.
?O retrato de Dorian Gray? é uma leitura que fornece aprendizado e muitas vezes autoconhecimento, e acredito que todos podem ler e tirar algo de acordo com seu ponto de vista.

Tami 07/08/2009

A história é, sem dúvida, muito interessante e faz o livro ser daqueles que só de ler o título a gente lembra de tudo, mesmo depois de muito tempo.

Porém a escrita é muito cansativa. Existem partes do livro que simplesmente parece que não vão acabar nunca. Parágrafos que a gente se pega lendo umas três vezes porque não consegue se concentrar.

Só vale as estrelas porque a idéia da história é boa.

Talita | @gosteilogoindico 24/04/2022

Vale tudo pela juventude e beleza?
Estou boquiaberta com essa leitura.
Surpreendente o que o autor nos revela nessas 260 páginas. O prefácio já é algo impactante, e a leitura então....
Simplesmente favoritado!

Rosangela Max 10/02/2021

Maravilhoso!
Sem palavras para descrever este romance incrível de Oscar Wilde.
Cheio de sensibilidade, delicadeza e, ao mesmo tempo, com uma clareza admirável das facetas humanas.

ana 12/02/2021

uau
henry é certamente meu personagem favorito do livro (execto pela aversão que ele me causa todas as vezes que fala de uma mulher) acho ele inteligente e com uma visão interessante do mundo consigo compreender perfeitamente porque dorian se deixou influenciar, falando em dorian não sei muito o que pensar sobre ele, é uma pessoa ruim de certo mas ele só passou a ser ruim quando foi corrompido (no caso, por henry) se não esse fato tivesse ocorrido ele poderia ser uma pessoa diferente? Ele ainda poderia ser aquele dorian que basil tanto cultuava? Inclusive, pobre basil...

( tem uma frase que henry diz " influenciar alguem é dar-lhe sua propria alma" e dorian se influenciou por ele,seria o quadro um reflexo da alma de ambos? De dorian e de henry? Apesar dele não ter feito as coisas que dorian fez sinto os dois como pessoas gêmeas de alma, mas enfim só um questionamento )

anotei muuitas frases do livro a maioria ditas por henry que me fizeram parar de ler pra refletir o que queria dizer, enfim tenho certeza que lerei denovo e talvez absorva melhor a história da próxima vez :)

Nathaly 15/01/2014

O espelho da alma de um homem
Confesso que comecei o livro sem muitas pretensões. Nem havia lido nenhuma resenha ou resumo e apenas sabia o enredo por alto.

Apaixonei-me já no início,não pelo Dorian Gray, mas pelo livro em sí. Houve tantas emoções durante a leitura que até agora, minutos após terminála, não consigo definir o que sinto por Dorian. Eu o entendo e acho que qualquer um entenderia sua prece ou sua ânsia por permanecer jovem, por querer continuar a ocupar o cargo de obra-prima fora de telas. Afinal, quem que possuísse o poder do dinheiro e da beleza, como Dorian, não gostaria de ao menos retardar o envelhecimento? O unico problema foi a forma com que Dorian se aproveitou disso. Influenciado pelos argumentos de henry.

Senti a mesma paixão de Basil por sua obra e corroí-me de pena por sua morte. Basil não era responsável pela prece de Dorian, muito menos por esta ter se realizado.

Acho que o real responsável, direto ou indiretamente, seja o Henry e toda a sua arrogância com que pronunciava seus argumentos infalíveis na influencia contra Dorian. Henry falava dos assuntos como alguém que se interessa sobre os mesmos, no entanto estes pareciam não lhe interessar nem um pouco. Com todo seu desdém Henry torna-se o personagem mais atuante, mais manipulador em relação a toda historia e talvez o personagem mais interessante.

Ao final, Dorian se suicida ao tentar matar o espelho de sua alma. E o quadro, causador de tantas mortes, vou a ser apenas um quadro na parede de uma sala suja.

adrianlendo 09/01/2022

'O Retrato de Dorian Gray', em sua edição mais conhecida, foi publicado em 1891. A sua publicação em livro veio após uma primeira edição nas páginas da revista Lippincott's, que, mesmo já sendo censurada durante sua publicação em 1890 acabou repercutindo nos Estados Unidos e na Inglaterra e serviu como peça fundamental na acusação do autor em um processo de "flagrante indecência" a respeito do caso do autor com o lorde Alfred Douglas.

Oscar Wilde foi condenado em 1895, depois de já haver publicado uma edição revisada e expandida do seu romance, retirando a maioria das insinuações de um romance entre dois homens. A primeira edição foi reencontrada e republicada por Nicholas Frankel em 2011, mais de 120 anos depois. Eu li as duas edições e vim aqui falar minha opinião sobre elas.

Acredito que é muito importante que as duas edições tenham sido mantidas. De alguma forma, Wilde escolheu publicar ambas e é importante entender como o que acontecia em sua vida pessoal acabava por afetar a forma como o autor escolheu demonstrar os sentimentos de Basil por Dorian, por mais triste que seja.

Dito isso, não entendo como a versão expandida sobreviveu tanto tempo. Enquanto os 13 capítulos da primeira edição parecem ser perfeitos para fechar a história como um todo, os 7 capítulos extras da segunda edição são intragáveis. Eles inserem uma nova trama que não altera em nada a principal, só a deixam mais enrolada e transformam o final impactante em algo comum, além de serem extremamente misóginos e ainda mais eurocentrados que os que já estavam no livro anteriormente.

Não entendo porque escrever capítulos focados em uma pessoa que vai morrer no capítulo seguinte e mkuito menos o motivo de focar na família dela. Também não sei porque inserir capítulos inteiros sobre jantares beirando a xenofobia que só servem apara afirmar a heterossexualidade do Dorian.

Entendo porque o autor optou por mudar a forma como ele denomina os sentimentos de Basil por Dorian, mesmo que nas entrelinhas ainda desse para perceber que um era apaixonado pelo outro. A narrativa mais poética só serviu para enganar velhos conservadores e eu amei!!! Assim como passei a amar a história a partir de quando o foco passou a ser o retrato e o insuportável do Harry passou a aparecer menos.

Eu recomendo a leitura das duas edições para fins de estudo, mas, se for unicamente por prazer, recomendo a leitura apenas da versão resgatada em 2011. A edição de 1891 não faz jus algum à genialidade de Wilde em seu único romance.

Ana Carolina Wagner 16/09/2020

TAGARELICES DA CAROL
“Não existe livro moral ou imoral. Livros são bem escritos ou mal escritos. Isso é tudo.”

O retrato de Dorian Gray, um dos grandes clássicos da literatura mundial, é o único romance escrito por Oscar Wilde. Mas você sabia que existem duas versões dessa obra? Inicialmente publicado como uma história periódica em uma revista inglesa em 1890, a narrativa foi fortemente editada e censurada antes de ser compilada em um livro em 1891. Cerca de 500 palavras foram simplesmente excluídas da obra e ainda assim, ofendeu a falsa sensibilidade moral dos críticos literários britânicos.

Aqui temos a história de Dorian Gray, que em nome das aparências se corrompe e faz um pacto para ser belo para sempre. O livro é carregado de homoafetividade e tem relação íntima com a biografia do próprio autor. Wilde era homossexual, o que, na Inglaterra do final de século XIX, era algo criminoso. Além de ser moralmente condenável, também era algo equivalente a um assassinato. Em 1895, foi preso e negou sistematicamente todas as acusações até que provas irrefutáveis fizeram com que ele tomasse defesa do amor que praticava. Eu sua defesa, Wilde respondeu com o seguinte discurso:

“Esse amor é a grande afeição de um homem mais velho por um homem mais jovem, como aquela que houve entre Davi e Jônatas, o amor que Platão tornou a base de sua filosofia, o amor que se pode achar nos sonetos de Miguel Ângelo e Shakespeare. Tal amor é tão mal compreendido neste século que se admite descrevê-lo como o ‘amor que não ousa dizer seu nome’. Ele é bonito, é bom, é a mais nobre forma de afeição. Não há nada nele que seja antinatural. Ele é intelectual, e repetidamente tem existido entre um homem mais velho e um homem mais novo, quando o mais velho tem o intelecto e o mais jovem tem toda a alegria, a esperança e o encanto da vida à sua frente. O mundo não compreende que seja assim. Zomba dele e às vezes, por causa dele, coloca alguém no pelourinho.”

“Definir é limitar-se”

site: https://www.instagram.com/tagarelicesdacarol/

breno 09/10/2020

Talented, brilliant, incredible, amazing, show stopping, spectacular, never the same, totally unique, completely not ever been done before, unafraid to reference or not reference, put it in a blender, shit on it, vomit on it, eat it, give birth to it
Eu amei esse livro em vários sentidos; Mas o que eu mais amei, além da historia em si, foram os personagens (principalmente o Henry) e todas as ideias e reflexões mostradas no livro.

Eu tenho certeza que num futuro nao tão distante vou querer reler, mas com certeza vou atrás da versão sem censura (pq descobri que a edição que eu li da Penguin eh a versão "polida").

Leiam Dorian Gray e sejam "envenenados" por Oscar Wilde como Dorian foi envenenado pelo livro do Henry.

Lari 25/07/2019

ótimo
GENTE QUE FINAL FOI ESSE?
Dorian Gray é um menino lindo, que conhece lorde Henry, amigo de um amigo. Assim, eles se aproximam logo no início do livro, com lorde Henry exercendo uma grande influência sobre Dorian. Dessa forma, ele mostra a "realidade" sobre a beleza: deve ser mantida. Além disso, leva Dorian a mudar completamente seus atos, passando de um jovem puro para depois, no final do livro, se tornar um pecador, cometendo inclusive assassinatos. Mas o que é mais interessante é que Dorian, por ser muito bonito, é pintado por seu amigo Basil, e faz uma prece para que aquela pintura envelheça e ele não, e acaba que essa prece se torna verdade.
Por fim, quando Dorian resolve rasgar a pintura, a velhice e os pecados cometidos por ele que estavam estampados na pintura voltam para seu corpo físico, enquanto o retrato se mantém imaculado, e assim ele morre. Quando ele rasga o retrato, ele mata a si próprio.
Uma observação que eu fiz foi a eloquência com que lorde Henry fala e manipula Dorian. Pessoas que falam bonito nos fazem acreditar em coisas que talvez são contra nossa própria moral, mas que acabam nos modificando.
O narcisismo também retratado no livro é um evento interessante, que ocorre ainda hoje, e é basicamente o que move Dorian Gray. A opulência, a beleza e os sentidos.
É uma leitura fácil e rápida, o enredo nos prende pois os capítulos terminam em cenas-chave, que você se pergunta o que vai acontecer a seguir.
Por fim, por causa do seu narcisismo, Dorian perde todas as pessoas a quem se interessava (exceto Lorde Henry) ou leva essas pessoas para o mau caminho, fazendo com que elas se suicidassem ou caíssem na imoralidade.

Gabriel 05/04/2021

"arte pela arte"
Por mais que o livro se inicie com o autor se isentando de qualquer interpretação que o leitor posse tirar da obra, é im possível não ouvir o audível conselho de Lorde Henry e fazer o completo contrário. Analisando cada diálogo e pensamento e tentando tirar alguma lição moral.
O livro é composto por três protagonistas, com foco em um deles, Dorian que é um jovem de grande beleza e inocência, tudo o que é desejável na alta sociedade de Londres do século XIX. Basil, que é o responsável pelo retrato de Dorian e Lorde Henry, responsável pela corrupção do mesmo. Basil e Henry servem como o anjo e o demônio no ombro do protagonista principal.
O livro aborda bastante sobre vaidade e a superficialidade da vida, uma vez que a trama gira em torno do desejo de Dorian de se manter jovem e belo para sempre.

juderezende 18/07/2022

Mais uma decepção
Tentei não ir com muita sede ao pote, mas não teve jeito: O Retrato de Dorian Gray me decepcionou. E muito.
Não acredito que seja pela história. Longe de mim querer dizer que a ideia de Oscar Wilde foi ruim. É de uma baita genialidade, sem duvidas. Só achei que a escrita do autor comprometeu o desenrolar da história, limitou os acontecimentos. As coisas aconteceram mais nas entrelinhas do que de forma direta. Não é ruim a ideia do subjetivo, mas deve ser dosado.
Com relação aos personagens, você não consegue se apegar a nenhum (o único que eu me apeguei, morreu). Todos eles, não só o Gray, são fúteis e sem profundidade. Irritantes. Alguns muitos desnecessários, até. O próprio Dorian Gray, no começo, não tem voz e presença, e quando passa a ter, é de um jeito tão odioso que preferia que ele tivesse permanecido o boneco de Olinda do começo. Eu sei, essa foi a proposta do autor ao criar o personagem. Mas não sou obrigada a gostar.
Enfim, O Retrato de Dorian Gray é daqueles livros que promete tudo e não entrega nada.

lazybunny3 18/02/2022

eu acabei de descobrir que li a versão censurada não tô nada bem
muito bom o livro realmente não tenho o que falar, ele é bem reflexivo, acho que é um dos meus favoritos e esse final foi diferente do filme mas fazer oque ne?

eu queria muito saber como o Harry ficou assim, com essa personalidade?? quando eu morrer pergunto pro Oscar Wilde

Fran.5s 08/04/2020

Um clássico para refletir
O Retrato de Dorian Gray se trata de um clássico da literatura inglesa. A história se passa na era vitoriana, quando a sociedade ainda era extremamente conservadora. Oscar critica nessa obra vários valores e ideias da época.

Um livro original, profundo e reflexivo. Wilde apresenta, de maneira brilhante, as faces de Dorian Gray, um jovem puro que tem sua alma corrompida sob influência de um amigo libertino. O livro traz reflexões acerca do imprevisível comportamento humano, da valorização da aparência e de questões morais. Não é um livro fácil ou divertido de se ler, ele nos fazer pensar sobre a vida, sobre nossas ações e valores.