Admirável mundo novo

Admirável mundo novo Aldous Huxley




Resenhas - Admirável Mundo Novo


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Natália Tomazeli 11/03/2018

Cada um pertence a todos
"Se uma pessoa é diferente, é fatal que se torne solitária."

Admirável Mundo Novo está em todo o lugar. Você provavelmente ainda não notou isso, mas está sim. Porque esse foi um livro que serviu de base/inspiração para TANTA, mas tanta coisa, que eu podia fazer aqui um lista com 10 coisas (filmes, músicas, livros, palestras, séries) que referenciam esta obra.
Eu mesma fui notar que esta obra existia, faz relativamente pouco tempo, mais especificamente quando li 1984, de George Orwel. O autor se inspirou na obra de Huxley para fazer seu livro, e arisco a dizer que na verdade todas as distopias beberam um pouquinho da fonte de Admirável Mundo Novo.

Ao contrário de 1984, onde a gente tem uma sociedade construída no estilo Coréia do Norte, nesta nós temos uma coisa mais na vibe da ficção científica, onde as coisas já são pré-estabelecidas por meio da tecnologia, onde todo mundo é condicionado geneticamente dentro de laboratório. Apesar do autor levantar diversos questionamentos importantíssimos durante a história, cheguei a conclusão de que não consegui gostar do livro de fato. Fiquei querendo abandonar a leitura em muitas partes. Muito também do meu descontentamento, veio da narrativa do autor. Não tem como explicar, mas não é agradável nem dinâmica. Eu ia lendo e só ia perdendo mais e mais o interesse na trama, o que é ruim demais, já que esse é aquele tipo de livro cheio de elementos e que você precisa entender as coisas novas que o autor colocou ali. Aí, eu tinha que voltar na leitura o tempo todo, o que tornava tudo ainda mais entediante, e se eu por acaso desistisse e tentasse prosseguir, não entendia bulhufas, o que me obrigava a sempre ficar voltando e voltando. Fica inclusive aqui eleito esse o livro mais cansativo que eu li nesse ano, e uns dos mais cansativos da vida, infelizmente.

Mas vale a leitura? Na minha opinião, vale, mas com ressalvas. Sinto que eu deveria ter lido antes as obras de Shakespeare antes de ter pego esse para ler, porque tem MUITA menção a ele no livro, e sinto que eu teria tirado mais proveito se já tivesse vindo com esta bagagem literária, o que eu recomendaria para outras pessoas também, porque parecia que eu ficava perdendo muita coisa durante a leitura. Outra coisa é o fato de que, como este é um livro de distopia, é interessante já ir ler sabendo disso, pra não se perder com a trama.

Mesmo com todos os problemas, esse é aquele tipo de livro que a pessoa precisa reconhecer o mérito e tentar focar nas coisas mais icônicas, porque se não fosse ele talvez não existisse muita coisa daora que tem hoje.
Talvez também seja aquele tipo de livro que a pessoa tem que ler num momento certo na vida, onde ela já tem maturidade literária suficiente para captar a essência e absorver as coisas, senão acaba se tornando tudo bullshit, e provavelmente esse possa ser meu caso, enfim, sei lá se deu para entender rsrsrs

Por último, se você tem essa edição roxinha da "Bilioteca Azul", ignora esse prefácio e lê ele só no final, porque além dele conter spoilers, ele tá muito mais para um posfácio, nem sei porque colocaram ele aqui no início, socorro!

"Pane no sistema, alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mas lá vem eles novamente e eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste e viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, digaaaaaa"
Jess 11/03/2018minha estante
Poxa, teu comentário me abriu um universo muito grande. Obrigada!
Comprei esse livro recentemente e tava doida pra ler logo, mas com as referências a Shakspeare (e provavelmente outros) vou deixar guardado no pra uma próxima vez.


Natália Tomazeli 11/03/2018minha estante
Ahh, imagina, de nada hueheuhe
Boa leitura futuramente :)


Miguel 04/04/2018minha estante
Tbm achei esse prefácio com cara de posfácio.


Natália Tomazeli 05/04/2018minha estante
Eu não sei quem teve a ideia de colocar ele no início, muito ruim


Cris 03/07/2018minha estante
Amei sua resenha! Este livro foi muito complicado de ler, a história ´interessante, mas a narrativa é bem monótona.


Natália Tomazeli 26/12/2018minha estante
É Cris, realmente a narrativa não é uma das melhores :/




André 08/03/2020

Prefiro ser eu mesmo; eu mesmo e desagradável. E não outro, por mais alegre que seja.
"Close this mind, dull this brain. Messiah before his fall. What you see is not real, those who know will not tell. All is lost, sold your souls to this brave new world"

Assim como para qualquer apreciador da Donzela de Ferro e conhecedor, em algum nível, do idioma inglês, também para mim "Admirável Mundo Novo" há muito soa familiar. E conquanto estejam longe os dias em que tomei ciência da existência de um livro com esse título, o interesse pela obra de Huxley apenas recentemente exsurgiu para mim. Assim sendo, e posto que, invariavelmente, esse tipo de tema me causa certa aflição, era hora de enfrentá-lo e conferir se a canção que saía da boca de Bruce Dickinson guardava correlação com a obra de Huxley.

Ainda falando mais de música que do livro, há uma do Raul que diz: "Ao meu lado um dicionário cheio de palavras que eu sei que nunca vou usar". Inobstante apreciação da minha parte com as músicas do cantor baiano — com essa, de modo especial — imprescinde consentir que o livro tem orações bem escritas e é cheinho de palavras que aparecerem rara ou pelo menos não tão frequentemente em nossas vidas, as quais podem nos fazer recorrer ao dicionário para uma perfeita interpretação do que é dito, e isto é uma coisa boa. Escusas, Raul.

Tratando especificamente da obra, pode-se obter, como corolário do parágrafo que a este antecede, a ideia de que o livro caiu bem em minhas graças. Não é verdade. O livro de Huxley não é uma maravilha. Os personagens, mesmos os protagonistas, embora possuam alguma subjetividade, são rasos. O início é maçante; muita informação (que talvez seja necessária); o pano de fundo só depois de muitas páginas ocupa seu (devido) lugar de pano de fundo e dá finalmente espaço para o enredo principal se desenvolver. Esse início arrastado foi o maior ponto negativo do livro para mim.

Ademais, é certo que a sociedade futurista já subserviente apresentada em Admirável Mundo Novo muito provavelmente seria passível do controle e condicionamento estatal por Huxley imaginado. No entanto, como distopia, 1984 é muito mais convincente. A tirania benévola e imperceptível de Huxley precisaria de uma primeira fase, esta mais parecida com a de Orwell. Controle através da força e da tortura: o medo da repressão como instrumento de controle. Não consigo imaginar a sociedade não se sublevar ao processo bokanovsky ou à implementação de um sistema de hipnose que, nas crianças, durante o sono, tivesse como objetivo arraigar, desde os primeiros dias de vida, noção de vulgaridade e repugnância aos conceitos de família, amor, pai ou mãe, ou mesmo monogamia, por exemplo. Estou me referindo àqueles nascidos antes da hipnopedia e não bokanovskyzados e que estariam, de forma inerte, vendo tudo isso entrar em prática.

Na mesma esteira, os que vão pelas páginas de Admirável Mundo Novo deparar-se-ão com a estrambólica ideia de que, para as pessoas dessa civilização, ser promíscuo é um dos aspectos de conformidade com a boa conduta. Tal-qualmente inimaginável para mim. Porquanto a noção do que se enquadra ou não no conceito de promiscuidade evidentemente muda com a evolução da sociedade, mas o mesmo não se observa quanto ao viés depreciativo da qualidade do que é ser promíscuo. Explico: nossos costumes contemporâneos obviamente soariam reprováveis aos olhos de um vivente do século XVII, por exemplo, mas nós não vemos assim. Nenhum contemporâneo nosso, e assim, certamente, praticante de atos censuráveis ou de costumes dignos de repreensão aos olhos de um hipotético observador anacrônico, este de habitude completamente obsoleta, aceitaria o rótulo de promíscuo como forma de virtualidade, vez que, esses atos e costumes praticados pelo nosso contemporâneo estariam enquadrados no comportamento usual de toda a sociedade.

Outrossim, ao meu ver, há um contrassenso a um dos principais princípios dessa sociedade futurista: cada um pertence a todos. Nessa sociedade o sexo é estimulado desde a infância, e ficar apenas com um parceiro é tido como algo retrógrado e reprovável. Isto posto, e se não há direitos e garantias individuais e cada um realmente pertence a todos, por que Bernard Marx (bem sugestivo) precisaria do consentimento de Lenina para dormir com ela?

Em outra mão, é notória a preocupação do autor com a obsessão que estados totalitários precisariam ter para criar um eficiente sistema de controle, possibilitando a verdadeira e ideal manipulação de toda a sociedade . Estranhamente, Huxley não explorou o uso da propaganda como instrumento de manutenção do sistema, ou talvez eu apenas não me lembre disso, mas o fez com relação à ciência.

Nesse sentido, insta destacar que as predições de Huxley, algumas delas, fazem muito sentido do ponto de vista lógico, e outras, não para nosso contentamento, da simples constatação de circunstâncias em que vivemos. Tratando destas, analisemos:

"[...] gosto da ciência. Mas a verdade é uma ameaça, a ciência é um perigo público. Ela é tão perigosa hoje quanto foi benfazeja no passado. [...]. Por isso limitamos com tanto cuidado o círculo das pesquisas [...]. Nós permitimos apenas que ela se ocupe de problemas mais imediatos do momento. Todas as demais pesquisas são ativamente desestimuladas". pp. 272 e 273.

É fato que, nos dias atuais, professores e estudiosos de diversas áreas são acossados se têm seus nomes ligados a pesquisas contrárias ao apregoado pela ciência tradicional. Há cientistas, por exemplo, pró vacinas que, mesmo defendendo a importância destas, enfrentam dificuldades em arrecadar fundos para futuras pesquisas ou em publicar um artigo em uma revista científica depois que, em algum momento, defenderam, com base em seus estudos, que o modus operandi mais seguro seria a aplicação de vacinas com intervalos de tempo maiores entre as doses dos que os costumeiramente praticados. Na mesma mão, há também especialistas que defendem que as mudanças climáticas não têm como causa os hábitos humanos, assim, consequentemente, acabam acossados de diversas formas.

Prescinde entrar no mérito destas ou de outras questões científicas para constatar que a perseguição moral e o intuito de combalir financeiramente estudiosos que, no todo ou em parte, não estão de acordo com a existência de fatos reputados como inquestionáveis pela ciência convencional já se enquadrada nas palavras de Huxley: "Todas as demais pesquisas são ativamente desestimuladas." A ciência não deve ser um dogma, uma vez que ciência é constatação da realidade, não de fé. Deve estar solidificada no empirismo, não na chacota de pesquisadores ou na intimidação dos financiadores desses pesquisadores. Como consequência de algumas particularidades que tem havido nesse sentido, gera-se nas pessoas uma sensação (às vezes percepção) de que algo delas tem se tentado esconder, o que enseja algumas teorias verdadeiramente excêntricas e infundadas, como boicotes à vacinas, terra plana, etc. Alguém poderia somar também aquecimento global aqui, mas eu não.

Finalmente voltando à música do Iron Maiden, esta bem poderia se cuidar meramente de casualidade. Inclusive foi o que eu pensei lá atrás. Agora, a julgar por alguns trechos da música e pela capa do disco de mesmo nome (refiro-me à cidade futurista, não ao Eddie), e depois de explorar o livro de Aldous Huxley, resta evidente não se tratar apenas de coincidência. É sim referência de ingleses à obra de ingleses.

Por fim, levando em conta a grandiosidade com que a obra é anunciada, eu honestamente esperava mais. Quando li minha primeira distopia, 1984, foi uma página pedindo outra desde o início e, quando ela chegou ao fim, tive a frustração que só alguns livros são capazes de deixar. Admirável Mundo Novo, a despeito de ser um livro para refletir, pelo menos para mim, não foi uma leitura prazerosa. Sim, ele é muito interessante; tem muitas metáforas como o soma e o pão e circo, como o álcool acidentalmente posto no pseudossangue de Bernard e a capacidade de fazermo-nos irromper em ideias que certas vezes só o devaneio causado pelo álcool pode induzir, entre algumas outras. O livro tem seu valor, e eu preciso anuir, sem prejuízo das minhas ressalvas, com isso.
Adriana 26/04/2020minha estante
Já pode ser colunista! Me surpreendi com as alusões feitas ao correr do texto, e gostei ainda mais da síntese e coesão da opinião final.


André 28/04/2020minha estante
hahaha eu buguei pois você disse ter gostado da do éramos e curtiu e comentou a do admirável, mas obg de qqr forma =) judalesca!


Adriana 01/05/2020minha estante
Só falei verdades! Devia fazer mais resenhas em vez de dormir tanto! ?


André 03/05/2020minha estante
ta lokona amiga? kkkkkkkk durmo mto pouco. isso sim!!!!!!!!!!!!!! (só pra comprovar que pomos mais exclamações, interrogações e reticências conforme vamos ficando com mais idade........) entendeu?????? primeiramente, se um dia eu puder, quero dormir tudo que tenho de sono atrasado, que em meses deve dar uns vinte e seis bem dormidos. Segundamente, pretendo fazer mais resenhas conforme eu tenha tempo, preciso treinar minha escrita, agora, eu mal tenho tempo de ler meus livros ou de entrar aqui sossegadamente =/ e eu durmo muito???????????????? kkkkkkkk mas obg msm. que bom que gostou =*


Adriana 03/05/2020minha estante
Amiga, eu estava sendo irônica!! Tudo o que você não faz é dormir muito! Com o passar dos anos as pessoas tendem não entender ironias também? Hahahahah... Os bons tempos estão chegando! ?


André 05/05/2020minha estante
"Aah bom!" kkkk honestamente não fui capaz de constatar, mas achei estranho. Vc longe aí, sei lá.




Tiago.Guedes 11/01/2024

Controlados
"Ao adentrar o 'Admirável Mundo Novo', de Aldous Huxley, experimentei uma inquietante jornada rumo à distopia. A trama, mergulhada em controle totalitário e manipulação genética, instigou-me a refletir sobre os limites éticos da ciência e a fragilidade da liberdade individual. Uma obra provocante e atemporal."
Henrique Sanches 13/01/2024minha estante
Muito provocante mesmo... você gosta de distopias?


Tiago.Guedes 15/01/2024minha estante
Sim, gostei de Laranja Mecanica e Necromancer está na lista, assim como 1984. Muito bons, apesar de todos serem uma leitura que necessita está no clima, pois eles lhe provacam muito.


Abelita.Azevedo 16/01/2024minha estante
Eu acabei de ler e tô ?
Amo distopias e fiquei curiosa pra ler Necromancer, laranja mecânica eu gosto demais

O final de AMN me pegou demais
Nossa que ódio kakaka


Tiago.Guedes 16/01/2024minha estante
Kkk verdade, né pegou também. Laranja mecânica vai é bom, mas a linguagem Nadsat complica um pouco de início.


Abelita.Azevedo 17/01/2024minha estante
Verdade o dialeto deixa a gente meio confuso
É um livro que sempre uso pra sair de ressacas literárias
Então já li umas 3 vezes
É uma leitura ótima, apesar de odiar o Alex kakaka




Rômullo 05/03/2010

Admirável ou Abominável Mundo Novo ?
Imagine uma sociedade treinada. Completamente organizada. Onde todas as instituições que conhecemos (Família, casamento, amor, fé, Deus) simplesmente não existissem. Não haveria vontade livre ou escolhas, abolidas pelo pré-condicionamento; a servidão seria algo aceitável devido a doses regulares de felicidade química (através de uma droga chamada "soma"); ortodoxias e ideologias seriam ministradas em cursos durante o sono. Desde pequeninos, talvez até como clones, seríamos condicionados a ter um estilo de vida funcional e que se adequasse ao meio. Seríamos dividos previamente em castas superiores ou inferiores, ou seja, classes sociais.

Esse é o retrato do "Mundo Novo", da obra de Huxley. Ou seria da sociedade atual?

Não é a nossa sociedade tão consumista e manipuladora quanto a de Huxley? Não são os nossos meios midiáticos que procuram destruir essas 'instituições'? As nossas escolhas e nosso raciocínio crítico não estão sendo tirados dia após dia? Muitos já tomam o "soma" (o que é 'soma' senão o ópio do povo, os shoppings, e por que não dizer o álcool, a maconha, LSD, o crack ? As semelhanças são muitas.

No entanto, o "Mundo Novo" se aproxima também da perfeição: o Estado tenta garantir o Bem-Estar da população, não há doenças, guerras, fome, não há disputas por amor (você teria a mulher/homem que quisesse), ninguém fica velho (tanto fisicamente quanto intelectualmente).

Se lhe fosse dada a escolha, o que você optaria: nossa sociedade, cheia de defeitos, injustiças, e tudo mais que há de ruim, ou uma sociedade planejada, voltada para o "bem estar social", onde o todo é o que importa, e as particularidade são suprimidas?

Realmente, é difícil de responder. Toda essa perfeição do Mundo Novo tem seu preço. Em troca da felicidade, a supressão da verdade, da ciência. As pessoas deixariam de ser seres humanos e passariam a ser máquinas superepecializadas. A vida individual, uma das coisas mais valiosas que o homem conquistou com o processo evolutivo, seria anulada pela vida coletiva (nada que lembre o socialismo...).

Mas onde está o problema? Talvez o preço da verdade não seria tão caro se a fome, a miséria, as guerras, injustiça fossem abolidas da face da Terra. Que importa sabermos que a Terra é redonda? Que importa conhecermos a complexidade da Filosofia? Que importa tudo isso, se a felicidade é algo distante para uma grande parcela da população? Valeria a pena trocar o conhecimento pela felicidade?

Um certo filósofo disse uma vez que "feliz é aquele que vive na ignorância"...

A escolha é nossa!

"O Homem ainda faz parte da Natureza. Ele não pode anulá-la, pois ela vive dentro dele próprio. Ele ainda pode voltar a ser o que era antes de se "destacar" de seus "irmãos", se é que chegou a ser alguma coisa."

"Quando as portas da percepção forem abertas, todas as coisas surgirão diante do homem como verdadeiramente são: infinitas."

Aldous Huxley
Talassa 05/03/2010minha estante
Texto muito bom.

Só tenho que discordar em duas coisas. rs



Primeira, acredito que as drogas atuais estão longe de ser aquelas quimicas que você citou (alcool, maconha e cia). A meu ver, as drogas muito mais incisivas na população são: o consumo, o poder, e porque não a ignorância?

Não digo a ignorância clássica, a de não saber do que se tem.



Mas digo da que se ignora o que se tem, ou seja, sabe que se tem mas finge não se ter.

Tanto quanto ao lado natural quanto ao lado humano também.



Segundo.



Claaaaaaaaaaaro..quem sou eu pra discordar, maaaas assim. Não faço muito parte dessa coisa toda de "feliz aquele que vive na ignorância"... Poorque pra mim, ignorancia não é só o ato de nao saber, é também ato de ignorar. de não QUERER saber. O que é pior.

Acho que devemos saber de tudo pra fazermos nossas escolhas.



Claro que tudo seria mais simples se a pestinha da Pandora não tivesse aberto aquela caixa, rs, mas já que foi aberta que saibamos escolher nossos caminhos.

E com a devida sabedoria.

Afinal, somos ou não somos "Homens que pensam que pensam" ?



Feliz é aquele que não ignora e que por isso soube e sabe escolher.





Beijos.


AStefan 06/03/2010minha estante
Bom, estou com a Talassa tb nesse aspecto das drogas.. Entorpecentes não são nada mais do q reflexos da sociedade atual. As verdadeiras dorgas, mano! da nossa sociedade é o consumismo, a mídia massiva e a passividade da população atual em aceitar tudo q é enlatado e enviado pra cá. Toda sociedade é condicionada. A nossa também, obviamente. Só não é um modelo tão desenvolvido quanto o descrito no livro. Não é a toa q desde crianças vemos televisão, temos q nos ajustar às normas sociais, queremos isso e aquilo, q muitas vezes não precisamos. Ele só mostra uma alternativa e metaforiza a revolução q estava vivendo.



Quanto à ignorância, discordo dela.. rsrs



Se eu pudesse escolher agora entre viver uma vida descontraída, sem pensar em política, religião, daonde viemos, para onde vamos, sem me importar com nenhuma questão importante, e ser feliz assim mesmo, eu aceitaria a ignorância numa boa, até pq não saberia q há uma outra possibilidade, assim como no livro. Seria a minha realidade, o meu mundo perfeito, e o considero melhor do q esse em q vivo hj.



Mas infelizmente ou felizmente, resolvi escolher a pílula vermelha e pensar e me importar com as mazelas deste mundo, e tentar fazer alguma coisa para mudar para melhhor, qualquer q seja a minha opinião.



Preciso confessar que quando comecei a ler esse livro, a idéia de condicionamento até q me pareceu razoável, só no desenrolar do livro q vi coisas q me desagradaram, principalmente a existência de povos primitivos. hsuahsuhasuhauhsa, deveriam estar todos destruídos!!! Muahahahahaha


Talassa 08/03/2010minha estante
rsrs.

Arthur, você é um chato! =P

rs



Não, de verdade.

Quando eu quis dizer a ignorancia, claaro que eu tambem preferia morar num mundo perfeito, com bosques e arvores com passaros etc e tal. O problema é que ele não existe.

Me refiro ao mundo que temos hoje

E com ele a gente tem qe ter acesso a tudo o que pode se saber sobre o mundo ( nao me refiro a essa coisa toda de lixo tecnológico) pra gente poder escolher que mundo queremos.





"Queremos saber,

Queremos viver

Confiantes no futuro

Por isso se faz necessário prever

Qual o itinerário da ilusão

A ilusão do poder

Pois se foi permitido ao homem

Tantas coisas conhecer

É melhor que todos saibam

O que pode acontecer"



Gilberto Gil



Adriana F. 10/01/2011minha estante
Gostei da resenha. Só o fato de vc fazer o link com a sociedade atual já está de bom tamanho!!! Um dia farei a minha, mas como é um livro mto especial, tenho medo de não conseguir escrever à altura! hihihihi


Têco 15/12/2011minha estante
Cara, resistir é persistir. Cada individuo é uno. E tem a verdade, sua verdade. Que a sociedade o quer oprimir sob certa situação, e o quer defender sobre outra. Na superficialidade "o homem é o lobo do homem" (interessante ver a letra da música Pitty que tem esse trecho, o próprio álbum é muito bom e a romântica, para quem continuou a acompanhar a obra dela, vê uma beleza, que, "putz", sem mensurar, dela), interessante ver a obra "O Idiota" de Dostoiévski no trecho onde se conta a historia da mulher que é apredejada, humilhada, perseguida, na sua vila, por circunstâncias sociais (as páginas são riquíssimas). Há um paradoxo grande, o homem pode ser guiado pelo seu comum, "conviver", "guerrear", pode ter algo distinto da sociedade e ser reprimido pela sociedade por medo dele próprio ser reprimido ou ser diferente, evoluir (evolui se fizer ao contrário, resistir, com luz e amor frente a escuridão; serenidade, consciência, ligado em tudo, ligado na verdade). A humanidade flutua e transborda entre um inconsciente mascarado coletivo e um estado de comunhão... Será isto? Isto é o exposto pra quem enxerga em um nível... Um outro, talvez o mais ocorrente e o entre os "estados de consciência" ("ser", liberdade)(que são os oscilantes e não muito ocorríveis entre o homem comum e hipócrita, que pode surgir em instantes de ser quem é e criatividade), do homem comum hipócrita e social, estado este onde aparecem as diferenças e sob a base de ódio, inveja, cobiça, poder... Um outro é o que vê sob a ótica da espiritualidade mais avançada, que é de não esperar nada do mundo, não agir pro ele, apenas estar, apenas ser... mas é pra quem atingiu este nível de evolução e assim o acaba comunicando isto... pra quem quer estar em torno dessa espiritualidade e busca, o vêem para si o mundo com destemor, entusiasmo, alegria, desprendimento compromissado, juventude, vitalidae, exuberânica, humildade, "admirando o admirável" e aqui vem a crítica do livro pela minha parte; ele fala em fundamentalismo, mas será que a dessas instituições, "sociedade", ou valores, ética, não tem um quê de fundamentalista? Um espiriualista como Krishnamurti não acredita na instituição família, no Estado, mas é uma espiritualidade realmente iluminada, para iluminados. Eu acredito em conhecer e ter consciência desta espiriualidade, mas agir em prol do coletivo, da ética, da razão, dos valores mais tocantes (que não vem do nada, vem de uma construção, de uma cultura, de uma evolução espiritual e evolucionista, de respeito ao mestre, ao ancestral, as constituições físicas, idade, repouso)... porém acredito mais no íntimo... no meu íntimo... no de qualquer pessoa... no indivíduo... na particularidade de cada um... lá o divino está mais a frente e desenvolvido... e o oposto disto é o medo social coletivo, comum a "escuridão" (qualquer não luz, falta de parcela dela), falta de consciência, presença, em que fracóides humanóides simulam, disfarçam, "tiram o time", mostram até algo seu, mas com um medo da opressão social a evolução do amor, do agora, mostrando um insconsciente coletivo de milhares de anos de guerras, de condicionamentos, de pressões, de sociedades, até do mau e muito dele, se agarrando numa ética que se alguns casos assim feita, o agarrar a ética é ao medo, por não terem a vista ao evoluído individual, ou pelo menos o seu íntimo negar por máscaras suas e pressões de fora. E em muitos casos, o de pessoas não envolvidas e bem distantes do caso fica muito fácil pra elas não pensarem, se levarem pela onda, leva, maioria, não terem consciência, percepção e por muito atingido por um coletivo e até estar nele agirem em função dele, mas também claramente revelando um medo inconsciente coletivo e fuga, "sou diferente", "não sou amigo dele, só até tal ponto", "sou frouxo". Amanhece um carnaval com algumas pessoas na rua, todo mundo comprimentanto veementemente todo mundo que vai saber um pouco da liberdade. Se joga (literalmente) pra entrar num ônibus com umas duzentas pessoas querendo entrar pra um bairro violento, vai sentado na cabeçeira da cadeira fazendo samba. "Eu queria ver a verdadeira liberdade, sem medos, paranóias ou cabreragens". Escuta Sabotage cantar e falar em humildade e revolucionar a humildade como cultivável. Vê ele cantando "viver livre no extremo, ir de encontro ao vento". Você for levado aonde quiser estar, "certeza que a sede, adrena na veia, me levam aonde eu quiser estar". Vê quem produz mais e sobe e desce qualquer ladeira sem medo. Concluo este comentário assim. Cada um é cada. O mais fácil é se esconder. O livro trás conhecimento, forte, direcionado, algo que ele concentrou... mas de forma ainda paradoxal, nada pode ser generalista completamente ou se pode não é o fundamentalismo que ele fala, mas algo bem diferente. Lendo entendo este bem diferente, mas é o maior dom comum de cada. Não dá pra levar pra politíca, pra sociedade e nem até pra ética, o que se tira é uma conclusão espiritual, e claro que pode aprender (e aprende) de sociedade, política, mídia, pressão, medos, interesses, medo de poder, de dominância, medo de sua máscara e hipocrisia, ao mundinho junto reunido ou uma agência jornalística. Pessoas podem te manipular e de uma forma muito assustadora e degradante.


Li 03/06/2012minha estante
você chegou a ler alguma obra de shakespeare com que aldous husley se baseou para escrever o livro?


Rômullo 04/06/2012minha estante
Na verdade, não. rs


Cristiane 21/06/2012minha estante
Um mundo perfeito seria legal. Mas aí você pensa na liberdade, nas escolhas, nos erros. Sei lá, não teria graça ver todos perfeitos, magrinhos, jovens. A graça desse mundo está nas imperfeições.
Prefiro viver em um mundo com todas as inquietações existentes, mas um mundo que me possibilite questionar, pensar independentemente. Muito ruim viver nessa dependência do mundo perfeito que o livro mostra.




Miresenhs 02/10/2023

?Vida de gado, povo marcado, povo feliz?
É o livro mais subversivo que tive oportunidade de ler.
Simplesmente incrível, por um instante pensei que teria encontrado o melhor livro da minha vida. (Infelizmente ainda terei que procurar.)

Abrupto, intrigante.
Se você está buscando uma leitura sobre autoridade, ficção especulativa, manipulação genética, divisão da sociedade em castas, distopia. Este clássico é pra você!

A obra é sobre uma futura sociedade fordiana a qual, por meio de um extensa evolução no controle da biologia, moldou todas as gerações a um sistema de produção (provetas).
Não tinha-se mais nascimentos vivíparos na sociedade moderna, agora a sociedade é dívida em castas.
Ter mãe e pai era algo totalmente inconcebível nesse mundo (visto como obsceno).
As castas eram alfas, betas, gamas, ípsilons. Cada casta tinha um condicionamento físico e mental para adequar-se na ?civilização perfeita?, Inclusive tinha privação de oxigênio na formação do indivíduo.
?Quanto mais baixa é a casta, menos oxigênio se dá.?
Eles estavam seguindo o projeto Bokanobsky que era um dos principais instrumentos da estabilidade social. O lema planetário deles é: ? Comunidade, identidade, estabilidade?.

É feito uma lavagem cerebral desde criança, que não deixava pensar e questionar. Caso tivesse angústias, frustrações, e outros sentimentos, eles tomavam uma droga chamada soma, que é um entorpecimento que não deixava ressaca ou arrependimentos, apenas contentamentos tolos.

O livro viaja em diversas esferas psicológicas, a gente acompanha a jornada do Bernard Marx, um indivíduo o qual vê-se fora dos encaixes perfeitas dessa utopia. Ele é um alfa mais com corpo de beta menos. Acabando se sentindo impotente em relação a sua casta. Com isso, você acaba esperando grandes feitos e mudanças por Marx. Porém, isso não ocorre.

Marx viaja com Lenina pra o Novo México, visitando a reserva dos selvagens. Nesta Reserva ainda existiam alguns índios que mantinham os costumes antigos, casavam-se e tinham filhos. Durante a viagem conhecem John filho de dois civilizados, que apresenta sua mãe Linda (Beta menos) que foi esquecida em Pueblo Malpaís.
Ai que realmente a trama começa, pois eles voltam para a civilização com o John e sua mãe.

Quando eles voltam, a sociedade não conhecia velhice, e Linda tinha envelhecido, com isso ela ficou isolada em um quarto tomando o soma até sua morte.

É trabalhado um duplo olhar. Será que o selvagem é tão selvagem? Ou será que a civilização é tão revolucionária?.
Vemos que muitos princípios do John, supera o Estado cientificista. Apesar de ter ido para civilização ele concluiu que não pertence nem aos civilizados e nem aos índios.

Todos os valores de John foi revogado nessa nova civilização, não tinha-se nem o culto ao luto. Morrer nesse novo mundo era necessário ao ambiente.

>>> queria poder dizer mais, mas acho que já disse muito sobre este livro. Espero que este livro seja tão revolucionário como foi para mim.
???????
A melhor parte para mim, é do john o selvagem dialogando com o Mustapha Mond, conseguimos entender os dois pontos de vistas da estabilidade social, versos com o direito à liberdade/amar/ ler poesia/ acreditar em um Deus.

A obra foi muito fascinante, deixou a desejar só no fim.
Mas, mesmo assim sei que nunca vou esquecer o contato com este livro.
Tiago.Boaventura 26/03/2024minha estante
Te recomendo a leitura das distopias 1984 e também Farenheit 451, são incríveis também. Boas leituras.


Alexandre.Canal 26/03/2024minha estante
Realmente...as distopias citadas sao otimas, de Orwell tb indico A Revolucao dos bichos....que eh uma critica velada a Revolucao Russa em forma de fabula.


Alexandre.Canal 26/03/2024minha estante
Ja de Bradburry recomendo a coletanea de contos O Homem Ilustrado. Inclusive um destes contos deu origem à musica Rocket Man de Elton John


Tiago.Boaventura 26/03/2024minha estante
Não sabia que Elton john tinha bebido dessa fonte.


Alexandre.Canal 26/03/2024minha estante
Sim Tiago. Ele se baseou no conto O Homem Foguete (Rocket Man no Original), se bem que tem outros contos no Homem Ilustrado que também remetem a esta canção.




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Brenda.Podanosqui 22/01/2021minha estante
Coincidência. Termeinei de ler há pouco e postar minha resenha tbm.


Larissa Guimarães 22/01/2021minha estante
Confesso que minhas expectativas eram maiores, mas gostei muito do livro!!


Brenda.Podanosqui 22/01/2021minha estante
Pois é... não foi o esperado mas valeu a leitura!!! Tive a mesma sensação . P próximo será 1984 então com esse quero fechar com chave de ouro rs


Larissa Guimarães 22/01/2021minha estante
Eu li 1984 recentemente, me surpreendi! Li em tempo recorde rs
Eu amei!


Brenda.Podanosqui 22/01/2021minha estante
Bom saber!!! Já o laranja mecânica li mês passado. Achei incrível .... É o farehneit 451 não gostei... Acho q essas são as distopias mais famosas...




Guilherme.Augusto 18/07/2020

Deliciado, maravilhado!
Não sei nem por onde começar. Que enredo absurdo. A temática muito bem elaborada, transmitindo perfeitamente o significado da mensagem.
Cumpre com maestria o que promete.

Uma leitura que não é cansativa, tampouco maçante, pelo contrário, bem gostosa e que te prende ferozmente. Transfigura-se num enredo que não se explica, mas que se sente. Que delícia!
Fiquei tomado principalmente pela escrita e pelos diálogos (o melhor deles foi o do Selvagem com o Administrador, espetacular!). Sem contar as referências às obras de Shakespeare.
Me impressionou também, o fato de ser tão atual. Essas obras futurísticas são atemporais e proféticas. Não que seja idêntico, mas o cerne do enredo julga-se tão próximo do que vivemos hoje que chega a assustar de certa forma.

Admirável Mundo Novo é, dentre as obras distópicas que já li, a melhor! Longe de mim menosprezar 1984, por exemplo. No entanto, Aldous mexeu mais comigo do que Orwell.

Em resumo: obra completamente maravilhosa, contemporânea, que mexe intrinsecamente com o nosso sentido para com as coisas da vida (cotidiano, comportamento, objetivos, família, educação etc).

Leia e apaixone-se.
Jamile.Almeida 18/07/2020minha estante
?????? lerei!


Guilherme.Augusto 18/07/2020minha estante
desfrute dessa obra maravilhosa ?


eduesteiner 28/08/2020minha estante
Boa! Iniciei a leitura deste, partindo para o capítulo Dois.


Guilherme.Augusto 04/09/2020minha estante
Edu, creio q a esta altura esteja praticamente terminando de ler, e acredito tbm, q esteja extasiado com essa obra de primeira! rs


Jamile.Almeida 04/09/2020minha estante
Me avisaram por aqui q a hbo lancou a serie... quando vi o trailer surtei! Lenina e Bernard sao exatamente como imaginei.




Gabriella 28/06/2021

"Um estado totalitário é eficiente quando faz com que um população de escravos ame sua servidão"
Um livro que foi pra caminhos diferentes do esperado, bem escrito, inteligente e genial pela criação de uma distopia muito, muito louca. Não sei como esse homem escreveu isso em 1932! Fiquei espantada com a complexidade da distopia criada aqui, é realmente algo muito louco.
Gostei da critica, ao fordismo abordado, a religião abordada.

Não é um livro que eu considerei prazeroso de ler, é bem difícil a leitura. Tem que ter paciência pra entender o que ta acontecendo.
Entre tanta coisa que parece irreal de se imaginar, o Benard, personagem que acompanhamos mais no começo do livro, é bem real, humano. Eu gostei como nós era mostrado os sentimentos mesquinhos/fúteis/egoístas que ele chegou a ter. A Lenina foi uma personagem que eu gostei muito também.

Pra mim ficou melhor da metade pro final - cenas muito marcantes como: a do John no hospital, a do John com a Lenina no quarto, conversa de John com aquele Mustafa, a historia de John e da Linda.
Realmente, o livro foi muito bem escrito e apresenta uma critica inteligentíssima. Da para filosofar sobre ele por dias. Do risco da busca obsessiva do prazer da felicidade apenas momentânea, da importância de sentir sua angustia/tristeza, da superficialidade.
A religião também assusta muito aqui, e acho que também mostra como essa pode ser destrutiva quando atua sozinha e atua de modo extremo. Chegando a causar a auto violência e a violência a outros. Pro John, a religião é a base da vida dele. É tudo que ele é/tem.

Acho que se pode dizer que é uma critica de extremos. Seja o extremo da fé ou da razão/produção.
O mais interessante é também a questão liberdade x felicidade. Mas, o meu ver, a felicidade não foi feita para ser eterna e duradoura.
kath.stolze 28/06/2021minha estante
que resenha incrível


Kahh 28/06/2021minha estante
Amoo essa distopia, minha favorita entre todas, exatamente por essa pegada "um mundo terrivelmente perfeito". O selvagem está entre meus personagens favoritos de livros.


Gabriella 28/06/2021minha estante
Kah, também amo distopias, não dizer minha preferida mas essa é muito diferente das outras clássicas por esse universo criado. Aquela conversa do Selvagem com o Mustafa é incrível, me fez questionar tanto tudo aquilo. É um debate dos mais interessantes!!


Gabriella 28/06/2021minha estante
não sei dizer*


Kahh 28/06/2021minha estante
Simm, acho fantástico quando chega esse momento dos livros de distopia que é o confronto filosófico, e o pior é que sempre tem um lado que faz sentido por pior que seja.




letícia - @leticiacarddoso 04/06/2021

Admirável Mundo Novo
COMUNIDADE. IDENTIDADE. ESTABILIDADE

Na sociedade distópica desse livro a maior obrigação das pessoas é serem felizes, tudo é perfeito, sem preocupações e sem conflitos. As pessoas precisam mostrar para as outras o quanto estão felizes.

Ali, não existe família, a população é criada em laboratório por inseminação artificial, Huxley foi tão visionário que a inseminação só foi realmente acontecer nos anos 70. Nos laboratórios as pessoas são fabricadas e divididas em castas (Alfas, Betas, Gamas, Deltas e Ípsilons) as mais inferiores, como os Ípsilons, é por meio de uma produção em massa, que cria pessoas geneticamente iguais, feitas para realizarem os trabalhados mais pesados e perigosos, como os industriais. Todos realizam suas funções sem reclamar, pois é uma sociedade feliz...

Desde embriões, são levados a pensar e fazer o que o governo manda, por meio da hipnopédia (aprendizagem durante o sono) ao longo de muitos anos, aprendem valores como:
- Coletividade, individualmente ninguém serve para nada;
- Repúdio aos vínculos amorosos e de amizades, pois esses podem gerar conflitos;
- Consumismo exagerado, se algo estraga, joga fora e compra um novo, para o bem da economia;
- A busca constante pelo bem estar, geralmente através do sexo;
- Nunca ficam sozinhas, pois isso pode gerar pensamentos críticos ou algo do tipo.

Outro elemento que consegui identificar e que é muito presente na sociedade atual, são os esteriótipos da beleza. Todos possuem o chamado "corpo perfeito" e ninguém envelhece.

Nossa sociedade está cada vez menos sabendo lidar com sentimentos desagradáveis, como a tristeza, e buscam outros elementos para suprir isso...

Aldous Huxley, há 80 anos atrás, previu diversas coisas que acontecem atualmente. É uma história que fala muito do presente...

Mas e aí, uma sociedade feliz e despreocupada seria um paraíso ou um inferno? ?

Recomendo demais essa leitura, foi uma das melhores distopias que já li! ?
letícia - @leticiacarddoso 04/06/2021minha estante
80 anos não, essa obra tem quase 90 anos! ?


Juuj 04/06/2021minha estante
Muito boa sua resenha, com certeza irei ler!!


Michel.Almeida 04/06/2021minha estante
Resenha. Top ?


airamlaceratti 04/06/2021minha estante
já tinha vontade de ler, só aumentou!


Vini 05/06/2021minha estante
Gostei muito desta resenha! Vai para a minha lista :)




alicia 09/04/2022

Só pessoas inteligentes entenderiam isso, e eu entendi.
Foi totalmente diferente do que eu esperava, mas diferente pra melhor. Se eu tinha alguma dúvida da genialidade e da visão de mundo do Aldous, o prefácio supriu. (Li o prefácio depois do término do livro pq eu sabia que tinha spoilers).
Esse livro é um grito daquilo que nós percebemos, mas todos ignoram.
O John é um dos personagens que mais me apaguei em todos esses anos de leitura.
Humano. Visceral. Poético. Verdadeiro, esse é o John, olhar pra ele é como ver nosso próprio reflexo, o reflexo daquilo que nós não enxergarmos.
Depois dessa leitura meu modo está: PANE NO SISTEMA ALGUÉM ME DESCONFIGUROU
Arthur.Valenca 09/04/2022minha estante
Depois procura aí o artigo Dois Estudos sobre Aldous Huxley, do Olavo de Carvalho. A parte sobre O Admirável é um fodendo complemento à leitura, aliás essencial. Era o prefácio da edição do livro feita pela Editora Globo.


alicia 09/04/2022minha estante
Obrigada ??


K.Lima 10/04/2022minha estante
Só queria dizer que "só pessoas inteligentes entenderiam isso, e eu entendi" é um ótimo título, e eu ri alto aqui.


alicia 10/04/2022minha estante
É um meme da Tulla Luana que eu amo kkkkk foi a única coisa que consegui pensar pra por de título kkkkkkk





Jota 16/02/2020

Perfeito
Esse é um daqueles livros que eu chamo de perfeito.
A história, o cenário, personagens, as ideias, o modo de narrar, a forma como você é envolvido nesse livro...
Tudo, tudo é maravilhoso.

Leitura obrigatória (ao lado de 1984, Revolução dos Bichos, Fahrenheit 451 - para ficar nesse tipo de literatura), ainda mais quando levamos em consideração o que está acontecendo no mundo atualmente.
Micael 16/02/2020minha estante
Curtiu a escrita? Achou que a história fica morna depois da metade?


Jota 16/02/2020minha estante
Eu amei.
Confesso que tive um pouco


Jota 16/02/2020minha estante
Eu amei. Confesso que tive um pouco de dificuldade para me adaptar no início da leitura, mas depois engrenou


Micael 16/02/2020minha estante
Confesso que sinto o mesmo. Esse livro traz muitas ideias à tona e, por isso, a gente precisa quebrar a cabeça com unas coisas. Muito legal que você tenha gostado, Jota!


Jota 16/02/2020minha estante
Sim, em muitos momentos eu ficava perdido, mas quando entendia eu percebia a genialidade do autor.




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Yasmin1372 02/05/2023minha estante
Meu Deus sim, pra mim a pior parte foi como retrataram os indígenas. Na minha cabeça a reserva seria o nosso mundo atual misturado com os costumes das aldeias indígenas, mas só mostraram lugares sujos, eles próprios sendo preconceituosos e excluindo um dos protagonistas. Não gostei como essa parte foi abordada


Dory Aventureira 02/05/2023minha estante
Eu jurava que ia ser um festival de cultura, que o Bernard iria ficar encantado e fugiria pra la, e recebi uma porcaria, o autor ainda deu uma desculpa esfarrapada de que essa é a retratação dos indígenas do livro, e que não representa o que ele pensa dos indígenas da vida real, mas a gente sabe que é mentira


Hayra2 06/05/2023minha estante
A Parte dos indígenas foi retratada assim, por quem viu . O livro segue mais o ponto de vista do Bernard e naquele momento, Lenina. Eles viam o mundo dos povos indígenas do jeito que foi colocado. E não dá nem pra dizer que é culpa deles, foram condicionados assim. Nós não fomos, por isso achamos terrível aquela descrição.


Dory Aventureira 08/05/2023minha estante
Se o Bernard q era o personagem de mente aberta pensa assim, é preconceito do autor mesmo, na época q o livro foi escrito, não viam indígena como gente, muita ingenuidade sua pensar q o autor não é preconceituoso e sim o personagem


Hayra2 20/05/2023minha estante
Mas aí que tá: o Bernard não é um personagem com a mente aberta. Tanto é que o final mostra isso claramente.




Haryadne.Moreto 03/08/2019

Chato mas instigante
Se trata de um mundo bem diferente do nosso. As pessoas são produzidas em laboratórios, não existe casamento, as pessoas são dívidas em castas. Por varias vezes, joguei o livro de lado pq para mim está muito chato, saber os detalhes de ?mundo? mas resolvi seguir para saber pq tantas pessoas falavam dele. E posso dizer que ainda bem que insiste. A melhor parte está nas últimas 100 páginas. Nós faz refletir sobre nossos sentimentos, nosso modo de viver, pq agimos de certa forma. Terminei o livro quero um tempo para assimilar essas ideias kkkk.
Amante do saber 10/08/2019minha estante
Pensei que só eu estava tendo dificuldade de ler esse livro! Achei um pouco interessante e chato ao mesmo tempo,talvez por quê é a peimeira distopia que estou lendo mas se você diz que vai melhorar então insistirei nele tbm :)


Haryadne.Moreto 11/08/2019minha estante
Tb era minha primeira. Confesso não gostar muito desse gênero


Roni 12/08/2019minha estante
Identifiquei-me com sua resenha. Já pus esse livro de lado umas três vezes, a estória é arrastada e, mesmo sendo instigantes para mim distopias, essa em particular não me cativou. Tentei fazer o que você fez, insistir na leitura e ver como ocorre esse desfecho.


Roni 12/08/2019minha estante
Identifiquei-me com sua resenha. Já pus esse livro de lado umas três vezes e confesso que, ainda que distopias sejam instigantes para mim, essa em particular não me cativou. Tentarei fazer o que você fez, insistir em lê-lo até o final o para saber como é o desfecho.




Leticia 26/04/2021

gente, sinto que estou sendo perseguida por Shakespeare esses dias. o povo não deixa esse homem descansar em paz, sinceramente. sobre o livro: pertubador, como é de praxe de distopias clássicas - na minha escala Duarte acerca de distopias (tal qual Richter kkkkk quem amou?), passa de Fahrenheit 451, mas tá atrás de 1984 e O Conto da Aia, e o final passa leves vibes de O Senhor das Moscas. quero dar três estrelas e meia, mas não consigo porque não tenho mais o aplicativo, então que fique registrado: 3.5 estrelas.
Lunoir 26/04/2021minha estante
doida para ler esse


Amanda 26/04/2021minha estante
KAKKAKA ngm deixa Shakespeare dormir em paz


Amanda 26/04/2021minha estante
Cara como assim n supera 1984 Af eu amei


Leticia 26/04/2021minha estante
eu tenho agonia desses negócios de eugenia, sério mesmo




Henrique_ 15/05/2017

Um sociedade feliz e estável
Livro fácil de ser lido, que retrata a vida em uma sociedade de castas no futuro, submetida a um regime totalitário. Os membros desta sociedade abriram mão de sua liberdade em prol de uma igualdade relativa, em que grupos são condicionados cumprirem papéis a que foram designados, para, assim, assegurar a felicidade e a estabilidade. Não seria possível viver esses dois conceitos em uma sociedade plural e igualitária (pluralismo e igualitarismo seria inclusive um paradoxo). Não haveria possibilidade de uma terceira via. Dessa forma, se cada grupo fosse condicionado a amar o que se faz, independente das condições ambientais, para o resto da vida, esse grupo seria feliz e jamais contestaria outro grupo pelo que ele é, garantindo, assim, a estabilidade. De maneira muito geral, o livro "resolve" alguns dos grandes dilemas das ciências sociais até hoje. Além disso, ele antecipa um rumo que, de fato, as sociedades podem seguir quando envoltas em períodos de grandes perturbações da ordem, como guerras. A mensagem do livro é perene e serve para pensarmos o peso de nossas escolhas políticas na definição do tipo de sociedade que queremos ter. Por isso, recomendo a leitura.
Lay 15/05/2017minha estante
Adorei a resenha, vou adicionar a minha meta de leitura :)


Tonný 15/05/2017minha estante
Achei ele por demais utópico, não consigo terminar. Bacana a resenha, vou tentar ler novamente, junto com "A Ilha" que também parece ser bom .p


Vandro 15/05/2017minha estante
?????


Vandro 15/05/2017minha estante
Parabéns pela resenha.




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