Resenhas - Lolita

Viajante Literário 19/03/2022

Uma história sobre a beleza da tragédia.
Me proponho a fazer esta resenha pelo simples fato de que o livro "Lolita" não sai de minha cabeça. Isso mesmo, ele se afixou em mim desde o momento que conheci sua proposta de enredo e a partir daí nutrir uma ferrenha necessidade e curiosidade de ler este que com todas as letras é um C L Á S S I C O.

Sim, um clássico, bem escrito e corajosamente bem desenvolvido por seu autor que não necessariamente se coloca como autor do livro, pois, o livro é escrito sobre a façanha do apaixonado e igualmente lunático Humbert Humbert (personagem fictício criado por Nabokov). Sua paixão voraz e delicada sobre a jovem enigmática Dolores Haze - sim, Dolores Haze ou Lolita como o leitor descobrirá logo após o prefácio.

Enfim, Lolita não é o tipo de livro para o leitor curioso e muito menos para aquele que espera uma leitura somente desagradável sobre pedofilia em que a vítima - a lolita, busca incessantemente fugir de seu "apaixonado" Humbert. Não, o livro fala muito mais sobre isso, fala sobre o amor, o ódio as linhas tênues que envolvem as relações humanas. Não é fácil de se ler pois a vezes se torna uma leitura confusa, muito menos é agradável, mas é necessário. p
Pois envolve o leitor e faz com que este mesmo, corajoso como é, se interesse em saber até onde levará essa jornada do personagem tão detestável e igualmente apaixonado Humbert.

Leiam e descubram assim como eu este clássico maduro e dificilmente aceito pelo leitor mais casual. Para os casuais: fujam desse livro. Para os amantes: não de livros mas da própria literatura; leiam e saboreiem.

Diego 20/03/2022

Pedofilia
O livro é muito bem escrito, quase que poeticamente, mas o tema é muito duro.
Não se trata, como eu pensava, de algo leve, idílico, platônico.
Trata de pedofilia em sua forma mais pura e crua, do ponto de vista do pedófilo.
Acompanhamos a evolução do sofrimento suportado de forma quase estoica por Dolores (Lola, Lolita) e vemos que a coisa não melhora nunca.
Apesar disso, o livro é muito interessante como um todo. Até para que se tenha conhecimento desta realidade e de como, eventualmente, pode estar próxima de nós sem que percebamos.
Como comentário final eu, surpreendentemente até para mim mesmo, achei uma das cenas mais ?divertidas? foi a da invasão da casa e morte do ?rival? de Humbert (o personagem principal), Clare Quilty.
Vale a leitura!

mafê 05/11/2022

finalmente terminei
foi um livro bastante dificil de ler, demorei uns 4 meses pra terminar. é horrivel estar na mente de um pedofilo, ver como é romantizado e como ele manipula o leitor, sempre se colocando como vitima de uma "ninfeta".

Mari.Vasconcelos 22/09/2023

Esse livro me disse com todas as letras, e em pelo menos três idiomas que eu não sei ler.
Apesar de ser um clássico, um livro polêmico, de já ter tido várias adaptações para cinema, eu nunca tive interesse por conhecer a história, essa edição estava na minha estante já havia alguns anos maturando, infelizmente não ficou tempo suficiente. Independente de ser um conteúdo demasiado sensível, que por si só merecia mais aprofundamento, pus-me o tempo inteiro com a água nos pés, não consegui entrar, quiçá, mergulhar.
Me mantive imparcial aos personagens, eu sei que minha balança deveria pender para o lado da Lolita,(apesar de algo ter se rasgado em mim por causa de todas as "Dolores") ou que pelo menos, tivesse ficado minimamente seduzida pelo charme e a versão tão articuladamente contada pelo tal Humbert Humbert, mas NADA, NADA, NADA ... nem amor, nem ódio, nem empatia, nada... A única personagem que senti algo real foi pela sra. Haze. Muito visceral mesmo, um asco imenso! Gostaria que ela tivesse ficado mais tempo na história, não achei suficientemente justo o enredo que Nabokov lhe deu.
E por falar no autor, ele talvez seja o único nesse livro que merece meu respeito e o meu medo.

P. S. Nunca mais chego perto de um livro dele antes de fazer uma faculdade de Nabokovologia

July 18/01/2021

Nem sempre é o que parece...
Um dos maiores clássicos da literatura mundial: Lolita! Tantos se atrevem a falar dessa obra sem de fato conhecê-la. Na contracapa do livro, há um comentário infeliz que o trata como uma história de amor, ledo engano! Quem disse isso não, definitivamente não leu Lolita (a crítica é pra vc mesmo, Vanity Fair ?). Tampouco, no outro extremo se trata de um livro pornográfico: longe disso! Lolita é um livro difícil, trágico, pesado e não poderia ser diferente, trata de um tema abjeto: a pedofilia! Mas, o mais impressionante, é que vai além disso. Talvez, o pedofilia seja o recurso empregado para discorrer sobre a obsessão, a insanidade, a perversão humana. Excelente livro!

Isa Cosma 16/07/2020

Como as pessoas conseguiram romantizar esse livro?
O livro Lolita, conta em primeira pessoa a história de um homem de meia idade que se apelidou de Humbert Humbert (H.H)
H.H é um europeu INSUPORTÁVEL (só para constar), super inteligente, filho de família rica e que acha que é a única pessoa inteligente no mundo (gente, esse homem esnoba TUDO que você possa imaginar). Após alguns acontecimentos resolve tentar recomeçar nos Estados Unidos e acaba alugando um quarto na casa de uma mulher chamada Charlote Haze, onde ele conhece Dolores (filha da Charlote) e começa a desenvolver uma obsessão doentia pela menina de 12 anos.
O Nabokov construiu muito bem o personagem do H.H, assim como descreveu de forma muito bonita a obsessão do personagem, percebi o uso de muitos eufemismos nas descrições eróticas (não entendi se foi para amenizar, mas combinou muito com o personagem). Enquanto você lê você percebe claramente que H.H é um homem pedófilo (ele admite isso várias vezes no livro) e obsessivo, impossível alguém romantizar isso.
Pessoalmente, foi um livro difícil de ler pelo tema, mas foi uma leitura muito interessante, valeu cada página.
PS: Sábado as 12:00, vou postar o diário da leitura desse livro, e em breve resenha no canal. (link aqui em baixo)

site: https://www.youtube.com/channel/UCjVfAU1hTiUZOMEOeJoA9lA?view_as=subscriber

William LGZ 16/08/2023

Controverso e chato, mas útil
Talvez o clássico da literatura mais polêmico de todos os tempos, o adquiri pois fiquei curioso em entender como esta obra conseguiu ter seu lugar de evidência mesmo ao tratar de um tema tão repugnante quanto a pedofilia.

E eu consegui descobrir o porquê disso, embora já pela minha nota se veja que seus pontos positivos, em principal sua primorosa escrita e as camadas de profundidade que existem em seu asqueroso protagonista, não foram o bastante para ofuscar seus pontos negativos.

Após passado o choque inicial e eu ter embarcado na proposta do livro, não demorou muito para a trama ficar para mim bastante entendiante. E sem apego ou conexão à nenhum personagem, como deveria ser mesmo, ficou ainda pior para se ter uma experiência minimamente positiva.

Porém acredito que mesmo para mim não tendo sido uma boa leitura, ela ainda assim vale por ser algo diferente e fora do que se está acostumado. Além de não ser puramente algo feito pra chocar, pois tem bastante esmero em seu texto que não é nada superficial, e por isso ainda indico embora as ressalvas.

É compreendendo algo de ruim, e me refiro ao que o personagem central faz durante a história, que você aprende realmente a lutar contra isso e saber como evitar.

Pedro.Farinha 15/06/2021

SORTEIO PELO INSTAGRAM
Lolita é um famoso romance escrito em 1955, em inglês, pelo romancista russo Vladimir Nabokov. O livro traz a história da obsessão de Humbert Humbert por Dolores Haze, de apenas 12 anos. Humbert se torna padrasto da menina e os dois começam a se envolver sexualmente. ?Lolita? é o apelido que Humbert designa para Dolores.
Lolita é obviamente um livro muito controverso que trata diretamente sobre pedofilia. Porém não é um livro pornográfico. As poucas relações íntimas que são descritas nunca são explícitas. Mesmo assim, não é um livro para adolescentes.
O enredo do livro é marcado pelas viagens de carro da dupla pelos Estados Unidos, onde se hospedam em diversos motéis e se relacionam. Humbert é completamente obcecado pela garota e faz de tudo para nunca arriscar perdê-la. No meio dessas viagens, o personagem Humbert começa a desenvolver sérias paranóias que terminam com um final trágico, porém recompensador para o leitor.
O livro é extenso por conta das infinitas discrições feitas pelo autor.
As descrições e a linguagem são o ponto principal. Mesmo não tendo lido o livro em inglês, é possível perceber o belo na escrita de Nabokov. Fico chocado que a nota do livro no Skoob é tão baixa (4). Pra mim Lolita é um livro sem defeitos. Que sirva de lição para todos nós que as vezes nos deixamos influenciar demasiadamente pela opinião alheia.


O sorteio desse livro será realizado no domingos pela minha página do Instagram (pedro.farinhaa)

Wes 27/03/2022

"Apenas" Um Clássico
Cuidado! Depois de ler este livro, seu nível de exigência literária pode aumentar exponencialmente.
No início pode parecer um conto pornográfico. No meio: uma tragédia. No final: romance pitoresco do absurdo. Porém não podemos confundir o propósito do autor.
Ele parece querer nos tirar da zona de conforto; refletir através da obsessão alheia. Um tratamento de empatia misturada com a insanidade da realidade dos personagens.

Não se engane! A história não é o que parece ser. O livro não traz obviedades e sim um mundo novo. Um mundo cheio de distorções e que reflete única e exclusivamente a mente de um pedófilo.

Carine 01/12/2020

Leitura de Lolita
Me sinto vazia ao concluir essa leitura... E a nota do autor no final da obra só fez aumentar esse sentimento de vazio...!

Nabokov esclarece que Lolita deve ser apreciado pelo que é: arte, pura e simples. Sem adornos ou suposições, sem metáforas ou finais reflexivos.

"Moral da história?" O autor deixa claro que tal coisa não existe em sua concepção da obra e isso me confunde em vários níveis (níveis esses difíceis de explicar com exatidão).

Aquele que lê esse livro e realmente acredita que se trata de um romance (daqueles com história de amor romântico) comete o maior dos enganos (no máximo podemos vê o amor de Nabokov pela língua inglesa), pois aqui o que reina é a obsessão e o desequilíbrio.

Isso não é uma resenha definitiva, fui escrevendo conforme o sentimento veio. Posteriormente "tentarei" (sei quase que em vão) escrever algo a altura do grande mestre das palavras.

mat 29/11/2020

Poético
Lolita
Autor: Vladimir Nabokov ????

Nota: ??? (3,5/5)

Esse livro trata da paixão obsessiva do personagem humbert humbert pela jovem Dolores Haze, que tem  o apelido de Lolita. Um dos pontos controversos é a diferença de idade dos personagens,  ele com 42 e ela com 12 quando se conhecem. No início temos a contextualização do personagem Humbert que é quem narra a história, sua passagem por sanatório e seus primeiros relacionamentos, trata-se de um sujeito perverso, egoísta e narcisista. Posteriormente ele relata sua relação com Lolita, e não se exime de culpa por alguns dos seus crimes, mas tenta ficar justificando suas atitudes e dividindo a culpa com a Lolita que é uma personagem "sem voz" na narrativa. É um dos livros mais bem escritos que li, muito poético mas que em alguns pontos se arrasta e perde força. Mais que a pedofilia, é apresentado um panorama dos Estados Unidos da América no pós-Guerra, o preconceito com os europeus, a estrada (que no imaginário americano representa liberdade) nesse livro funciona como instrumento de fuga dos personagens, além das várias formas que a sociedade e estado deixaram de proteger a criança Lolita, por fim, nas adaptações,  filmes, seriados, telenovelas inspiradas em Lolita há uma leitura dessa história como um drama ou romance, quando, desde o ínicio é claro que se trata de uma tragédia.

Carolina.Gomes 27/06/2021

Lo-Li-Ta
?Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes.
Lo-Li- Ta?

Com esse intróito belíssimo, o leitor desavisado pode acreditar que essa é uma história de amor?mas, não!

Não, caro leitor.

Essa é a narrativa da trajetória ignominiosa de um pedófilo. Um narrador que se vale de um pseudônimo deliberadamente escolhido para camuflar sua identidade e preservar sua imagem.

É um livro polêmico e perturbador mas penso que para literatura não pode haver tabu e para um escritor genial, toda liberdade é permitida.

Esse é um dos romances mais importantes da literatura mundial e foi uma experiência literária e tanto ! Todo leitor apreciador de literatura clássica de boa qualidade deve se aventurar, sem pudor, sem tabu, com espírito crítico e o distanciamento necessário para contemplar o texto em sua magnitude.

?Uma obra de ficção só existe na medida em que me proporciona o que chamarei sem rodeios de prazer estético.? (Vladimir Nabokov)

Murphy 08/01/2023

De fato, deve ser um clássico no meio psiquiátrico
E lá vamos nós... A escrita de Vladimir é bem desenrolada, o que deixa o livro maçante é o narrador. A história é mais um monólogo, visto que apenas o ponto de vista de H. H. é apresentado. Demorei uma eternidade pra terminar, porque, sinceramente, acho que ninguém conseguiria ler esse livro rápido demais sem querer queimar os próprios olhos.
A forma pomposa que o H. H fala, é muito irritante, a maneira com que ele se acha superior a todo mundo é um tanto desgastante, e, sem contar as alucinações e desejos que ele tem pela Dolores.
A descrição que ele faz da Lo, é uma coisa tão inescrupulosa, que eu precisava fechar o livro de 5 em 5 minutos, só pra respirar fundo. Cada vez que eu lia a palavra "ninfeta", era -1 de sanidade na minha saúde mental. E quando ele começou a dizer que a Dolores estava o seduzindo, soube que aquele era o homem, que se existisse, eu meteria uma tijolada na cabeça dele.
Li só pra tentar fazer uma análise do personagem, e terminei com vontade de arrancar meus olhos e queimar meus neurônios pra esquecer de tudo isso.
A falsa moralidade que o personagem diz que segue é ridícula e todas as justificativas literárias ou reais que ele usa pra tentar abafar suas ações, são patéticas.

Caroline Gurgel 01/09/2014

É errado amar, mesmo que seja errado?


Antes de ler esse livro eu só sabia que Lolita era uma polêmica história de um homem de meia idade que se apaixonava por uma adolescente - ou melhor, por uma ninfeta - e nada mais. Temi iniciá-lo pois as palavras amor e pedofilia na mesma frase já me dava náuseas. No entanto, em um daqueles momentos que todo leitor ávido tem de procurar diversas listas de "melhores livros do século" ou "1001 livros para se ler antes de morrer", notei que Lolita aparecia em todas. Em todas! E, claro, pensei, por que não?

Devo, antes, dizer que li umas 80 páginas e parei a leitura, interrompendo-a por um ou dois meses. Digo isso para encorajar os que fizeram o mesmo, ainda que sem motivo, como eu. Sugiro, ainda, que não retomem de onde pararam, mas que a reiniciem com novo frescor. Valeu cada palavra.

Humbert Humbert é um professor de literatura perto dos seus quarenta anos que se muda para a pequena Ramsdale para escrever um livro. Aluga um quarto na casa de Charlotte Haze, mãe de Dolores - Dolly, Lola, Lo, Lolita - a ninfeta de 12 anos por quem Humbert se apaixona perdidamente. Per.di.da.men.te!

Tinha sido amor à primeira vista, à última vista, às vistas de todo o sempre.

O primeiro amor de Humbert foi uma garota de 12 anos, Annabel, quando ele ainda era adolescente. Ela morreu quatro meses após o início da tórrida paixão juvenil, e por isso ele tenta nos convencer de que sua obsessão por ninfetas é, de certa forma, uma busca pela Annabel perdida. Humbert casa-se com Valeria, em uma tentativa frustrada de acabar com sua obsessão por ninfetas, mas Valeria também morre! E é após esses acontecimentos que nosso narrador muda-se para Ramsdale.

A narrativa é em primeira pessoa pelo que é chamado de narrador não confiável, uma vez que Humbert conta-nos o que lhe convém, muitas vezes (ou sempre) tentando convencer-nos de suas boas intenções.

O que você deve saber - que eu não sabia - é que o narrador vai lhe manipular e, por vezes (por muitas vezes!), vai lhe fazer acreditar em cada linha que ele escreve. Julguem-me: eu não vejo o Humbert Humbert como um pedófilo pervertido, vejo-o como um homem que enlouqueceu de amor. Percebe como esse livro pregou uma peça em mim?

Não há como negar que o que Humbert sente por Lolita é amor. Um amor ilícito, mas amor; doentio, obsessivo, ainda assim, amor; possessivo, egoísta, mas amor. Apaixona-se por ela desde a primeira vez que a vê e pretende manter esse amor para si. Bem, assim ele o diz. Convence-nos de que Lolita sempre lhe provocou, que a atração era mútua e de que foi ela quem tomou todas as iniciativas.

"Senhoras e senhores do júri, não fui seu primeiro amante."

É uma leitura perturbadora, mas não me foi nauseante. A escrita é tão incrível que burlou meus pensamentos e me deixou boquiaberta aplaudindo de pé. A adjetivação contida nessas páginas é de fazer qualquer um babar, é inacreditável a capacidade de Nabokov com as palavras. Quantas vezes ele descreveu Lolita? Inúmeras! E todas únicas e fantásticas. A narrativa é rica, poética, meio hipnotizante, de uma estética encantadora.

Apesar de tudo, os personagens são extremamente irritantes, mesmo a "doce" Lolita, o que não deu brechas para que eu tivesse piedade dela. Mesmo diante dos favores sexuais exigidos pelo Humbert Humbert em troca de algumas moedas ou concessões, não consegui convencer-me completamente de sua inocência. Lembrem-se, foi o Sr. Humbert quem me contou a história!

É engraçado que há uma outra figura, Clare Quilty, e este sim é um pedófilo pervertido que dá nojo. Mais uma jogada de Nabokov?

Ao término da leitura, certa ou errada, convenci-me de que Lolita não era realmente ingênua, que não foi estuprada pelo HH e que no início correspondia aos seus flertes. Não sei dizer se ela um dia o amou - ou se algum dia foi capaz de amar alguém, tendo sido tão precocemente iniciada na vida sexual. Porém, torci para ela que fosse feliz e senti pena das lágrimas do amor incondicional, maluco e intenso do obcecado Humbert.

Para quem tem medo da leitura, aviso: as cenas não são gráficas, mas é inevitável que elas se formem na sua cabeça. No entanto, a elegância da prosa é tamanha que você vai lendo e lendo... Acima de tudo, Lolita é uma obra prima da literatura e merece ser lida, degustada e apreciada. Adorei fazê-lo e recomendo de olhos fechados - mas, lembrem-se, mantenham a cabeça bem aberta!



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