Na casa dos sonhos

Na casa dos sonhos Carmen Maria Machado
Carmen Maria Machado




Resenhas - Na casa dos sonhos


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Dija Darkdija 11/09/2023

A casa dos sonhos como resenha
Primeiramente, há que se elogiar a estrutura narrativa. Os títulos dos capítulos não devem ser ignorados, dão pistas essenciais para a leitura de cada parte. Depois, comenta-se do tema, que apesar de cada vez mais alta, aqui é abordado de uma perspectiva ainda pouco vista. Há representatividade queer. Há temas sensíveis. Há analogias inteligentes e eficientes. Há uma fluidez na escrita que se metamorfoseia em fluidez na leitura.

Recomendo demais.
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livrosmortificados 10/09/2023

"um dia, na sala de estar, lhe ocorre que você é o fantasma dessa casa: é você quem vaga de cômodo em cômodo sem propósito nenhum, olhando boquiaberta para as caixas de mudança que nunca foram abertas, sem saber exatamente o que fazer."

De fato o relacionamento abusivo na comunidade lgbt é algo que precisa ser mais abordado, como a Carmem fala no livro, essa nossa vontade de apagar essas coisas "negativas" por conta da lgbtfobia, so nos prejudica sinceramente, afinal somos humanos, e isso está inserido na sociedade, ngm esta imune, independente de raça, genero ou sexualidade.
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jujuwithbooks0 05/09/2023

Na casa dos sonhos é honesto, difícil e real.
Esses são os adjetivos que eu consigo pensar quando lembro dessa leitura.

Esse é um livro de memórias da escritora Carmen Maria Machado. E como nem tudo são flores, essas memórias não são nada fáceis de serem lidas, já que o principal tema é: relacionamento abusivo entre casais do mesmo sexo.

A autora começa o livro falando como é difícil falar sobre o assunto e até mesmo achar obras que também abordam esse tópico, assim como grande parte da história LGBTQIA+ que não existe, sem precedentes.

A história navega entre os relatos e algumas referências que nos ajudam a traçar o drama que ela viveu. E isso me atraiu muito no livro, devorei ele por mais custoso que fosse ler sobre as agressões que a Carmen sofria, então já fica o aviso: é um livro que descreve violência doméstica tanto em agressões físicas como psicológicas.

O que eu mais guardei desse livro foi a autora fazendo uma analogia entre o filme "Um estranho no lago" e essa coisa que muitos de nós - pra não dizer todos - temos de achar que pessoas LGBTs são perfeitas, empáticas, carinhosas sempre. Mas acontece que somos humanos e assim como a própria escritora fala: alguns de nós são cruéis, alguns são assassinos, alguns cometem erros, alguns são confusos.

Esse livro virou um dos meus favoritos pela sinceridade e coragem da autora de abordar um tema que é tido como tabu dentro da nossa comunidade. Além disso, as referências e o modo como ela conta a história prendem tanto.

Fica também a minha dica: quem já leu ou ainda não, depois da leitura recomendo conhecer o livro dela de contos "O corpo dela e outras farras" que a gente consegue fazer várias conexões com as histórias que ela conta aqui.

Recomendo muito a leitura, mas com cuidado!
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Micheli Marques 27/08/2023

O livro retrata um relacionamento abusivo entre duas mulheres. Pra quem está de fora, sempre surge a pergunta, por que ela não sai desse relacionamento? Mas infelizmente, com essa leitura, vimos que não é tão simples. Achei um pouco complexo, pelo jeito poético da escrita da autora e pelas metáforas usadas, esse foi um dos motivos de ter demorado tanto para concluir a leitura.
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Lucas 26/08/2023

A realidade é mais cruel.
Por tudo que autora evidencia no livro, a pessoa percebe como é necessário que histórias como essas sejam contadas.

"A ironia [...] é que pessoas queer precisam desse marketing positivo. Para lutar por direitos que não temos, para manter aqueles que conquistamos." Esse trecho do livro é perfeito para ilustrar como os erros das pessoas LGBTQIA+ são levados a proporções muito maiores na sociedade se comparado com os cometidos por heterossexuais cisgêneros, a imagem que temos que "vender" para o público deve ser perfeitinha e dentro dos padrões estabelecidos pela maioria para que os nossos direitos não sejam questionados e ameaçados.

A comunidade LGBTQIA+ foi e continua sendo alvo de diversos ataques, seja de cunho homofóbico, transfóbico, entre outros tipos, então a pessoa queer escolher focar somente no lado positivo da sua vivência é quase como um escape. No entanto, somos humanos como qualquer indivíduo e pessoas ruins estão em todo lugar, independente da orientação sexual e gênero. Sendo assim, o relato do relacionamento queer abusivo vivenciado por Carmen é importante para que outras vítimas em situações similares possam se identificar e tomar providências mais efetivas e de maneira mais rápida, o que não foi o caso da autora.

A estrutura do livro (as mudanças de estilo, os capítulos ultra curtos) fez com que eu não me conectasse tanto durante a leitura, porém a sua importância é inegável.
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Chimeny 20/08/2023

Necessário, inteligente e criativo.
Nunca imaginei ler sobre relacionamento abusivo de forma tão ácida mas lúdica ao mesmo tempo.
Gostei muito da forma como ele é dividido nos capítulos, faz você ler rápido,engolir o livro.
Alguns socos no estômagos, algumas risadas tragicômicas saem de quem já passou por um relacionamento abusivo.
A importância dele pra comunidade LGBTQIA+ é grande, visto que não se fala sobre relacionamentos abusivos nesse contexto e principalmente lésbico.
Passe a leitura de afeto pra afeto, vale a pena!
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Luiza.Carmo 08/08/2023

Esse livro me pegou fundo, foi um livro que eu precisava ler.
Ao mesmo tempo que esse livro me ajudou em vários pontos, foi um livro dificil pra eu ler, que me deu vários gatilhos, então cuidado, principalmente se você ja sofreu um relacionamento abusivo.
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Li 29/07/2023

Passei muita raiva lendo
Esse é um livro que conta sobre um relacionamento tóxico de duas mulheres. São cada situações bizarras que dá vontade de entrar no livro e tirar a personagem principal de lá.
Os capítulos são bem curtos e a história flui bastante apesar de ser um pouco maçante a repetição de situações.
Acredito que contém vários gatilhos para quem já viveu um relacionamento assim
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25/07/2023

O amor doi? ou tentar caber num amor que não é para si, doi?!
Ao expor a história de seu relacionamento com uma mulher encantadora, mas também volátil e abusiva, Carmen Maria Machado traça um arco narrativo que vai desde o início cheio de promessas até o final difícil e confuso, que deixa marcas impossíveis de ignorar.

Carmen se apaixonou por uma mulher que parecia maravilhosa – elas fazem sexo, viajam juntas, conhecem as respectivas famílias –, mas que acaba se tornando opressiva e aterrorizante, apesar de ainda sedutora. Embora seja difícil resistir ao charme da companheira, a autora cada vez mais se dá conta de que os limites autoimpostos – aquelas balizas que fazem dela a pessoa que quer ser – estão sendo ignorados.

A casa dos sonhos deveria ser um lugar de felicidade e acolhimento, mas como é possível entender a transformação dela em assombro e violência? Em vez de traçar seu passado de forma linear, Carmem Maria Machado o fragmenta para alcançar o maior efeito possível na pessoa que lê, criando um mergulho emocional ao mesmo tempo angustiante e belo.

Neste livro de memórias ousado e brutal, Machado examina um relacionamento abusivo através de sua percepção pessoal, mas também por um viés cultural e sociológico. Ao registrar sua experiência de sexualidade queer e violência psicológica íntima, a autora chama ao palco personagens largamente marginalizados e esquecidos pela história que, invisíveis na narrativa coletiva, encontram ainda mais dificuldade para entender o significado de seus próprios sentimentos.

reflexão pessoal:
UAL! eu diria que com a leitura é possível sentir na pele toda a movimentação, angústia, desejo que é envolvido entre as personagens. comecei a leitura devido a capa, onde me mostrou que uma pseudo-mulher não estava cabendo mais onde ela acreditava ser sua casa dos sonhos e, entendo agora que talvez nessa perspectiva a casa dos sonhos poderia ser a necessidade de utopia: um bom relacionamento, uma casa pra chamar de lar, um lugar que nos sentimos amadas.
tive identificação com a persona de primeira pessoa devido característica física + a necessidade e a falta do amor do outro que sentimentos ter por conta dessa nossa própria insegurança.
sinto que, a gente quer sim gostar do outro. e as vezes colocamos um véu em nossos olhos para não ver o que está literalmente na nossa frente.

a jogada do "clique aqui" para a sequencia da história foi o ponto chave para viver essa experiência na leitura. mesmo que eu tenha tentado passar por ~todas~ as possíveis narrativas, indo e voltando, indo e voltando, me trouxe a sensação de ser e estar no corpo da personagem, porque: ela vai e volta para a relação que tanto dói nela. e, nossa! que sensação.

os sentimentos dessa história foi de pena, amor, alegria, desejo, excitação, tristeza, confusão e outras diversas possibilidades dependendo do contexto que o leitor possa estar incluído na sua realidade.
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Polaroid 22/07/2023

Leitura necessária.
Eu gostei muito desse livro, principalmente a maneira como a autora escreveu ele. todas as partes são extremamente necessárias e importantes. me trouxe várias reflexões e um carinho especial.
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wraith 21/07/2023

Esse é um livro extremamente dolorido que trata sobre um relacionamento abusivo entre duas mulheres. Acabei gostando muito da escrita da autora e pretendo iniciar outro livro dela.
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Kamyla.Maciel 12/07/2023

Carmen Maria Machado conta suas memórias de um relacionamento abusivo, narrando como foi envolvida, porque ficou e como conseguiu superar. Esse livro tem um tema super interessante e que não vejo muito nos livros, o abuso numa relação entre duas mulheres. Estamos tão acostumados a sempre ser uma relação de poder do homem com a mulher que não pensamos que toda forma de relacionamento pode ser tóxica.

A escritora vai contando como sua baixa auto estima foi crucial para que se envolvesse nesse relacionamento abusivo, fazendo com que ela se colocasse em situações de completo desespero pelo outro, pela aceitação e amor do outro. Por acreditar que ninguém a aceitaria, torna-se muito difícil sair da relação, abandonar quem diz que a ama. Tem muitos gatilhos nesse livro, então para quem já passou por algo parecido, pode ser bem forte.

Carmen consegue transmitir o medo que sentia muito bem, fiquei presa em vários momentos. Não tem como não ter empatia, ao mesmo tempo, não tem como não pensar “sai desse relacionamento, mulher”. Mas nada é tão simples dentro de uma relação em que um vive uma dependência total do outro e isso vai sendo mostrado no livro.

Carmen sabe que o que está acontecendo, que não pode esquecer as violências sofridas, mas parece não conseguir se libertar, como tantas mulheres. E aí entra no ciclo do abuso, em que se culpa por aceitar aquele tipo de tratamento, mas, ao mesmo tempo, tenta justificar as atitudes do outro com uma pitada de ''será que isso aconteceu mesmo ou estou ficando louca?''

Apesar de ter gostado, senti falta de algo nesse livro. Eu gostei de Carmen, consegui sentir a dor dela, mas não consegui me conectar tanto à escrita da autora, achei que fugia muito do que estava falando, chegando a ser cansativo. Tinham horas que eu precisava voltar pra tentar entender o que aquilo ali tinha a ver com a história. Viajei em algumas partes. Talvez, ele converse MUITOO bem com quem já viveu relacionamentos parecidos, já que é um livro de memórias reais.

É isso, um bom livro, recomendo para abrir os horizontes sobre relacionamentos abusivos.

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Isabella 03/07/2023

Um livro muito necessário, mas muito arrastado
A escrita é sensacional e a informação sobre a história da violência doméstica é muito interessante. Esse livro levanta muitos pontos a serem discutidos.

Mas há certos momentos que tornam o livro uma leitura cansativa, pois ela vai e volta entre a história desse relacionamento e analogias de situações que acontecem em dinâmicas abusivas. O problema é que esse vai e vem deixa a leitura muito cansativa, porque quando você começa a se interessar pela história, há uma quebra de cronologia, o que é chato.

Por último, achei a escolha de narrar em segunda pessoa e, dessa forma, colocar o leitor no lugar da vítima muito genial no contexto do livro. Acredito que vai ajudar quem não consegue entender o porquê algumas vítimas não vão embora a ter alguma dimensão da dependência emocional que uma relacionamento abusivo causa.
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