Carcereiros

Carcereiros Drauzio Varella




Resenhas - Carcereiros


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nagiulliaxx 12/03/2023

"Cadeia é um lugar povoado de maldade"
Okay, que livro maravilhoso.
Esse livro vai mostrar diversos relatos, além de uma visão mais profunda sobre as prisões e os funcionários dela.
O livro é extremamente visceral e sincero, mostra todos os lados ruins de ser carcereiro, e também mostra o tanto que um ambiente pode mudar a vida de uma pessoa.
Essa obra é muito importante, com todos os detalhes que nela são ditos, em questão de como as prisões são negligenciadas, o modo como as pessoas podem ser cruéis. O que chama atenção é como o livro é cru, é sincero, é real, ele não coloca mais do que a verdade nele, você consegue sentir um pouco mais da realidade dele.
Como o autor disse, apenas se sabe como realmente é o ambiente e os problemas nele vividos quem está constantemente dentro dele.
Esse livro deveria ser uma leitura obrigatória.
É isso, não está tão boa a resenha porque estou abismada com esse livro e com os dilemas que ele me trouxe.
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Martony.Demes 02/03/2023

E que tal saber mais sobre o que ocorre nas cadeias só que sob a ótica dos que estão do outro lado das grades: pelos carcereiros.

História de vidas, pequenas biografias de alguns agentes que trabalham num lugar lúgubre e insalubre. E em maioria são pessoas normais que tem família, sentimentos, vícios e que também erram!

Vale a pena conhecer como eram esses bravos profissionais e como era a rotina deles no âmbito da penitenciária.
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Julia.Mota 06/02/2023

Segundo livro do Drauzio e como sempre, ele impressiona com a sua escrita e como descreve os acontecimentos e fatos sobre os carcereiros, pessoas que infelizmente não são valorizadas pelo serviço essencial que prestam a sociedade.
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souaval 01/02/2023

"Montadores de quebra-cabeças."
Se em Estação Carandiru, Drauzio escreve sobre o código penal, a vida e as histórias dos detentos na casa de Detenção; em Carcereiros, somos inteirados do trabalho insalubre, violento, mal remunerado e precário dos agentes penitenciários. Chamados de "montadores de quebra cabeças", pelo próprio Drauzio, esses homens não só conviviam em um ambiente violento como estavam sempre em atenção permanente, pois a falta disso lhes custariam controle e até vidas.
Além da atenção permanente, a profissão exigia; equilibro mental, astúcia, sabedoria e senso de avaliação e clareza apurados. Para que assim, nada lhes passassem despercebidos ou fossem surpreendidos. Não obstante, seus deveres não os tornava menos humanos, e as histórias que Drauzio conta de algumas das figuras com quem conviveu, mostra o quanto esse trabalho os afetava na vida pessoal, a solidariedade que os envolvia, os atos de heroísmo, e o quanto cada um tentava agir como bem achava mais sensato, nas palavras do próprio.
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cecilia 01/02/2023

a realidade brasileira
minha sincera opinião: a trilogia prisioneiros deveria ser leitura obrigatória de todo brasileiro!
estação carandiru e carcereiros mudaram totalmente a visão que tinha dos presídios brasileiros, e os motivos deles serem assim ? menção honrosa ao massacre em 1992.
neste livro, de. drauzio varella reúne histórias de seus companheiros de serviço durante o período de trabalho na casa de detenção. conhecemos um pouco de como funcionava os presídios antes do massacre e das facções que tomaram conta.
me vi presa na narrativa do dr., e doida para saber mais e mais sobre as histórias, que parecem coisa de filme, vividas por homens que hoje tem/teriam a idade de nossos avós.
se você gosta desse tipo de história ou tem curiosidade, recomendo a leitura de carcereiros!!!!!
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Fernandes34 20/01/2023

Impressionante
É meu segundo livro do Drauzio, não achei que conseguiria ficar mais impressionado após ler ?Estação Carandiru?, grande engano meu, os fatos relatados continuam impressionantes e fazem você rever como enxergar a sociedade e como temos um problema gigante em relação a superlotação das cadeias e o aumento da população carcerária. O livro é super tranquilo de se ler, parece que estamos em uma mesa de bar conversando com o próprio Dr Drauzio.
Com certeza não será o último livro dele irei ler.
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Amanda 11/01/2023

Mais um livro incrível de um profissional incrível
conhecer a experiência do dr Drauzio nos presídios brasileiros - dessa vez com a visão dos agentes penitenciários também - é sempre algo transformador e que me faz refletir muito sobre meu papel como cidadã e futura profissional da saúde. compreender a mente humana, os fatores sociais e ambientais que levam os mais pobres para o mundo impiedoso do crime e perceber o quanto essa população tem sua saúde e bem estar negligenciados pela sociedade - e nessa podemos incluir os agentes - é essencial para construir uma visão de mundo que tenha o cuidado humanizado e imparcial como centro da prática médica.
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giovanna 02/01/2023

"Violência é doença contagiosa"
"A sociedade brasileira, que vive assustada com a violência urbana, é omissão e conivente com aquela praticada pelo Estado, desde que a classe média é os mais ricos sejam poupados. "

Enfim finalizei essa trilogia! Li Estação Carandiru e Prisioneiras no início do ano passado, e acabei deixando pra depois essa leitura várias vezes, até que finalmente peguei pra ler, e como os outros livros do Drauzio, consegui ler rapidinho, porque ele conta tudo com uma fluidez e inteligência muito grandes ? é como se estivesse ouvindo ele contar tudo pessoalmente.

Carcereiros não me abalou emocionalmente tanto quanto Estação Carandiru e Prisioneiras ? acho que tanto por esses primeiros terem relatos mais pesados, quanto por terem sido meu primeiro contato com o assunto do sistema carcerário brasileiro ? mas é tão instigante e doloroso quanto. Ver como o sistema falha com seus funcionários, e coloca eles sem treinamento, auxílio ou qualquer outro amparo para trabalhar, deixando-os para aprenderem por si mesmos, e como a violência de dentro das cadeias muda completamente a perspectiva e o olhar deles sob o mundo e as pessoas, é de deixar qualquer um abismado. Drauzio descreve perfeitamente e em detalhes suas experiências e os relatos de colegas com quem trabalhou por tantos anos enquanto fazia seu trabalho voluntário como médico nos presídios de São Paulo, e varia as histórias com menções e críticas ao sistema carcerário falho, a falta de reabilitação daqueles que são presos e eventualmente retornam para a sociedade, e também a sua posição como indivíduo além de médico, e como às vezes é difícil estar numa posição em que não se pode julgar ou negar atendimento a ninguém, por mais cruéis que tenham sido as ações que o levaram até ali. Indico muito, para qualquer um, a leitura da trilogia inteira; ela abre uma nova perspectiva sobre muitas coisas.

"Reduzir a população carcerária é imperativo urgente. Não cabe discutir se somos a favor ou contra: não existe alternativa. Empilhar homens em espaços cada vez mais exíguos não é mera questão de direitos humanos, é um perigo que ameaça a todos nós. Um dia eles voltarão para as ruas."
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Bruno.Hideki 01/01/2023

Uma dura realidade nunca contada
Drauzio é um autor incrível! Seus livros refletem as suas experiências dos mais variados tipos, como em Estação Carandiru e Por um Fio.
Em Carcereiros, conta agora as experiências dos carcereiros com quem trabalhou na epoca do Carandiru, e faz isso sempre com maestria.
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Stefania 31/12/2022

Novamente Drauzio Varella nos coloca dentro da Casa de Detenção.

A leitura é um passeio nas histórias dos carcereiros, suas famílias e dos detentos.
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Gabriel.Arbes 29/12/2022

O puro suco da realidade
Um retrato claro e cristalino da realidade carceraria do brasil, mas claro do lado de vista dos carcereiros. Que vivem numa espécie de limbo.
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Scarllet 06/12/2022

Arrebatador!!!
Apesar de um livro curto, eu demorei um pouco pra terminar, por diversos motivos: além de ser uma leitura sensível onde você se depara com as facetas da maldade e perversidade humana, tinha trechos que eu não conseguia respirar, de tanto horror.
Assim como o Dr Drauzio, eu sempre tive extremo fascínio pelo sistema prisional brasileiro, a vontade de conhecer, de se perpetuar sobre o assunto, quase escrevi meu TCC sobre.
Acho o sistema carcerário brasileiro falho, e acredito que muitas mudanças deveriam ser feitas pra chegarmos a um patamar digno.
As percepções do Dr são extremamente significativas tanto pra alguém que nunca pôs os pés numa prisão, quanto pra alguém que vive diariamente no meio da malandragem. Estou louca pra ler os outros livros dentro do tema! A sensação de imersão na vida e histórias dessas pessoas é surreal, e amo o fato do Dr ter trago nas suas narrativas, as palavras na íntegra, com gírias e palavrões, dando voz à realidade, e não mascarando pra ficar bonito pra foto.
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Alessandra 25/11/2022

Te faz gostar de quem você condenava
Eu achava essa profissão muito complicada e tinha um pré conceito absurdo da mesma. Achava que os agentes eram violentos por gosto, mas não. A verdade sempre tem mais de um lado, e conhecendo as histórias mais íntimas de parte da equipe do Carandiru você se solidariza e entende muitas de suas atitudes.
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Heloyse 25/11/2022

Que escrita excelente!
Dráuzio dá um show de empatia nesse livro.
A forma como ele conta as histórias que ouviu e viveu, sem julgamentos, buscando apenas relatar e entender as coisas que aconteciam, faz com que a gente abra os olhos para as coisas que evitamos ver.
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DêlaMartins 15/11/2022

Drauzio Varella e sua vivência única nas cadeias
De todos os livros de Drauzio Varella sobre sua vivência como médico voluntário em penitenciárias, só me faltava "Carcereiros". Completei agora: Estação Carandiru, Prisioneiras e Carcereiros.

Ele conta histórias sobre a difícil vida dos carcereiros, principalmente durante o período em que atuou no Carandiru. Histórias tristes, algumas engraçadas, outras emocionantes e até surreais, que, sobretudo, mostram a coragem desses trabalhadores que, desarmados, correm riscos diários. O relacionamento do autor com os carcereiros é de amizade e eles formam um grupo que chamam de Conselho, que se reúne até hoje.

Na contracapa do livro tem uma citação que me chamou atenção antes da leitura e que faz mais sentido depois dos 3 livros. Ele diz que, depois de 23 anos frequentando cadeias (o livro é de 2012 e até hoje, 2022, ele ainda atua numa prisão feminina), não faz sentido especular como ele seria sem ter vivido essa experiência. Ele diz: "Conheceria muito menos meu país e as grandezas e mesquinharias da sociedade em que vivo, teria aprendido menos medicina, perdido as demonstrações de solidariedade a que assisti, deixado de ver a que níveis pode chegar o sofrimento, a restrição de espaço, a dor física, a perversidade, a falta de caráter, a violência contra o mais fraco e o desprezo pela vida dos outros. Faria uma ideia muito mais rasa da complexidade da alma humana".

A visão de Drauzio Varella sobre o sistema prisional brasileiro, com cadeias lotadas por conta de um déficit de vagas enorme e que nunca será coberto, é muito clara. Pra ele, "jogamos" ali os batedores de carteira juntamente com assassinos e estupradores, sem distinção. Nas cadeias, não são "jogadas" as pessoas ricas e apenas nos "livramos" dos criminosos enquanto estão presos. Ninguém sabe e nem quer saber o que acontece dentro das prisões, ninguém se preocupa com a reintegração dos criminosos à sociedade. Sem oportunidade e após a "especialização" nas cadeias, bandidos só podem ser bandidos, não têm espaço na sociedade. Concordo com ele.

Gostei muito da leitura!
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