spoiler visualizarMaah65 23/08/2013
Incrível, surpreendente e melhor que seu antecessor
Mal terminei O clã dos magos e corri pelo A aprendiz, não me arrependendo em nenhum momento de ter comprado a trilogia inteira de uma vez - eu sabia que se ela fosse boa, eu ficaria desesperada querendo ler o próximo, e não teria tempo para ir á livraria mais próxima. Enfim, eu simpatizei com o Lorde Supremo, Akkarin, logo no primeiro livro. Primeiro, por ele ser misterioso e poderoso, e com Dannyl tendo medo dele, e depois pelo ritual de Magia Negra que Sonea o vê fazendo. No segundo livro, eu fiquei completamente apaixonada. Embora eu tenha pensado no final do primeiro "Droga, será que gostei do antagonista?" agora já acho que Akkarin só está sendo mal interpretado, e que não pode revelar de fato a verdade sobre o fato de ele usar sua magia negra. Eu já tinha suspeitado disso, visto que ele, apesar de sério e distante, sempre tem umas reações divertidas, sorrindo discretamente ao longo do livro. A parte que ele apoia o queixo em uma das mãos e encara a Sonea comendo me fez chorar de emoção e levar o meu ship a loucura. Shippo demais os dois.
Enfim, em A aprendiz vemos Sonea começando a frequentar as aulas de magia na Universidade e o bullying que ela sofre ali, pelos outros aprendizes, principalmente por Gerin, o líder da tal gangue. A pobrezinha faz de tudo para fugir deles, inclusive se esforçando para avançar de turma, mas o garoto a persegue, pois também é habilidoso. Com o passar do livro, o bullying vai se tornando pior e você vai sentindo a dor de Sonea e o desespero dela, querendo que ela tome alguma atitude... E quando ela chama o Gerin para um duelo é uma emoção enorme, porque é como algo que você esperou que ela fizesse o livro inteiro. Gritei horrores nessa parte. Por outro lado, fora da Univerdade, Sonea também está aterrorizada com o fato de que o seu guardião agora não é mais Rothen, e sim o Lorde Supremo, Akkarin (Podem acreditar que eu REALMENTE pirei nessa parte), o que, é claro, afeta muito a todos - depois de um tempo, até piora o bullying.
O motivo de ela trocar de guardião foi o seguinte: Akkarin descobriu que Lorlen, o Administrador, sabia sobre ele estar se envolvendo com magia negra. O Akkarin ficou bem revoltado nessa hora, e leu a mente do Lorlen contra sua vontade, descobrindo assim que Rothen e Sonea também sabiam do segredinho do Lorde Supremo. Ele não gostou nada, e pegou Sonea como uma refém, proibindo-a de falar com Rothen e a obrigando a ir morar com ele. Sonea está cercada por todos os cantos, então é um período muito difícil pra ela. Ela se sente atraída por Doerrien, filho de Rothen, mas também tem que desistir dele, para o próprio bem deste.
Enfim, ali diz "escreva o que você achou do livro/o que aprendeu com ele", mas estou tão empolgada que acabei contando toda a história e tendo um ataque fangirl por causa do Akkarin.
REALMENTE sobre o livro, eu o amei. Achei melhor que O clã dos magos, que havia me deixado entediada por umas boas 150 páginas antes que ela finalmente fosse capturada pelos Magos. A aprendiz já começa emocionante, e logo se envolve num ritmo frenético. Parte da história pela parte do Dannyl me deixava um pouco desanimada, porque as descrições nas partes dele eram extensas, o que deixava a leitura um pouco cansativa e nem tão interessante. Estava mais preocupada com Sonea, sofrendo com o bullying dos outros Aprendizes, e toda hora cortava pro Dannyl na sua viagem pelo exterior. Enfim, depois que ele conhece o seu doce assistente e começa a colocar o tema da homossexualidade mais presente na história, eu comecei a gostar das partes dele, até que o livro inteiro passou a ser fascinante e eu queria estar bem informada de todos os cantos da história, não apenas pelo ponto de vista da Sonea (apesar do ponto de vista dela ser a minha preferência, além do de Lorlen, que quase sempre envolve Akkarin).
O livro não tem nada de infantil, quebrando tabus como a homossexualidade, bullying e afins. Não é bobo, muito longe disso, inclusive o oposto. Os personagens também são reais, você sente que eles são reais, que suas emoções são reais, e eu quase os podia sentir ao redor de mim enquanto virava as páginas. Não era como se eles estivessem no livro, e sim ao meu redor. Talvez as descrições incríveis de Trudi tenham feito isso ficar ainda mais forte, já que eu conseguia imaginar todas as cenas como se elas estivessem acontecendo há poucos metros de mim.
Um livro incrível, de uma saga que até agora se mostrou incrível, e que tenho certeza que vai continuar incrível no próximo livro. Preciso recomendá-la a todos, isto é, se tiveram coragem de lerem até aqui. Mas mesmo que só tenham passado o olho por esse final, fica uma dica gentil:
LEIAM A APRENDIZ!