Dois irmãos

Dois irmãos Milton Hatoum




Resenhas - Dois Irmãos


773 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Daniela 10/04/2023

História de família e do brasil
Este livro fala sobre uma família que mora no Amazonas, há uma breve introdução de como era a vida dos pais dos protagonistas - os gêmeos.
O narrador vai contando quem é a família, até chegar nos dois irmãos, conta sobre os períodos históricos e sobre as nuances psicológicas de cada autor.
Eu li este livro porque irei prestar FUVEST, mas com certeza leria por prazer novamente.
A história é muito envolvente e não vejo como não gostar muito do narrador e de Domingas.
comentários(0)comente



Suzy 04/03/2021

Belíssimo!
Gostei muito da História, de como foi contada e também fluída, mas teve momentos que tive que parar por estar meio massante. Eu simplesmente odeio o Omar, pessoa horrível que só trouxe coisas ruins para a família dele. A mãe é outra pessoa que não gosto também, diria que o ciúmes pelo Omar é um ciúmes doentio, e super irritante. Yaqub não é santo, mas diria que foi o melhor dai, junto com o Pai, o Halim. A irmã não tem muito dq se dizer, e a Domingas também, diria que foram "personagens secundárias". Esse livro tem uma escrita muito boa, gostosa de se ler.
comentários(0)comente



Lucas1429 07/04/2023

Esau e Jacó revisto
Essa obra muito me lembrou Esau e Jacó, obra menos prestigiada de Machado de Assis, na qual a trama se desenrola em dois irmãos gêmeos, iguais só no rosto e na paixão por uma mulher, ambos protegidos pelo vigor de uma mãe desejosa de ver seus filhos reconciliados.

Aqui a trama também apresenta irmãos gêmeos, tão diferentes em seu interior, protegidos pela mãe e que brigam, a vida toda, pelas mesmas pessoas, para preencher um vazio no espaço de uma família, de uma casa e de uma cidade que cresce.

Uma narrativa envolvente, digna de elogios, traça os destinos de toda a família de Halim, sob os observadores olhos de Nael, um filho da casa, com comentários dos personagens principais durante toda a obra.

Personagens profundos, bem desenvolvidos e que geram afeto ou repúdio desde seu surgimento, com muitas camadas em suas atitudes, apesar das poucas páginas do livro. Talvez os silêncios e o não dito colaborem para preencher tão bem o que não foi escrito.

Em suma, uma excelente obra, produção nacional de 1a qualidade e merecedora de prêmios e elogios que recebeu da crítica.

Recomendo a leitura, mormente para os interessados em aumentar seu conhecimento da literatura brasileira ou aqueles que querem iniciar, mas relutam, de início, em encarar os grandes clássicos.

Aproveitem, pois este mesmo livro tem tudo para, em breve, também figurar entre as grandes obras de nossa literatura.
comentários(0)comente



Afonso74 24/05/2009

personagens fortes , enredo nem tanto
o mérito do livro está na construção muito bem feita dos personagens e o demérito está na falta de um enredo que faça jus à riqueza de seus protagonistas. de qualquer forma eu recomendo a leitura pois o estilo de Milton Hatoum me agradou nesse primeiro e único livro do autor que li até agora.
comentários(0)comente



gabxviana 28/10/2020

Simplesmente perfeito!
Eu amei tanto, mas tanto esse livro que não tenho nem palavras pra expressar. Uma das coisas mais legais é que a história se passa em Manaus (a minha querida cidade) e possui algumas palavrinhas que só são usadas aqui! Foi ótimo e super prazeroso sair da minha zona de conforto, porque a maioria dos livros que eu costumo consumir, são de autores estrangeiros e eu resolvi apostar logo em um amazonense e posso dizer que foi a melhor decisão que eu fiz.

Vale ressaltar que, o encantador do livro, além de que o enredo se passe em Manaus, é que tudo são memorias do narrador, o qual você conhece apenas no final e que no começo pode ser confuso, mas você acostuma. É abordado temas como incesto, brigas familiar, adultério e etc., mas esses temas são abordados de forma leve, sem muitos detalhamentos, você não se incomoda tanto, apesar de que possa causar uma leve repulsa.

O enredo flui tão bem, que mesmo sendo uma leitura conceitual, pelo fato do livro ser da literatura contemporânea, a linguagem é bem atual e simples e você consegue ler sem nenhum empecilho. Ademais, as cenas são curtas, o que também pode deixar o livro confuso, porém não o torna cansativo.

No começo ao fim, eu nunca fui com a cara de nenhum dos gêmeos. Sabe quando você sente que a pessoa não presta? Então. Eu tinha essa sensação e pelo visto, eu estava certa.

Enfim, livro perfeito do início ao fim.
comentários(0)comente



Komninakis 04/08/2021

Ler por obrigação é sempre muito chato, mas esse livro definitivamente superou as minhas espectativas
comentários(0)comente



Bianca1438 24/06/2023

"O futuro, essa falácia que persiste."
"Alguns dos nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos."

Parte de meus pesadelos familiares pude ver atravéz desse livro. Muitas facetas de Omar posso encontrar aos fragmentos em meus familiares. E tudo que eu posso fazer, é a agir igual à Yakub.

Não aceitem Omares em suas vidas. Isso não é família, é uma maldição que você aceita carregar.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Maria1691 19/07/2023

Meu Deus
O título da resenha é tudo o que eu pensei enquanto lia. Esse livro tem os dois detalhes que cooperam muito bem: tiro, porrada e bomba associados a uma escrita incrível.

Tiro, porrada e bomba porque tem traição, pancadaria, incesto, tentativa de assassinato, estelionato, contrabando, preso político, imigração, trabalho infantil, abuso de poder, assédio, fofoca de bairro... Parece que o autor pegou uma lista de gatilhos e foi distribuindo pelo livro.

E a escrita maravilhosa de frases curtas. O autor parece ter o mesmo problema que eu tenho nas minhas redações, os abençoados conectivos. Ele simplesmente joga as frases, e mesmo assim, faz total sentido. Claro, em alguns momentos a leitura fica cansativa, mas é pela característica do narrador de ficar indo e voltando no tempo, contando uma história dentro da outra, mas depois que você pega no jeito, vai embora numa boa.

Opiniões desnecessárias, mas que eu preciso externalizar:
o tempo todo eu queria esganar o Omar;
concordo com tudo, tudinho mesmo, que o Yaqub fez;
a Zana é um saco;
o Halim e o Nael são incríveis;
e não tenho opinião formulada sobre a Rânia e a Domingas, só sei que a pobre da Domingas sofreu de mais nessa vida.

Enfim, amei esse livro, um alívio dentre as outras leituras obrigatórias!
comentários(0)comente



Liv 17/11/2022

é até que bom, mas é um livro bem confuso e complicado e também tenho várias perguntas sobre e achei um pouco problemático também
comentários(0)comente



y o o n e 06/10/2022

A melhor coisa desse livro é que ele é extremamente brasileiro. Poucos livros que se passam no norte/nordeste do nosso país se destacam, e esse é sem dúvidas excelente ambientado.
A gente odeia genuinamente os personagens, alguns mais que outros, tenta entender sem sucesso a linha de pensamento de alguns.


Os filhos sempre serão resultado da criação que tiveram.
comentários(0)comente



Manuella_3 01/11/2013

O ódio que o tempo não dissolve
DOIS IRMÃOS – Milton Hatoum – Companhia das Letras, 2007.

Vencedor do prêmio Jabuti, o livro conta a história de dois irmãos gêmeos que se reencontram após cinco anos. Há uma ruptura entre eles e um mal estar familiar prestes a ser revelado.
A narrativa em primeira pessoa deixa o leitor curioso para saber quem está contando a história da família libanesa que vive em Manaus. Com avanços e recuos do tempo, sem seguir uma ordem cronológica dos fatos, o narrador vai lembrando de situações conflituosas vividas na família, que tem como ponto dramático o desentendimento entre os gêmeos Omar e Yaqub. Há também a relação incestuosa da irmã Rânia com os irmãos, a preferência da mãe por Omar e o ciúme que o pai, Halim, tem da esposa Zana. Nesse emaranhado de emoções estão inseridos a empregada índia Domingas e seu filho, cujo nome só saberemos no final. Ele narra a história.
À medida que relembra tudo que viveu junto à família, o narrador parece buscar respostas para seu drama pessoal: saber quem é seu pai. Domingas nunca lhe contou e, ao longo do livro, vamos conhecendo cada personagem e a influência que exercem sobre o narrador. Com Halim, o patriarca, tem uma relação de proximidade e afeto, sendo seu confidente. E nutre uma paixão por Rânia, a irmã que nunca casou e tomou a frente do comércio da família. Halim conta sobre seu grande amor pela mãe dos gêmeos, Zana, e de como os filhos lhes roubaram os momentos íntimos e intensos.
Se por um lado o ressentido gêmeo Yaqub avança nos estudos e cresce profissionalmente, fazendo carreira como engenheiro e casando com o amor de infância de ambos, Omar é o gêmeo irresponsável e mulherengo, vive de farras e é protegido pelo cuidado obsessivo de Zana.
Ao reunir as lembranças do que observou na convivência com a família, o narrador tenta costurar a sua vida com os pedacinhos que lhe sobraram. Sua mãe trabalhou até o fim na grande casa dos imigrantes libaneses e a ele restou um quarto nos fundos.
Gostei muito do narrador, sua mãe e Halim, personagens carismáticos e suaves. Zana é a matriarca que rege a família com sua força e vai decidindo a vida dos filhos. Senti mesmo raiva de Omar e sua vida desregrada, sua agressividade e despeito.
O autor traz uma importante reflexão sobre o ódio que permanece, que a distância e o tempo não podem dissolver. Mágoas que vão se sobrepondo na história dessa família que vê o infortúnio chegar e levar Halim, Zana e Domingas. E com as sobras os irmãos carregam seus erros e dores, desconstruindo sonhos e inquietando o leitor, que os vê despidos de suas defesas. Humanos demais.
Com belos trechos da obra, termino o livro com lágrimas nos olhos. Linda e comovente leitura, profunda e sensível, tão real e próxima que chega a doer.
'Alguns dos nossos desejos só se cumprem no outro, os pesadelos pertencem a nós mesmos.' (p. 264).
'Naquela época tentei, em vão, escrever outras linhas. Mas as palavras parecem esperar a morte e o esquecimento; permanecem soterradas, petrificadas, em estado latente, para depois, em lenta combustão, acenderem em nós o desejo de contar passagens que o tempo dissipou. E o tempo, que nos faz esquecer, também é cúmplice delas. Só o tempo transforma nossos sentimentos em palavras mais verdadeiras.' (p. 244)
comentários(0)comente



Naty 22/08/2021

Acho que boa parte dos problemas dessa família seriam resolvidos com diálogo
Mas a proposta de trazer como narrador, alguém que ao menos tempo está e não está na família foi genial
Não é uma leitura fácil, mas posso dizer que é bem interessante
Agora estou com vontade de conhecer Manaus...
comentários(0)comente



Gabi 18/01/2021

"a viagem, a separação. A distância que promete apagar o ódio, o ciúme e o ato que os engendrou."

"uma dor ainda viva, uma paixão ainda acesa, a perda coberta de luto, a esperança de que os caloteiros saldassem as dívidas."

"Praga de palavras: cada um inventa duas e todos acreditam."

"Zana não escutava vaias nem conselhos; escutava sua própria voz"

"não tinha pressa para nada, nem para falar. Devia amar sem ânsia, aos bocadinhos, como quem sabe saborear uma delícia"

" 'Louca para ser livre.' Palavras mortas. Ninguém se liberta só com palavras. Ela ficou aqui na casa, sonhando com uma liberdade sempre adiada. Um dia, eu lhe disse: Ao diabo com os sonhos: ou a gente age, ou a morte de repente nos cutuca, e não há sonho na morte. Todos os sonhos estão aqui, eu dizia, e ela me olhava, cheia de palavras guardadas, ansiosa por falar."

"É melhor assim: lembrar o que me faz viver mais um pouco."

"Mas a memória inventa, mesmo quando quer ser fiel ao passado."

"Toda valentia é vulnerável."

"Escravos da aparência e ocos de alma."

"Pela boca morriam todos."

"Tinha brasa nos olhos, e, quem sabe, cinzas no coração. Calada diante dos vizinhos, muda para os conselhos de fulana, muda para tudo. Mas por dentro, lá no fundo, um banzeiro se agitava."

"Colhe a orquídea mais rara, mas também arranca a aninga da lama."

"Esperava, um pouquinho crédulo, como alguém que anseia colher um pequeno milagre: ver piscar a luzinha do acaso, quando já nada se espera.??"

"Revelou-se um mestre do equilíbrio quando as partes se tensionam. Não reagiu na juventude, quando um caco de vidro cortou-lhe a face esquerda; tampouco conformou-se com a cicatriz no rosto, como alguém que aceita passivamente um traço do destino."

"Deus fecha uma porta e abre outra."

"Mas as palavras parecem esperar a morte e o esquecimento; permanecem soterradas, petrificadas, em estado latente, para depois, em lenta combustão, acenderem em nós o desejo de contar passagens que o tempo dissipou. E o tempo, que nos faz esquecer, também é cúmplice delas. Só o tempo transforma nossos sentimentos em palavras mais verdadeiras"
comentários(0)comente



gabriela 04/09/2021

livro humanizado
Não é um dos melhores livros que eu já li mas superou as minhas espectativas. Fui descobrir o nome do narrador nas últimas páginas no livro, o que não afetou nem um pouco com o entendimento da obra. A história é contada em saltos cronológicos o que torna a leitura envolvente. Os capítulos grandes me mataram na hora de ler, mas o desenvolvimento dos personagens é amplamente cativante. A única pessoa em que eu gostei do livro foi o próprio narrador, talvez por ele está contando a história no seu ponto de vista, o que facilita a familiaridade com o mesmo.
comentários(0)comente



773 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR