Robson 10/09/2014Quando a ruiva irá parar de nos surpreender? Eu não me canso de dizer isso nas resenhas da série Bloodlines: Richelle Mead me surpreendeu novamente.
Eu estava extremamente errado ao dizer que O Lírio Dourado era o melhor livro da autora, eu ainda não havia lido O Feitiço Azul e por isso cometi essa gafe! Agora eu não cometerei o mesmo erro, só posso dizer que a autora se superou mais uma vez e me presenteou com tudo que eu queria e muito mais.
Toda a tensão construída no final de O Lírio Dourado toma forma em O Feitiço Azul. Sydney está cada mais confusa sobre onde está sua lealdade. Mas se encontra em um estágio onde não podem mais negar seus sentimentos por Adrian. Adrian...ah Adrian!! Nosso moroi favorito é um show a parte nesse terceiro volume. Cada frase, cada cantada, cada gracinha e a cada vez que ele declarava descaradamente seu amor me fazia ter explosões de fofura.
Nunca tinha pensado nesses termos antes, mas, de repente, quis muito que as palavras dela fossem verdade.
Desta vez a rainha Mead investe em um desenvolvimento mais frenético, com mais ação e mistério do que nunca. O Feitiço Azul não para em momento algum, a cada capítulo descobertas são feitas, conspirações são formadas e o melhor, Sydney tem sua fé posta à prova através de diversas situações de deixar qualquer um com os cabelos em pé.
Sydney, outrora correta e passiva em relação às suas crenças, agora se mostra em seu auge, enfrentando desafios que eu jamais pensei que Mead a faria enfrentar. Digo isso por qual motivo? Simplesmente porque agora a nossa loirinha está com a bola toda, quebrando seus tabus e indo atrás de respostas acerca de tudo àquilo que lhe foi ensinado. Isso envolve muitos riscos, então a ação só aumenta no decorrer das páginas, tirando o folego de qualquer leitor que já conhece os padrões da autora.
Como se não bastasse estar mergulhada em uma miscelânea de sentimentos e temores, nossa amada alquimista nunca tem sossego e logo se vê em meio a mais um quebra-cabeças sobrenatural.
Sydney enfim conhece Marcus Finch, um alquimista desgarrado, que contra todas as probabilidades vem se mantendo a salvo das garras dessa organização que aparentemente não é tão inofensiva assim. E como desgraça pouca é bobagem, e de quebra ainda temos uma bruxa maluca a solta sugando a juventude de usuárias de magia sem treinamento.
Como se concentrar no que fazer sobre seus sentimentos, quando se tem tanta bagunça para lidar? Richelle Mead não deu folga a Sydney nesse terceiro volume.
Como a Lu, divisíssima, disse: Desgraça nunca é pouco nos livros de Richelle Mead. Esse foi um dos pontos mais altos de O Feitiço Azul a autora ao mesmo tempo em que insere aquela tensão romântica entre Adrian e Sydney (Que pelo amor de deus, quase me matou!), também faz uma megaconfusão na vida da loirinha. Isso faz com que o livro flua bem mais rápido do que os anteriores, combinando mais com a atmosfera misteriosa ao redor dos alquimistas e da bruxaria recentemente presente na vida de Sydney.
A Bruxaria em Bloodlines, aaah, essa bela bruxaria! Eu quero palmas para Richelle Mead, ok produção? Essa mulher só está me surpreendendo recentemente!
Ela conseguiu se sair melhor do que muitas autoras que dedicam suas vidas a escrever livros onde a bruxaria é o enredo principal. Mead simplesmente soube envolver uma boa dose de magia em sua trama, sem se distancia do foco principal e isso me deixou animado, tendo fé de que algum dia ela escreva algo exclusivo do tema (Tem spin-off do spin-off vindo por ai né?). Ela cria plots secundários que caminham juntos com o principal e que, de certa forma, contribuem para que o desenvolvimento seja tão bem estruturado.
Adrian é simplesmente incansável em sua cruzada pelo coração de Sydney, convenhamos isso ele já conquistou dela e de todos nós a tempos atrás, mas o rapaz é realmente insistente. E vai derrubando diligentemente cada pedacinho do muro resistente atrás do qual Sydney procura e proteger.
E mais um vez Mead apronta das suas no último capitulo de O Feitiço Azul, eita mulher para adorar um cliffhanger.
O jeito que ela terminou esse livro me deixou desesperada por Coração Ardente, que, diga-se de passagem, já estou acabando e dele passarei direto para Silver Shadows. Porque final de contas doses generosas de Sydrian nunca são demais.
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http://www.perdidoempalavras.com/resenha-dupla-o-feitico-azul-bloodlines-3-richelle-mead/