Carlos Cavalcanti 18/02/2015Depois de presenciar toda uma guerra, muito sangue sendo derramado, explosões, e muitas outras coisas que aconteceram na batalha entre o Rei GaiusDamora e o Rei CorvinBellos além de uma derrota humilhante, tudo no livro 1 da série Queda dos Reinos, chegamos ao segundo volume onde, posso afirmar com certeza, muitas mortes vão rolar solta (tanto esperadas quanto não esperadas).
Mas vamos lá, Cleo(filha do rei Corvin, de Auranos) é presa e forçada a casar com a pessoa que ela mais odeia no mundo – depois, é claro, do Rei Sanguinário –; Magnus (filho legítimo do rei Gaius, de Limeros) meio que fica bajulando o pai para ganhar a confiança dele mas se vê numa posição complicada quando começa a discordar das atitudes violentas do rei; Lucia (filha adotiva do rei Gaius e da rainha Althea) depois de fazer uma demonstração mais que pública de seus poderes entre numa espécie de “coma” que lá pela metade do livro começa a passar e quando ela acorda está praticamente uma outra Lucia e por fim Jonas (um paelsiano que antes “trabalhava” para o Chefe Basilius e o rei Gaius) voltasse contra o novo rei de Mítica e forma uma aliança rebelde para tentar tirar o Rei Sanguinário do poder.
Em meio a tantas reviravoltas, sequestros, tentativas de assassinato etc, etc, os destinos desses quatro jovens continuam entrelaçados – agora mais do que nunca –. A profecia sobre os elementia nunca foi tão importante quanto está sendo agora, depois que mil anos se passaram e finalmente tudo está começando a fazer sentido para quem realmente acredita nela: uma feiticeira mortal apareceu e um anel que é a chave para controlar a Tétrade – quatro cristais representando os quatro elementos que criaram o próprio mundo – foi encontrando.
O que há de novo nesse segundo volume? O Rei Sanguinário, guiado por sua nova conselheira, decide construir uma estrada que ligará os três reinos de Mítica. Pelo menos é isso o que os cidadãos – facilmente enganados – acham. O propósito real dessa construção vai mais além do que simplesmente unir Mítica e tem a ver com a busca pela Tétrade perdida. O que eu achei interessante, foi que ao longo da construção, que por sinal é banhada em sangue, acontecem três eventos totalmente inesperados que mudam ou moldam o curso dos destinos dos personagens.
Falando em personagens, temos alguns novos na trama: Lysandra, uma rebelde paelsiana que procura fazer justiça; Príncipe Ashur Cortas, do Império Kraeshiano, que demonstra um interesse particular pelo anel e pelas lendas de Mítica – além do que ele muito me lembrou OberynMartell lá pelo final do livro – e uma vigilante imortal chamada Melenia (OMD! Que vaca!).
O estilo de escrita de Morgan Rhodes tem me deixado louco para saber o que acontece com os jovens, mas não apenas isso, tenho aprendido – de novo – a não gostar de nenhum personagem. Por que todo mundo ou sofre ou morre ou é enganado ou é traído? E seguindo o mesmo estilo do primeiro livro, A primavera rebelde termina com uma aliança inesperada (mas que meio que já era esperada ou pelo menos desejada), deixando muitos acontecimentos apenas para o terceiro livro da série. Vale muito a pena a leitura dessa série, mas apenas para citar uma coisa que me chamou muito a atenção nessa edição além da capa, do mapa de Mítica e da lista nova de personagens foram alguns errinhos muito bem visíveis que me deixaram com uma cara de “WTF?”, então se você é extremamente maluco – falta de palavra melhor – com isso, tente deixar passar.
site:
http://ohmydogestolcombigods.blogspot.com.br/2015/02/resenha-primavera-rebelde-morghan-rodes.html