Lip 13/03/2022
Legal mas não tanto quanto o primeiro.
? Acorde, gênio.
Assim começa o segundo volume da trilogia Bill Hodges. O gênio em questão é John Rothstein, um autor consagrado que há muito tempo abandonou o mundo literário. A voz que interrompe seu sono é de Morris Bellamy, seu maior fã ? e seu maior crítico.
Inconformado com o fim que o autor deu a seu personagem favorito, Bellamy invade a casa de Rothstein para matá-lo, mas não sem antes roubar os cadernos com suas produções inéditas. Bellamy acaba sendo preso por outro crime, mas consegue deixar os cadernos escondidos; eles só são encontrados décadas depois, por Peter Saubers, um garoto de treze anos. Quando Bellamy termina de cumprir sua pena e sai da prisão, toda a família Saubers fica em perigo. Cabe ao detetive Bill Hodges e a seus ajudantes, Holly e Jerome, protegê-los de um assassino agora ainda mais perigoso e vingativo.
Nesse segundo volume nós vemos o que aconteceu com uma das vítimas do Assassino da Mercedes, o que aconteceu com ele e sua família depois de algum tempo.
Aqui nós começamos tendo flashbacks dos anos 70 e o que levou o vilão desse segundo volume fazer o que fez. Qual foi sua motivação e, cara, te falar, achei a motivação bem banal. O vilão do primeiro filme tinha uma motivação mais crua e apesar desse cometer crimes mais pesados não achei que o vilão chegou aos pés do primeiro.
Além de que, o ritmo desse segundo volume é bem mais lento que o primeiro com menos páginas e eu confesso que achei o vilão bem chato, ja tava doido pra chegar no presente do personagem principal do que no passado do vilão que eu achei massante.
Parece que o King ficou sem ideia. Parece que foi só uma cópia do plot de Misery e a motivação é parecida, até o vilão age parecido com outros métodos. A motivação do Peter é muito mais crível do que a dele.
Gostei bastante do Peter, da Irmã dele, Tina, da volta de personagens importantes como Jerome e confesso outra vez, como eu amo quando o Jerome fala como Tyrone Feelgood DeLight. Que personagem incrível! Mas voltando, gostei mais ainda da Holly e não tanto do Hodges por alguns acontecimentos que geraram um pouco de raiva dele. E como eu amo também a Bárbara Robinson, ela é muito inteligente.
O livro não é ruim mas também não é o primor que foi o primeiro, Morris não chega nem aos pés de Brady. Os personagens estão bem mais inteligentes, Peter consegue carregar a trama junto com eles mesmo tomando decisões precipitadas mas que qualquer pessoa no lugar dele faria a mesma coisa.