Fabi 24/07/2016
Uma saga no verdadeiro sentido da palavra.
Sim, parece interminável.
Você se empolga, cansa, chora, ri, viaja, luta e literalmente vivencia aquele mundo.
Confesso – sem medo – que foi o livro mais longo e o mais demorado a ser lido; onde me senti em uma verdadeira jornada, em um desafio pessoal literário. Talvez se eu tivesse escolhido as versões individuais não tivesse experimentado este sentimento. Não deve ser a mesma coisa.
Eu não tive pausa. Mesmo descansando alguns dias, eu tinha a sensação de este descanso casava exatamente com o dos personagens e a hora de continuar era a hora de levantar acampamento para mais uma longa viagem ou de me preparar para a batalha.
Não é um livro para fracos e, me perdoem, não é um livro para imaturos intelectualmente (sim, eu sei que isso é pesado); mas a quantidade de informações e detalhes e referências não faz de O Senhor dos Anéis uma literatura rápida e muito menos não reflexiva. É preciso ler, parar, entender e continuar. Você se perde e se acha muitas vezes.
Os personagens são muito bem construídos, tem suas vidas e famílias expostas, lidam com frustrações, medo, angústia e felicidade e nada, e nem ninguém, está ali por acaso.
A cronologia então é um deleite aos olhos, onde você vê o tempo e o aprecia.
Nada em O Senhor dos Anéis é pequeno. Nem o leitor.
A responsabilidade de leitura é ao grande que ao final se tem a sensação verídica de dever cumprido e de ter recebido um presente ao ter tido a chance de lê-lo.
Os filmes são bons, mas não chegam aos pés do universo apresentado nos livros. Eu nem culpo os produtores e diretores, pois, seria um trabalho monstruoso transportar toda aquela literatura para as telas. Mas serviu como referência para alguns personagens.
Enfim, dever cumprido, olhos marejados, presente recebido e alma completa.