Mary 06/01/2022
Ligeiramente órfã após essa leitura kkk
Que livro... não consigo fazer uma resenha que descreva o mix de sentimentos que esse livro me proporcionou.
Concluí essa saga maravilhosa, agora uma parte de mim entristece por não ter mais dessa família para acompanhar, a outra está contente em encerrar com chave de ouro.
Tinha enormes expectativas pra esse livro e elas foram facilmente superadas, acabei dando a ele o posto de meu favorito da série, seguido pelo livro de Freyja e depois o de Morgan, e depois o de Aidan, por fim o de Alleyne e Rannulf juntos. (Eles não são ruins, mas os outros me cativaram mais)
Nesse último livro vamos ver o duque de Bewcastle já com a mansão vazia desde o casamento de todos os irmãos, com o sentimento de "missão cumprida", porém se sentindo solitário. Ele acaba aceitando um convite (verbal e feito pelo irmão da anfitriã, sem o consentimento dela) para participar de uma temporada de festividades na propriedade dos Renables. O fato dele aceitar o convite leva Melanie Renable a se desesperar e procurar a amiga, a persuadindo para participar também e assim igualar o número de damas ao dos cavalheiros.
Christine Derrick, viúva do primo de Melanie Renable, mora no interior com a mãe e a irmã mais velha que não se casou, não foi amparada pela família do cunhado e mantém sua renda ao lecionar geografia para as crianças na escola, não consegue desvencilhar da proposta da amiga e aceita. Então nessa semana festiva, a interação do casal protagonista começa. E já começa um show quando Christine derrama limonada no famoso, frio, arrogante e altivo, Duque de Bewcastle kkk
Eu adorei a construção dos personagens, do relacionamento e das cenas. Vemos uma mocinha que apesar de sentir medo não cede, não desvia o olhar e encara o duque sem se acovardar e ainda ri dele. Não passa as próprias vontades e nem mesmo a idéia da riqueza acima de seus princípios e valores.
E vemos um mocinho descobrindo um lado de sua vida que jamais ousara, o lado sentimental, e logo se dedicando a conquistar a dama que lhe trás tanta luz.
Recomendo demais essa leitura, é sim um livro rápido de ler, cativante e leve, mas também nos trás temáticas para refletir. Nos causa muitas emoções, nos faz torcer pelo final feliz, nos faz querer colocar o duque num potinho e proteger e também nos faz surtar com ele, nos faz rir com as gafes da Christine, nos faz chorar quando entendemos o motivo da frieza de Wulf e derrete nosso coração com o desenvolver do romance. Sou suspeita a falar porque amo um "enemis to lovers" . O romance não surge do nada sabe, o amor é construído, tem muitos obstáculos para superarem, tem o peso da aristocracia sobre eles e chegamos até a lembrar de orgulho e preconceito. A forma como aos poucos eles percebem que são o que o outro precisa e lutam para enxergar um futuro juntos é lindo e envolvente, enfim leiam kkkkkk
O resto desta resenha eu recomendo para quem já finalizou essa leitura e interessa pela minha opinião.
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Me sinto ligeiramente órfã com o fim desse livro, mas creio que já deixei isso claro né? Kkk
?Nos livros anteriores já tínhamos uma idéia a respeito de Bewcastle, mas aqui tudo fica claro, vemos que ele não sabe se divertir já que foi privado disso quando o pai sobreviveu a um infartou e começou a prepará-lo como seu substituto, vemos que ele foi ensinado a ser um homem frio que não demonstra sentimentos e não sabe sorrir. E aí vem Christine que chega iluminando a vida dele, já que é a própria luz, e lógico, cativa ele aos poucos, mesmo sendo o contrário do que todos esperavam da duquesa que ele escolheria, mas é isso né kkkk o amor não escolhe. Ele precisava de Christine, não de uma mulher fria, calculista, refinada e que se priva das alegrias da vida. Eu mesma cheguei a cogitar uma mulher orgulhosa, que fosse capaz que bater de frente com o duque bem plena do jeito que ele faz com todos, mas não. Uma mulher assim só ganharia admiração dele. Chritine em toda sua leveza foi capaz de desestabilizá-lo e ajudá-lo a ver o homem atrás do Duque, sem deixar de ser forte e determinada.
E...foi corajosa ao encarar com todo seu carisma uma família altiva, rica, poderosa e cheia dos narizes aristocráticos. E os próprios reconhecem isso, como vemos aqui:
" ? É preciso admirar a coragem dela ? comentou Freyja. ? Joshua diz que somos um grupo formidável quando estamos todos enfileirados juntos. Diz que podemos ser tão eficientes quando um pelotão de fuzilamento, sem toda a confusão de armas e sangue."
Christine conquistou fácil todos, fazendo Wulf esquecer as classes sociais e a arrogância, ele chega até mesmo mergulhar em um lago em dia frio gente kkkkk
? Christine é maravilhosa, ela é cheia de vida, empática e carismática, ri sem medo e não faz acepções. Mas guarda um trauma, o medo de amar de novo e fracassar como no primeiro casamento, já que seu falecido ex morreu em um duelo, defendendo a honra por achar que Christine o traíra, e tudo isso pela falação do insuportável do Justin que nutria uma paixão por ela.
Aos poucos vemos ela se curar, pois nos últimos anos de seu casamento foi considerada uma sedutora, ela não flertava com ninguém, apenas era gentil e simpática com todos. Então passou a querer assistir os acontecimentos de fora sem participar deles, quando viu que não funcionaria abriu mão então de se casar e se lançou na própria felicidade, vivendo sem medo das críticas. E Wulfric consegue enxergar tudo isso, sendo capaz até de desmascarar Justin (nunca gostei dele, mas não sabia de sua habilidade para munipular dizendo a verdade) e Wulf mostra com suas atitudes que não se deixaria ser levado por fofocas (como de fato não foi, quando Justin tentou manipulá-lo), Oscar foi fraco, não confiava em si próprio e não confiou em Christine. Tornou o casamento tóxico e possessivo, e isso o levou a própria morte.
E é na semana da Páscoa em Lindsey Hall que Chrissie vê que Wulf pode sim ser o homem de seus sonhos. Ele não drenaria sua felicidade, não a enxergava como uma sedutora, não a restringiria, não seria abusivo e ao contrário do que ela pensou, ele possuí coração, mesmo as vezes não sabendo se expressar direito e preferindo erguer a sombrancelha e o monóculo, ela viu que há Wulfric Bedwyn atrás do Duque de Bewcastle e ela passa amar esse homem.
?Consegui me identificar muito com a Christine em querer ajudar tanto os outros e acabar colocando a vontade deles acima da própria, achar difícil dizer "não", não saber guardar rancor e rir de si mesma quando paga mico (senso de humor é tudo).
?Amei demais os Bedwyns casamenteiros, a participação deles nos livros é perfeita kkkk lógico que eles amariam a Chrissie, queria um livro extra mostrando a relação entre eles todos casados agora.
Não consigo escolher uma cena favorita.
Seria Christine achando que não seria notada pelo Duque e logo em seguida derramando limonada nos olhos dele?
Ou Seria Wulfric endoidando por não conseguir persuadir Christine a ser sua amante nem sua esposa?
Ou seria ela caindo da árvore?
Ou então ela caindo no lago serpentine e Wulfric a levando em casa à cavalo?
Christine descendo a ladeira rolando e Wulfric encantado ao invés de horrorizado?
Christine atirando o monóculo dele em uma árvore e o forçando a subir para pegar?
Wulf surpreendo todos com seu sorriso no baile após Christine o olhar através de um de seus 8 monóculos?
Ou a última cena quando ele a procura para pedi-la novamente em casamento (dessa vez do jeito certo e reconhecendo que se amam) e ela aceita ?
Acho que são todas essas, minhas cenas favoritas kkkk
Finalizo deixando essa última cena fofíssima aqui:
" ? Amo Wulfric Bedwyn ? declarou Christine, e havia um toque de travessura em seu tom.
? É mesmo? ? Wulfric atravessou a distância que os separava e segurou as mãos
dela. Em seguida deu um beijo em cada uma.
? É mesmo, meu amor? O bastante para se arriscar comigo? É melhor eu alertá-la. Há uma tradição entre os Bedwyns, que dita que não precisamos necessariamente nos casar cedo, mas que quando nos casamos, entregamos toda a devoção e fidelidade ao cônjuge. Se você se casar comigo, deve esperar ser adorada pelo restante de seus dias.
Christine suspirou.
? Acho que se eu me esforçar muito, consigo suportar isso ? disse. ? Mas só se eu puder fazer o mesmo por você."