Beto 09/08/2020
Rolou química?!
Jovem aspirante a escritor, prestes a se formar no colegial, enfrenta os desafios do primeiro amor, se apaixonando perdidamente por loira gata, misteriosa, que se veste com roupas de homem. Chega a ser cômico, a tentativa da autora de sair da mesmice, embora que, ao menos para mim, rolou química sim.
Na busca por romances despretensiosos, que me prendencem do início ao fim, apareceu este livro que em breve receberá uma adaptação cinematográfica na Amazon Prime.
Para começar, a escrita é ótima, a autora escreve de maneira simples, facilitando a fluidez da leitura. Entretanto, podemos perceber um pouco de excesso em referências de celebridades, filmes, atores de época Hollywoodianos, o que pode cansar aquele leitor que buscar sempre entender o contexto e acaba pesquisando na internet. Outro ponto é sempre que o protagonista está pensando sobre como os outros vão reagir, seus pensamentos são separados por letras (A, B, C...) mas, no geral, isso não atrapalha a experiência.
ATENÇÃO: SPOILER!
O protagonista Henry Page, é o típico cara do bem, tímido, atencioso, que cria coragem para insistir com seu interesse amoroso, Grace Town. Apesar das dificuldades, e ressalvas de seus amigos, ele escolhe trilhar esse caminho, mesmo no fundo sabendo que nunca irá vencer. Sim, é uma disputa injusta.
A interação entre Henry e as pessoas que o cercam é super interessante. Seus amigos amam aprontar dentro de sua casa, um deles é a Lola Leung (quase namorada, que o trocou por uma garota). Ela faz o tipo de amiga cabeça, aquela que diz as verdades e dá conselhos amoros. Sua irmã Sadie, uma talentosa neuro-cientista, com chances de ganhar um prêmio Nobel, mas que vivia aprontando na escola onde ele estuda. Os professores criam enormes expectativas, ao mesmo tempo que temem que ele seja endiabrado como ela era, o que acaba tornando-se um peso em suas costas. Seus pais, são uns malucos que vivem fazendo palhaçadas e deixando Henry sem graça. Tipo de pais que podem se vestir de personagens de Star Trek e agir naturalmente.
Grace Tow, a protagonista feminina, entra na vida de Henry por acaso, ao mudar de escola. Apesar de ser linda e intelegente, ela se esconde atrás de roupas masculinas desajustadas, uma bengala e o mistério que ronda seu passado. Ela é fechada para o mundo, ligada apenas a suas magoas, exceto quando está sobre efeito de bebidas alcóolicas. Como não poderia ser de outra maneira, a mudança acontece na medida que ela vai conhecendo melhor o Henry Page.
O grande destaque fica por conta da mensagem que a autora transmite, temos que aceitar que nem tudo dura para sempre, e isso não quer dizer que não foi eterno enquanto durou. Podemos amar alguém, e sermos maduros o suficiente para entender que não dá para continuar.
P. S.: Ao menos eu interpretei desta forma.
Este livro causou em mim uma mistura de alegria, nostalgia, amor, tristeza, raiva, amizade, fraternidade, além de me render boas guargalhadas.
Por essas e outras que eu recomendo a comprar do livro para apreciar e prestigiar o trabalho da autora.
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