Nossas noites

Nossas noites Kent Haruf




Resenhas - Nossas noites


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thamirisdondossola 28/07/2017

Nossas noites
Este é um livro para todas as pessoas, independentemente da idade, afinal, todos nós podemos envelhecer algum dia, todos nós podemos ter a esperança de envelhecer. Mas, para muitos, a velhice transmite um grande tédio, e justamente é o contrário disso que os nossos protagonistas, Addie Moore e Louis Waters, vão nos mostrar em Nossas noites: a velhice pode ser tão emocionante quanto qualquer fase da vida.

Addie e Louis são vizinhos há muito tempo. Ambos estão na faixa dos setenta anos de idade. Addie perdeu o marido para a morte, bem como Louis perdeu a esposa. Os filhos de cada um se mudaram e seguiram suas vidas. Ambos vivem sozinhos em suas casas no condado de Holt. Mas, essa situação muda quando Addie tem a ideia de pedir para Louis ir até a sua casa durante a noite, para que eles passem o tempo conversando e se conhecendo de fato, pois apesar de serem vizinhos, eles se conhecem apenas superficialmente. Louis reflete e vê na proposta de Addie uma forma de se livrar da solidão, e este era exatamente o objetivo dela desde o princípio.

Com isso, os septuagenários passam a se encontrar durante a noite. Esses encontros despertaram uma série de emoções e sentimentos neles, que estavam adormecidos por conta da solidão, como a insegurança, a ansiedade, a alegria, o interesse e, é claro, o amor. Addie e Louis fazem perguntas um ao outro, deitados na cama de Addie, antes de dormirem. Eles encontram naquele ato de se encontrarem todas as noites, uma forma de se livrarem da solidão. Mas, como nem tudo pode ser perfeito e o local onde moram é muito pequeno, as pessoas começam a comentar sobre o “relacionamento” dos dois.

“Estou adorando, disse ela. Está sendo melhor do que eu esperava. É uma espécie de mistério. Eu gosto da amizade que estamos criando. Gosto do tempo que passamos juntos. De ficar aqui no escuro da noite. Das conversas. De ouvir você respirar ao meu lado quando eu acordo.” (p. 84)

Gostei de Nossas noites desde o princípio. A narrativa de Kent Haruf é bem-humorada e leve. Os capítulos são curtos e narrados em terceira pessoa. Quando cheguei ao final do livro, que possui apenas 159 páginas, senti saudade imediatamente.

Eu me apaixonei pelos protagonistas de uma forma inexplicável. Eu os amo, entendem? Raramente sinto isso, é um sentimento muito peculiar, é diferente quando eu gosto dos personagens. Nesse livro, eu os amei. Me espelhei em Addie e Louis para o futuro. Quero ter a garra e a esperança dos dois. Quero ser forte como eles foram. Quero me manter ativa. Quero manter meu coração bondoso.

“Você quer outra cerveja?
Não. Mas se você quiser mais vinho eu fico aqui até você terminar. Só olhando para você.” (p. 28)

A escolha de Addie não foi aleatória, ela convidou Louis porque acreditava que ele era um homem bom, e ele é, de fato. Os dois construíram uma coisa pura e simples, mas memorável. No início, aquilo tudo era novo e estranho para ambos, mas com o decorrer do tempo, começou a parecer natural, pois era mesmo. É lindo e confortável ver o relacionamento singular que eles passam a construir. E como em qualquer situação da vida, sempre existirão empecilhos, que nesse caso, foram os fofoqueiros e os tradicionais. Não posso me alongar muito nesse quesito, mas fiquei com muita raiva dos comentários de algumas pessoas sobre os dois.

Nossas noites é um livro sobre a esperança. A velhice não pode ser, apenas, sinônimo de tédio ou de fim. A velhice, muitas vezes, pode nos trazer a esperança de aproveitar melhor cada momento que passamos. Enquanto estivermos vivos, podemos fazer tudo aquilo que quisermos e que está ao nosso alcance.

“Soube que vocês andam se encontrando, disse Stanley.
A Addie se dispôs a me aturar, Louis disse.
Isso me faz pensar que pode haver esperança para outras pessoas nesta vida.” (p. 122)

Acabo relatando que adicionei Nossas noites na minha lista de “favoritos”. Este livro é tão simples e tão precioso ao mesmo tempo. Você deveria lê-lo.


site: http://thamirisdondossola.blogspot.com.br/2017/07/resenha-nossas-noites-kent-haruf.html
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Ju 18/08/2017

Uma importante reflexão
Addie Moore e Louis Waters são dois viúvos septuagenários e vizinhos no pequeno condado de Holt. Um dia, cansada de sua solidão, Addie faz uma proposta um tanto inusitada a Louis: que ele venha a sua casa todas as noites para que eles possam dormir juntos, no sentido literal do verbo.

"Não, sexo não. Não é essa a minha ideia. Acho que perdi todo e qualquer impulso sexual já faz muito tempo. Estou falando de ter uma companhia para atravessar a noite, para esquentar a cama. De nós nos deitarmos na cama juntos e você ficar para passar a noite. As noites são a pior parte. Você não acha?"

Louis fica um pouco hesitante, mas acaba aceitando, já que ele também se sente da mesma forma e assim começa uma nova rotina em suas vidas. Toda noite Louis aparece e após beberem alguma coisa, vão para a cama conversar e dormir.

Ao fazerem companhia um para o outro, também começam a se conhecer melhor, mais do que seus próprios ex parceiros, e construir uma relação totalmente nova. Essa relação, porém, não é bem vista por grande parte dos vizinhos da pequena cidade e de seus próprios filhos, que se mostram preconceituosos e egoístas. Os dois precisam decidir, então, até onde estão dispostos a ir para preservar essa nova parte de suas vidas.

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Eu recebi o livro Nossas Noites de cortesia do Grupo Companhia das Letras e se isso não tivesse acontecido, talvez seria uma história que passaria batida por mim, por ser diferente do que eu estou acostumada a ler. Mas exatamente por isso, fico feliz por ter tido essa oportunidade. Gosto de sair da minha zona de conforto literária, ainda mais quando o resultado da leitura é bem positivo.

O livro é curto e com vários espaços em branco e por ser predominantemente composto por diálogos, dá para ler de uma só vez. Não há uma demarcação clara dos diálogos, como o uso de travessões, e isso fez com que eu estranhasse um pouco no começo, mas logo me acostumei e a leitura ficou bem fluída. E como na maior parte do tempo as conversas acontecem entre poucas pessoas, é fácil distinguir quem e quando está falando.

A história é um pouco lenta e sem grandes acontecimentos, puxando mais para um lado sensível e reflexivo e eu gosto muito disso, mas sei que não é o tipo de coisa que agrada todo mundo. Não consigo lembrar de outro livro que eu tenha lido em que os protagonistas fossem idosos e acho importante refletirmos um pouco sobre isso. Não é que não existam livros assim, mas eles não são tão comuns ou conhecidos. É como se apenas pessoas jovens pudessem protagonizar histórias que valem à pena serem contadas.

"Quem imaginaria que, a essa altura da vida, nós ainda poderíamos ter algo desse tipo? Que afinal ainda existe, sim, espaço para mudanças e entusiasmos na nossa vida. E que nós ainda não estamos acabados nem física nem espiritualmente."

Às vezes, mesmo que inconscientemente, acabamos colocando um ponto final na vida antes que ela tenha de fato acabado. Eu faço isso, já me achando velha para fazer determinadas coisas ou como se eu tivesse até tal idade para realizá-las. E a verdade é que estamos cercados de exemplos que nos mostram exatamente o contrário, que sua vida é uma só e você precisa aproveitá-la da melhor maneira que puder, independentemente da sua idade. Talvez eu esteja filosofando demais nessa resenha, mas é por que esse livro realmente me tocou bastante nesse sentido.

Eu terminei a leitura com um misto de felicidade e esperança por toda essa mensagem otimista em relação à vida e ao futuro, e também tristeza. Infelizmente, também somos apresentados ao lado mais cruel e egoísta dos seres humanos, que querem ditar regras e controlar a felicidade alheia.

Além dos boatos maldosos dos moradores da cidade, temos os filhos de Addie e Louis se posicionando contra o relacionamento por motivos baixos. E essa foi a pior parte para mim. Imaginar que uma pessoa a quem você dedicou toda sua vida, possa desejar qualquer outra coisa que não a sua felicidade. Uma pessoa que acha que você deve assumir seu papel de velhinho e ficar quietinho sendo um avô ou uma avó, cuidando do seu jardim ou de seus netos, enquanto espera que sua vida acabe. Como se você deixasse de ser uma pessoa para se transformar em uma ideia que os outros têm a respeito de você.

"Espero que sim. Eu falei para você que não quero mais viver daquele jeito — em função das outras pessoas, do que elas pensam, daquilo que elas acreditam. Não acho que seja uma boa maneira de viver. Não para mim, pelo menos."

É uma leitura que eu recomendo bastante para quem não se importa com narrativas mais lentas e que queira sair um pouco do convencional.

site: https://book-selfie.blogspot.com.br/2017/07/resenha-nossa-noites.html
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Michelle Trevisani 12/07/2017

que amor de livro!
Oii gente! Tudo bem por aí? Hoje a resenha que trago é deste livro lançamento da editora Companhia das Letras que tocou meu coração: Nossas Noites, de Kent Haruf, seu último livro escrito, é tocante, singelo, muito bem escrito, curto, mas com uma mensagem imensa sobre a velhice e sobre como ainda há espaço para riscos, sonhos, romance mesmo depois dos setenta anos.

Nossos protagonistas: Addie e Louis são dois moradores de Holt, uma cidadezinha pacata e pequena do Colorado. Ambos são viúvos. Ambos vivem sozinhos. Quando Addie aparece na casa de Louis, a última coisa que ele esperava era que receberia um convite para dormir com a própria Addie, em sua casa. Mais precisamente em sua cama. Louis achou chocante esse convite de imediato, já que ambos nem eram muito próximos. Era a esposa de Louis que conversava mais com Addie. Que ideia mais absurda, Louis pensou. Mas então Addie se explicou: não queria nada romântico, não era sexo o que Addie estava procurando. Mas estava se sentindo muito sozinha depois da morte do marido. E as noites, bem... as noites se tornavam ainda mais complicadas de serem vividas. Ela simplesmente já não conseguia dormir direito. Parecia que um buraco imenso tomava conta do seu outro lado da cama. E Louis seria a pessoa que iria preenche-lo. Se assim ele quisesse.

Louis pensou a respeito e por fim se decidiu: por que não? Se tudo ficasse estranho demais, era só parar, voltar até a sua casa e fingir que nada havia acontecido. Munido de sua escova de dentes e um pijama, Louis passou a primeira noite na casa de Addie com sucesso. Percebeu que sentia falta de dividir a cama com alguém também. E conversar antes de dormir parece que o fez dormir melhor. Addie também aprovou o arranjo, e noite após noite passou esperar ansiosa pela companhia de Louis.

Mas em uma cidade pequena nenhum segredo é capaz de ser mantido escondido por muito tempo. Não era nem a intenção de Addie, manter aquele relacionamento (?) em segredo. Tanto que pediu para que Louis sempre entrasse pela porta da frente. Mas as más línguas sempre arrumam um jeito de espalhar seu veneno cuidadosamente. E um namoro entre dois velhinhos de mais de setenta anos não é bem visto pelos olhos de ninguém. Porém, as coisas ficam um pouco esquisitas a partir do momento que o filho de Addie fica sabendo dessa nova amizade da mãe e não é muito a favor do que vem acontecendo. Acha que Louis é um velho sem vergonha que só está atrás do dinheiro de Addie.

Leia o restante da resenha no meu blog : LIVRO DOCE LIVRO


site: http://meulivrodocelivro.blogspot.com.br/2017/06/resenha-nossas-noites-de-kent-haruf.html
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Felipe Alado 28/08/2017

Uma leitura Linda que vai contar a história da Eddie e do Louis, ambos viúvos e já septuagenários, que acordam de juntos superar a solidão.
E um ponto forte desta leitura talvez seja a delicadeza em que se é retratado o envelhecimento, a solidão, a Amizade, o Amor e a necessidade de aproveitar as segundas, terceiras ou quartas chances que aparecem na vida.
Enfim... esta leitura irá aquecer seu coração!
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Vanessa Vieira 05/09/2017

Nossas Noites - Kent Haruf
O livro Nossas Noites, último trabalho do autor Kent Haruf, nos traz um romance maduro e sereno sobre amor, envelhecimento e as oportunidades que recebemos de presente da vida. Com uma linguagem clara, objetiva e demasiadamente encantadora, acompanhamos um romance na terceira idade que nasce da mais profunda e verdadeira amizade e comunhão e que se mostra absolutamente radiante.

No pacato e pitoresco condado de Holt, no Colorado, Addie Moore resolve visitar inesperadamente seu vizinho, Louis Waters. Mesmo não sendo amigos, os dois moram na mesma rua há algumas décadas e sabem um pouco da vida um do outro. O marido de Addie faleceu alguns anos atrás, assim como a esposa de Louis, Diane. Septuagenários e viúvos, os dois lidam dia após dia com a solidão que cerca suas casas grandes e vazias.

Addie então propõe que Louis lhe faça companhia ao cair da noite com o intuito de ter alguém para conversar antes de dormir. Mesmo surpreso com a proposta um tanto exótica, Louis aceita o convite e passa a ter uma nova rotina: assim que o dia escurece, ele vai até a casa de sua vizinha e veste um pijama e, juntos, escovam os dentes, deitam-se e conversam até o dia amanhecer. À medida que a amizade entre os dois vai florescendo, suas noites se tornam menos solitárias e vazias. O diálogo entre eles se desenrola de forma natural e espontânea, onde compartilham experiências de vida, histórias, medos, anseios e frustrações. No verão, a casa de Addie se torna radiante com a presença do neto Jamie e a vinda do garoto sela ainda mais a aproximação entre os viúvos.

Apesar de Addie e Louis terem uma perfeita sincronia, os vizinhos estranham cada vez mais a aproximação entre eles e não demora muito para que surjam boatos maldosos sobre os dois na cidade. Pouco a pouco, eles acabam percebendo que manter esse relacionamento peculiar não será nada fácil, principalmente após a grande oposição do filho de Addie...

Nossas Noites é um romance terno e incrivelmente bonito sobre envelhecimento, segundas chances e a redescoberta de pequenos e significantes prazeres da vida. Tecido com ternura e delicadeza, acompanhamos dois idosos se surpreenderem já em idade avançada e adquirirem um novo sentido para suas vidas até então solitárias. Narrado em terceira pessoa de forma pungente e sutil, adentramos todas as limitações de Addie e Louis e também vislumbramos o renascimento de suas almas.

Addie é uma senhora doce e delicada que passou por um grande trauma no seio do lar. Desde então, o seu casamento não foi mais o mesmo, bem como o relacionamento com o seu filho - que até hoje se mostra um adulto um tanto problemático. Sua alegria é a presença do neto, que irradia vida e esperança por onde passa e torna as suas tardes de verão menos solitárias. Admirei a coragem e a determinação da protagonista ao fazer a excêntrica proposta para Louis e o fato dela admitir pra si mesma que não aguenta mais a solidão e batalhar para reverter esse quadro, com audácia e confiança. As histórias que os dois compartilham são edificantes, intensas e um retrato palpável de seus erros e acertos.

Já Louis se mostrou um senhorzinho extremamente carinhoso e atencioso e tal como Addie, também esconde alguns esqueletos atrás do guarda-roupas. Ele se culpa por ter sido infiel à finada esposa - mesmo tendo recebido o perdão dela - e o seu relato de vida é bem inspirador, principalmente para os jovens, graças as experiências vivenciadas pelo personagem na própria pele, bem como o saldo dela presente em suas cicatrizes. Ele procura proteger Addie de todas as formas possíveis e exalta a sua beleza e formosura sempre que possível.

Nossas Noites é um romance que mostra que o desejo de amar e de ter alguém para compartilhar o seu dia - com todos os seus encalços e bênçãos - é atemporal e não desaparece com o avançar da idade. Mostra ainda que o amor é a força motriz que rege o universo e que ele é inerente a todos os seres humanos da Terra, sem distinção. O olhar de Kent Haruf é intenso e afiado e nos detalha a "melhor idade" de uma forma não livre de dores, mas repleta de amor, companheirismo e amizade. A capa é muito bonita e nos traz a fotografia de um quarto iluminado no breu da noite a a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo☺

site: http://www.newsnessa.com/2017/09/resenha-nossas-noites-kent-haruf.html
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Cheiro de Livro 12/07/2017

Nossas Noites
O livro de Kent Haruf (tradução de Sonia Moreira) é desses que te deixam com um leve sorriso no rosto logo nas primeira páginas e, em um mundo literário repleto de jovens adultos e crianças como protagonistas, é sempre bom ter septuagenários contando suas historias. É uma lufada de ar fresco e é um prazer de ler.

A premissa é um tanto quanto inusitada: Addie bate na porta de seu vizinho Louis e o convida para passar a noite com ela, não é um convite sexual, ela apenas quer alguém na cama com ela para aliviar a solidão que sente. É a partir desse convite que esses dois viúvos começam um relacionamento que vamos vendo desenrolar.

O amor e os relacionamentos na terceira idade são um tema quase inexistente nos livros, filmes e seriados. Em um mundo que cada vez temos uma maior expectativa de vida com muita qualidade é quase um absurdo que isso aconteça. As conversas na cama de Addie com Louis cheias de confidencias, com experiência de vida e não duvidas sobre relacionamentos são maravilhosas. Ali eles avaliam suas vidas, relembram suas decisões com a calma de quem sabe que não há o que fazer com o passado e que querem apenas um presente mais calmo.

O relacionamento inusitado dos dois funciona maravilhosamente bem dentro da casa, os problemas deles começam no mundo externo, na percepção dos vizinhos, dos familiares, dos conhecidos de que o que eles estão fazendo é algo imoral, como se houvesse idade para se tentar ser feliz, buscar novos caminhos. É nesse momento que os meus problemas com o livro se instalam. Os preconceitos que são jogados em cima do casal são bem reais, a minha questão é com a reação dos dois a eles. Mesmo em um livro de pequeno e sem grandes reviravoltas me recuso a dar spoilers e atrapalhar a percepção do leitor, vou dizer apenas que acho incoerente o que acontece no final e que isso me deixou com um gosto agridoce ao terminar a leitura.

“Nossas Noites” me proporcionou uma maravilhosa leitura em uma tarde, o livro tem menos de 200 páginas, e mesmo com um final que não me agradou recomendo bastante o livro.

site: http://cheirodelivro.com/nossas-noites/
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@livrosmundofantastico 23/09/2017

Encantador!
Quando Addie vai até a casa do seu vizinho Louis e lhe faz uma proposta estranha para ele que a principio tenta saber a razão dela está lhe propondo isso.

Addie tem setenta anos mora sozinha pois seu marido faleceu a muitos anos e seu único filho foi viver a vida longe dela. Louis também tem setenta anos e perdeu a esposa a alguns anos, mesmo tendo pouca a proximidade com Louis, ela decide lhe fazer um proposta para dormir todas as noites em sua casa. Por morar sozinha estava sentindo falta de uma companhia para conversar durante a noite.

Louis decide aceitar mesmo achado estranho e quando já está bem tarde ele pega seu pijama e sua escova de dentes e vai até a casa de Addie chegando lá eles tomam uma taça de vinho e se acomodam na cama e ficam horas falando de suas vidas, e todas as noites isso se repete e eles acabam descobrindo atitudes que nunca tomaram em suas vidas e sentimentos vão surgindo aos poucos. Mas a vizinhança começa a interferir em suas vidas e o filho de Addie, Gene não aceita a atitude da mãe e faz de tudo para interferir no encontro dos dois.

Duas pessoas que viveram suas vidas e agora decidem conhecer o mais importante o amor, a cumplicidade e a amizade. Uma história linda, verdadeira que faz pensarmos na velhice e questionar 'como será nossas vidas quando tivermos a idade de Louis e Addie'.

site: https://mundofantasticodoslivros.blogspot.com.br/2017/09/resenha-nossas-noites-kent-haruf.html
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Cláudia.Borges 07/08/2017

Nossas noites
Lindo livro ! Muito terno, delicado e real. A história de recomeço e amor mesmo em meio a terceira idade é bonita demais e semeia esperança de que existe vida sim , e de qualidade, na velhice, só precisamos ter coragem e ousar sonhar.
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camila2911 12/04/2024

É um livro bem fofinho, mas eu não esperava esse final. A escolha que a Addie tomou no final foi bem ruim, e eu esperava mais do casal
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Saleitura 30/09/2017

Nossas Noites foi o último trabalho publicado pelo autor Kent Haruf. Ele narra a história de Addie e Louis , viúvos e septuagenários, que moram em Holt, um pequeno e tranquilo condado no Colorado. Eles são vizinhos e vivem uma solidão diária em suas casas imensas e vazias. Addie vai visitá-lo e o convida a lhe fazer companhia nos finais de tarde afim de conversarem "antes de dormir." Todas as noites Louis caminha até a casa de Addie e coloca seu pijama, escova os dentes e vai se juntar a ela na cama onde conversam até adormecerem.

Começam a se conhecer, a compartilharem suas vidas contando sobre suas perdas, conflitos, medos, seus fracassos, insatisfações descobrindo que ainda existe coisas boas para viverem. Addie mostra-se uma senhora meiga e corajosa que enfrentou uma grande perda que refletiu no seu casamento e no relacionamento com o filho. Louis mesmo tendo sido perdoado carrega um sentimento de culpa por ter sido infiel em seu casamento, mas ele mostra-se um homem gentil e atencioso.
"A verdade é que estou gostando. Gostando muito. Eu sentiria falta se não pudesse mais vir. E você?
Estou adorando, disse ela. Está sendo melhor do que eu esperava. É uma espécie de mistério. Eu gosto da amizade que estamos criando. Gosto do tempo que passamos juntos. De ficar aqui no escuro da noite. Das conversas. De ouvir você respirar ao meu lado quando eu acordo."
Addie vai estar com seu neto Jamie por um tempo em sua casa, pois seu filho Gene está enfrentando problemas no casamento. Ela percebe que o neto é uma criança que tem medos que são reflexos dos problemas dos pais. Vai ser muito bonito de se ver como Louis vai interagir com o garoto o que só vem a fortalecer mais ainda o sentimentos entre este casal de viúvos.

Apesar de toda essa harmonia os vizinhos começam a perceber toda essa "movimentação do casal" surgindo comentários maldosos e gerando fofocas pela cidade. Além disso Gene vai começar a implicar com a mãe sobre seu relacionamento com Louis e ela para evitar criar conflitos que venham a magoar e afastá-la do seu neto resolve terminar.
"Nós tivemos bons momentos, disse Louis. Você fez uma diferença enorme na minha vida. Sou muito grato por isso. Obrigado."

Este é um romance sobre o envelhecimento, o reencontro com "os pequenos prazeres da vida" e o poder ter uma nova chance quando pensamos que já é tarde demais.

Uma leitura curta, envolvente que mostra que não existe idade para se encontrar a felicidade e o amor. Sentir saudades do que se foi, poder contar histórias, recordar e falar de amor é um constante renovar. Uma capa simples e bonita que transmite na luz das janelas a essência de sua história.

"Um futuro não necessariamente indolor, mas que não precisa ser solitário."
Resenhado por Irene Moreira
https://www.skoob.com.br/atividades/post/user/59cf114b99d998c3328b52d0

site: https://saletadeleitura.blogspot.com.br/2017/09/resenha-nossas-noites-de-kent-haruf.html
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lucsoa 05/10/2017

?Eles ainda ficavam abraçados nas noites em que ele ia para lá, mas era mais por hábito, por desolação, por solidão antecipada e desânimo, como se estivessem tentando fazer um estoque daqueles momentos para enfrentar o que estava por vir.?
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Julia G 13/10/2017

Nossas Noites
Com uma capa singela, mas que muito representa sua trama, Nossas Noites, de Kent Haruf, logo me chamou a atenção, mas por um motivo não tão nobre: suas poucas páginas. Pensei que, se o enredo não conseguisse me envolver, ainda conseguiria fazer uma leitura rápida, então por que não arriscar? Felizmente, eu estava muitíssimo enganada ao pensar assim e percebi isso logo que o livro chegou às minhas mãos, visto que havia uma carta da editora dentro dele com ótimas recomendações. Quando cheguei ao fim da leitura, lamentei essas mesmas poucas páginas.

Nossas Noites conta a história de Addie e Louis, dois vizinhos septuagenários que já cumpriram todas as "formalidades" da vida e, agora, parecem não ter uma função bem definida na sociedade. Tudo muda quando Addie bate à porta de Louis com uma proposta inusitada: que ele passe as noites na casa dela para terem um ao outro como companhia, sem outras intenções além de ter alguém ali do lado.

"Não, sexo não. Não é essa a minha ideia. Acho que perdi todo e qualquer impulso sexual já faz muito tempo. Estou falando de ter uma companhia para atravessar a noite, para esquentar a cama. De nós nos deitarmos na cama juntos e você ficar para passar a noite. As noites são a pior parte. Você não acha?"

A leitura do livro se torna interessante desde sua construção textual. Sem aspas ou travessões que demarquem os diálogos, o texto exige do leitor maior atenção a cada parágrafo, para que se possa acompanhar a história em sua plenitude. Isso não atrapalha em nada e ainda nos obriga a reparar em detalhes da escrita que, com a devida marcação, talvez passassem despercebidos.

Para além da forma, o livro conquista muito mais por seu conteúdo. Um romance entre "velhinhos" pode parecer desinteressante num primeiro momento para quem vive em plena juventude, mas acho que li poucas histórias de amor tão tocantes quanto essa. Acompanhar Addie e Louis é transbordar emoção e, por isso, Nossas Noites se torna um daqueles livros que acalenta o coração.

É inspirador ver um romance nascer sem aquela urgência da juventude e se solidificar nos pequenos detalhes do dia a dia. Não há aqui aquela incerteza incômoda de um futuro, já que o futuro não importa mais, apenas um dia após o outro. É lindo acompanhar os dois se redescobrirem um no outro, deixarem a comodidade de lado para viverem coisas novas, se tornarem pessoas melhores quando ninguém espera mais algo diferente nessa fase da vida. Fiquei fascinada pela forma como a obra de Kent Haruf mostra o amor como ele sempre deveria ser: sem pressa, sem posses, sem interesses; somente o prazer de ter aquela pessoa ao seu lado.

"Quem imaginaria que, a essa altura da vida, nós ainda poderíamos ter algo desse tipo? Que afinal ainda existe, sim, espaço para mudanças e entusiamos na nossa vida. E que nós ainda não estamos acabados nem física nem espiritualmente."

Além disso, são mais do que válidas as reflexões que o texto traz, sobre idade e solidão, sobre ideias pré concebidas de que idosos não têm mais vida e nem podem ter e em quanto sofrimento isso resulta. No livro, essas características se personificam em todos os habitantes da cidade e, principalmente, na figura de Gene, filho de Addie, que acha que a mãe "não tem mais idade para isso" e faz de tudo para que Louis se afaste dela.

Nossas Noites me conquistou por sua simplicidade, por tratar do amor em sua forma mais límpida, por mostrar como é importante viver sem se preocupar com outros e que há muito mais maldade no julgamento do que no fato em si.

site: https://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2017/09/nossas-noites-kent-haruf.html
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Filyppe.Saraiva 29/10/2017

Que livro maravilhoso, que história delicada. Esse é o tipo de livro que traz aquele prazer em ler à tona.

Tinha assistido a adaptação para a Netflix e fiquei de coração apertado, precisando de mais e... que livro, viu.

Li num dia, em cinco horas, no máximo. De trilha sonora tinha essa playlist incrível: https://open.spotify.com/user/spotify/playlist/37i9dQZF1DX5OepaGriAIm

Recomendo demais!
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JocaBooks 17/11/2017

Delicado. Elegante. Emocionante. Um relato provocativo sobre a eterna possibilidade de. Um estilo de narrativa fluida. A construção de densos e reais personagens a partir de poucas palavras.
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