Bruxa Akata

Bruxa Akata Nnedi Okorafor




Resenhas - Bruxa Akata


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Bruna 30/03/2021

Achei uma leitura riquíssima em termos culturais, porém extremamente arrastada em termos de história. A trama começa promissora, mas sempre que a gente pensa "agora vai", não vai. Fiquei com muitos questionamentos em relação a várias situações acontecidas que não são explicadas ao longo do livro (talvez numa continuação sejam explicadas, porém não sei se esse livro tem continuação) e no fim, fiquei com a sensação de que podia ter sido muito, mas não foi. Mas como disse, pode ser que tenha uma continuação e a história faça mais sentido depois.
Agora em questão de mitologia, eu achei simplesmente fantástico! É um mundo completamente rico em detalhes da cultura nigeriana que te faz entrar de cabeça nos cenários e crenças, que te levam pro lugar onde a história se passa. Gostei também dos questionamentos sociais levantados no livro, que são muito pertinentes.
Enfim, embora a leitura nao deslanche muito, recomendo a leitura!
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Lari 03/06/2020

Minha indignação da madrugada: não ter continuação em mãos!
Eu amei esse livro, descrito como o Hp nigeriano, e estou doida pela continuação, que pelo que vi só tem em inglês... (Será um sinal para voltar a estudar?)
O livro fala sobre magia, abordando os Jujus e sua mágica, nós momentos que eles eram descritos confesso que lembrei MT de uma seria da Nick.. enfim não tive a percepção de ser um HP nigeriano, acredito que a história se desenvolve por si só a ponto de não precisar se comparada a outra.
Bia Guedes 13/06/2020minha estante
Acabei de ler agora e tava pensando se tinha continuação . Gostei do livro e queria tanto continuar nesse universo


Lari 15/06/2020minha estante
Existe q continuação mas não foi traduzida para o português ?, estou apanhando para retomar o inglês e ler no idioma ?




jdelisiario 11/03/2021

Muitos "jujus" e mitologia africana
Um livro que me tirou totalmente do meu lugar comum de leitura, uma grata surpresa que envolveu alguns dramas adolescentes com uma cultura e mitologia africana riquíssima.

Me senti realmente viajando durante a leitura, conhecendo alguns mitos, culinária e estilos musicais que não conhecia.

Leitura super válida, e a comparação como Harry Potter nigeriano é uma proposta incrível!

#leituraTerapia
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Paula A. C. 22/12/2021

Este livro foi um acontecimento em minha vida. Como eu ainda não havia lido essa preciosidade? Estou encantada! A escrita da autora é primorosa, a história é envolvente e os protagonistas, muito cativantes. Queria me juntar aos quatro escolhidos em Leopardo Bate para aprender os mistérios juju. Recomendo demais!
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@blogleiturasdiarias 13/08/2020

Fantasia estupenda!
Bruxa Akata nos mostra porque sempre é tão gratificante as fantasias saírem dos famosos eixos de mitologias e ter representatividade. Sendo o primeiro volume da série Akata Witch, terminei querendo mais! E detalhe: há muito tempo não me encanto por um infanto-juvenil da forma como aconteceu com esse exemplar. Então acreditem, é maravilhoso!

Sunny é uma menina de 12 anos que anseia ter uma vida normal, o que está longe de acontecer. Filha de pais nigerianos e nascida nos Estados Unidos, ela sofre preconceito por seus colegas de escolas ao ser albina. Como se isso não bastasse, ela acaba de descobrir que faz parte de um mundo completamente diferente quando, em casa, ao olhar fixamente para a chama de uma vela se depara com uma cena drástica. Ela é uma pessoa-leopardo, uma pessoa com habilidades místicas. E como nunca foi iniciada ou soubesse da existência desse núcleo, ela precisará aprender e compreender seus poderes contando com a ajuda de três amigos também pessoas-leopardo.

Que desenvolvimento incrível! Talvez eu seja redundante daqui para frente por não ter palavras suficientes para elogios, porém não tem como não enaltecer um enredo riquíssimo e muito bem construído. Trazendo aspectos da mitologia africana, criando uma ambientação cheio de detalhes e pormenores, fica difícil qualquer leitor fã de fantasia colocar defeitos. É uma narrativa extremamente sólida na sua elaboração, com nomenclaturas e termos próprios, que na minha opinião fica indiscutível não ser a maior qualidade da obra. Conheceremos a riqueza que é a cultura africana e seus povos. Preparem-se para adentrar um universo ímpar e que não te faz largar páginas.

Vi muita comparação do contexto com a série Harry Potter, — inclusive internacionalmente é vendido como 'Harry Potter nigeriano' — e acho que esse tipo de paralelo às vezes ofusca o potencial de uma determinada leitura. Indiscutivelmente aqui teremos uma jornada de herói com altas aventuras, com um grupo de personagens principais, vilões, profecias entre outros elementos. Na minha opinião, isso não só se assemelham a esfera de Harry Potter, mas com vários outros que adentram essa conjuntura. Ademais, se gosta desse estilo de narrativa, esse livro é para você.

"— Lição número um — falou Anatov. — E essa é para todos vocês. Aprendam a aprender. Leiam as entrelinhas. Saibam o que reter e o que descartar. Sunny, nós não ensinamos do mesmo modo que as ovelhas. Livros fazem parte do aprendizado, mas a experiência é importante também. Todos vocês serão enviados para ver por si mesmos. Então vocês têm de saber como aprender." pág. 107

Sobre os protagonistas, temos um quarteto cheio de personalidade. Cada qual com suas características e peculiaridades, é interessante perceber como se complementam e suas qualidades e defeitos se sobrepõe tornando-os únicos. Sunny, Orlu, Chichi e Sasha formam uma equipe cativante! E falando especificamente da Sunny, acompanharemos seus percalços e receios ao tentar entender quem realmente é. Pensei que pela questão dela ter somente 12 anos me seria um fator negativo quando pesasse na balança suas ações, contudo entendi suas atitudes e escolhas, acreditando serem condizentes com a faixa etária que é indicada. Talvez seja promissor a autora explorar o amadurecimento deles nos sucessores.

Os desdobramentos nos levam a crer que algum momento teremos o ápice de toda situação criada, e o final é onde o encontraremos. Tenho a ressalva de achá-lo muito corrido e com demasiada informações relevantes em um curto espaço de páginas, no entanto nada que atrapalhe o todo. Esse fim é eletrizante e aguça a curiosidade para um possível sucessor — que nesse caso existe!

De uma forma geral, Bruxa Akata cumpre seu propósito de ser uma excelente leitura! Adicionado de uma forte presença do afrofuturismo, de dar voz a etnias que precisam ganhar mais aberturas dentro da literatura, ele se converte em um prato cheio. Recomendo de olhos fechados.

Na parte física a capa simboliza perfeitamente seu conteúdo, e a considero expressiva. A diagramação é a padrão da editora Record — limpa e espaçada, sendo confortável de ler — com pequenos detalhes que realçam essa parte interna. Não encontrei erros de revisão. A narrativa é feita em terceira pessoa pelo ponto de vista da Sunny.

"As pessoas-leopardos são diferentes. A única maneira que temos de ganhar chittim é aprendendo algo. Quanto mais se aprende, mais chittim se ganha. O conhecimento é o centro de todas as coisas." pág. 80

No aguardo da Galera Record lançar o próximo! Espero que tenham gostado.

site: https://diariasleituras.blogspot.com/2020/07/resenha-bruxa-akata-nnedi-okorafor-galera-record-akata-witch.html
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Luvanor N. Alves 25/10/2022

Uma grande surpresa encontrar e conhecer Bruxa Akata e a escrita leve de Okorafor. Já no aguardo pela continuação da história de Sunny .
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Queria Estar Lendo 11/01/2019

Resenha: Bruxa Akata
Bruxa Akata é o primeiro título da série Akata Witch, da autora Nnedi Okorafor. Publicado aqui no Brasil pela Galera Record, segue a fórmula de um infanto-juvenil perfeito, com um universo rico e muita aventura a oferecer.

Na trama, Sunny vive entre realidades divididas. Ela nasceu nos Estados Unidos, mas se mudou com a família de volta à Nigéria quando era pequena. Tem muito de ambas as culturas na garota, mas ela não é bem aceita na escola por parecer distante da sua realidade; Sunny também é albina, o que faz que os colegas olhem torto e a tomem por diferente.

Sem querer, eis que ela descobre que, realmente, não pertence ao mundo daquelas pessoas. Ela tem sangue mágico, é uma pessoa-leopardo - e, ao embarcar nesse universo distinto para se entender e entender seus poderes, vai descobrir que sonhos de seu passado estão ditando o que pode acontecer no futuro.

Bruxa Akata, como eu mencionei, segue a fórmula de conhecidos títulos infanto-juvenis que já ganharam as estantes do mundo todo: Harry Potter, Percy Jackson, As Crônicas dos Kane - com o diferencial de explorar um cenário e cultura que não fazem parte do mainstream, usando a riqueza da África e da sua mitologia para compor o universo que Sunny vive.

Essa divisão entre mundos para a protagonista funciona bem quando encaramos o que ela conhecia e todas as novidades que vêm com a sua iniciação mágica. Sunny é uma garota atlética, apaixonada por futebol e por aventuras, mas, uma vez confrontada sua herança e apresentada aos perigos do universo das pessoas-leopardo, Sunny entende que carrega mais responsabilidade do que se permitia imaginar.

"Mentiras são uma coisa do mundo físico. Elas não podem existir no mundo natural."

Além disso, mesmo no lado encantado ela não é exatamente comum; Sunny é uma agente livre - pessoa-leopardo que nasceu de pais comuns - e tem habilidades sensitivas especiais que, como muitas coisas que conhece, não são completamente explicadas.

Aí entra minha primeira crítica. Como leitora e autora de Fantasia, entendo o famoso "você vai descobrir isso em breve" em vez de simplesmente contar a informação logo de cara; mas achei que a autora abusou demais desse artifício. Sendo Sunny uma iniciada perdida no mundo mágico, é natural que a gente se perca junto com ela enquanto faz suas descobertas, mas demorou quase 200 páginas pra eu sentir que estava suficientemente familiarizada com aquela história - o que dificultou na imersão.

O mundo das pessoas-leopardo é de uma riqueza e detalhes sem tamanho. Por se tratar de um infanto-juvenil, Nnedi apresenta tudo com simplicidade, deixando as coisas vagas - conforme minha crítica - e muitos espaços em branco em relação a entidades, mistérios e informações que podem mudar o futuro da personagem.

Junto à protagonista, temos um trio de coadjuvantes que poderia ter sido mais bem desenvolvido, em minha opinião - mas, como esse é o primeiro livro da série, vou dar o benefício da dúvida de que eles ainda ganharão sua devida atenção.

"- Preconceito gera preconceito, sabe? O conhecimento nem sempre evolui para a sabedoria."

Orlu é o garoto quieto e estudioso, centrado onde Sunny e os outros são mais elétricos e descontrolados. Ele já foi iniciado e já tem ligação com a magia por conta da família, mas nem por isso deixa de se surpreender com novidades que esse mundo tem a oferecer - muitas delas relacionadas à chegada da Sunny ou à burrice de alguns colegas de estudo.

Chichi e Sasha foram... Ok, eu diria. Não gostei muito dos dois, mas também não desgostei completamente. A sensação foi de que eles estão ali para ser o contrapeso da ordem que a Sunny e o Orlu ainda obedecem, mais caóticos e distantes das regras do que deixam transparecer.

Como grupo, eles formam uma dinâmica interessante - mas, como eu senti a falta de desenvolvimento, as cenas acabaram soando mecânicas. Era coisa de eles estudam, conversam, fazem perguntas, ficam sem respostas, repete. Não tem muita coisa acontecendo além das informações vagas e das dúvidas que a trama vai plantando na sua cabeça, e as respostas que chegam são apressadas e só vêm com o final do livro - deixando vários pontos de interrogação na sua cabeça.

Mas, de novo, esse é o primeiro livro de uma série - e a autora claramente vai utilizar todas essas interrogações para desenvolvimentos futuros. Eu posso já ter passado por títulos demais com a fórmula dos infanto-juvenis que a Nnedi usou aqui e acabou não sendo uma experiência de leitura tão boa exatamente por isso; muitos detalhes pareciam familiares demais, então eu acabava não me surpreendendo como deveria.

Em meio à fantasia, achei maravilhoso como a autora encontrou os momentos certos para falar sobre sexismo, racismo e sede de poder. Por se tratar de um livro para o público jovem, é extremamente importante usar esse espaço para desenvolver críticas sociais e representatividade dos discursos; a narrativa flui fácil e, em meio a jujus (os encantamentos da mitologia) e histórias sobre entidades místicas, os personagens também vivenciam momentos bastante próximos da nossa realidade, abrindo espaço para criticar as problemáticas que existem.

"A vida ficava cada vez mais estranha. Mas ela realmente gostava dessa estranheza."

Bruxa Akata traz um cenário fantástico rico e exuberante, com uma protagonista carismática em meio a perigos inesperados; a leitura perfeita para quem quer começar uma aventura.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/01/resenha-bruxa-akata.html
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Lili 05/08/2021

Esperava mais...
Não chega a emocionar ou empolgar. Influência (Harry Potter) c direito a pássaro gigante, escola de 'bruxos', bullying....etc
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iwantedtobeabird0 26/08/2023

"- Vocês viram como ela joga? - Igualzinha a Pelé!"
Esse é um livro que comecei sem muitas expectativas, não sabia sobre o que se tratava, apenas achei a capa bonita.

É uma fantasia muito divertida, a história me prendeu bastante, tem muito sobre a cultura africana, além de ser o primeiro livro que leio(e conheço) com protagonismo negro albino.

Estou ansiosa para ler o segundo volume!
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Beca 16/08/2022

Para um livro que foi comparado com a saga Harry Potter eu esperava muito mais. Não simpatizei com a protagonista e isso conta muito porque qualquer coisa que Sunny fazia eu automaticamente revirava os olhos. Muito imatura e de pouca personalidade.

A mãe de Sunny é outra que tinha tudo pra ser trabalhada e foi colocada com uma ou duas frases de efeito e o resto é ladainha. Somente nas últimas páginas revelou alguma coisa e fez-se importante. Mas ainda assim, dispensável.

O livro só ficou interessante de 75% em diante. E ainda assim, acho que poderia ser mais trabalhado. Sunny não sabia de NADA e, de repente, sem preparo nenhum, consegue fazer isso e aquilo. Não engoli isso.

Enfim, apesar da leitura rápida, o livro me decepcionou. Foi mais uma questão de terminar logo esse livro que de estar envolvida nele.
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gabi 05/07/2021

O universo de Leopardo Bate
A autora apresenta um universo simplesmente maravilhoso e fantástico, cheio de detalhes e da cultura africana, a descrição do mundo das pessoas-leopardo é maravilhosa; me apaixonei também pelos quatro personagens em que a história gira em torno.
Porém eu me senti na maior parte do livro como a protagonista, completamente perdida. Acho que muitas coisas do propio universo do livro ficaram sem explicação; além do conflito final (que estava sendo mencionado durante todo o livro) acontecer nas últimas 30 páginas e de uma forma muito rápida, sem muita explicação.
Vi que o livro ganhou uma continuação e espero que essas pontas soltas possam ser encaixadas no segundo livro.
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Crônicas Fantásticas 15/09/2020

Bruxa Akata
Resenha por Thamirys Gênova

Título: Bruxa Akata | Autor: ​ Nnedi Okorafor​ | Editora: Record (Selo Galera Record) | Gênero: fantasia | Páginas: 322 páginas | Ano de publicação: 2018 | Nota: 4,0/5,0

As obras de um artista, ainda que não intencionalmente, carregam nelas as marcas do tempo e do lugar desse autor, ou seja, uma obra revela muito da sociedade na qual foi concebida. ​Bruxa Akata​ nos leva diretamente à África, mas não a que estamos acostumados a ver retratada de modo genérico. Essa África tem gírias, línguas, costumes, tribos, roupas, religiões, globalização. É a África do século XXI com magia. É uma obra livre dos estereótipos brancos sobre como a África deveria ser… Imagina só o que vem por aí!

Nossa viagem literária tem um destino específico: a Nigéria de Nnedi Okorafor. Ela é professora universitária e já foi vencedora de dois importantes prêmios literários, Hugo e Nebula, pela obra ​Binti​, publicada em 2015. Seu livro de maior sucesso é ​Quem Teme A Morte​ (2010), que vamos resenhar por aqui ainda este ano. Nnedi traz em sua narrativa duas marcas que considero muitíssimo importantes para um autor: maturidade literária, ou seja, um repertório de recursos que permite criar obras robustas, e essa marca de sociedade que comentei logo acima. É notável o quanto as questões nigerianas estão no centro de sua criação, como isso transforma sua aventura numa história memorável. Considero isso um dos aspectos mais dignos de serem admirados num escritor: o valor social de sua arte.

O modo como tenho introduzido ​Bruxa Akata​ pode fazer vocês pensarem que é um livro formal, cheio de filosofia e beletrismo. Nada disso! Ele foi apelidado de “Harry Potter nigeriano”, e isso faz jus ao público para o qual ele foi endereçado. A narrativa é muito divertida, juvenil, leve, e dá aquela vontade adolescente de estar com os personagens nas cenas de ação.

Nossa protagonista e narradora é Sunny, de 12 anos de idade. Albina, ela chama a atenção de outros alunos que zombam de sua pele. Além disso, Sunny carrega outra diferença pela qual é discriminada: morou com os pais nos Estados Unidos e se mudou para a Nigéria já adolescente. Ela é o que os outros colegas costumam chamar de akata​​: o africano ocidentalizado.

Depois de ser discriminada em sala de aula, logo no início de sua vida escolar nigeriana, Sunny é defendida por um único aluno, Orlu. Ele passa a ser o principal confidente de Sunny, exatamente quando tudo está para mudar. Uma noite, observando a chama de uma vela, Sunny vê o fim do mundo, e se assusta. Ela tem certeza que a vida na Nigéria tem algo a lhe revelar.

Com a ajuda de Orlu e dois outros amigos que encontra ao longo da história, Chichi e Sasha, nossa jovem narradora descobre que faz parte do seleto grupo de pessoas-leopardo. Os leopardos são humanos com habilidades mágicas concedidas a eles por nascimento ou merecimento. Como se não bastasse, Sunny também é uma agente livre, o que significa que além das habilidades, ela também consegue transitar no mundo dos vivos e no dos espíritos. Imaginem isso: aos 12 anos de idade, com pais controladores, deveres de casa, e claro, alguns demônios ancestrais causando encrenca pelo caminho.

Até aqui, todos concordamos: é muita informação para uma menina de 12 anos. E aqui também chegamos ao ponto inicial da nossa resenha: é justamente a relação entre o estranhamento de Sunny e a velocidade da narrativa que torna a história interessante. Nós, leitores, compartilhamos do drama de Sunny, que é levada de um lado para outro, pelo menos por um terço da história, sem saber direito o que está havendo. Por consequência, – e isso foi genial da parte de Okorafor – a narrativa não permite ao leitor acompanhar com precisão o encadeamento dos acontecimentos até que Sunny comece a entender o que a magia significa e nos relatar suas descobertas de forma mais completa e linear.

Um segundo aspecto que acho importante em Bruxa Akata​, é que a aprendizagem de Sunny não é baseada em uma bruxaria “escolar”. Toda a evolução da menina como pessoa-leopardo, embora tenha uma hierarquia mágica marcada, não depende apenas de seu sucesso ao aprender ​jujus​ (como são chamados os encantamentos e feitiços) ou seu conhecimento literário sobre como se camuflar entre as ovelhas (humanos sem poderes mágicos).

As coisas realmente importantes de sua trajetória são feitas com ímpetos de coragem, decisão e reconhecimento de que ela pode ser albina, akata​​, mais jovem e menos experiente em ​jujus​ que seus colegas, e ainda assim, arrebentar como pessoa-leopardo. Achei MUITO significativo que a progressão dela esteja muito mais vinculada ao sucesso em habilidades socioemocionais do que em cumprir ritos acadêmicos, como provas e notas. Isso também se repete nos casos de Orlu, Chichi e Sasha, que acompanhamos por tabela, ao lado de Sunny.

A aventura traz ainda mais uma discussão, bastante oportuna: poder e ética. As pessoas-leopardo, na forma como Sunny é orientada por seus mentores, são absolutamente proibidas de usar suas habilidades em benefício próprio. E quando isso acontece na história, elas são punidas magistralmente, ou seja, erros tem consequências, inclusive usar as habilidades para levar vantagem em cima de outros que não a possuem. Achei muito bacana mostrar essa relação ética no mundo mágico, especialmente porque a autora vincula esses “abusos” mágicos ao ​bullying​, um problema que sabemos ser cotidiano nas escolas do mundo todo, especialmente na faixa etária desse público leitor.

A autora traz em seu enredo um problema que ocorre na Nigéria, tratado como o vilão da história: o desaparecimento de crianças nigerianas, brutalmente assassinadas em rituais de magia. O maléfico Chapéu Preto deve ser derrotado por Sunny e seus amigos, e essa pode ser considerada uma mensagem de apoio e alerta às crianças nigerianas ameaçadas por essas situações. Os vilões podem ser enfrentados, mas nunca por pessoas despreparadas e sozinhas. E magia nunca deve ser usada para ferir outras pessoas. Há uma punição aqui ou em outro lugar, mas certamente há.

Em resumo, é um livro bastante divertido, bem construído e que mostra a cultura nigeriana de uma forma bastante leve, natural e principalmente, original. Apesar da comparação a Harry Potter, Okorafor consegue cravar diferenças que tornam sua narrativa parte de uma rede, mas única em suas referências e questões.

Um último aviso e justificativa: o livro recebeu nota 4, pois apesar das várias qualidades que mencionei aqui, o primeiro terço de história é bastante arrastado. Realmente, é difícil acompanhar os fatos até Sunny “engatar” como pessoa-leopardo. Isso pode desencorajar muitos leitores, e confesso, quase me desencorajou. Embora faça parte da estratégia da autora (no meu entendimento, que fique claro), acho que pode ser um ponto de “desalinho” que pode causar incômodo ou uma impressão de “errou a mão” em alguns. Por esse “desgaste inicial”, nota 4,5

Você pode encontrar o livro “Bruxa Akata” aqui.

Leia mais resenhas em cronicasfantasticas.com.br

site: https://cronicasfantasticas.com.br/2019/03/05/bruxa-akata/
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Rosy-@mother_ofbooks 08/10/2022

Uma fantasia cheia de cultura
É um livro bem infanto juvenil, porém cheio de surpresas. Vemos muita cultura e aprendemos muito sobre os costumes africanos.
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Nayara Sevciuc 02/05/2023

Adorei!!!
Eu não lembro muito como cheguei nesse livro, acredito que por algum booktuber. O importante é que cheguei nele.
Demorei pra começar, mas depois a leitura fluiu demais. Adorei os personagens e o universo desse livro.
Único ponto que achei meio chatinho foram os momentos na escola, quando tem as brigas, mas não chega a estragar o livro, tanto que mantive minhas 5 estrelas!!!!
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AnnaFernani (@maeefilhaqueleem) 22/08/2020

Sunny tem 12 anos, é filha de nigerianos, mas nasceu nos EUA e quando tinha 9 anos sua família decide voltar p/ a Nigéria.
Ter tantas culturas diferentes já era difícil, mas ser albina deixa a vida de Sunny um pouco mais complicada na escola p/ ser aceita, fazendo ela ter um único, Orlu, q a apresenta sua amiga Chichi.
Só q Sunny não imaginava q conhecer Orlu e Chichi mudaria a sua vida p/ sempre... eles são pessoas leopardos, seres com poderes extraordinários e ela tb possui esses poderes.
Quando Sasha se junta ao grupo, eles começam a receber ensinamentos do Mestre Anatov e vão acabar descobrindo q mesmo tão jovens, uma grande e perigosa responsabilidade foi dada a eles, deter um assassino q se torna a cada dia mais poderoso.

"Preconceito gera preconceito, sabe? O conhecimento nem sempre evolui para a sabedoria."

Quando me indicaram essa leitura eu li q era o Harry Potter nigeriano e como uma boa apaixonada por fantasia logo já quis ler. Sim... Vc pode comparar várias coisas com HP, porém o livro te faz viajar nas mitologias africanas e em uma cultura q eu amei conhecer mais. Além da mágia, temos os temas racismo, sede de poder e principalmente o q a mulher nigeriana sofre apenas por ser mulher em um pais preconceituoso q só valoriza o homem (amei Sunny arrasar no futebol ?).
Acho q como primeiro livro de uma série, esse serviu bem como uma introdução ao mundo e personagens, mas agora espero ansiosa o segundo volume Warrior Akata q ainda não foi lançado no Brasil, mas q promete levar Sunny e seus amigos a novas e grandes aventuras e ensinamentos.
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