Cami Sanches 12/02/2023Potência"Desabei naquele pátio que tinha sido palco para tantas brincadeiras e festas daquela gente rica. Chorei pela minha filha, ainda tão menina... pela minha mãe, que um dia esteve no lugar onde eu estava agora, e por mim, que um dia fui como Mabel, uma garota que se achava muito adulta. Por que esquecemos tão rápido que já fomos jovens? Ficamos eu e ela em silêncio por alguns minutos que pareceram eternidade" (p. 91)
Terminei este livro arrepiada como nunca.
Nas sutilezas Eliana transparece (de forma magistral) todas as profundidades, todas as camadas, toda a complexidade da vida humana.
É interessante o movimento da escrita que reconforta ou te colocar em uma posição completamente desconfortável.
Isso faz sentido?
É como me senti.
A escrita de Eliana é como uma senhora gentil, porém muito firme, centrada e consciente, que luta pela emancipação de todas suas causas, expondo, ao mesmo tempo que te ampara, o pior que existe no humano.
Faz sentido, novamente?
Não sei, só sei que me sinto completamente inspirada.
Precisamos seguir lado a lado, juntas e lutando.