Coruja 26/12/2019 Fiquei de olho grande nesse livro desde que a Darkside anunciou que iria publicá-lo. Li de uma tacada só; terminei e voltei ao início para digerir com mais vagar as belas ilustrações da Emily Carroll, numa obra em que as palavras apenas sugerem, mas imagens criam, a um tempo, horror e fascinação. Dentro dos elementos de uma “graphic novel”, os enredos são bem simples, mas a parte gráfica realmente salta aos olhos.
Floresta dos Medos não é exatamente o que eu chamaria de macabro. Há algo de mais sutil no terror que Carroll tece em cada conto, gótico, algo que parece se alojar abaixo da pele (como a colônia de criaturas que toma o corpo de alguns personagens) e causar um desconforto, uma sensação de deslocamento da realidade. Uma certeza de algo inescapável. Como as irmãs que desaparecem na neve uma a uma, ou a jovem noiva que escuta uma canção misteriosa sobre sua predecessora, ou o rapaz que sabe que quem se apresenta como seu irmão não pode ser de fato um homem.
Dica importante: a autora mantém um site próprio e é possível ler vários de seus quadrinhos por lá, de forma gratuita (só dei uma olhada por cima por enquanto e vi que pelo menos um dos contos do livro está disponível lá). Vale dar uma conferida para conhecer o estilo da Carroll e também para descobrir mais histórias se Floresta dos Medos tiver te conquistado.
site:
https://owlsroof.blogspot.com/2019/12/o-resumo-da-opera-decada-ainda-nao.html