PorEssasPáginas 11/03/2020
Confesso que fiquei bastante tempo admirando a capa antes de optar pela leitura do livro. Acho que à primeira vista a sinopse não me agradou, porque achei que tendia a um triângulo amoroso (ou mesmo cenas hots a três) e eu não gosto muito. Porém, me arrisquei e não me arrependi!
O Conde de Manderville e o Duque de Rothay são dois libertinos que, em uma noite de bebedeira devido a desilusões, decidiram fazer uma aposta sobre quem seria o melhor amante. Eles teriam rido no dia seguinte, se a aposta não tivesse se tornado pública. Depois disso, não passou de incômodo para os dois. Afinal, a “reputação” deles estava em jogo, mas nenhuma dama ousaria se oferecer para ser juíza arriscando sua própria reputação. Além disso, eles também sequer cogitaram contratar serviços de uma cortesã.
Lady Caroline teve um casamento infeliz e enviuvou jovem. Embora não tenha pretensões de se casar novamente, ela quer ter a chance de finalmente descobrir o prazer – e de descobrir se o problema era ela (já devem imaginar como o falecido marido dela era “legal”, né?). Ao se apresentar aos dois aristocratas, ela propõe ser a juíza da disputa infame, desde que sua identidade permanecesse em sigilo.
Quando Rothay e Manderville reconhecem a dama, ficam bastante intrigados, já que ela sempre foi considerada fria e distante. O interesse de Rothay foi muito maior que de Manderville, então ele propôs ser o primeiro amante da jovem. Manderville nem ligou, já que ele não estava nem aí para a aposta, ele estava apenas remoendo seu coração partido (pausa para música dramática de fundo).
A trama é muito bacana, porque trata de um duque cínico que é seduzido da mesma forma que seduz a jovem viúva e de um rapaz que tenta se reconciliar com uma dama a quem estava verdadeiramente apaixonado, mas que acabou sendo rejeitado por conta de um mal entendido. Aproveitando que seu amigo decidiu passar a semana com lady Caroline, Manderville corre atrás do prejuízo, tentando fazer as pazes com sua dama.
Achei muito inteligente a forma como a autora conduziu a história: Ela separou três protagonistas, conduziu um romance entre dois deles e acrescentou uma história para o terceiro. Então meio que o livro todo se divide em duas histórias diferentes, ambientadas no mesmo período, mas paralelamente, sendo que se intercalam no final, voltando assim para o arco original, que é a aposta infame entre o Conde e o Duque.
Além da história bem escrita e convincente, o romance de Manderville também foi comovente. Claro que Rothay teve sua cota de romantismo com Caroline que ia além do desejo que primeiramente sentiu por ela.
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