Dois irmãos

Dois irmãos Milton Hatoum




Resenhas - Dois Irmãos


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Andréa 19/11/2016

Dois irmãos
Livrão! Que livro envolvente! Aos poucos a gente vai se envolvendo com os dramas pessoais dos personagens. Alguns traços e comportamentos descritos que nos remetem a alguém que conhecemos ou de quem ouvimos falar. Sem contar que conhecemos um pouco do desenvolvimento de Manaus.

É o relato de uma família desestruturada, com personalidades fortes, irmãos incapazes de um gesto de perdão. O narrador juntou ao longo da vida relatos da própria mãe (empregada da casa), do chefe da família e de suas próprias observações para criar um enredo que prende o leitor. Não dá vontade de desgrudar das páginas, a vontade é de chegar logo ao final e ver como aquilo tudo acaba.

A leitura é bastante fluída, tem passagens amargas que talvez desejássemos não ter lido, mas que são enriquecedoras. É uma daquelas historias que permanecem um tempo com a gente, mesmo após o capítulo final.
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N.Barbosa 23/11/2016

Arrebatador
"Canta a tua aldeia e serás universal", diria Tolstoi. E é a partir das características e traços locais que a narrativa de Milton Hatoum atinge a essência das perturbações e inquietações do ser humano. Em "Dois Irmãos", temos a trajetória de uma família manauara diante do conflito estabelecido em dois gêmeos, Yaqub e Omar. Os pais Halim e Zana, todos de origem libanesa, não conseguem distinguir de qual lado ficar ou de que maneira dar harmonia ao seio familiar. Nesse emaranhado de histórias individuais que se cruzam a todo instante, há um fluxo constante de ações marcadas por violenta emoção, frieza e sexualidade, quase em ponto freudiano. A forma como Hatoum dá o tom dos acontecimentos envolve o leitor do início ao fim. A história é contada pelos olhos de Nael, membro bastardo da família, filho de um dos gêmeos, mas criado na mesma casa. Com a passagem do tempo, suas percepções amadurecem, o que denota a formação pela qual ele atravessa. A leitura da obra foi uma grata surpresa. Há passagens memoráveis em que o épico e o lírico se confundem numa linguagem simples, porém precisa nos detalhes, na transição de cenas, no conceito de cada personagem e na ambientação feita em Manaus.
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Renato 14/12/2016

Profundo, tocante, e, como já colocaram, arrebatador.
O melhor livro que já li.
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Raquel.Chiaradia 19/12/2016

Orgulho para a literatura nacional
Uma obra envolvente e tão bem escrita que os acontecimentos parecem reais, tanto que tive vontade de entrar na história e intervir em vários momentos.
Leitura fluída e fácil, porém com aspectos psicológicos complexos e pesados, tendo tudo para agradar o leitor que gosta de obras profundas.
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Danielle 05/01/2017

Mais que recomendado
Livro 1 de 2017 - Dois Irmãos - Milton Hatoum Companhia das Letras

Primeiríssima leitura do ano, abrindo com chave do ouro com uma deliciosa literatura nacional. Um livro que pretendia ler faz tempo e aproveitei a deixa do seriado que vai começar dia 09/01 na rede globo para ler já que gosto de ver adaptações de livros. Uma viagem a Manaus que se passa desde a segunda guerra e ainda passa pela ditadurânio militar explorando a vida de uma família de imigrantes Libaneses. Personagens que irão fazer você julgar e odiar muitas vezes. Ódio entre irmãos gêmeos, uma mãe que não é capaz de amar os filhos igualmente, traições e mentiras. Não posso deixar de mencionar que a escrítica do autor é deliciosa, capaz de fazer você ficar lendo por horas.
Recomendo muito a leitura.

Classificação: 5 estrelas e favoritado
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tray 07/01/2017

( resenha dois irmãos) a disponibilidade de amar, cara esse livro te consome, te engole, você acaba comendo as palavras do narrador como se você não comesse há anos!

O livro acende todos os nossos sentimentos, o conflito intenso e doloroso dos irmãos ,a negligência familiar, a ausência presente do pai e mãe que deseja e sente mais amor ao caçula , Milton mostra toda sua generalidade ao nos colocar nesse conflito de qual irmão amar.

E confesso que amei Yaqub por um bom tempo, era o menino calado, o que não despertava amor desesperado da mãe, mas isso muda e é triste, porém importante.

O narrador é de uma beleza e de um conflito que te coloca na corda bamba, aliás, o livro todo vivemos nessa dualidade, quem merece nossos ouvidos a mãe ou o pai que não deseja essa casa com filhos ?!

Além dessas disparadas violentas por amor e disponibilidade, temos o crescimento de Manaus e a ditadura, temos o desejos de Rania pelos dois irmãos gêmeos, eles despertam o amor de forma diferente

Milton derruba a questão de que mãe ama os filhos da mesma forma, o amor é uma grande arena de conflito e disputas e ausências

Terminei o livro e ainda estou ali naquela casa, naquela infância e naquele desejo.

Como se recupera após essa leitura tô aceitando dicas!
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Keylla 07/01/2017

Após a Rede Globo anunciar sua nova minissérie baseada num livro de autor brasileiro, fui atrás do autor para conhecer sua obra. Não havia lido algo de Milton Hatoun e essa foi minha primeira obra.

A sinopse já me chamou a atenção. Uma história sobre gêmeos. Eu sou gêmea. Sei os amores e dissabores que essa relação exige.

Os gêmeos e personagens principais são Yaqub e Omar. A relação deles é marcada por uma desavença desde a infância e essa cicatriz não está cicatrizada, tanto fisicamente quando emocionalmente, o que gera um afastamento e reclusão entre os irmãos. Halim, o pai, sempre se ocupa com os afazeres do comércio e nunca quis ter filhos. Zana, a mãe, nunca escondeu a preferência por Omar. Para ela, o fato dele ter quase morrido quando nasceu o fazia frágil e necessitava de seus cuidados para sobreviver. Essa dependência se prolongou par a a fase adulta. Domingas, a governanta, cuidava da casa e de Yaqub.

Quando crianças Yaqub e Omar eram apaixonados por Lívia, sua vizinha. Por ela tiveram uma série desavença, e Yaqub ficou com a marca física dessa lembrança. Após esse acontecimento, Halim decidiu enviar Yaqub para o Líbano. Talvéz a distância fizesse com que os filhos esquecessem a mágoa, se perdoassem e conseguissem retomar a relação de irmãos. Sozinho, com treze anos de idade, foi mandado para longe da família. E ficou por lá cinco anos, até que ele volta um garoto duro, amargo e sofrido por ter tido que aprender a viver e a trabalhar longe da família, em outro país.

De um lado um adolescente recluso e calado, com um futuro promissor. Do outro lado, o gêmeo que gostava de farra, bebida, mulheres, festa e gostava de viver o hoje. O responsável e o preguiçoso. O reservado e o extrovertido. O ressentido e o protegido.

Com uma riqueza psicológica dos personagens, a história é desenvolvida e o leitor é envolvido no enredo. Além de uma detalhada cultura manauara, que nos remete à época e nos faz viajar e conhecer a cultura regional. O narrador, que é revelado na metade do livro, se insere na trama, vai nos revelando a história e nos despertando o desejo de saber mais.

Impossível não associar à criação católica, de Caim e Abel como também em Esaú e Jacó. Vemos em Zana, a encarnação da personagem bíblica , Rebeca, mãe dos gêmeos Esaú e Jacó, que também prefere um filho ao outro, e cuja a rivalidade será praticamente eterna.
A obra é riquíssima em detalhes da cultura manauara, em descrições psicológicas e nos diálogos . Narrativa muito bem construída. Livro muito bem escrito. Um trato das relações humanas. Um livro que te leva a pensar na multiplicidade cultural do país, e que certamente é enriquecedor.
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Rodrigo 08/01/2017

"Cedo ou tarde, o tempo e o acaso acabam por alcançar a todos"
Dois irmãos vai narrar a história de Yaqub e Omar, irmãos gêmeos que não podiam ser mais diferentes entre si. O romance passado no coração de Manaus, vai mostrar a todos os leitores uma cidade em período de transição e engolir todos em sua narrativa.
Um livro que já tem "alma de clássico", onde a história é narrada por um personagem que se manteve a margem dos acontecimentos, e assim, sabia mais que a maioria.
Yaqub, o gêmeo "mais velho", mais calmo e estudioso, mas que teve sua vida e personalidade alteradas por causa de um ataque de ciumes de Omar, o "caçula";
Omar, o filhinho da mamãe, mimado e birrento, que sempre se achou superior, mas que apenas arranja problemas.
Uma historia que não possui climax e momento de tirar o fôlego, mas que atrai por trazer uma realidade bruta, crua, nessa família totalmente disfuncional, onde ninguém é correto no final.
Finalmente achei um concorrente de Vidas Secas no meu gosto por Literatura Nacional.
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cecilia.mendonca.583 08/01/2017

Impactante!!!
A história é forte, densa e , apesar de ficção, bem real.
Da primeira a última página, a escrita do Hatoum e te leva por uma Manaus já esquecida cuja pobreza continua a mesma e não te deixa largar até a última palavra!!!
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araujo 08/01/2017

Bom livro, bom escritor, boa história
Gostei do livro, como disse no título desta resenha, é um bom livro, com uma história interessante, mas tem alguns aspectos que fazem com que eu não o coloque entre meus favoritos. Primeiro os personagens são muitos simplistas. Quem é mau é mau sempre, quem é bom, o será até o final. Não existem nuances. Alguns diálogos soam um tanto artificiais, por serem literários demais. É um livro de fácil leitura, mas que não surpreende o leitor. No compto geral, é um livro que vale a pena ler, mas não é um livro inesquecível, pelo menos para mim. Como vemos, se presta bem para filme e série de TV, pois não vaii exigir muito do leitor.
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Cheiro de Livro 09/01/2017

Dois Irmãos
A história de rivalidade entre dois irmão gêmeos é o que norteia o ótimo livro de Milton Hatoum. Tinha devorado a história de Yaqub e Omar há mais de década e resolvi rele-lo antes que a minissérie da TV Globo entrasse no ar. Posso dizer que o livro é mesmo tão bom quanto lembrava.

São vários os elementos que me encantam na narrativa, o primeiro é a ambientação. Não é sempre que se tem uma história brasileira passada na região norte, muito menos uma história urbana. Hatoum usa como pano de fundo as mudanças urbanísticas de Manaus entre as décadas de 1950 e 1970, e isso dá todo um charme, é um brasil pouco contado. O segundo é o narrador, uma testemunha ocular de só parte do que conta, o restante ele ouviu aqui e ali e vai montando um pequeno quebra-cabeça dos acontecimentos que vai enredando o leitor ao poucos, uma delicia.

O livro pode se chamar “Dois Irmãos” e é inegável que a rivalidade entre eles é o que move a história, mas papa mim esse é um livro sobre Zana e Halim. Um casal apaixonado que teve nos filhos a sua danação. A adoração de Zana pelo Caçula, os cuidados das mulheres da casa comum beberão irresponsável chegam a dar raiva, em muito momentos queria sacodir Zana e tentar fazer com que ela visse o mal que estava fazendo. Já Halim e sua incapacidade de contrariar a mulher, de se impor diante do Caçula ou mesmo de Yaqub é paralisante. O casal é trama central, é esse amor, essa paixão e a eterna vontade de que os filhos se reconciliassem é o tema central do livro.

É bem mais simples odiar Omar do que Yaqub, isso é inegável, mas nenhum dos dois joga muito limpo e sabermos só parte das histórias, só o que o narrador ouviu dizer deixa o leitor com a sensação de que está escolhendo o lado que o narrador quer que ele escolha. O retrato dos gêmeos é feito cheio de manipulação e, talvez por isso, seja tão interessante.

Agora com todas as cenas frescas na cabeça, todas as brigas, as festas e todo um vocabulário libanês misturado com manauara aguarda a série da TV Globo, espero que façam jus ao ótimo livro.

site: http://cheirodelivro.com/dois-irmaos/
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Moacyr.Junior 09/01/2017

Impossível parar de ler
Milton Hatoum não deixa você parar de ler seu livro, impressionante!
Devido aos compromissos no trabalho, demorei 10 dias para terminar Dois Irmãos.
A história é ótima, mostrando o relacionamento tempestivo de dois irmãos gêmeos, que têm tanto de diferente entre si.
Recomendo demais a leitura da obra, não somente pela história em si como também pela cultura manauara, descortinada ao longo das páginas do livro. Tive o privilégio de morar em Manaus e matei a saudade da beleza exuberante daquela região do país, tão pouco conhecida dos brasileiros.
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Portal JuLund 10/01/2017

Dois Irmãos, @cialetras
Confesso para você que o livro Dois Irmãos não me chamou muito a atenção quando o escolhi como cortesia do mês. Porém, fico feliz por minhas expectativas serem baixas, pois elas mudaram já nas primeiras linhas. Tanto que resolvi apressar a resenha para vocês e estou publicando extraordinariamente em uma segunda-feira, que não é meu dia de postagem, justamente porque hoje estreará, à noite, a minissérie baseada nessa história.

É claro que o que é adaptado, quase sempre, não é tão bom quanto o livro. Mudanças são feitas, assim como cortes e inclusões de personagens, mas, como não dará tempo para você ler a história, recomendo que assista aos episódios, mas depois leia o livro para conhecer melhor os personagens e seus dramas.

Não, Dois Irmãos não é uma trama muito dramática. É um relato da vida de vários personagens que vivem em Manaus, e sua rotina durante trinta anos. Quem narra é o filho da empregada, mas isso não está claro nas primeiras páginas. E mais: Domingas teve a participação de um dos filhos da casa nessa gestação. Isso mesmo: ela se deitou com Omar ou Yaquib.

Mas vamos à história. Os personagens principais são Nael: narrador, filho de Domingas e de um dos gêmeos; Zana, mãe dos meninos e de Rânia; Omar e Yaqub, os gêmeos; Domingas, índia que foi trabalhar para a família logo que Zana e seu marido, Halim, se casaram. Também há outras pessoas, mas seu papel é secundário na trama.

O ódio entre os irmãos começa cedo, pois é bem perceptível o amor diferenciado que a mãe tem por um dos gêmeos. Halim não queria ter filhos, desejava Zana só para ele, mas ela insistiu e eles tiveram três, conforme o desejo dela: os gêmeos e Rânia.

"Zana não se despegava dele, e o outro ficava aos cuidados de Domingas, a cunhantã mirrada, meio escrava, meio ama, “louca para ser livre”, como ela me disse certa vez, cansada, derrotada, entregue ao feitiço da família, não muito diferente das outras empregadas da vizinhança, alfabetizadas, educadas pelas religiosas das missões, mas todas vivendo nos fundos da casa, muito perto da cerca ou do muro, onde dormiam com seus sonhos de liberdade."

Resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/resenha-de-dois-irmaos-cialetras
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Matheus G. 11/01/2017

Já tinha escutado falar de Milton Hatoum há um tempo, desde então queria conferir algo escrito por ele. Com a estreia da minissérie na Globo, pensei "ah, pode ser a hora..." e resolvi ler "Dois Irmãos". Melhor decisão possível!
Um livro com personagens complexos, profundos, cheios de dilemas e conflitos que vão se arrastando, se acumulando em mágoas e ressentimentos ao longo do livro. Não é daqueles livros que pegamos para ter uma leitura despretensiosa, ou divertida, Dois Irmãos vai além disso, é bem carregado, denso, com vários nuances a serem notados. Recomendadíssimo!
Milton Hatoum é bom demais, não esperarei e irei logo atrás de outra obra dele, com certeza é daqueles autores que irei querer ler até a lista do supermercado. Sensacional!
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